sexta-feira, 25 de março de 2011

 Ainda não li o livro de Carlos Aranha, mas estou mais instigado ainda depois que vi o artigo escrito pelo amigo e poeta Linaldo Guedes no Contraponto.

Reproduzo o poema de Carlos escolhido por Linaldo para ilustrar a matéria.

NÓS

Ao poeta maior: Augusto dos Anjos

A nossa luz há de brilhar ali.

Sem sombra, assombro,

assumo o ser que somos nós.
Deus é ser de tom tamanho
que seu silêncio é som da nossa voz.

Nós reatamos nossos górdios nos
até rompermos o macho hímem criador.
Sutilezas, pós-Augusto, sempre sóis,
costelas adâmicas arrancadas com amor.

Our light:
insight.

Besame mucho,
muitíssimo brilho,
Pós-hedônicos,
nos masturbamos à sombra do tamarindo
plantado num cemitério de Paris.

Voulez-vous manger avec moi?
Algum poeta convidado para jantar?

Help me,
ah, Socorro, como te amei...
Sapé, Campina Grande, Taperoá,
tudo, todos, tão sem distância.
O tamarindo agora é um obelisco em holograma
e os anjos com Augusto,
numa cósmica lagoa,
falam dos poemas que você fez para mim.

Pra mim? Pr´ocê?
Somos nós: um só ser
igual e iguais a Deus,
imagem retrospectiva,
semelhança introspectiva.

A nossa luz há de brilhar ali.

Leia o artigo completo no http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/

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