sábado, 31 de março de 2012

Curta as curtas

1- Meu amigo Peterson Martins me convidou para evento organizado por ele no mês de junho. Participarei de uma mesa com um grande amigo que ainda não posso dizer o nome, pois ele está viajando e ainda não confirmou presença. Em breve, trago os detalhes. Dia 9/6 já tenho compromisso.

2- Para quem não foi ao lançamento do Rapunzel, o livro já está disponível na maioria das livrarias de João Pessoa. Quem comprá-lo e desejar que eu autografe, é só entrar em contato pelo e-mail jairocezarsoares@gmail.com , e marcar no fim de semana que eu vou com o maior prazer.

3- Em abril, na cidade de Sapé, a prefeitura local vai realizar mais uma edição do Celebrando os Anjos de Augusto. Já confirmada a presença do professor Doutor Arturo Gouveia, um dos melhores palestrantes paraibanos.

4- E o meu Rapunzel, hein? O livro já me deu tanta alegria que estou até com medo de publicar outro. Mas o fato é que, em meio a tanta felicidade, um depoimento me emocionou de forma ímpar. Reproduzo, aqui, a fala de Tatiana Falcão, uma amiga de infância.

"Li o livro para Fernandinha( 4 anos e 5 meses), a mesma perguntou se era uma música o que eu estava lendo... sentiu q se tratava de poesia..."

Depois dessa, me desculpem, não dá pra falar mais nada só mostar algumas fotos do lançamento.











 
mais fotos no meu facebook: jairo cézar

sexta-feira, 30 de março de 2012

Vendas porta a porta ganham espaço no mercado de livros no país



Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo
 
 
Vendedoras apresentam livros à moradora na Zona Sul de São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1) 
Vendedoras apresentam livros à família na Zona Sul de São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)


“Ô de casa. Tem um minuto? É sobre escola, educação e cultura”, repete a vendedora Laís Alves de Souza, que se apresenta como agente de leitura, a cada residência abordada no Jardim Vaz de Lima, na periferia da Zona Sul de São Paulo. Por mais antiquada que possa parecer – diante da tendência de megalivrarias e sites com milhões de títulos – a venda de livros porta a porta e por catálogos disparou nos últimos anos e tem ajudado a alavancar o crescimento do mercado editorial brasileiro.

Dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Associação Brasileira de Difusão de Livros (ABDL) mostram uma alta de 40,9% nas vendas de exemplares pelo canal porta a porta em 2010 em relação ao ano anterior. No mesmo período, a venda total de livros no país cresceu 8,3%. Atualmente, 1 de cada 5 exemplares é vendido pelo canal porta a porta. Há 5 anos, essa relação era de 1 para cada 20.

De 2006 a 2010, a participação do segmento no total de vendas aumentou de 5,43% para 21,66%, segundo pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Atualmente, somente as livrarias e as distribuidoras estão na frente do porta a porta como canal de venda, com participação de 40,51% e 22,55%, respectivamente. A ABDL estima que as vendas pela internet respodem por cerca de 6% do mercado.
Arte venda livros (Foto: Editoria de Arte/G1)

“O porta a porta está atuando como motor de crescimento do mercado editorial no país”, afirma Diego Drumond e Lima, presidente da ABDL e diretor-geral da Editora Escala. Segundo ele, o segmento reúne cerca de 80 editoras e 30 mil vendedores exclusivos de livros. “Temos mais de 5.500 municípios no país e apenas 2.300 livrarias. Então, o porta a porta, com a sua capilaridade, ajuda a suprir essa lacuna", diz.

Mesmo em capitais como São Paulo, a oferta porta a porta segue firme e forte. Com a maior participação da mulher no mercado de trabalho, tem aumentado o número de campainhas que precisam ser tocadas para um vendedor conseguir apresentar sua oferta. Mas levam poucos minutos para encontrar um morador receptivo ao material e que vai logo convidando os revendedores para entrarem dentro de suas casas, conforme presenciou a reportagem do G1.
 
“Para ser sincera, não gosto muito de ler não, mas tenho que incentivar meus filhos e também estou pensando em voltar a estudar”, afirma a atendente de padaria Maria Telma da Silva Lima, de 32 anos, que parcelou em seis vezes um kit de apoio ao estudo no ensino fundamental e médio.

A Espaço Editorial, especializada na venda direta de livros educativos, atua na região metropolitana de São Paulo com 30 vendedores que selecionam diariamente uma área de algum bairro de periferia. O foco são famílias com filhos que estudam na rede pública. Cada equipe é acompanhada por uma van carregada de livros e munida de uma máquina de cartão de crédito para garantir o pagamento e a entrega do material assim que a compra for efetivada.

'Agente de leitura'  apresenta oferta dentro da casa de moradora em SP (Foto: Darlan Alvarenga/G1) 
'Agentes de leitura' apresentam oferta no sofá de
casa na periferia de SP (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

"Hoje em dia está até mais fácil vender livro. A verdade é que tem sempre alguém esperando que alguém bata na sua porta, pois se trata de uma necessidade de primeira linha”, diz o editor Valter Alves Borge. Segundo ele, o número de exemplares vendidos pela sua pequena empresa praticamente dobrou nos últimos dois anos.

Segundo a ABDL, o faturamento total do setor alcançou R$ 1,2 bilhão em 2010. Em 2008, foram R$ 681 milhões. “Acreditamos que em 2011 a participação do porta a porta irá chegar a 25%, o que fará da venda direta o segundo maior canal de vendas”, diz Lima.

Da mesma forma que nos demais canais de venda, os livros que lideram as vendas são os relacionados à material didático e à temas religiosos e de autoajuda. Mas o mercado procura se adaptar a cada novidade na área educacional. Hoje são oferecidos, além das obras de referência e suporte para pesquisa, coletâneas sobre a reforma ortográfica, guias de preparação para Enem e concursos, cursos de idiomas e de programas de computador. As ofertas geralmente são demonstradas na forma de kits e coleções, e costumam incluir brindes como DVDs, CDs, dicionários, videoaulas, entre outros atrativos.

O tradicional mercado de enciclopédias também segue em alta. A Editora Barsa Planeta, líder nesse mercado com 2 mil revendedores, informa ter vendido 70 mil coleções em 2010 ante 55 mil em 2009. E os preços estão longe de ser considerados populares: uma coleção custa em média R$ 2.500.
 
Brasileiro lê em média 4 livros por ano

Para Karine Pansa, presidente CBL, o potencial de crescimento do segmento ainda é enorme. “Há partes do país que ainda não foram atingidas e o brasileiro ainda lê pouco, principalmente se comparado aos Estados Unidos e Europa. Aqui a média é de 4,3 livros por ano por habitante, ao passo que lá fora esse número chega a 8", afirma.

Ela destaca que o preço médio do livro caiu mais de 4% em 2010 e que a tendência é que o crescimento do mercado ajude a manter essa trajetória. "Com o aumento da classe C e do crescimento educacional têm surgido um número cada vez maior de novos consumidores de livro, um público que até então não lia, que não poupa esforços para investir na formação dos filhos e que começa a enxergar a literatura como possibilidade", acrescenta.

Embora a abordagem porta a porta ainda responda pela maior parte das vendas, o mercado de venda direta passou a adotar novas estratégias, com vendedores que atuam apenas em portas de instituições de ensino ou escritórios e que não vendem apenas livros.

De olho no crescimento do mercado editorial, empresas especializadas em vendas diretas e com enorme presença no país têm ampliado o número de títulos nos tradicionais catálogos oferecidos pelos milhares de revendedores espalhados pelo país.
 
PRODUÇÃO DE LIVROS POR ÁREA TEMÁTICA
 
Primeira edição e reedição em 2010
Educação Básica (Didáticos) 45,72%
Religião 10,30%
Literatura Juvenil 8,89%
Literatura Adulta 8,05%
Literatura Infantil 5,38%
Auto-ajuda 2,87%
Direito 1,59%
Dicionários e Atlas Escolares 1,25%
Línguas e Linguística 1,25%
Economia, Administração e Negócios 0,83%
Fonte: CBL, SNEL e Fipe
 
Best-sellers em versões econômicas

A Jequiti, especializada na venda direta de cosméticos, começou a comercializar livros em fevereiro desde ano e já oferece mais de 40 títulos, em sua maioria no segmento de autoajuda e religião. “Os resultados foram bem expressivos, fazendo com que a cada ciclo a gente aumente a quantidade de títulos, com preços competitivos aos que encontramos nas livrarias”, diz Lásaro do Carmo Jr., presidente da empresa do Grupo Silvio Santos.

A Hermes, que possui 600 mil consultoras e atua na oferta de catálogos de variedades, começou a testar a venda de livros há quatro anos. Segundo o diretor de vendas Silvio Zveibil, o negócio deslanchou em 2010, com vendas de 10 milhões de exemplares e receita de R$ 140 milhões - um crescimento de 55% em relação ao ano anterior. Hoje, das 148 páginas do catálogo, 20 são destinadas a livros e revistas.

“Percebemos a oportunidade quando começamos a vender CDs. Começamos com livros infantis e guias para o público feminino. Hoje temos livro de pastor, livro de emagrecimento, livro para crianças", afirma o diretor da Hermes.. "Queremos oferecer tudo aquilo que o público estiver buscando nos rincões onde conseguimos chegar”, acrescenta.

A Avon, líder de mercado com um exército de 1,1 milhão de revendedoras, está no segmento há 18 anos, mas com o aquecimento da economia brasileira passou a ampliar as opções do catálogo, incluindo obras para o público infantil e títulos das listas de mais vendidos das livrarias, através de parcerias com mais de 20 editoras. Hoje, são oferecidos  cerca de 80 títulos, o equivalente a pelo menos 20% das ofertas do catálogo de moda e casa.

Espaço Editorial (Foto: Darlan Alvarenga/G1) 
Espaço Editorial atua nas ruas de SP com a opção
de pagamento em cartão (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

"A estratégia é oferecer variedade e preços mais competitivos. Os volumes das nossas encomendas com as editoras permitem oferecer preços de 20% a 50% mais baixos", afirma Adriana Picazio, gerente da Avon no Brasil. A companhia não revela números de vendas, mas diz que já chegou a responder por metade das vendas anuais de best-sellers como o primeiro livro da série "Crepúsculo", em 2010, e de "O Código da Inteligência", do escritor Augusto Cury, no acumulado do ano.

"Com o livro Ágape, do padre Marcelo Rossi, vendemos em 4 meses o que as livrarias venderam em 14 meses", afirma Adriana.

Jorge Oakim, editor da Intrínseca, parceira da Avon desde 2008, explica que as encomendas para esse segmento costumam ser de edições mais enxutas, de menor custo, e que, na maioria dos casos, envolvem títulos que já estão na lista de mais vendidos. “Não chega a ser um pocket book, mas são livros mais econômicos, como capa e diagramação mais simples e mais barata”, diz.

A revendedora da Avon, Márcia Carvalheira, acredita que o preço seja o principal diferencial da venda de best-sellers por catálogo. "Vender um título conhecido é muito mais fácil e livro é um produto que cai muito bem na venda direta, onde você conhece o cliente e sabe muito bem o que oferecer. Tenho cliente que compra todo mês", conta a a vendedora. Segundo ela, os livros já representam 20% das suas vendas.  "Há dois anos, não chegava a 5%", diz.

A ABDL estima que as empresas especializadas em vendas por catálogo tenham distribuído cerca de 10 milhões dos 56 milhões de exemplares vendidos no segmento porta a porta em 2010. “Todas as empresas estão descobrindo que livro é produto em alta, com carência no mercado, livre de certos impostos e com boa margem de lucro”, afirma Lima.

Segundo o presidente da ABDL, nem mesmo o avanço da internet chega a representar uma ameaça ao mercado editorial. "O segundo mercado que mais cresce no país é o juvenil. Portanto, hoje, a criança que está sendo educada no computador está lendo muito mais livro no papel do que a criança de anos atrás", complementa.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Heriberto rejeita noemação para conselho de cultura

O livreiro Heriberto Coelho (foto) rejeitou a indicação do Secretário de Cultura Chico César para compor o Conselho Estadual de Cultura como conselheiro titular.
“Eu agradeci ao meu amigo Chico Lopes pela deferência, mas considero que não seria sensato aceitar uma indicação institucional de um Governo cujas políticas na área de cultura não coincidem com meu pensamento”, disse Heriberto Coelho. Ele ressaltou que o “Sebo Cultural”, instituição que dirige, estará sempre à disposição para colaborar com o desenvolvimento de ações “que enriqueçam o fazer artístico e cultural do Estado”.
 
CORDEL

A Livraria Sebo Cultural marcou para a sexta-feira 13 de abril, às 19 horas, o lançamento do cordel “O templo do saber”, de Fábio Mozart. O trabalho é uma homenagem à própria livraria Sebo Cultural e ao centenário do livro “Eu”, de Augusto dos Anjos. 

Heriberto Coelho disse que é com satisfação que conta com a parceria do cordelista Fábio Mozart para divulgar os projetos culturais e artísticos do Sebo. “O trabalho do autor fica ainda mais rico e diversificado através do formato da literatura de cordel, dando mais abertura e popularidade aos assuntos que o mesmo aborda, nesta linguagem poética tradicional do Nordeste”, afirmou Coelho, ressaltando a importância de trabalhos culturais como estes e reforçando o interesse do Sebo Cultural em continuar promovendo e apoiando projetos desta natureza.

fonte:

quarta-feira, 28 de março de 2012

Literatura e internet



Novos autores poderão ser conhecidos com mais facilidade online que por livros
Para os romancistas, o tempo em que costumavam enviar manuscritos a dezenas de editoras e aguardavam ansiosamente por respostas podem em breve se tornar coisa do passado. Milhares de escritores que utilizam redes online de literatura como a Movella, que atrai grande público adolescente, e a Book Country, da editora Penguin, já vêm recebendo reações instantâneas, e podem alterar textos de imediato e oferecê-los ao público para leitura, não importa o que as editoras possam pensar.

A Internet derrubou os muros de um setor antes fechado, porque agora qualquer pessoa pode publicar textos com apenas alguns cliques - uma mudança que também cria demanda por novos talentos. "As editoras não querem que aconteça com elas a mesma coisa que aconteceu com a indústria da música", disse Per Larsen, o presidente-executivo da companhia iniciante dinamarquesa Movellas. "Sabem que o modelo de negócios do mercado editorial foi destruído".

A indústria de gravação musical passou por numa explosão de pirataria online que tirou montantes enormes de seus bolsos, dado o download ilegal generalizado de canções que antes só estariam disponíveis em CDs, fitas e discos. Ao mesmo tempo, a indústria musical está vendo bandas que gravam sua própria música e a oferecem diretamente via Internet, contornando a intermediação das grandes gravadoras.

O objetivo do Movellas é se destacar entre os rivais em função de sua abordagem mundial e do foco em adolescentes, que estão ingressando no mundo da escrita criativa por meio de sua rede. "Queremos ser a comunidade líder mundial na identificação de novos talentos", disse Larsen

.Já existem dezenas de milhares de texto publicados no site a cada mês, por jovens escritores como a britânica Ebonie Maher, de 19 anos, que posta principalmente poemas no Movellas. "Eu adoraria me tornar escritora", diz, acrescentando que as críticas construtivas que recebe ajudam em seu desenvolvimento.

A crítica também é parte crucial do Book Country, o serviço online criado pela editora Penguin no ano passado a fim de identificar novos talentos online. "Isso nos permite lançar a rede de forma mais ampla", diz Molly Barton, diretora digital mundial da Penguin.

Em janeiro, a Berkley, uma das divisões do grupo Penguin, assinou contrato para dois livros com Kerry Schafer, especialista norte-americana em saúde mental, depois que um editor leu textos dela no site.

com O Globo

terça-feira, 27 de março de 2012

Crônica de um lançamento anunciado

 Acho que já não tenho mais como agradecer o carinho dos amigos e amigas. Meu pai, um sábio observador, me disse: - Filho, você tem muitos amigos. E, é verdade. Olha o presente que o nosso lord Chinês me deu. Uma linda crônica que conta, em riqueza de lirismo, a história do lançamento. Valeu, meu lord. Desfrutar de tua amizade é uma dádiva. Lindo texto, lindo e emocionante. abraço e aos passageiros, uma boa viagem!



 Coluna Crônica

 Por Thiago Lia Fook

Cinco horas da tarde. Cruzo os detectores da loja e ganho a escada rolante. Logo à frente, Paulo Emmanuel leva sua atenção e simpatia para brindar o poeta. Aguardo minha vez. O sorriso de Jairo Cézar dispensa quaisquer comentários. Conversamos sobre as dificuldades e os prazeres de escrever quando chega o querido filósofo. Félix Maranganha ameaça-me com uma aula de Lógica, mas é surpreendido pelo mestre Sérgio De Castro Pinto, que o puxa para um papo.

O lançamento começa. Confidencio a Félix que fico cheio de pernas diante de Sérgio. O filósofo delata-me ao poeta, que me oferece um abraço. Explico-lhe: se Drummond, já consagrado, encabulou-se diante de Borges, que diria eu de mim, mero aspirante, na mesma roda com Castro Pinto? O evento prossegue. A pequena e bela Beatriz passeia entre os livros, mal se dando conta de que o autor do dia é seu pai. É ele o destino da fila de autógrafos.  

Compro o livro. A moça do caixa pede meu nome para a etiqueta. Digo que não é necessário. Ela insiste. Repito o que dissera. Ela me nega ouvido pela terceira vez. O galo não canta, mas eu abro o livro. Aponto meu nome. Ele me conhece! Ela sorri. As mulheres do Núcleo Literário Caixa Baixa respondem pela roda mais animada: Cyelle Carmem, com Rapunzel na mão; Romarta Ferreira, com nossa leitora n. 1 e a primeira dama do grupo - Emilayne Souto oferece-me valiosos conselhos, Eli Oliva observa que a livraria dispõe os volumes sobre sexualidade ao lado da seção infantil.

Lau Siqueira quase grita: Eureka! Uma versão de 'Antígona', para crianças, tremula em suas mãos. Para meu neto! - o poeta sorri como menino. Mais adiante, Antônio Mariano Lima papeia com Águia Mendes. Cumprimento o primeiro, que me apresenta ao segundo e sugere projetos literários. Afinal, Lia Fook ou Braga? Por que não heterônomos?! Chega minha vez de ganhar o autógrafo e posar para a foto. Bem ao lado, o poeta Castro Pinto é todo prosa com seu neto.

Avisto o cronista. Tento chegar até ele. No meio do caminho, havia um poeta e seu filho. Joedson Adriano, nosso gênio, apresenta-me ao pequeno Diógenes, que sorri. E chora. E chora e sorri. O cronista some. Félix puxa-me para a roda com o gentil Peterson Martins. O filósofo brinda-nos com suas lições sempre brilhantes: a poesia social no Vietnã... as variações tonais do mandarim... os ataques à liberdade na internet... O cronista reaparece entre duas fileiras. Confiro o relógio. Isabel Rabello está para ligar. Antes, porém...

... o prazer de conhecer Chico Viana pessoalmente. O cronista recebe-me com genileza. Trocamos lembranças de nossa Campina Grande e louvamos a internet: já nos conhecíamos, antes de nos conhecer! Isabel Rabello liga. Antenor Jerônimo e Marcus Joelby perderam essa. Stellio Mendes deveria estar aqui. É hora de ir de um amor para o outro. Vou feliz. Tremendamente feliz!

**

Obrigado, amigos. Um horinha como a de ontem é suficiente para que eu diga e repita: a vida é boa, muito boa!

Varal poético com Vitória Lima

É hoje, meu povo!

A Estação Cabo Branco presta, através do Varal poético, uma justa homenagem a Vitória Lima. Programa imperdível para quem está hoje na capital. Vitória é uma grande mulher, daquelas figuras que a gente chama de farol. Infelizmente, estarei em Sapé ministrando aulas, uma pena mesmo. Mas intimo todos os amigos e amigas a se fazerem presentes.

bom varal poético pra todo mundo!!!!

em tempo:

as informações vieram do pessoal da Estação.

Equipe da
Divisão de Programas e Atividades (Eventos)
Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura & Artes
(83) 3214 8303 / 3214 8270 / 8650 6749
Av. João Cirilo Silva, s/n, Altiplano Cabo Branco - 58046-010 - João Pessoa - Paraíba

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mudança na lei de direitos autorais, xerox de livro e muito mais....

Uma possível mudança na lei de direitos autorais, em análise na Casa Civil, vai facilitar a vida dos estudantes que sofrem para pagar o preço exigido pelos livros e apelam até para o scanner na hora de copiar textos. Caso o projeto seja aprovado no Congresso, o xerox de uma obra inteira, que é proibido hoje, será liberado para uso não comercial.

Atualmente, só é permitido copiar algumas páginas e capítulos - apesar de não ser difícil encontrar papelarias que fotocopiem o livro todo.

O anteprojeto de lei, construído pelo Ministério da Cultura (MinC) nos últimos anos por meio de consultas públicas, pode ser avaliado ainda neste semestre, segundo Marcia Barbosa, diretora de direitos intelectuais da Secretaria de Políticas Culturais da pasta.

Além da possibilidade da cópia do livro original na íntegra para uso privado - até mesmo para meios digitais -, as alterações da lei preveem a possibilidade de uso educativo das obras. "É o uso didático de um livro em sala de aula. O professor pode mencionar o livro, mostrá-lo e fazer citações pequenas."

As possíveis mudanças com a revisão da Lei dos Direitos Autorais preocupam a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). O advogado Dalizio Barros, representante da ABDR, diz que permitir a cópia do livro inteiro pode fazer a situação sair do controle. "Não pode haver fins lucrativos. Então, a cópia não pode ser feita numa copiadora, que teria lucro com isso. Tem que ser por conta própria e não vale cópia da cópia", explica.

Barros afirma que a maior preocupação da associação hoje é a pirataria digital. "As mídias eletrônicas são ignoradas pela lei. Um PDF num e-mail vai para todo mundo em questão de minutos - é uma pulverização muito grande." Segundo ele, alguns livros são caros porque são importados. Além disso, afirma, as bibliotecas deveriam ser melhor aparelhadas.

Com os altos preços dos livros e a proibição de tirar cópias de obras inteiras, os universitários se viram para economizar e, ao mesmo tempo, não deixar de estudar. As ideias vão além da famosa "pasta do professor", em que o docente deixa os textos das aulas disponíveis para cópia na sala de xerox da faculdade - prática condenada pela ABDR. Algumas infringem a lei, como pegar livros da biblioteca da faculdade e fotografar as páginas - para depois enviar para os colegas de sala, por exemplo.

Opções. Há quem prefira os livros usados. Lucas Filippelli, de 21 anos, estudante de Engenharia de Produção de uma universidade particular do ABC, compra as obras que seus veteranos de curso utilizaram nos anos anteriores. "Paguei R$ 200 em três. O preço de um só novo é R$ 250", conta. "Seria melhor se os livros fossem mais baratos. Prefiro gastar R$ 150 em um novo do que R$ 90 em xerox, que pode vir com folhas e letras faltando."

A internet também facilita a busca. "Alguns artigos encontro no Google Acadêmico ou no Google Books. Quando não acho, alguém da sala escaneia partes ou o livro todo e gera um PDF", afirma a estudante de Design de Moda Camila Regis, de 20 anos. A atual legislação é criticada pelos estudantes. "É inútil por ser de difícil controle - seja pelo xerox, seja por meios digitais", afirma Paulo Amarante, de 26, estudante de Engenharia.

Alguns alunos não acreditam que as mudanças na lei vão alterar o cenário. "Haverá apenas a manutenção do sistema, em que só parte da população tem condições de comprar livros", afirma Julio de Souza Neto, de 23 anos, aluno de Geografia. Ele calcula que gastaria R$ 2,5 mil por semestre se comprasse todos os livros da bibliografia do curso.

Os professores que lecionam em faculdades e universidades destacam ainda mais um problema: muitos livros - alguns clássicos e essenciais para os cursos de ensino superior - têm edições esgotadas.

"Existem livros que só se consegue pela fotocópia. Isso dificulta inclusive no planejamento das aulas, por exemplo", afirma Caroline de Mello Freitas, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e da Faculdade Santa Marcelina.

PARA ENTENDER

 Legislação é de 1998

A reprografia de obras literárias foi um dos sete temas que receberam atenção na revisão da Lei de Direitos Autorais. Um anteprojeto de lei foi elaborado em 2010 e submetido à consulta pública. Depois de passar por revisão do Ministério da Cultura, encontra-se na Casa Civil. Não há prazo legal para que siga ao Congresso.
A lei de vigente (n.º 9.610) é de 1998. De acordo com a legislação, são protegidos os textos de obras literárias, científicas, conferências, sermões, ilustrações, cartas geográficas, músicas (com ou sem letra), desenhos, pinturas, esculturas e arte cinética, entre outras.

do blog http://www.clickpb.com.br

JOSÉ INACIO VIEIRA DE MELO EM CAMPINA GRANDE

Hoje, dia 26 de Março, ás 19:30 horas, no auditório do curso de Letras da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o poeta José Inácio Vieira de Melo estará realizando o recital “As Rosas Escarlates do Cavaleiro de Fogo" e o lançamento do livro “50 poemas escolhidos pelo autor”, publicado ano passado, pelas edições Galo Branco, do Rio de Janeiro.
 
O recital “As Rosas Escarlates do Cavaleiro de Fogo", é uma “performance” no qual o poeta José Inácio Vieira de Melo declama algumas de suas produções mais recentes, com toda a teatralidade, o vigor e a força lírica de seus poemas. Quanto ao lançamento do livro “50 poemas escolhidos pelo autor”, o autor organizou a sua própria antologia em 2011, através da coleção do mesmo nome, pelas edições Galo Branco.
 
O Evento é gratuito, sendo uma promoção do Núcleo Literário Blecaute juntamente com o curso de letras da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
 
José Inácio Vieira de Melo é um dos nomes mais importantes da literatura brasileira contemporânea. O Alagoano é radicado na Bahia desde a década de 1980. Publicou os livros Códigos do silêncio (Salvador: Letras da Bahia, 2000), Decifração de abismos (Salvador: Aboio Livre Edições, 2002), A terceira romaria (Salvador: Aboio Livre Edições, 2005) – Prêmio Capital Nacional de Literatura 2005, de Aracaju, Sergipe, A infância do Centauro (São Paulo: Escrituras Editora, 2007), Roseiral (São Paulo: Escrituras Editora, 2010) e a antologia 50 poemas escolhidos pelo autor (Rio de Janeiro: Edições Galo Branco, 2011). Organizou Concerto lírico a quinze vozes – Uma coletânea de novos poetas da Bahia (Salvador: Aboio Livre Edições, 2004), Sangue Novo – 21 poetas baianos do século XXI (São Paulo: Escrituras Editora, 2011) e a agenda Retratos Poéticos do Brasil 2010 (São Paulo: Escrituras Editora, 2009).
 
Publicou também o livrete Luzeiro (Salvador: Aboio Livre Edições, 2003) e o CD de poemas A casa dos meus quarenta anos (Salvador: Aboio Livre Edições, 2008). Participa das antologias Pórtico Antologia Poética I (Salvador: Pórtico Edições, 2003), Sete Cantares de Amigos (Salvador: Edições Arpoador, 2003), Voix croisées: Brésil-France (Marselha: Autre Sud, 2006), Roteiro da poesia brasileira – Anos 2000 (São Paulo: Global, 2009) e En la otra orilla del silencio – Antologia de poetas brasileños contemporáneos  (Cidade do México: Unam / Ediciones Libera, 2012).
 
Coordenador e curador de vários eventos literários, como o Porto da Poesia, na VII Bienal do Livro da Bahia (2005) e a Praça de Cordel e Poesia, na 9ª e na 10ª Bienal do Livro da Bahia (2009, 2011), assim como os projetos A Voz do Poeta (2001) e Poesia na Boca da Noite (2004 a 2007), ambos em Salvador. Atualmente é curador do projeto Uma Prosa Sobre Versos, em Maracás.
 
 
 
com Bruno Gaudêncio

domingo, 25 de março de 2012

Poesia é ouro sem valia

Por Ferreira Gullar

Folha de São Paulo – Domingo – 04/03/2012

De quando em vez, vem um poeta jovem me pedir que lhe consiga uma editora para publicar seu livro de estreia. Só estando com a cabeça na lua para pretender uma coisa dessas. Para consolá-lo costumo citar o exemplo de poetas, hoje consagrados, que tiveram que publicar seu primeiro livro a sua própria custa. Mas tem que ser assim mesmo, já que livro de poesia vende pouco e de poeta desconhecido não vende nada. Nenhum editor, em seu juízo perfeito, entra numa fria dessas.

Lembrei-me disso ao escrever um texto sobre Manuel Bandeira e mais uma vez deparei-me com o assunto. A edição de seu primeiro livro de poemas "A Cinza das Horas", foi paga por ele; a do segundo, "Carnaval", a mesma coisa. Só vários anos depois, teve um livro lançado por uma editora.

E Carlos Drummond de Andrade? Seu primeiro livro, "Alguma Poesia", apareceu como lançado pelas Edições Pindorama, que não existia, por ter sido, na verdade, impresso na Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais e pago pelo poeta em suaves prestações, descontadas de seu salário. O segundo livro, "Brejo das Almas", saiu por uma cooperativa; o terceiro, "Sentimento do Mundo", ele pagou de seu bolso e distribuiu toda a edição (150 exemplares) entre amigos e escritores. Só o quarto livro -aos 40 anos de idade- foi lançado por uma editora, a José Olympio, que passou a editá-lo.

Mas estes são apenas uns poucos exemplos, entre os quais poderia incluir-me, pois não teria editado meu primeiro livro se não fosse a ajuda de minha mãe. O segundo livro, paguei-o de meu bolso. Só tive um livro de poemas lançado por uma editora - que faliu em seguida - 13 anos após minha estreia. Acolhido por uma editora importante, somente 30 anos depois.

Com a poesia é assim mesmo. E não só por vender pouco; também porque, no fundo, o poeta sabe que não escreve para vender. Lembro-me que eu mesmo diagramei "A Luta Corporal", um livro tão fora das normas que provocou um atrito com a gráfica que o imprimiu. É que poeta não quer apenas escrever os poemas; quer fazer o livro mesmo. Poeta gosta de fazer livros. Por exemplo, João Cabral, quando estava em Barcelona, comprou uma pequena gráfica artesanal em que editou "Psicologia da Composição" mas também livros de outros poetas brasileiros e espanhóis.

Exemplos não faltam. Décio Victorio, os poucos livros que publicou, ele mesmo os diagramou, escolheu o tipo de letra, o papel, o tamanho, tudo, e pagou uma gráfica para compô-los e imprimi-los. Quando tomei a iniciativa de conseguir uma editora que lançasse seus livros, rejeitou.

Outro exemplo é CláudiaAhimsa. Ela bolou todos os seus livros, buscou uma gráfica, pagou e os editou. No último deles, então, "A Vida Agarrada", até a capa foi criação sua, capa que já é, por si só, uma obra de arte: ela se fez fotografar sem a cabeça, num vestido que parece ao mesmo tempo renda e rede de pescar, com vários caranguejos vivos, presos a ele. Para completar, os seus braços, que parecem metidos em luvas, estão na verdade pintados de azul cobalto.

Não se pode esquecer, além do mais, que as novas tecnologias favorecem essa mania dos poetas de produzirem não apenas os poemas mas também os livros.

Foi o caso da Geração Mimeógrafo que, como o próprio nome diz, nasceu com o mimeógrafo e se valeu dele para fazer seus livros. Neste caso, juntaram-se alguns fatores que lhe imprimiram um caráter próprio: a redescoberta do poema-piada de Oswald de Andrade, que inspiraria poetas como Leminski e Chacal. Eles o usaram como um modo de reagir à censura imposta às artes pelo regime militar.

É verdade que a censura prévia -que vinha restringindo a atividade do teatro, do cinema e da música- os milicos não conseguiram impor ao livro, graças à pronta reação de Jorge Amado e Erico Verissimo, que ameaçaram não mais editar seus livros no Brasil.

Fora isso, o mimeógrafo veio facultar aos poetas jovens imprimir seus próprios livros, sem ter de recorrer a editoras. Eles os imprimiam e iam vendê-los nas ruas, nos bares, na porta de teatros e cinemas. É claro que assim ganharam a simpatia dos leitores, tornando-se conhecidos e, graças a isso, despertaram o interesse dos editores.

Em tempo: Post dedicado ao passageiro e amigo Paulo Emanuel.

sábado, 24 de março de 2012

É hoje!


É hoje o lançamento de meu livro infantil.

abraço e obrigado pela ajuda de todos e todas!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Repassando

 CONVITE

Gostaria de sua participação na Semana Cultural José Lis do Rêgo, que deverá acontecer durante o mês de maio no Espaço Cultural. Caso haja interesse, favor enviar para Espaço Cultural da Paraíba - FUNESC - Coordenação de Literatura e Memória Cultural - Rua Abdias Gomes Almeida, 800 - Tambauzinho, João Pessoa - PB, 58042-100 os seguintes documentos: fotocópias autenticadas de comprovante de residência, Carteira de Identidade, CPF e proposta temática para apresentação de palestra. Esclarecemos que este convite não garante sua participação no evento, uma vez que as propostas enviadas serão analisadas e selecionadas por seus organizadores. Para maiores e melhores informações, contatos imediatos podem ser feitos pelos telefones 83 8723-0455 (Archidy Picado Filho, Coordenador de Literatura) e 3211-6244 (Tahis Gualberto, Chefe de Editoração).

Esclarecemos ainda que o tema das palestras, entre outras atividades da Semana, não deverá necessariamente enfatizar quaisquer aspectos da obra de José Lins do Rêgo - não sendo naturalmente vetada a escolha deste tema - mas a produção artístico-cultural paraibana na contemporaneidade em suas muitas vertentes.

Archidy Picado Filho
Coordenador de Literatura e Memória Cultural da FUNESC

quinta-feira, 22 de março de 2012

Governo inaugura biblioteca com 3,4 mil livros na penitenciária PB1


Foto: Kleide Teixeira/Secom-PB

                                                           Foto: Kleide Teixeira/Secom-PB

Os detentos da penitenciária de segurança máxima Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1 e PB2), em João Pessoa, ganharam um novo passatempo: uma biblioteca com 3,4 mil livros.
A inauguração da biblioteca Em Nome do Bem foi inaugurada pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) na manhã desta terça-feira (13).

O complexo penitenciário também recebeu uma sala onde, a partir da próxima segunda-feira (19), será o espaço de aulas para turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), compostas por detentos.
No acervo da biblioteca, constam títulos diversos, classificados nas áreas de geografia, português, ciências, religião, matemática, história, inglês, autoajuda, enciclopédia, dicionários, jornais e revistas.

Atualmente, no Estado, já estão em funcionamento uma biblioteca na Penitenciária de Recuperação Feminina Maria Júlia Maranhão – instalada por meio de parceria com a Fundação Cidade Viva – e outra na Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice – criada com apoio da Faculdade Maurício de Nassau –, ambas na Capital.

A iniciativa no complexo PB1 e PB2 teve a parceria da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), que doou o acervo à unidade prisional. Esta é a primeira biblioteca instalada em parceria com a igreja. De acordo com o pastor Miguel Soares, os internos têm necessidade de ocupação. “Há 15 anos, a Pastoral Universal desenvolve trabalhos de evangelização nos presídios paraibanos, com atividades sociais, tentando aplicar a disciplina por meio da Palavra de Deus”, disse.

Para o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Harrison Targino, não se faz ressocialização de detentos sem o conhecimento. “A biblioteca favorece isso, recompondo a alma dessas pessoas por meio do saber. Desejamos que essa unidade abra um novo caminho para esses presidiários e que eles reflitam sobre o passado no intuito de projetar um futuro melhor”, frisou. Ainda segundo Harrison, a meta do Governo do Estado é ter em funcionamento, até o final deste ano, 12 bibliotecas internas nos presídios do Estado.

A Seap já se prepara para instalar mais uma biblioteca em parceria com a Iurd, desta vez na Penitenciária Flósculo da Nóbrega – mais conhecida como Presídio do Róger –, em João Pessoa.
do blog: http://www.bayeuxemfoco.com.br/