domingo, 31 de outubro de 2010

Poema de Jessier Quirino

Comicio em Beco Estreito

Pra se fazer um comício
Em tempo de eleição
Não carece de arrodei
Nem dinheiro muito não
Basta um F-4000
Ou qualquer mei caminhão
Entalado em beco estreito
E um bandeirado má feito
Cruzando em dez posição.

Um locutor tabacudo
De converseiro comprido
Uns alto-falante rouco
Que espalhe o alarido
Microfone com flanela
Ou vermelha ou amarela
Conforme a cor do partido.

Uma gambiarra véa
Banguela no acender
Quatro faixa de bramante
Escrito qualquer dizer
Dois pistom e um taró
Pode até ficar melhor
Uma torcida pra torcer

Aí é subir pra riba
Meia dúzia de corruto
Quatro babão, cinco puta
Uns oito capanga bruto
E acunhar na promessa
E a pisadinha é essa:
Três promessa por minuto.

Anunciar a chegança
Do corruto ganhador
Pedir o V da vitória
Dos dedo dos eleitor
E mandar que os vira-lata
Do bojo da passeata
Traga o home no andor.

Protegendo o monossílabo
De dedada e beliscão
A cavalo na cacunda
Chega o dono da eleição
Faz boca de fechecler
E nesse qué-ré-qué-qué
Vez por outra um foguetão.

Com voz de vento encanado
Com os viva dos babão
É só dizer que é mentira
Sua fama de ladrão
Falar dos roubo dos home
E tá ganha a eleição.

E terminada a campanha
Faturada a votação
Foda-se povo, pistom
Foda-se caminhão
Promessa, meta e programa…
É só mergulhar na Brahma
E curtir a posição.

Sendo um cabra despachudo
De politiquice quente
Batedorzão de carteira
Vigaristão competente
É só mandar pros otário
A foto num calendário
Bem família, bem decente:

Ele, um diabo sério, honrado
Ela, uma diaba influente
Bem vestido e bem posado
Até parecendo gente
Carregando a tiracolo
Sem pose, sem protocolo
Um diabozinho inocente.

sábado, 30 de outubro de 2010

Correio das Artes nas bancas

Amanhã o suplemento literário mais antigo em circulação no Brasil estará nas bancas de todo o Estado.
A edição de Outubro vem com entrevista de Ariano Suassuna e poemas de Jairo Cézar.

Vale a pena conferir!!!

Poemas de Astier Basílio e André Ricardo

Anteprojeto

Astier Basílio

carrego n'alma
um domingo com a filha que terei
a velhice na cama dividida
o horizonte concluído da janela


mas um escorpião tem medo de fogo
em meu sangue
dança e derruba sua peçonha de 4 patas
que me põe de pé quando sou homem


e eu sou mais veneno
que paisagem


LEITURA DO MORTO

André Ricardo

O morto
e seus pertences
concisos:

o imenso cais
de madeira exata
na sala

os dias inúteis
na próxima agenda

e a eternidade,
salário:

de resto
um morto dispensa
comentários.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

V Balaio Cultural em Boqueirão quase pronto

A programação do V Balaio Cultural que será realizado na cidade de Boqueirão está quase fechada.
A presença da poetisa Mirtes na organização é certeza de bom evento.

Mais informações no site: http://balaiocultural2010.blogspot.com/

Por que hoje é o dia Nacional do livro

O Dia Nacional do Livro é comemorado em 29 de outubro porque foi nesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional. O Brasil passou a editar livros a partir de 1808 quando D. João VI fundou a Imprensa Régia. Nessa época, a imprensa sofria a censura do Imperador e só na década de 1930 houve um crescimento editorial, após a fundação da Companhia Editora Nacional pelo escritor Monteiro Lobato. O primeiro livro publicado no país foi Marília de Dirceu, obra poética máxima de Tomás Antônio Gonzaga. Publicado em Lisboa, em 1792, ano em que Gonzaga parte para o exílio em Moçambique, o livro relata o amor dele por Maria Dorotéa Joaquina de Seixas, de quem fora noivo. O poema é dividido em 3 partes. A primeira, com 33 liras, com refrães que guarda semelhança entre si. A segunda, de 38 liras, revela teor menos referente à amada e, a terceira com 9 liras e 13 sonetos.

Sextas literárias

Nesta sexta-feira, dia 29 às 18h, acontece n´O Sebo Cultural (Av. Tabajaras, 848, centro de João Pessoa)o lançamento do livro “Solfejo de Eros” da poetisa Anna Apolinário. Após o lançamento haverá show com a banda Vyral Vango.
O evento integra as Sextas Literárias – Perfumando a Palavra que acontece todas as sextas na livraria.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Poema de José Nêumanne Pinto

Longe da Borborema


Longe da Borborema,
o pássaro preso,
fora da gaiola,
canta a mesma dor
do escritor
perseguido pelos touros
nas ruas de Pamplona.
Quem a gaiola não prende
não sabe que é livre,
senão dentro das grades
de desconhecer o além dali.
O pássaro se desespera
na solidão da liberdade
e se atira à grade,
sangue pingando
de cada pena.



De que valem asas,
se a cidade pesa
mais que o ar,
no lado interno do peito?
A vida, fora,
é presa da amplidão
dos horizontes,
que não abrigam
os abismos insondáveis
da gaiola.
De que serve o bico,
senão para cantar
a dor da traição
da cidade adúltera,
que por se ancha,
até no nome,
jamais pertencerá
a um homem só?

Crônica de Marcus Aranha

HÁ MAIS DE 500 ANOS

Marcus Aranha (publicado no Correio da Paraiba de 15/02/2009).

“Há séculos, o homem tenta dominar a mulher com armas políticas. Descobriu a virgindade e tirou partido, fazendo da descoberta um mito em seu proveito. Construiu outros como, maternidade, domesticidade e passividade; mulher é pra ficar em casa... Tudo no sentido de anular a emancipação e obter o domínio completo.
A última arma do homem contra a mulher foi recrudescer o padrão estético dela, abalando-a psicologicamente: mulher só magra, tipo top model! Endeusaram as modelos sem peito e sem bunda. Aí, pra atingir o padrão exigido, as mulheres entraram numa loucura de exercícios e dietas de fome, obcecadas por emagrecer. Haja Herbalife, dieta da sopa, da lua, de Dr. Atkins, de Beverly Hills, Kiberom, chá de anis estrelado, malhação, caminhadas, hidroginástica, massagens e o diabo a quatro.
Ora, padrão de mulher foi Vênus, deusa do amor e da beleza, representada sob muitas formas: Vênus de Cnide, Vênus Erucina, Vênus de Cápua, Vênus Genetrix, Vênus de Milo e outras. Todas com bastante nádegas e seios. Há uma delas, a Vênus Calipígia, com a bunda magnífica, parecendo brasileira.
Leitor pudibundo, não precisa ficar chocado com tanta bunda neste artigo. Todo mundo tem bunda e bunda tem no mundo todo.
Na Capela Sistina, lugar insuspeitíssimo freqüentado pelo Papa, existem belíssimas bundas pintadas em afrescos de Sgnorelli, Botticelli, Ghirlandaio, Perugino e Michelângelo.
No Brasil, o padrão beleza tísica não faz sucesso. Brasileiro gosta da silhueta um pouco cheia, com mais sensualidade.
O excitante do corpo da mulher são as redondezas, doces contornos e formas voluptuosas. É a chamada beleza pneumática, que teve apogeu na Renascença, com mulheres de curvas opulentas, mas com o corpo obedecendo a cinco ditames: forma, harmonia, moleza, doçura e suavidade.
Mulheres! Deixem de passar fome e diminuam tanta caminhada e tanta ginástica. Se caminhar muito prolongasse a vida, carteiro era imortal. E ninguém vai adorá-las de ossos à mostra, só a grade.
Os homens são chegados à carnes desde 1500, quando Pero Vaz de Caminha em carta a El Rei, descreveu encantado a beleza das índias: "Bem novinhas e gentis, com cabelos pretos e compridos pelas costas; e as suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas, e tão limpas de cabeleiras... E uma delas era tão bem feita e tão redonda, sua vergonha tão graciosa, que à muitas mulheres de nossa terra faria vergonha, por não terem a sua como a dela”.
O safado do Caminha ficou vidrado nas redondezas e no sexo das índias, “vergonhas” gordinhas, fechadinhas, quase sem pêlos, diferentes das que ele conhecia nas portuguesas. Entusiasmado, não se conteve e escreveu contando ao Rei.
A Primeira Carta, “certidão de nascimento” do Brasil, já fala como as brasileiras são bem feitas e redondas.
No século 16 descreviam nossas mulheres, com “ancas e nádegas enxundiosas que convidam à luxúria”. Imagine! Àquela época, a gente já curtia bunda.
Houve época em que a TV mostrava cerveja como paixão nacional. O Carnaval vem aí. E em desfiles, blocos e bailes a TV vai exibir mulheres com muita carne e pouca roupa. Não vai mostrar uma só top model, esquálida, despeitada e desbundada, com um vão de quatro dedos entre as coxas, sambando na Marquês de Sapucaí. O que a gente vai ver em close e zoom, na cara da gente, é mil bundas por dia!
Taí... cerveja pode ser paixão nacional, na Alemanha. Aqui no Brasil, há mais de 500 anos, paixão nacional mesmo, é bunda!”

Minha homenagem a Marcus Aranha e votos de recuperação.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Revista Cenário Cultural completa 2 anos

E-mail de Shermilla Leite

Na próxima edição da revista, completaremos 2 anos de Cenário Cultural em João Pessoa. Para comemorar, queremos contar a sua história.

Cadastre-se em nosso site, acesse este link http://www.cenariocultural.com.br/page/qual-o-cenario-da-sua-historia e use o espaço abaixo do texto para narrar algo inesquecível que aconteceu em sua vida por causa da revista Cenário Cultural.

Pode ser aquele show bacana que você foi e encontrou um novo amor, uma situação engraçada, um ótimo restaurante que não conhecia ou qualquer outro "causo" curioso.

A sua história também é a nossa - os textos mais criativos serão divulgados na edição de Novembro da revista impressa. Estamos aguardando!

Atenciosamente,

Shermilla Leite
Coordenação Cenário Clube
Guia Cenário Cultural
(83) 8866-2180 / 3021-5022

Av. Nossa Senhora dos Navegantes, 104, Tambaú.
Ed. Di Lascio, 4º andar, sl 507.

Quadrinista francês Patrice Killoffer em João Pessoa

Recebi e-mail do amigo Manassés Filho

O quadrinista francês Patrice Killoffer, fundador do grupo editorial L’Association, um dos mais importantes da França, estará em João Pessoa para o lançamento dos livros Quando Tem Que Ser e 676 Aparições, que acontecerá no dia 3 de novembro, na Comic House, às 19h.
O autor, que também participará do Rio Comicon depois da visita à capital paraibana, começou a publicar suas primeiras páginas em 1981, após estudar quadrinhos em Paris. Fundou a editora independente L’Association em 1990, que foi a vanguarda no movimento de quadrinhos independentes franceses, ocorrido nos anos 90. Dentre os trabalhos publicados pela editora está Persépolis, o grande sucesso de Marjane Satrapi.

Quando Tem Que Ser foi publicado no Brasil pela editora independente paraibana Marca de Fantasia que, assim como a editora de Killoffer, tem como foco a publicação de HQs e obras relacionadas ao universo dos quadrinhos. Já 676 Aparições foi publicado pela editora Barba Negra, do Rio de Janeiro.

A visita de Killiffer à João Pessoa não se resumirá a um só dia. O ilustrador, desenhista e roteirista participará da exposição Ils rêventle monde: images sur l’an 2000 (Eles sonham o mundo: imagens sobre o ano 2000) na Aliança Francesa, que acontecerá às 19h do dia 2 de novembro. No dia 4, também às 19h, será a conferência e encontro com o autor no Zarinha Centro de Cultura.

Confira a programação completa:
A vinda de Killoffer foi possível graças à ação conjunta da livraria Comic House; Aliança Francesa de João Pessoa; Escritório do livro da Embaixada da França; editoras L’Association e Marca de Fantasia; Núcleo de Artes Midiáticas do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB e de Zarinha Centro de Cultura.

Endereços
Comic House
Esquina 200, av. Négo, 200- Tambaú
Telefone:3227 0656

Aliança Francesa
Av. General Bento da Gama, 396 – Torre
Telefone: 3222 6565

Zarinha Centro de Cultura
Av. Négo, 140 - Tambaú
Telefone: 4009 1111

Noite de Autógrafo com Patrice Killoffer na Comic House
Início às 19h - Entrada gratuita

Comic House quadrinhos que não estão no gibi
Telefone: (83) 3227.0656
Email: comichousevendas@gmail.com
Endereço: Avenida Nego, 200, Tambaú (João Pessoa-PB)
Twitter: @Comic_House

UBE Paraíba promove o I Encontro de Escritores

De 25 a 27 de Novembro acontecerá o I Encontro de Escritores. O evento é promovido pela União Brasileira de Escritores- PB com apoio do SEBRAE e outras entidades.

Mais informações através do e-mail:ubepb@ricardobezerra.com.br

Itaú vai distribuir livros gratuitamente 8 milhões de livros

Todos os anos, junto com a Fundação Itaú social, o Itaú busca reforçar a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente através de ações voltadas à educação. Neste ano, a ação convida toda a sociedade a contribuir para o desenvolvimento dessas crianças através de um gesto simples: a leitura para crianças de até 6 anos. Para isso, o banco vai distribuir gratuitamente 8 milhões de livros.
A coleção Itaú de Livros infantis é feita de quatro volumes, para você ler e reler com seus filhos, sobrinhos, netos ou alunos. Você assume o compromisso de ler um livro para uma criança e de repassar esse livro para outra pessoa fazer o mesmo.
Visite o site abaixo e preencha o cadastro e recebê-los na sua casa, em qualquer lugar do Brasil.




Mais informações no : http://www.lerfazcrescer.com.br/#/home

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Poema de Leo Barbosa

ERRATA DO AMOR

Ter-te amado foi inclusa errata
dum amor permeado de reentrâncias
- o toque, o elo, o feromônio
Tê-la fez-me uma ânsia
anciã quando a tarde se despediu
e todas as palavras engatilhadas engatinharam
por ser eu errôneo, por ser eu medo medonho.

V Balaio Cultural em Boqueirão de 1 a 5 de dezembro

A cultura brasileira, em sua riqueza e diversidade, conseguiu superar quase todos os principais obstáculos e, nos últimos anos, deu ao mundo um exemplo de resistência e criatividade, bastando citar a música e o cinema como exemplos de persistência e evolução, sinônimos, aliás, bastante identificado com o nosso próprio povo.

O Balaio Cultural de Boqueirão ostenta hoje, no momento em que realiza sua quinta edição, não só o mérito da resistência, enquanto manifestação cultural, mas a certeza de ter contribuído decisivamente para incentivar, divulgar e documentar a produção de artistas e intelectuais que consolidam o Brasil como uma “nação eminentemente cultural”.

Em sua quinta edição, o Balaio Cultural de Boqueirão não será diferente. Todas as manifestações artísticas e culturais, sejam da área popular, sejam da seara erudita, estarão representadas no Festival através de espetáculos e mostra de dança, teatro, música, exibições de filmes e vídeos, exposições de artes visuais e fotografia, palestras, sobre literatura contemporânea e popular, oficinas e conferencias.

Este ano, o Balaio Cultural faz uma homenagem às irmãs conhecidas como as “Ceguinhas de Campina Grande”, símbolos da cultura local e expressão universal.

A Prefeitura Municipal de Boqueirão em parceria com o Centro de Formação Artística de Boqueirão – CEFAR, SEBRAE e ABES (Associação Boqueirãoense de Escritores), mais uma vez cumpre o seu dever de incentivar a cultura, oferecendo aos boqueirãoenses outra grande oportunidade de ver de perto, o que de melhor tem produzido o artista brasileiro de todas as regiões do país.

A arte redime o homem e nele faz nascer a semente da esperança a despeito de toda insensatez, anunciando a flor da cultura da solidariedade, do bem e da beleza. Movido por este pensamento, a Prefeitura Municipal de Boqueirão, o CEFAR, SEBRAE e ABES saúdam todos os artistas e a equipe de servidores que conosco farão brilhar a estrela do Balaio Cultural, para o progresso espiritual da nossa gente.

Estejam todos convidados para o nosso Festival.
CARLOS JOSÉ CASTRO MARQUES
Prefeito Municipal

Mais informações em : http://balaiocultural2010.blogspot.com/

sábado, 23 de outubro de 2010

Dica de blog

Recomendo o blog de Leo Barbosa: http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=52609

O poeta Leo tem ótimos recursos. Gostei muito de sua poesia.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE ANAYDE BEIRIZ Cordel de Marico di Aurélio

18 de fevereiro
mil novecentos e cinco
Anayde veio ao mundo
e só hoje é que sinto
a história de seu nome
e por não ter sido homem
vou narrar e eu não minto.

Uma luz alumiou
as terras da Parahyba
quase alumiava
as terras de mais de riba
mas foi aqui que nasceu
criou-se e assim cresceu
que nem meio caraíba.

Menina simples, formosa
de olhar por sobre a proa
brincava mirando as águas
de nossa linda Lagoa
pousada qual borboleta
no remanso do planeta
como uma nuvem que voa.

Alegria era seu nome
altivez seu alazão
crescia contando os dias
de um futuro vulcão
na leitura sua mente
no coração a semente
de sentimento e razão.

Bonita moça se fez
de olhos amendoados
e na escola normal
entre todos diplomados
de sua turma a primeira
deu seu passo de carreira
de formal professorado.

Tinha 17 anos
em maio de vinte e dois
se formando professora
que seu desejo não foi
pois queria medicina
o verso mudou de rima
o rumo foi outro pois.

Foi plantar em Cabedelo
sua sublime missão
professora do ABC
em alfabetização
crianças fazendo ler
adultos no anoitecer
aproveitando a lição.

O mundo arroseou-se
nos olhos dessa menina
não o mundo do comum
não seria a sua sina
tomou-se por ideal
e meio intelectual
fez verso de outra rima.

Apoderou-se do vento
da escrita fez pincel
construiu o seu castelo
e encheu o seu farnel
botou-se de mundo afora
despojou-se da espora
incorporou seu corcel.

Arrodeava o coreto
enamorados flertavam
a poesia de bom gosto
em mil saraus recitava
crônicas lindas fazia
o deleite de quem lia
palavras que lhe brotavam.

Um dia, sem se saber
seu coração deu ouvidos
ao amor que irrompeu
de emoção e sentido
seu anjo caiu do céu
embriagado de mel
na flecha de um cupido.

Viajou sem viajar
num campo sem tanta flor
com espinhos pra contar
a fundura de uma dor
afoitou-se em ganhar
uma alma de abraçar
numa história de amor.

O seu nome era João
Dantas era o sobrenome
o anjo de seu desejo
doce pão de sua fome
um favo cheio de mel
um facho vindo do céu
iluminado de homem.

Essa nossa ninfa alada
Anayde era Beiriz
só queria desse mundo
o querer de ser feliz
pousando seu coração
em uma pura paixão
de poderosa raiz.

Viveu tão docemente
seu romance mais vivaz
em corpos não dizíveis
de deleites não formais
pele e alma ascendentes
num vulcão incandescente
de guerra brotando paz.

Essa alcova especial
era chão de oratório
era puro paraíso
sem ter carta de cartório
era sangue, coração
brancura de uma paixão
um altar de ofertório.

Lua, rua e estrelas
assistiram o casal
em passeio de mãos dadas
em noites longe do mal
trocando duas mil juras
sintonia de alvura
que nem roupa no varal.

Foi na Rua Sto Elias
o painel de tal pintura
a natureza nutria
o amor das criaturas
sob o olhar da esperança
que no brincar de crianças
vinham trocar suas juras.

Mas o destino mudou
com sua mão tão cruel
como vassoura varreu
o chão pintado do céu
os ideais se confrontam
e a beleza desmonta
com o amargor de seu fel.

Perrepistas, Liberais
sua fronteira encerra
déias de intenção
de comandar sua terra
e o eito republicano
entorna o caldo insano
alimentando tal guerra.

Numa investida atroz
de uma depredação
se resolve de peitada
partir pr´uma invasão
e foi nesse promotório
invadir o escritório
de João Dantas cidadão.

Esperava-se encontrar
um erro de sua lavra
um documento, um papel
ou uma coisa mais brava
e o resultado ruim
o rescaldo do butim
foi de amor pela palavra.

Nessa manhã tenebrosa
numa briga de partidos
suas entranhas tomadas
derramadas sem sentido
esparramadas no chão
e o escritório de João
injustamente invadido.

Publicou-se n´A União
sem medir qualquer pudor
o que foi particular
d´um cidadão de valor
e por três ou quatro dias
na Parahyba se lia
as suas cartas de amor.

No poder o presidente
fez de conta que não viu
se espalhar pela cidade
e assim tudo assistiu
em seu belo camarote
um cruel infame trote
frente a isso se omitiu.

Na sarjeta enlameada
uma graça de valor
uma história sublime
uma história de amor
sofria seu alto preço
com o pior endereço
origem de seu furor.

Com sua honra ferida
o seu amor maculado
João Dantas enfurecido
e não se deu por rogado
em um caminho sem volta
procurou de porta em porta
o que queria tombado.

Na Confeitaria Glória
com seu coração pungente
na cidade do Recife
o desafeto presente
liquidou sua cobrança
em um tiro que alcança
quem não era inocente.

Foi preso após o crime
não tinha como voltar
viver o que lhe fizeram
não é viver, é penar
engrandeceu seu amor
perdido em plena flor
sofrendo por mais amar.

No dia 6 de outubro
na cela de seu presídio
último quartel de 30
no sofrer de seu exílio
sua vida foi ceifada
numa história mal contada
duvidoso suicídio.

Anayde amargou
o seu derradeiro fel
acuada e fugitiva
do mundo o pior réu
a 22 de outubro
foi o seu dia mais rubro
partindo pro mesmo céu.

Restou um mundo tão vil
de cartório a delegado
de abutres carniceiros
de documentos roubados
de anarquia de rua
debaixo da mesma lua
de amor-papel queimado.

A Parahyba perdeu
no século do alvorecer
por tanta alma mesquinha
rodiziando o poder
o estado é uma intriga
pela mesma rapariga
se enfrentam sem saber.

Diferente do amor
de João por Anayde
um amor personalista
que o coração incide
que sem ele não se tem
o saber de querer bem
verde-azul de um Caribe.

Esse amor que lhe falei
esse amor de querer bem
não se mistura a Estado
nem a cargo de ninguém
é um amor de estrelas
um fogaréu de centelhas
somente vistas do além.

Dantas foi aviltado
o inimigo assim o quis
Anayde humilhada
perseguidos os Beiriz
criaturas inocentes
numa história recente
de desejar ser feliz.

Rogo minha homenagem
para este centenário
de Anayde Beiriz
sua vida, seu calvário
esperando que no céu
se ouça esse cordel
no alto do campanário.

Com tinta rubra se escreva
que nos anais desse templo
a figura de Anayz
não se desmanche no vento
a liberdade da vida
é nessa história contida
acima de qualquer tempo.

Acima de nós, de vós
acima mesmo do nexo
a liberdade do ser
não tem nada de complexo
o amor tem a medida
do continente da vida
não tem a ver com o sexo.


Marcos Aurélio Gomes de Carvalho é cordelista e poeta. Pernambucano de Bodocó - PE, vive na Paraíba há bastante tempo. e-mail: marcodeaurelio@hotmail.com

Poema de Antônio Mariano

Um adeus


boca ensangüentada
de batom, palavra amor,
sol, vertigem rápida




árvore, bem-te-vi louco
seio tépido, pátria
cabelos voando, agosto



inundados olhos,
sorrir fácil, apetite
de quebrar relógio



futuro magro, dor muita

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Poema de Thiago de Mello

ESTATUTO DO HOMEM
(Ato Institucional Permanente)

A Carlos Heitor Cony

Artigo I

Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.


Artigo II

Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.


Artigo III

Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.


Artigo IV

Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.


Parágrafo único:

O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.


Artigo V

Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.


Artigo VI

Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.


Artigo VII

Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.


Artigo VIII

Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.


Artigo IX

Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.


Artigo X

Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.


Artigo XI

Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.


Artigo XII

Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.


Parágrafo único:

Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.


Artigo XIII

Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.


Artigo Final.

Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Poema de Linaldo Guedes

Rumeur

on dit
que la présence de l'absence
repose inquiète
sur l'épaule gauche
de la lune apathique.


Boato

dizem
que a saudade
repousa inquieta
no ombro esquerdo
da lua apática.

Tradução: Pedro Vianna

Fonte:http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

XVI FESERP – FESTIVAL SERTANEJO DE POESIA – PRÊMIO AUGUSTO DOS ANJOS 2010

Leia o regulamento:

I – DO EVENTO E SEUS OBJETIVOS:
Art. 1º O XVI FESERP Festival Sertanejo de Poesia, é uma realização da Acauã Produções Culturais e será realizado na cidade de Aparecida PB, no período de setembro a dezembro de 2010.
Art. 2º Poderão inscrever-se no XVI FESERP todos os poetas, de todas as regiões de qualquer país, independentes de estilo, gênero ou nacionalidade, que concorrerão em absoluta igualdade.
Art. 3º As obras devem ser exclusivas no idioma português, sendo inéditas e originais.
Art. 4º O XVI FESERP tem como objetivos:
a) A promoção dos poetas, favorecendo o intercâmbio de idéias na busca de espaços para divulgação dos mesmos;
b) Fomentar a discussão entre artistas e população, criando espaços para manifestações entre educadores e educandos, para um maior crescimento cultural;
c) Homenagear o mais expressivo poeta paraibano Augusto dos Anjos (Paraibano do Século XX) concedendo aos vencedores um troféu que traz seu nome;
d) Descobrir novos talentos da poesia nacional.
II - DAS INSCRIÇÕES:
Art. 5º As inscrições deverão ser feitas no Ponto de Cultura Casa da Cultura Antonio Nóbrega, Rua Cecílio Abrantes, s/n, CEP 58823-000, Fones: 0xx-83. 8119.8145 - Aparecida /PB. E-mail: feserp@ig.com.br e apcfeserp@bol.com.br. Maiores informações no blog: www.apcfeserp.zip.net.
§ 1º - Serão aceitas inscrições pessoalmente, via correio e via e-mail.
§ 2º - O período de inscrição será de 01 de setembro a 10 de novembro de 2010.
Art. 6º A formalização das inscrições se processará mediante a entrega das poesias datilografadas em espaço dois ou digitadas em espaço simples (Word), em quatro vias acompanhadas da identificação do autor (Nome, endereço completo e um breve currículo).
§ 1º Nas cópias da poesia não deverão constar os nomes dos autores, apenas o nome da obra, a identificação deverá ser feita em folha, à parte e anexada a obra.
§ 2º Cada poeta poderá inscrever apenas uma poesia e a mesma não poderá conter mais que duas laudas (páginas).
Art. 7º Os promotores do evento não se obrigam a devolver o material utilizado para as inscrições, ficando os mesmos na guarda da Comissão Permanente do FESERP para posterior reprodução em livro.
Art. 8º O ato da inscrição implica automaticamente na aceitação integral por parte dos concorrentes dos termos deste regulamento.
Art. 9º As poesias que chegarem após o encerramento das inscrições ficará automaticamente inscritas para a próxima edição.
III - DO JULGAMENTO:
Art. 10 O Julgamento das obras será feita por uma comissão formada por três jurados de reconhecida experiência comprovada na cultura nacional, que atribuirão notas de 0 a 10 ao material inscrito, no prazo de 15 dias após o término das inscrições, sendo sua decisão soberana, não cabendo qualquer manifestação contrária.
PARÁGRAFO ÚNICO – Em caso de empates entre os três primeiros colocados o desempate se dará pela nota do 1º jurado, persistindo o empate os jurados serão contactados para atribuírem novas notas aos referidos trabalhos.
IV - DA PRÊMIAÇÃO:
Art. 11 A premiação do XVI FESERP acontecerá no mês de dezembro de 2010, em data a ser divulgada posteriormente, no Espaço da Cultura à Rua Cecílio Abrantes, S/N – Aparecida/PB, dentro de uma intensa programação cultural que comemorará os 20 anos da Acauã Produções Culturais.
Art. 12 Os três primeiros colocados no XVI FESERP, receberão o troféu AUGUSTO DOS ANJOS, confeccionado pelo artista plástico Berg Almeida, um livro ANTOLOGIA POÉTICA DO FESERP volume V e Certificado de participação.
Art. 13 As poesias melhores colocadas farão parte do livro ANTOLOGIA POÉTICA do FESERP volume VI, que será lançado posteriormente pela APC.
Art. 14 Todos os participantes receberão certificado de participação independente da Classificação.
Art. 15 Os casos omissos a este regulamento serão resolvidos pela Comissão Permanente do FESERP – COPERF.

Aparecida – PB, setembro de 2010

Laercio Ferreira de Oliveira Filho
Coordenador da COPERF

FONTE: http://coletivoculturalpb.blogspot.com/2010/10/xvi-festival-sertanejo-de-poesia-abre.html

Agradecimento aos visitantes de outros países

Aos amigos que de outros países visitam o blog, meu muito obrigado.

I would like to thank everybody who visits my blog from other countries.
I hope you come back soon!!!

Hoje é dia do Poeta

Poemas de grandes mestres

Sobre o medo


Sérgio de Castro Pinto

o medo
se aloja na medula
como um cubo
de gelo.

o medo
se infiltra no tinteiro
e o congela.

o medo
se instala na palavra
e a enregela.

com o medo
aprendi o ofício
de armazenar as palavras
como num frigorífico

com o medo conservo:
dez mil palavras
abaixo de zero.



CÍTARA MISTICA

Augusto dos Anjos

Cantas... E eu ouço etérea cavatina!
Há nos teus lábios - dois sangrentos círios -
A gêmea florescência de dois lírios
Entrelaçados numa unção divina.

Como o santo levita dos Martírios,
Rendo piedosa dúlia peregrina
À tua doce voz que me fascina,
- Harpa virgem brandindo mil delírios!

Quedo-me aos poucos, penseroso e pasmo,
E a Noite afeia corno num sarcasmo
E agora a sombra vesperal morreu...

Chegou a Noite... E para mim, meu anjo,
Teu canto agora é um salmodiar de arcanjo,
É a música de Deus que vem do Céu!


A Seca do Ceará
(Fragmento do Poema)

Leandro Gomes de Barros

Seca as terras as folhas caem,
Morre o gado sai o povo,
O vento varre a campina,
Rebenta a seca de novo;
Cinco, seis mil emigrantes
Flagelados retirantes
Vagam mendigando o pão,
Acabam-se os animais
Ficando limpo os currais
Onde houve a criação.

SEBRAE e a CULTURA

Nesta quinta-feira, 21 de outubro haverá uma programação especial para a Cultura:

10 horas - Encontro com o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic/MinC) - mecanismo de Incentivos Fiscais do Programa Nacional de Apoio à Cultura – Pronac.
Local: Auditório da Reitoria da UFPB - João Pessoa

15 horas - Palestra sobre o Empreendedor Individual - como você pode se formalizar
Local: Sebrae - 1º andar do Shopping Sebrae (Av. Maranhão, 983 - Bairro dos Estados)- João Pessoa

Participe!

Atenciosamente
Maria Luiza Duarte de Melo (Maisa)
Sebrae/PB
 + 55 83 2108 1256 - 9972.3130
Fax: 55 83 2108 1111

I Salão Internacional do Livro da Paraíba

Chegou por e-mail:

Como todos sabem o I Salão Internacional do Livro da Paraíba vai acontecer entre os dias 20 e 28 de novembro.
Quem quiser colocar livros à venda pela Ideia Editora é só trazer 5 exemplares (apenas 5, por questão de espaço), entre os dias 3 e 12 de novembro (nem antes, nem depois). Tem seis países inscritos.

É um evento de grande porte e a Paraíba entra, definitivamente, no roteiro dos grandes eventos nacionais.
A Ideia ficará com 30% do valor indicado pelo autor.

Todos os livros expostos entrarão no site da editora após o evento.
Magno

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Livro de Leo Barbosa

O poeta Leo Barbosa convida para o lançamento de seu livro,
"VERSOS VERSÁTEIS".

A apresentação do autor e sua obra será feita pelo escritor e jornalista Walter Galvão.

Dia: Hoje, terça-feira, 19h30
Local: Teatro Ednaldo do Egypto (Av. Maria Rosa, Manaíra)

Carlos Aranha: "Tive o prazer de ter escrito o prefácio do livro, onde destaco que
Leo Barbosa domina (como poucos novos poetas no Brasil)
o entrelaçamento dos seus quereres, saberes, dúvidas e certezas".

Durante o evento de hoje,
haverá apresentação do Grupo Argonautas,
seguindo-se coquetel.

Lançamento de livro

CONVITE

Convido os ilustres amigos e amigas, para o lançamento do meu novo livro “Reflexões Intemporais de um Advogado” que ocorrerá no próximo dia 27.10.10 (quarta feira), as 18:00 horas, no Solar do Conselheiro, na Av. Duque de Caxias, Centro, João Pessoa/PB. Alguém disse "as palavras pertencem ao autor, mas elas sonham e desejam ser apreciadas pelo leitor e só para ele elas se entregam".

Carlos Pessoa de Aquino

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

3ª Feira do Livro Universitário

Livros podem ser adquiridos com até 50% de desconto na 3ª Feira do Livro Universitário

Mais de 600 livros com até 50% de desconto. É o que oferece a 3ª Feira do Livro Universitário promovida pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), que acontece até 29 deste mês, no hall do prédio da Administração Central da UEPB, campus de Bodocongó, em Campina Grande. Os interessados podem visitar o local das 8 às 12h e das 14 às 17h.

Os organizadores realizam a Feira com o objetivo de difundir a cultura e facilitar o acesso, entre a comunidade acadêmica, dos livros publicados por editoras universitárias de todo o Brasil. Exemplares da EDUEPB estarão disponíveis pela metade do valor praticado usualmente, enquanto comercializam-se os de outras editoras universitárias com 30% de abatimento.

A partir desta terça-feira (19), a 3ª Feira do Livro Universitário acontece concomitantemente à 5ª Semana de Extensão (SEMEX) da UEPB, realizada pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEAC), que ocorrerá até a quinta-feira (22).

Será uma boa oportunidade para os visitantes conhecerem projetos acadêmicos que beneficiam a população e conferir a exposição de livros, além de poderem adquiri-los a preços mais acessíveis.

Durante a Feira, serão encontradas publicações da EDUEPB e outras, oriundas de editoras tradicionais, como as da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de Brasília (UNB), dentre outras.

XIII ENCONTRO ESTADUAL DO PROLER

GOVERNO DE SERGIPE/SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL/PROLER NACIONAL
COMITÊ SERGIPANO DO PROLER

XIII ENCONTRO ESTADUAL DO PROLER
“Proler e as Políticas Públicas: caminhos da cidadania”
25 a 27 de outubro de 2010

PROGRAMAÇÃO

25/10
Manhã
08h – Credenciamento

08h30 - Abertura das mostras:
Viva a Nossa Língua - Alunos da Graduação em Letras/UFS
Aracaju Fazendo Artes – Colmeia Literária

08h45 - Momento Cultural
Quarteto de Corda da Orquestra Sinfônica de Sergipe

09h - Palestra de abertura - Proler e as Políticas Públicas: Caminhos da
Cidadania
Simone Monteiro de Araujo - representante do Proler Nacional/FBN
Coordenadora da mesa: Msc. Roseneide Santana - TAE-DLEV/UFS

11h Debate

Tarde
14h às 18h - Minicursos

26/10
Manhã
08h - Momento Cultural
Ofício com Mágna M. de Morais Silva

08h30 - Palestra “As Primeiras Políticas Linguísticas Educacionais do Brasil”
Prof. Dr. Luiz Eduardo Oliveira (DLES/UFS)
Coordenação: Prof. Msc. Ricardo Nascimento Abreu - Deptº de Letras/Unit

11h - Lançamento do livro “A Legislação Pombalina sobre o Ensino de Línguas”
Autor: Prof. Dr. Luiz Eduardo Oliveira

Tarde
14h às 18h - Minicursos

27/10
08h30 - Momento Cultural
Recital de Poesias – alunos do Colégio Estadual Tobias Barreto

9h - Mesa Redonda: “A leitura como Prática Inclusiva”
Componentes:
*Profª. Dra. Ada Augusta Celestino Bezerra – N.P.G. Mestrado em Educação/Unit
*Prof. Dr.Cícero Cunha Bezerra - DFL/UFS
*Jornalista Michele Tavares - DAC/UFS
*Dr. José Abud - Centro de Geriatria de Sergipe
Coordenação: Prof. Msc. Antônio Bittencourt Junior – Gerente da Editora Diário Oficial
Coord. do Curso de História/Unit
11h00 - Debate

Tarde
14h às 18h – Minicursos

17h - Culminância das atividades

MINICURSOS

1. Processo de Transformação: do professor leitor ao “leitor crítico”
Facilitadora: Zilma Elma Melo Lima

2. Leitura: uma aprendizagem de prazer (a teoria e a prática)
Facilitadora: Maria Carolina Barcellos.

3. Práticas Leitoras: diversidade cultural e a formação do público leitor
Facilitadora: Maruze Reis.

4. “Plim-Plim”: leituras no intervalo da programação da TV
Facilitadores: Maria Aparecida Silva Ribeiro e Graduandos de Letras da UFS.


OBS. Inscrições na Biblioteca Pública Epifânio Dória.
Informações pelo tel. 3179.1907/3179.1935 ou pelos e-mails biblioteca.publica@cultura.se.gov.br ou proler@cultura.se.gov.br.
Certificados de 24h para participantes com, no mínimo, 75% de frequência.

Realização:
Comitê Sergipano do Proler

Convênio:
Secretaria de Estado da Cultura

Parceiros:

Apoio:
Secretaria de Estado da Educação
SABED
SEMED
Universidade Federal de Sergipe
Sesc Sergipe
Universidade Tiradentes

domingo, 17 de outubro de 2010

POEMA DE RENÁLIDE CARVALHO E RANIERE MARQUES

Soneto do Natal em Bayeux


Esse friozinho que dá quando o vento quente passa...

Essa calmaria que faz pensar desgraça...

Meninos com pedras pretas pelas esquinas pe (r) dem lembranças.


Pratos antigos trafegam pelas cozinhas

Praças jorram água do meio de suas pernas

O moulin Rouge ferve com suas putaines de peitos pequenos


Neves compra algodão para decorar os salões de festa

Outras se infiltram pelos narizes dos rapazes

que saem costurando as ruas com seus bordados

bor

dados.


O menino Jesus nem pelas frestas se vê

o corpo pesa,

A noite cai sobre a cabeça

no dia que amanhece.

sábado, 16 de outubro de 2010

SALÃO INTERNACIONAL DO LIVRO

Chegou por e-mail:



ATENÇÃO!

ESTAREMOS NO 1º. SALÃO INTERNACIONAL DO LIVRO, DE 20 A 28 DE NOVEMBRO DE 2010.
TEM CERCA DE 6 PAÍSES INSCRITOS E LIVRARIAS E EDITORA DE TODO O PAÍS.

OS AUTORES QUE QUISEREM VENDER SEUS LIVROS PELA IDEIA EDITORA, VAMOS COMEÇAR A RECEBER OS LIVROS A PARTIR DO DIA 8 DE NOVEMBRO ATÉ O DIA 16.

MAGNO - IDEIA EDITORA

Novo Imortal na APL

O Juiz Federal Alexandre de Luna Freire foi eleito na manhã desta sexta-feira (15/10) para a Academia Paraibana de Letras.
Ele foi eleito com 22 votos para a cadeira que era do Historiador Deusdedith Leitão.
Após a eleição, os Acadêmicos presentes reuniram-se no restaurante Degustar, onde o novo Imortal comemorou a eleição e onde foi homenageado com discursos proferidos pelo Acadêmicos Hidelberto Barbosa Filho e Damião Ramos Cavalcanti, além do seu colega de turma na Faculdade, o advogado Cleanto Gomes Pereira.
Alexandre Luna Freire foi candidato único e contou com a unamimidade dos 22 votantes que compareceram a sede da APL, na rua Duque de Caxias, em João Pessoa-PB.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lançamento da Revista do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica

UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DA PARAÍBA




I Encontro de Entidades Culturais

25 a 27/11/2010





HOMENAGEADO: AFONSO PEREIRA



Encontro dos Dirigentes de Entidades Culturais para analise e discussão do tema “Arquivo nas Instituições Culturais”, tendo como foco o Arquivo sede, seu conhecimento e divulgação, homenageando seu Patrono pela incansável luta em prol da cultura, do arquivo e das instituições.



25 de Novembro: Quinta-feira

Local: Arquivo Afonso Pereira

Praça João XXIII, Rua Maximiano Chaves, nº 78, Jardim Glória, Jaguaribe, João Pessoa, Paraíba –

Fone: (83) 3221.6046



09:00 – Café de Letras e Artes

Palestrante: Ana Izabel de Souza Leão Andrade

Tema: Arquivo nas Instituições Culturais

Dirigente de Mesa: Clemilde Torres



Lançamento da Revista do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica



Ricardo Bezerra
Pres. da UBE/PB

ricardobezerra@ricardobezerra.com.br]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Poema de Jessier Quirino

Atendendo a um pedido do poeta de Félix Maranganha


Parafuso de cabo de serrote


Tem uma placa de Fanta encardida
A bodega da rua enladeirada
Meia dúzia de portas arqueadas
E uma grande ingazeira na esquina
A ladeira pra frente se declina
E a calçada vai reta nivelada
Forma palmos de altura de calçada
Que nos dias de feira o bodegueiro
Faz comércio rasteiro e barateiro
Num assoalho de lona amarelada.

Se espalha uma colcha de mangalho:
É cabestro, é cangalha e é peixeira
Urupema, pilão, desnatadeira
Candeeiro, cabaço e armador
Enxadeco, fueiro, e amolador
Alpercata, chicote e landuá
Arataca, bisaco e alguidar
Pé de cabra, chocalho e dobradiça
Se olhar duma vez dá uma doidiça
Que é capaz do matuto se endoidar.

É bodega pequena cor de gis
Sortimento surtindo grande efeito
Meia dúzia de frascos de confeito
Carrossel de açúcar dos guris
Querosene se encontra nos barris
Onde a gata amamenta a gataiada
Sacaria de boca arregaçada
Gargarejo de milhos e farelos
Dois ou três tamboretes em flagelo
Pro conforto de toda freguesada.

No balcão de madeira descascada
Duas torres de vidro são vitrines
A de cá mais parece um magazine
Com perfume e cartelas de Gillete
Brilhantina safada, canivete
Sabonete, batom... tudo entrempado
Filizolla balança bem ao lado
Seus dois pratos com pesos reluzentes
Dá justeza de peso a toda gente
Convencendo o freguês desconfiado.

A Segunda vitrine é de pão doce
É tareco, siquilho e cocorote
Broa, solda, bolacha de pacote
Bolo fofo e jaú esfarofado
Um porrete serrado e lapidado
Faz o peso prum março de papel
Se embrulha de tudo a granel
E por dentro se encontra uma gaveta
Donde desembainha-se a caderneta
Do freguês pagador e mais fiel.

Prateleiras são tábuas enjanbradas
Com um caibro servindo de escora
Tem também não sei qual Nossa Senhora
Com um jarrinho de louça bem do lado
Um trapézio de flandres areados
Um jirau com manteiga de latão
Encostado ao lado do balcão
Um caneiro embicando uma lapada
Passa as costas da mão pelas beiçadas
Se apruma e sai dando trupicão.

Tem cabides de copos pendurados
E um curral de cachaça e de conhaque
Logo ao lado se vê carne de charque
Tira gosto dos goles caneados
Pelotões de garrafas bem fardados
Nas paredes e dentro dos caixotes
Tem rodilha de fumo dando um bote
E um trinchete enfiado num sabão
Bodegueiro despacha a um artesão
Parafuso de cabo de serrote.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ministério da Cultura libera R$ 364 mil para ampliar presença brasileira no mercado editorial internacional

Diretor da Feira do Livro de Frankfurt, Jurgen Boos, assina acordo que a participação do Brasil como país homenageado em 2013
Verba para Programa de Tradução de obras nacionais aumenta visibilidade de autores nacionais e mostra ao mercado uma prévia da Feira de Frankfurt de 2013, que vai homenagear o Brasil
O Ministério da Cultura (MinC) vai liberar R$ 364 mil em bolsas para a ampliação do Programa de Apoio à Tradução de Autores Brasileiros, que está com inscrições abertas até o próximo dia 23. O valor é dez vezes maior que o planejado originalmente. O objetivo é projetar no mercado internacional os variados estilos de literatura produzidos no Brasil, incluindo autores de diferentes gerações e regiões, não se limitando apenas a clássicos ou best-sellers para aumentar a presença da diversidade literária nacional em grandes eventos internacionais. O Brasil será homenageado na edição 2013 da Feira do Livro de Frankfurt, a maior do setor no mundo. Uma delegação do MinC está na Alemanha para formalizar a participação do Brasil.
“É como sediar a Copa do Mundo do Livro”, comemorou o ministro da Cultura Juca Ferreira. “Minha expectativa é de que consigamos mobilizar os escritores e produtores de conteúdo para que possam de fato ocupar a feira e assim mostrar o que de melhor temos no Brasil, o que temos de mais contemporâneo e, ao mesmo tempo, nossas tradições culturais e literárias”, acrescentou.
O convite ao Brasil foi feito oficialmente em junho deste ano, quando o diretor da feira, Juergen Boos, esteve no país e encontrou-se com o ministro. A partir dessa formalização, a intenção é que a presença nacional na região cresça gradativamente nos próximos três anos, com publicação de resenhas, debates e outros eventos culturais voltados não apenas para o mercado literário, mas também outras manifestações artísticas, como a música e o teatro.
O objetivo é que em 2013, quando assumir o protagonismo da Feira de Frankfurt, a diversidade cultural brasileira já esteja difundida na comunidade internacional. “Tudo aponta que teremos o reconhecimento pleno, em escala mundial, da cultura brasileira e de nossa produção intelectual, dos nossos produtos e também de nossa capacidade de gerir uma diversidade cultural muito ampla e rica”, avaliou o ministro.
A organização da feira cederá ao MinC um estande de 2.500 m2, onde serão realizados eventos oficiais para divulgar a identidade cultural brasileira e também haverá exposição de exemplares de livros de autores brasileiros, traduzidos para inglês e alemão pelos bolsistas do Programa de Tradução. Alguns autores brasileiros contemporâneos, como Patrícia Melo, Bernardo Carvalho, Milton Hatoum e Paulo Lins já possuem obras traduzidas para alemão. Às editoras nacionais será oferecido espaço num estande coletivo.
A participação na Feira de Frankfurt consolida a política de valorização da diversidade da literatura nacional, que tem como marcos a desoneração dos impostos PIS/PASEP e COFINS para toda a cadeia produtiva do livro no país, instituída em 2004; a criação da Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL) no MinC, em 2009; e a proposta de criação do Fundo Setorial Pró-Leitura.
O Brasil na Feira do Livro de Frankfurt
Além de vitrine para autores e editoras, a Feira de Frankfurt é também um fórum de discussão global sobre temas relacionados a toda a cadeia produtiva do livro, como a questão dos direitos autorais, as novas plataformas para leitura e o mercado de livros digitais. Atualmente o Brasil compra mais direitos autorais para traduzir obras estrangeiras do que vende os direitos de tradução de literatura nacional para outras línguas. A expectativa é que, com a visibilidade da feira, esta relação se aproxime do equilíbrio.
A delegação brasileira que viajou para a capital econômica da Europa é composta por quatro representantes do Ministério da Cultura e dois da cadeia produtiva do mercado literário nacional. São eles: o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, José Almino de Alencar, que representa o ministro Juca Ferreira; Déa Coufal, da Fundação Biblioteca Nacional; Fabiano do Santos, diretor de Livro, Leitura e Literatura do MinC; Bruno Melo, da diretoria de Relações Internacionais do MinC; Joaquim Maria Guimarães Botelho, Presidente da União Brasileira de Escritores; e o escritor Flávio Moreira da Costa. “Isso sinaliza o quão juntos estamos trabalhando, o setor público, o setor privado e a sociedade”, explica o ministro.
Em sua edição mais recente, a feira recebeu 299 mil visitantes e 10 mil jornalistas, para conferir obras levadas por 7.300 expositores de mais de 100 países. A Feira de Frankfurt é anual e começou a ser realizada em 1949. Desde 1988 os organizadores escolhem um país como convidado de honra para apresentar de forma destacada a produção literária nacional. Esta é a segunda vez que o Brasil participa como homenageado. A primeira foi em 1994.
Programa de Apoio à Tradução de Autores Brasileiros
Desde 2007 a Fundação Biblioteca Nacional concede bolsas pra traduções de livros brasileiros. No primeiro ano, foram oito bolsas, em 2008, cinco, e no ano passado, nove bolsas. Em 2010, somente no primeiro semestre, foram preenchidas 22 vagas e as inscrições para o processo seletivo deste segundo semestre estão abertas até o dia 23 de outubro. Para este ano, além das editoras internacionais, também podem se inscrever editoras nacionais e editoras de livros eletrônicos – ou e-books. O valor de cada bolsa varia entre R$ 4 mil e R$ 12 mil.

Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561
(81)97293757

Poema de Ed Porto

A chuva

A chuva me encharca a alma.
A vó assopra a sopa.
O sapo sai do sub solo e solta a língua em seta
e come inseto e soa um som num lago que alaga a noite em névoa.
E vem saudade da terra de onde vim
da serra da Borborema do canto da ema que geme do sapo cantando toada improvisada.
A chuva me leva e traz atrás e além.
A chuva me lava me larva e borboleta.
A chuva me enfeita: amálgama.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Poema de Bruno Gaudêncio

O OFÍCIO DE ENGORDAR AS SOMBRAS

desmentindo seu próprio segredo
a alma carrega sempre
o ofício de engordar as sombras,
de retornar as coisas
da infância tangível,
em um límpido silêncio
de água que flui
na nudez
pura da morte.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Prêmio de Literatura Universidade FUMEC

Em sua segunda edição, o Prêmio de Literatura Universidade FUMEC visa distinguir obras inéditas, em Língua Portuguesa, na categoria Conto. As inscrições são gratuitas e estão abertas no período de 13 de setembro a 13 de novembro de 2010. Poderão se inscrever todos os estudantes regularmente matriculados no ensino médio e superior, ministrados por quaisquer instituições de ensino brasileiras.



Mais no site: http://www.concursosliterarios.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=357

Poema de Astier Basílio

Asas do Desejo


A própria queda
me ampara.



Do amor,

antes carrara,

somente seu risco e cerco:



a flauta de suas garras.



Voar com a falta,

sonhar a avara

e mais que parca

das fábulas.



Amor,

efeito colateral

de não ter asas.

sábado, 9 de outubro de 2010

Augusto Dos Anjos em Quadrinhos

O poeta paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914) escreveu um único livro: "Eu", publicado em 1912, dois anos antes de sua morte prematura por pneumonia. A obra, que é um misto de parnasiano e simbolismo, foi ignorada no seu lançamento. Porém graças a esforço de seu amigo e biógrafo, Oris Soares (1884-1964) ganhou reedição e reconhecimento a partir de 1919. Desde então, Augusto dos Anjos é um dos poetas mais lidos do país. A poesia tem métrica rígida, cadência musical, uso de vocabulário científico e uma temática íntima cujos sentimentos vagam, entre outros, sobre amor ódio, nojo, egoísmo e angústia. Leandro Dóro se deparou com Augusto dos Anjos na adolescência e desde então pensa em adaptar algumas poesias para as histórias em quadrinhos. Realizou esse esforço entre 2009 e 2010. O resultado está nas páginas desse livro.

Link para comprar o quadrinho:
http://www.bookess.com/read/4065-augusto-dos-anjos-em-quadrinhos/

Conto de Félix Maranganha

O que é que há, Deus?
de Félix Maranganha

Deus chegou no consultório de um psicanalista judeu, que logo o reconheceu:
– Senhor, o Senhor por aqui?
Sem dar atenção às palavras do admirador, Deus deitou-se logo no divã, e disse:
– Doutor, preciso de ajuda!
Sem saber o que dizer, o psicanalista diz:
– Pode falar.
Após mexer muito suas mãos, Deus começa a ficar nervoso. O psicanalista o anima:
– O que houve, Senhor?
Sem mais agüentar, Deus fala:
– Descobri que sou Ateu! Não acredito mais em Deus!
Pego de surpresa, mas sem perder a profissionalidade, o psicanalista fala como se aquilo não
tivesse implicações teológicas, políticas, filosóficas e, finalmente, catastróficas:
– Calma, isso não é o fim do mundo! Acontece com qualquer um!
Aos gritos, Deus responde:
– Mas não comigo. Não pode acontecer comigo!
Sem perder a compostura, o psicanalista puxa um livrinho de sua biblioteca e o entrega a
Deus.
– Tome, esse livro de auto-ajuda pode te ajudar.
– Que livro é esse – pergunta o Criador.
Pigarreando e mexendo os óculos, o doutor lhe responde finalmente:
– O nome do livro é O que é que há, Deus?, e foi escrito exatamente para você. Ele ensina
que a melhor forma de nos libertarmos das crises é acreditarmos em nós mesmos. Leia-o e volte
daqui a uma semana.
Deus pagou a sessão e foi embora.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Poema de Bráulio Tavares

CAIS DO CORPO


eles
que têm
uma mulher
em cada porto

elas
que têm
um homem
em cada navio

(quente é o cais do corpo,
quando o mar é frio)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

II Overdose em CG

Várias modalidades artísticas, doze horas seguidas de cultura em um só lugar. O Serviço Social do Comércio da Paraíba realiza nos dias 23 e 24 de outubro, em Campina Grande, o II Overdoze, que consiste em doze horas ininterruptas de teatro, dança, música, cinema, artes plásticas e literatura.

O evento marca o encerramento da VII Mostra Sesc Ariús de Teatro de Rua, e acontece a partir das 18h do dia 23, encerrando na manhã do dia 24. As inscrições para os espetáculos interessados estão abertas e devem ser realizadas até o dia 8 de outubro na unidade do Sesc Centro, ao custo de dois quilos de alimento não perecível.

O Overdoze é uma das atividades satélites do projeto Palco Giratório, na qual acontecem apresentações de esquetes teatrais, danças, capoeira, maculelê, músicas, cinema, curta-metragem, poesia dramatizada e artes plásticas, que serão realizadas utilizando os diversos espaços do Sesc Centro. Além disso, será servida durante todo o evento uma ceia com vários tipos de sopas, caldos, sanduíches e um tradicional quentão.

O objetivo desta iniciativa é integrar a classe cultural de Campina Grande, abrindo espaço para apresentações e artistas locais, despertando a produção não apenas no município, mas em toda a região. Cada apresentação terá a duração máxima de vinte minutos, seja inédita ou não.

Para se inscrever e participar da seleção, o artista deve ler o regulamento do Overdoze, que está disponível no site e entregar na unidade do Sesc Centro todo o material necessário: ficha de inscrição preenchida, release do espetáculo, texto ou roteiro, autorização de encenação, sinopse, currículo do grupo ou artista, ficha técnica atualizada, fotos e relação nominal dos integrantes, além dos dois quilos de alimento não perecíveis por esquete ou performance.

O resultado dos trabalhos selecionados para participarem do evento será divulgado no dia 11 de outubro no portal institucional da entidade.

Festival de Poesia Escolar Encenada

Estudantes que têm poesias com características para encenação e estão guardadas na gaveta, podem retirá-las e começar a ensaiar porque o setor de cultura do SESC Centro João Pessoa abriu inscrições até o dia 13 de outubro para a primeira edição do Festival Poesia Escolar Encenada, destinado a alunos devidamente matriculados nas redes pública e privada, com idade entre sete e 18 anos.

O temário do festival é livre, com seleção de 30 poemas divididos em duas eliminatórias de 15, programadas para os dias 19 e 20, e final incluindo as 16 classificadas no dia 22, também de outubro, entre 8h e 11h, na Área de Lazer da entidade comerciária, sendo que cada estudante pode inscrever até três poemas inéditos, com cinco cópias de cada poema, tanto diretamente no setor de cultura, quanto postada pelos Correios.

No ato da inscrição, o autor deve informar o nome do intérprete ou grupo que defenderá o trabalho, incluindo aí breve currículo, endereço eletrônico, número de telefone e endereço para correspondência.

A seleção de classificação e comissão de avaliação vai ficar por conta de agentes culturais ligados as áreas de literatura e artes cênicas, artistas, críticos, produtores e animadores culturais, que no final apontarão as cinco melhores apresentações, intérprete, poema, direção e revelação, premiando-os com troféus.

O setor de cultura do SESC Centro fica na Rua Desembargador Souto Maior, 281, Centro, CEP 58013-190, telefone 32083158, João Pessoa – Paraíba

Fonte: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Poema de Zé da Luz

Ai! Se sêsse!...


Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E os literatos de PE vão se organizando...

O Fórum Pernambucano em Defesa do Livro, da Leitura e das Bibliotecas convoca os interessados para participarem da reunião sobre o Plano Municipal de Livro e Leitura do Recife. O encontro será realizado no dia 06 de outubro, as 17:00hs, na Biblioteca Pública Estadual de Pernambuco (Rua João Lira, s/n, Santo Amaro, Parque Treze de Maio). O PMLL é um instrumento para capilarizar a política de democratização do acesso a leitura e a produção do livro estabelecida pelo Plano Nacional do Livro e Leitura, proposto pelos Ministérios da Cultura e da Educação. O Fórum lembra que para a elaboração do Plano Municipal é importantíssimo a colaboração de todas as cadeias (criativa, mediadora e produtiva) do setor de Livro e Leitura.
O Fórum Pernambucano em Defesa do Livro, da Leitura e das Bibliotecas é uma articulação política, apartidária e de intercâmbio de práticas de incentivo à leitura e dinamização de bibliotecas. Sua missão é a promoção de uma sociedade leitora que tenha garantido seu direito de acesso à leitura e aos espaços de sua fruição, como também à produção de informação e conhecimentos na perspectiva de seu desenvolvimento.

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Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561
(81)97293757

IV CONCURSO LITERATURA PARA TODOS BOLETIM Nº 2 - 27 DE OUTUBRO DE 2010

Os escritores brasileiros Luiz Ruffato, Maria Esther Maciel, Cláudio Daniel e Ronaldo Correia de Brito, e o escritor angolano José Eduardo Agualusa, compõem a comissão julgadora que vai avaliar as obras do concurso Literatura para Todos 2010, promovido pelo Ministério da Educação. A pedagoga Fátima Lucília Vidal Rodrigues será a assessora da comissão para as especificidades da educação de jovens e adultos.

O prazo para a inscrição de livros vai até 13 de outubro. Podem apresentar obras literárias escritores brasileiros e africanos de língua portuguesa. O Literatura para Todos deste ano abrange nove gêneros e vai entregar prêmios individuais no valor de R$ 10 mil, em dinheiro, a nove escritores, além de editar e distribuir os livros para milhares de jovens e adultos em processo de alfabetização ou que frequentam turmas da educação de jovens e adultos em todo o país.

Na quarta edição, o concurso vai selecionar duas obras dos gêneros: prosa (conto, novela ou crônica), poesia, texto da tradição oral (em prosa ou em verso); e uma obra do perfil biográfico e dramaturgia. Os concorrentes dos países africanos - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe - podem escolher uma das cinco modalidades.

As inscrições serão feitas com o envio das obras literárias. No Brasil, o livro deve ser enviado para o endereço: 4º Concurso Literatura para Todos - Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios, Bloco L, sala 209. CEP 70047-900 - Brasília - DF. Os escritores africanos encaminham as obras para as embaixadas do Brasil em seus países.

A página eletrônica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) traz o Edital nº 5/2010 do Literatura para Todos e um perfil dos neoleitores, elaborado por Elisiane Vitória Tiepolo, mestre em literatura brasileira pela Universidade Federal do Paraná.

Concurso - Criado em 2006, o concurso Literatura para Todos já selecionou 30 títulos. Desde 2008, a coleção integra o Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE) do Ministério da Educação. Confira os escritores que integram a comissão julgadora das obras.

Ionice Lorenzoni

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Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561
(81)97293757

Mais: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12313&Itemid=817

sábado, 2 de outubro de 2010

Escritores bahianos vão, já os paraibanos...

Bahia participa de mais uma Bienal do Livro



Curitiba é o próximo destino da literatura baiana entre os dias 1º a 10 de outubro



Os livros da Bahia estarão presentes mais em um encontro literário nacional. Dessa vez, a Bahia participa da 1ª Bienal do Livro Paraná, que será realizada na Estação Convention Center, em Curitiba, entre os dias 1º a 10 de outubro. A ação é fruto da parceria entre a Secretaria de Cultura do Estado – SecultBA, através da Fundação Pedro Calmon - FPC e a Câmara Bahiana do Livro (CBaL). Para o Paraná, a Galeria do Livro, livraria representante da CBaL nessa Bienal, levará livros das editoras baianas: Solisluna, Corrupio, Fundação Pierre Verger, Edufba, P555, Imprensa oficial, entre outras. Cerca de 3.500 mil exemplares estarão à disposição dos leitores paranaenses, que poderão descobrir o que está sendo produzido na literatura da Bahia, além dos nomes já consagrados, como Jorge Amado, João Ubaldo Ribeiro e Ruy Espinheira Filho.



Segundo Sérgio Rivero, coordenador das Políticas do Livro e da Leitura, da FPC/SecultBA, esta ação tem o objetivo de divulgar a produção editorial da Bahia. “O ato de participar de Bienais do Livro pelo Brasil dá continuidade ao investimento que a SecultBA, através da FPC, tem realizado no sentido de difundir a cultura baiana em consonância com a especificidade das Políticas Públicas do Livro e da Leitura realizadas pelo Estado. Além disto, esta participação coroa a parceria positiva entre Estado e sociedade civil, através da Câmara Baiana do Livro (CBal)”, desta Rivero.



Com um espaço de 100m² de área, o estande da Bahia ocupará um lugar considerável numa feira estreante, em uma das cidades com melhor índice de leitura do país. O objetivo da CBaL é estar em todas as edições da Bienal de Curitiba, criando na população daquela região o hábito de prestigiar as melhores letras baianas. Segundo o presidente da CBaL, Aurélio Schommer, quando assumiu a Câmara Bahiana do Livro, em março de 2009, constatou que a produção editorial baiana era invisível ao resto do país. “Uma de nossas propostas para tornar conhecida esta produção era a participação das editoras e autores baianos nas bienais e principais feiras de livros que ocorrem fora do Estado. O Secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles e o diretor da Fundação Pedro Calmon, professor Ubiratan Castro de Araújo, abraçaram a idéia e daí surgiu à parceria”. Schommer destaca que sem o apoio decisivo da Secretaria, nas questões logísticas e de recursos, seria impossível a participação da literatura baiana nas bienais.



Bienais - A parceria entre a Câmara Bahiana do Livro e a SecultBA, através da Fundação Pedro Calmon, já garantiu uma expressiva visibilidade para a literatura produzida na Bahia em outros eventos literários nacionais como a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, em setembro de 2009, a Bienal do Livro de Minas Gerais, em maio 2010 e São Paulo em agosto de 2010. Agora é a vez da região Sul conhecer a literatura contemporânea da Bahia.



Editoras, livreiros e escritores estão vendo essa participação da Bahia em diversas bienais com grande entusiasmo, devido à possibilidade de novos negócios. “Todas as participações foram um sucesso, com mais de 10 editoras locais e centenas de autores representados. Assim, cremos que a Bienal de Curitiba terá uma participação da Bahia ainda mais vistosa e efetiva”, antecipa o presidente da CBaL. Schommer avalia que ainda que as bienais não cheguem a resolver, sozinhas, o problema da distribuição nacional da produção editorial baiana, o simples fato de expor o nome da Bahia traz diversos dividendos. “É um investimento de retorno difuso, porém certo e vasto. Torna visível a produção editorial baiana em mercados onde ela não está presente ou o está em pequena escala”.



A Bienal do Paraná - A 1ª Bienal do Livro Paraná é promovida pela Fagga GL | events, responsável também pelas bienais do Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Ao todo, 90 expositores e cerca de 50 autores participarão da programação cultural do evento. Os organizadores esperam receber a visita de aproximadamente 200 mil pessoas, sendo 30 mil estudantes. Para a edição do Paraná, a Fagga tem duas novas atrações: o Território Jovem - voltado principalmente ao público adolescente e o Espaço Livre, onde escritores, jornalistas, intelectuais e artistas em geral expressarão opiniões e debaterão com o público temas como liberdade no mundo contemporâneo, questões religiosas e a ciência, mundo virtual, diálogos ambientais e a liberdade de imprensa e expressão no século XXI. A Bienal contará ainda com 30 sessões de debates e 58 apresentações voltadas para o público infanto-juvenil. A programação inclui: Café Literário, Atividades Infantis - Circo das Letras, Território Jovem, Espaço Livre, Fórum de Literatura Infantil e Juvenil, Eventos Nobres, Sessões de Autógrafos e Visitação Escolar.

Assessoria de Comunicação

FPC - Fundação Pedro Calmon - SecultBA

(71) 3116-6918 / 6919

Poema de Jairo Cézar

Espera

Lá vem as virgens de tudo,
Carregando seus cabaços.
Lá vem as viúvas de luto,
E os caixões e seus amados.
Lá vem as nuvens Marias,
E os trovões todos Josés,
E as águas das chuvas de Cristo,
E a planta dos pés de Moisés.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ganhadores do Prêmio Jabuti

Os vencedores:

"Se eu fechar os olhos", "Leite derramado" e "Os espiões" são os vencedores da categoria "Romance".

Os vencedores da categoria "Contos e crônicas" são: "Eu perguntei pro velho se ele queria morrer (e outras histórias de amor)", "A máquina de revelar destinos não cumpridos", "Paulicéia dilacerada". "Crônicas inéditas" (Manuel Bandeira), terceiro lugar da categoria "Contos e crônicas", vai concorrer na categoria póstuma

Venceram a categoria "Poesia": "Passageira em trânsito", "Sangradas escrituras" e "Lar".

Venceram a categoria "Biografia", na ordem: "Nem vem que não tem: vida e veneno de Wilson Simonal", "Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão" e "Euclides da Cunha: uma odisséia nos trópicos" empataram em segundo e, em terceiro ficou "Bendito, maldito: uma biografia de Plínio Marcos".

A categoria "Reportagem" tem como vencedores "O leitor apaixonado, prazeres a luz do abajur", "Olho por olho: livros secretos da ditadura" e "Conversas de cafetinas".

Os vencedores da categoria "Infantil" são: "Os herdeiros do lobo", "Carvoeirinhos" e "A visita dos dez monstrinhos".

Os vencedores da categoria "Juvenil" são: "Avó dezanove e o segredo soviético", "Marginal: à esquerda" e "Sofia e outros contos".

Os vencedores da categoria "Capa" são: "O resto é ruído: escutando o século XX", "Salas e abismos" e "Os espiões".

Em "Teoria e crítica literária" os vencedores na ordem foram: "A clave do poético","O controle do imaginário e a afirmação do romance" e "Cinzas do espólio".

Venceram na categoria "Tradução": em primeiro lugar "O leão e o chacal mergulhador", em segundo, "Canção do venrável" e em terceiro, "Trabalhar cansa".

A segunda categoria apurada foi "Arquitetura e urbanismo, fotografia, comunicação e artes". Os vencedores, na ordem, foram "Athos Bulcão", a coleção "Brasiliana Itaú", e "Ética, jornalismo e nova mídia".

Os vencedores em "Projeto gráfico" são, na ordem: "Igreja e convento de São Francisco da Bahia", a edição de colecionador de "Alice no país das maravilhas" e "Rino Lins, uma gráfica de fonteira".

O primeiro lugar da categoria "Ilustração" é "Já já: a história de uma árvore apressada". Em segundo lugar, estão empatados "O lobo" e "Marginal : esquerda". Também empatados em terceiro: "O tamanho da gente" e "O passarinho que não queria só cantar".

Na categoria "Ciências exatas, tecnologia e informática" venceram: "Obra científica de Mario Schomberg", "Linguagens formais, teoria, modelagem e implementação" e "Química verde".

Os vencedores de "Educação, psicologia e psicanálise" são: "O tempo e o cão", "Caderno sobre o mal" e "Brasil arcaico, escola nova: ciência, técnica e utopia nos anos".

Vencedores da categoria "Didático e paradidático": "Uma história da cultura afrobrasileira", "Coleção gira mundo" e "Almanaque de sentidos".

Venmceram na categoria "Economia, administração e negócios": "Trabalho flexível empregos precários?", "Os anos de chumbo" e "Biocombustíveis, energia da controvérsia".

Venceram a categoria "Direito": "A constituição na vida dos povos", "Direito das companhias", "Curso de direito tributário: constituição e código tributário nacional".

Venceram a categoria "Ciências humanas": "Viver em risco", "A luta pela anistia" e "Um enigma chamado Brasil".

Venceram a categoria "Ciências naturais e da saúde": "Clínica médica", "Manual de diagnóstico e tratamento para residentes de cirurgia" e "Medicina laboratorial para o clínico".

Venceram a categoria "Tradução de obra literária do espanhol para o português": "Purgatório", "Três tristes tigres", "Cem anos de solidão".