sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Poema de Águia Mendes

FIM DE ANO


todo ano
a gente
bebe otimismo.

veste-se
de palhaço
e toma
overdose de riso.

Até 2011

E acabou 2010. O melhor ano de minha vida. Publiquei um livro, tive uma filha e há muito plantei uma árvore. Já posso morrer? Espero que não. O blog tem leitores fiéis e diários. Tenho um compromisso com eles. Meu segundo livro está quase pronto, como vou morrer antes de tê-lo nas mãos? Beatriz já disse papá. A médica disse que não era papá, era apenas uma vocalização sem significado. Fiquei puto, é claro que é papai na língua dela.




E acabou 2010. Vendi muitos livros. O poeta Antônio Mariano escreveu uma resenha sobre o Escritos no Ônibus no caderno B do jornal Contraponto falando bem da obra, o também poeta Félix Maranganha escreveu outra no blog http://assassinador.blogspot.com/ , muita gente que comprou o livro deu retorno dizendo que adorou. Duas pessoas disseram que não tinham gostado. Tudo bem.



E acabou 2010. Um ano que vai deixar saudade, pelo menos pra mim. Ajudei a criar o PRODEM CULTURAL na minha querida Sapé. Linha de crédito que financia projetos de artistas sapeenses sem a cobrança de juros. Orgulho-me muito de ter sugerido isso.



E acabou 2010. O ano em que vi concluída a reforma da Praça Augusto dos Anjos em minha terra. Antes eu tinha vergonha da praça, escondia dos turistas que visitavam o Memorial Augusto dos Anjos, hoje ela me dá orgulho. Mostro pra todo mundo.



E acabou 2010. Que venha 2011. Temos um governador que vai a concertos, teremos uma secretaria de cultura, uma figura como Lu Maia comandando a FUNESC, Ruth Avelino na PBTUR. Estou cheio de esperanças.



Vou ficando por aqui. Agradeço aos leitores do blog, aos leitores do livro, aos amigos, amigas, aos inimigos e, principalmente, a minha família pelo apoio de sempre.

Vemos-nos em 2011. Saúde, paz e muita poesia!!!!



INTÉ!!!!!!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

I Encontro Paraibano de Jovens Escritores

A idéia foi do escritor e amigo Betomenezes, mas como sou muito “amostrado” fui logo colocando nome: I Encontro Paraibano de Jovens Escritores.

O Encontro tem como objetivo reunir não só os jovens escritores, mas também , aqueles que se considerem jovens. No fórum, serão discutidas as demandas, necessidades e outros encaminhamentos daqueles que estão produzindo literatura no Estado.

Já fiz contato com vários escritores que já se dispuseram a participar do encontro que, provavelmente acontece em janeiro próximo.

Proporei como um dos itens de pauta da primeira reunião, a elaboração de um documento a ser entregue ao futuro secretário de Cultura do Estado, o músico Chico César, contendo sugestões dos escritores. Outra proposta minha, é que haja uma política pública voltada para formação de novos leitores. Essa ação pode muito bem ser desenvolvida nas escolas estaduais.

Afora isso, proponho a interiorização das ações culturais do governo, com o objetivo de difundir a arte por todas as regiões da Paraíba. Quem mora no interior sabe que somos muito carentes nesse sentido.

Bem, são apenas algumas sugestões que serão levadas à apreciação dos colegas. Outras já estão no papel, mas quem quiser saber mais vai ter que ir ao encontro.

Até lá!







quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ode aos Ipês Amarelos


Sempre sonhei em ver neve. No entanto, minha viagem mais longa é mesmo para minha querida Sapé, por isso tenho que me contentar com fotos e vídeos.
Fico imaginado qual a sensação de deitar na neve, dizem que ela queima. Como queima se neve é gelada?
 Questionamentos que farei ao amigo Betomenezes que entende dessas coisas.
Eu entendo mesmo é de sonhar. Continuo sonhando em ver neve.
Ontem, acho que realizei meu sonho. Vi neve amarela a colorir os olhos dos sapos da Lagoa.
Deitei-me sobre a neve que jorrava dos Ipês e voei até o fundo de meu desejo. A neve amarela não queima e tem um perfume divino.

Acordei com um poema nas mãos.

Um poeta, um livro e as fraldas de Beatriz




2010 foi realmente o meu ano. Minha filha Beatriz nasceu e me transformou em outra pessoa. Meu livro de versos, o primeiro que escrevi na vida, finalmente, depois de quase três anos de ter recebido o prêmio da FUNJOPE, saiu.

Fiz novas amizades, estreitei laços e fui a diversos eventos literários que me trouxeram como saldo, muitos livros novos. Conheci poetas e escritores incríveis que não conhecia e agora moram na minha estante e nos meus olhos de leitor.

Mas o intuito desta postagem é vender meu livro. Os interessados podem mandar e-mail para jairocezarsoares@gmail.com com o endereço e nome completo. Envio pelos correios para qualquer lugar do Brasil. O livro, que na verdade são dois, vem de um lado com Seis breves histórias sobre a vida, o tempo, o amor e a morte de Archidy Picado Filho e do outro o Escritos no Ônibus.

Agradeço aos que me ajudarem a comprar as fraldas de Beatriz.



Em tempo, o livro custa R$ 10,00

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O twitter e suas surpresas

Nos twitters da vida se descobre muita coisa. Descobri o poeta Luis Fernando Mifô e seu blog http://mifocronicas.blogspot.com/

Do blog,  reproduzo um poema que me tocou.

Recomendo uma passada na página do poeta ainda inédito em livro.



Ruínas



Existe uma casa do outro lado da rua,

abandonada, em ruínas.


Suas janelas enferrujadas

me contemplam de lá.


Seus tijolos nus e enrugados

me contemplam de lá.


Suas lâmpadas queimadas

me contemplam de lá.


Suas portar quebradas

me contemplam.


Suas telhas estilhaçadas

me contemplam.


Estou sentado à minha calçada

e do outro lado da rua

a casa em ruínas me contempla.


O lodo colado nas paredes

me contempla.


Os ratos que passeiam pelas

vigas me contemplam.


Me contemplam os restos

de comida deixados pelo mendigo.


Me contemplam as fezes,

o reboco apodrecido

nas paredes.


A casa, em inteira ruína,

me contempla,

enquanto eu, solidário a ela,

desmorono na minha calçada.

Globo Rural, Cordel e minha audiência

No próximo domingo, 02 de janeiro de 2011, o programa Globo Rural completa 31 anos de existência.


Para celebrar a data, o GR presta uma homenagem ao bom e velho cordel. Cordelistas e pesquisadores do gênero serão os protagonistas do programa que vai ao ar às 8 horas(horário de Brasília).

Eu não perco por nada neste mundo.



Confira os horários alternativos:

SEGUNDA A SEXTA - 6h10

DOMINGO - 8h

REAPRESENTAÇÕES:



Globo News:

Domingo - 17h05



Canal Futura:

Terça-feira - 20h

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O segundo concerto de Natal

No dia de Natal Beatriz foi ao seu segundo concerto. O primeiro, no ano passado, ela ouviu tudo de dentro da barriga de Michele. Este ano foi diferente, fiquei com ela no meu colo do início ao fim. Vinguei-me de minha esposa que tinha ficado com ela o concerto inteiro no ano passado. Coisa de ariano bobo.

Estava muito ansioso para ver a reação dela diante da orquestra, e, mais ainda, diante do Coral Vozes da Infância. No começo, ela ficou analisando tudo. As pessoas desconhecidas, as pessoas desconhecidas que brincavam com ela, o vestido colorido de uma moça que quase lhe tomava a visão do palco, além da orquestra, é claro.

Ficou quietinha ouvindo e vendo tudo. Ouviu Strauss e reclamou um pouco da posição em que estava. É um saco ficar na mesma posição muito tempo. Depois de colocá-la de pé, ela sussurrou em meu ouvido:

- Papai, agora eles vão tocar Bach. Quando os homens executam suas peças, todos os anjos descem à Terra. Preciso matar a saudade de meus amiguinhos celestes, mas só falo com eles durante o sono. Dizem que algumas vezes, muito raramente, o próprio Deus se transforma em corda de violoncelo para sentir mais de perto a música de Bach. Não tenha cuidado, vou dormir um pouco, quando terminarem Jesus alegria dos homens volto pra você e a mamãe.

E quando a orquestra terminou a peça do gênio barroco, ela acordou com um sorriso e disse:

-Tive sorte, dessa vez Ele veio.



Ainda estão abertas as inscrições do Belezas da Paraíba

A amiga Jô Mendonça diz que ainda é possível inscrever-se para a antologia  Belezas da Paraíba.
O livro sai em Janeiro de 2011. Bela oportunidade para quem quer começar o ano publicando.
Mais informações através do e- mail: jomendona@yahoo.com.br

A Revista Blecaute ainda está quentinha

Recebi e-mail dos amigos da Revista Blecaute dizendo que ela está pronta para ser devorada. A equipe está de parabéns pelo trabalho. A revista está melhor a cada edição.

Segue o e-mail e a recomendação do blog para download e divulgação:

Segue, em anexo, a 7ª Edição de Blecaute: uma revista de Literatura e Artes, revista digital em formato pdf que tem como objetivo divulgar a produção literária e artística de “novos” autores e artistas paraibanos, assim como de agentes de outros estados do nordeste, do Brasil e membros dos países lusófonos que interajam de algum modo com a literatura atualmente produzida no Estado da Paraíba.

O download da revista deve durar no máximo 2 minutos, em conexões mais lentas. Por favor, repasse esta edição de Blecaute para os seus contatos e ajude a divulgar esta iniciativa.

Obrigado, boa leitura e um 2011 repleto de paz e alegria para você e os seus.


Saudações literárias,




Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio


Janailson Macêdo Luiz


João Matias de Oliveira Neto


(Editores)



Contatos, informações e acesso a outros números da revista:

http://sites.uepb.edu.br/revistablecaute

http://www.revistablecaute.blogspot.com/

revistablecaute@gmail.com

https://twitter.com/revistablecaute

sábado, 25 de dezembro de 2010

Promoção "Publique seu Livro" em 2011

Se nas suas resoluções para 2011 está a publicação de um livro, veja o que a Scortecci preparou para ajudar você a cumprir sua promessa: Edição e impressão de livros no sistema digital com preços e condições especiais: sete vezes sem juros, desconto de 5% em quatro  vezes, desconto de 8% à vista ou duas vezes. Mais: 250 convites P&B, 100 marcadores coloridos, 50 bloquinhos de anotações com a capa do livro, newsletter para divulgação na Internet, divulgação da obra nos sites: Scortecci, Portal do Escritor e Amigos do Livro, e comercialização da obra nas livrarias: Asabeça, Cultura, Loyola e Martins Fontes (Paulista). Promoção válida para os 100 (cem) primeiros  contratos ou até  31 de janeiro de 2011.

Poema de Manuel Maria Barbosa du Bocage

Poema de Natal


Se considero o triste abatimento


Em que me faz jazer minha desgraça,

A desesperação me despedaça,

No mesmo instante, o frágil sofrimento.



Mas súbito me diz o pensamento,

Para aplacar-me a dor que me traspassa,

Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,

Teve num vil presepe o nascimento.



Vejo na palha o Redentor chorando,

Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,

A milagrosa estrela os reis guiando.



Vejo-O morrer depois, ó pecadores,

Por nós, e fecho os olhos, adorando

Os castigos do Céu como favores.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Chico César e a esperança que nunca seca

Por Jocélio Oliveira



"A secretaria de cultura deve funcionar como uma caixa acústica que vai reverberar as discussões sobre política no Estado”, afirmou o diretor da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e futuro secretário de cultura do Estado, Chico César, durante entrevista nessa quinta-feira (23) do programa Paraíba Agora da rádio 101 FM.



Para que essa caixa acústica funcione, o governador eleito Ricardo Coutinho (PSB) vai ter que criar a secretaria a partir do próximo ano. O socialista já garantiu que isso não deve onerar ainda mais a receita prevista para o Estado e na entrevista o futuro secretário garantiu que tão logo assuma vai começar a desenvolver políticas públicas que já estão sendo discutivas com coletivos de arte em todo Estado.



Dentre as políticas destacadas por Chico estão a retomada e reorganização do Fundo de Incentivo a Cultura Augusto dos Anjos e a criação do “Empreender Cultural”. O produtor cultural teria a oportunidade de pegar empréstimos no governo do Estado para desenvolver seus projetos. A ideia é semelhantes ao Empreender JP, desenvolvido em João Pessoa para financiamento de micro e pequenos empresários.



Outra experiência da capital que deve ser levada ao Estado é o que ele caracterizou como apoio à tradição e a cultura popular. Questionado por um ouvinte sobre o São João de João Pessoa, ele deixou clara sua posição sobre o chamado “forró de plástico” e a música sertaneja. Disse que “não temos nem bons olhos, nem bons ouvidos. Temos que deixar que algumas coisas o mercado tome de conta, mas sem discriminar ninguém!”.



Reconhecer os nichos produtivos e estimular o intercâmbio de ideias foi outra propostas apresentada pelo atual diretor da Funjope. Ele defendeu que o governo estabeleça parcerias com o “sistema S” para estimular o fomento de políticas, ações e programas. Chico disse acreditar que a cultura deve ser vista como economicamente viável e uma das formas de garantir isso é “estimulando o turismo e a retomada de eventos culturais em nível de Estado. Vamos fortalecer o Fenart e queremos que ele alcance toda Paraíba”, concluiu.



Sobre os trabalhos na Funjope, ele fez um balanço positivo “acho que a gente conseguiu crescer muito.Formalizamos parcerias com a Funart, fizemos um outubro do teatro maravilhoso, agosto das letras, novembro da dança”. Com essas menções ele rebateu algumas críticas que recebeu sobre o fato de apenas promover ações artísticas relacionadas à música. Falou também do apoio a Festa das Neves, o carnaval tradição e outras atividades de cultura popular na cidade.


II Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços 2011

O Portal Amigos do Livro e a GSC Eventos Especiais estão organizando o II Concurso de Poesias Amigos do Livro / Flipoços - 2011, para autores brasileiros, maiores de 16 anos.


O tema é livre e a inscrição é grátis. O Concurso tem por objetivo descobrir novos talentos e promover a literatura brasileira.


Ao fazer a inscrição, o Autor estará concordando com as regras do concurso, inclusive autorizando a publicação da obra em antologia pela Scortecci Editora e responderá por plágio, cópia indevida e demais crimes previstos na Lei do Direito Autoral.


GSC Eventos Especiais, empresa responsável pelo FLIPOÇOS - Festival Literário de Poços de Caldas - MG, escolherá uma Comissão Julgadora composta de 3 (três) membros de renomado prestígio literário e uma Comissão Organizadora que resolverá os casos omissos deste regulamento, se houver.



REGULAMENTO


Inscrições somente pela Internet através do Portal Concursos e Prêmios Literários, até 15 de Março de 2011.


O Autor poderá participar com 1 (uma) POESIA, de no máximo 3 (três) páginas ou até 5 (cinco) mil caracteres. Os trabalhos deverão estar em língua portuguesa, o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto. A POESIA deverá ter obrigatoriamente um título. Não há necessidade de pseudônimo. Não há necessidade de ser inédita.



PRÊMIO:

Publicação em Antologia dos 40 (quarenta) trabalhos selecionados pela Comissão Julgadora do I Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços - 2010.

A título de Direito Autoral cada autor receberá gratuitamente 5 (cinco) exemplares da antologia editados pela Scortecci Editora e entregues pela GSC Eventos Especiais.



RESPONSABILIDADES:

GSC Eventos Especiais: 1) Escolha e Indicação da Comissão Julgadora do Concurso; 2) Promoção e Divulgação do II Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços - 2011; 3) Envio e postagem dos exemplares da antologia para os 40 (quarenta) Autores Vencedores do II Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços - 2011.


Scortecci Editora: 1) Editoração e Impressão da antologia do II Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços - 2011; 2) Inscrições e suporte pela Internet através do Portal Concursos e Prêmios Literários.



DADOS TÉCNICOS DA OBRA

400 (quatrocentos) exemplares, formato 14 x 20,7 cm, miolo P&B, capa 4 cores em papel 250 gramas, sendo: 200 (duzentos) exemplares para os Autores Vencedores do II Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços 2011, 50 (cinquenta) exemplares para a GSC Eventos Especiais, 50 (cinquenta) exemplares da Divulgação e Mídia e 100 (cem) exemplares para a Scortecci Editora comercializar ao preço de R$ 20,00 cada, através da Livraria Asabeça.

Autores vencedores do II Concurso de Poesia Amigos do Livro / Flipoços - 2011 poderão adquirir exemplares extras diretamente com a editora com 50% de desconto, mais despesas de remessa.



CRONOGRAMA:



- Inscrições: até 15 de março de 2011.


- Resultado: Durante a Flipoços de 2011 - Poços de Caldas - MG.



- Lançamento da antologia: Agosto de 2011.



Informações: flipocos@concursosliterarios.com.br ou (11) 3032.6501 / 3032.1179


Ficha de Inscrição: http://www.concursosliterarios.com.br/formulario.php?id=352




Poema de Alberto Caeiro

Poema do Menino Jesus



Num meio-dia de fim de Primavera

Tive um sonho como uma fotografia.

Vi Jesus Cristo descer à terra.

Veio pela encosta de um monte

Tornado outra vez menino,

A correr e a rolar-se pela erva

E a arrancar flores para as deitar fora

E a rir de modo a ouvir-se de longe.



Tinha fugido do céu.

Era nosso demais para fingir

De segunda pessoa da Trindade.

No céu tudo era falso, tudo em desacordo

Com flores e árvores e pedras.

No céu tinha que estar sempre sério

E de vez em quando de se tornar outra vez homem

E subir para a cruz, e estar sempre a morrer

Com uma coroa toda à roda de espinhos

E os pés espetados por um prego com cabeça,

E até com um trapo à roda da cintura

Como os pretos nas ilustrações.

Nem sequer o deixavam ter pai e mãe

Como as outras crianças.

O seu pai era duas pessoas -

Um velho chamado José, que era carpinteiro,

E que não era pai dele;

E o outro pai era uma pomba estúpida,

A única pomba feia do mundo

Porque nem era do mundo nem era pomba.

E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

Não era mulher: era uma mala

Em que ele tinha vindo do céu.

E queriam que ele, que só nascera da mãe,

E que nunca tivera pai para amar com respeito,

Pregasse a bondade e a justiça!



Um dia que Deus estava a dormir

E o Espírito Santo andava a voar,

Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.

Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.

Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.

Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz

E deixou-o pregado na cruz que há no céu

E serve de modelo às outras.

Depois fugiu para o Sol

E desceu no primeiro raio que apanhou.

Hoje vive na minha aldeia comigo.

É uma criança bonita de riso e natural.

Limpa o nariz ao braço direito,

Chapinha nas poças de água,

Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.

Atira pedras aos burros,

Rouba a fruta dos pomares

E foge a chorar e a gritar dos cães.

E, porque sabe que elas não gostam

E que toda a gente acha graça,

Corre atrás das raparigas

Que vão em ranchos pelas estradas

Com as bilhas às cabeças

E levanta-lhes as saias.



A mim ensinou-me tudo.

Ensinou-me a olhar para as coisas.

Aponta-me todas as coisas que há nas flores.

Mostra-me como as pedras são engraçadas

Quando a gente as tem na mão

E olha devagar para elas.



Diz-me muito mal de Deus.

Diz que ele é um velho estúpido e doente,

Sempre a escarrar para o chão

E a dizer indecências.

A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.

E o Espírito Santo coça-se com o bico

E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.

Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.

Diz-me que Deus não percebe nada

Das coisas que criou -

"Se é que ele as criou, do que duvido." -

"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,

Mas os seres não cantam nada.

Se cantassem seriam cantores.

Os seres existem e mais nada,

E por isso se chamam seres."

E depois, cansado de dizer mal de Deus,

O Menino Jesus adormece nos meus braços

E eu levo-o ao colo para casa.



... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...



Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.

Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.

Ele é o humano que é natural.

Ele é o divino que sorri e que brinca.

E por isso é que eu sei com toda a certeza

Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.



E a criança tão humana que é divina

É esta minha quotidiana vida de poeta,

E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.

E que o meu mínimo olhar

Me enche de sensação,

E o mais pequeno som, seja do que for,

Parece falar comigo.



A Criança Nova que habita onde vivo

Dá-me uma mão a mim

E outra a tudo que existe

E assim vamos os três pelo caminho que houver,

Saltando e cantando e rindo

E gozando o nosso segredo comum

Que é saber por toda a parte

Que não há mistério no mundo

E que tudo vale a pena.



A Criança Eterna acompanha-me sempre.

A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.

O meu ouvido atento alegremente a todos os sons

São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.



Damo-nos tão bem um com o outro

Na companhia de tudo

Que nunca pensamos um no outro,

Mas vivemos juntos e dois

Com um acordo íntimo

Como a mão direita e a esquerda.



Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas

No degrau da porta de casa,

Graves como convém a um deus e a um poeta,

E como se cada pedra

Fosse todo o universo

E fosse por isso um grande perigo para ela

Deixá-la cair no chão.



Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens

E ele sorri porque tudo é incrível.

Ri dos reis e dos que não são reis,

E tem pena de ouvir falar das guerras,

E dos comércios, e dos navios

Que ficam fumo no ar dos altos mares.

Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade

Que uma flor tem ao florescer

E que anda com a luz do Sol

A variar os montes e os vales

E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.



Depois ele adormece e eu deito-o.

Levo-o ao colo para dentro de casa

E deito-o, despindo-o lentamente

E como seguindo um ritual muito limpo

E todo materno até ele estar nu.



Ele dorme dentro da minha alma

E às vezes acorda de noite

E brinca com os meus sonhos.

Vira uns de pernas para o ar,

Põe uns em cima dos outros

E bate palmas sozinho

Sorrindo para o meu sono.



... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...



Quando eu morrer, filhinho,

Seja eu a criança, o mais pequeno.

Pega-me tu ao colo

E leva-me para dentro da tua casa.

Despe o meu ser cansado e humano

E deita-me na tua cama.

E conta-me histórias, caso eu acorde,

Para eu tornar a adormecer.

E dá-me sonhos teus para eu brincar

Até que nasça qualquer dia

Que tu sabes qual é.



... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...



Esta é a história do meu Menino Jesus.

Por que razão que se perceba

Não há-de ser ela mais verdadeira

Que tudo quanto os filósofos pensam

E tudo quanto as religiões ensinam ?

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Na minha opinião, Poemas de Betomenezes

É certa a implosão
Ao se construir castelos
Feitos de papelão

 
 
_________________________________________________________________________


Por que o mar é salgado?
É das lágrimas
Dos que esperam
Os que nunca vão vir.

 
Mais no http://betomenezes.tumblr.com/

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Fundação Casa de José Américo inaugura biblioteca e sala de multimídia

A Fundação Casa de José Américo inaugura, nesta quarta-feira (22), às 17h, mais dois ambientes no Museu Casa de José Américo: a biblioteca e a sala de multimídia. Na ocasião, será aberta uma exposição fotográfica composta por 30 fotos inéditas de José Américo como homem público.

A casa de José Américo foi transformada em Museu em 1982 e conserva as mesmas características de quando o escritor residia nela, com mobiliário da época, obras de arte, objetos de uso pessoal, comendas, assim como a biblioteca e o arquivo fotográfico.

Com a reforma, os visitantes terão acesso a uma biblioteca com acervo todo catalogado, contendo obras do próprio José Américo e de outros autores, bem como de livros doados. Foram catalogadas mais de 1000 obras, das quais 150 obras raras.

A exemplo do Dicionário de Filosofia Volumes 1 e 2, de Orris Soares; Dicionário da Língua Portuguesa Tomo 1 e 2, do século XIX (de 1877 e 1878, respectivamente); a primeira edição fac-similada de Os Lusíadas, de Camões (século XVI) e de Dom Quixote (século XVII); a primeira edição de Elementos da Bibliofilia, de Antônio Houaiss; e um incunábulo – obra do tempo da invenção da imprensa – que cobre o período da Bíblia de 1453 a 1499.

Na sala de multimídia, os visitantes poderão assistir vários vídeos referentes à vida e obra de José Américo, além do filme “O Homem de Areia”, do cineasta paraibano Wladimir de Carvalho, com entrevistas ao vivo do escritor e ainda uma coleção de vídeos sobre a cultura nordestina.

A Fundação Casa de José Américo dedica-se a promover a publicação sistemática da obra de José Américo e de sua crítica e interpretação, assim como a realização de estudos científicos, artísticos e literários.

Mantém os arquivos, o museu e a biblioteca acessíveis ao uso e consulta públicos; e cuida da promoção de estudos, conferências, reuniões ou prêmios que visem à difusão da cultura e da pesquisa, organizando, igualmente, estudos e cursos sobre assuntos políticos, jurídicos, econômicos, literários ou outros, relacionados com a vida e a obra de José Américo, e aspectos pertinentes ao regionalismo nordestino.
 
Com Secom PB

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Poema de Jomar Morais Souto*

ELEGIA PARA OS SAPATOS AO SOL



I

Molhados. Estão molhados.

Deixo-os, pois, secar ao sol,

São sapatos fazem jus

a um canto dentro da luz

derramada pelo sol.



Eles são sapatos, hoje.

Mas, ontem, foram bois mansos.

Tiveram amplos currais

e pastagens e arrebol.

Antes, levavam os carros.

Levam, hoje, os pés dos homens

da sombra triste para o sol.




Eles são sapatos, hoje.

Mas, ontem, foram bois mansos.

E escutaram os tristes cantos

dos vaqueiros pelos campos

cantando de sol a sol


II


Só depois dos estilhaços

e dos seixos dos caminhos,

viram-se em frente da morte,

no matadouro, sozinhos



E o sangue que antes jorrava

só na ponta do ferrão,

desceu ao ventre da terra

em rubras poças, no chão.



Tiveram o couro suspenso

na noite de algum curtume,

entre as carícias do vento

e os beijos de um vaga-lume.

(Eram, antes, bois de carro

- um par autêntico e manso.

Mereciam, pois, na morte,

um momento de descanso).


III


Eles são sapatos, hoje.

Mas, ontem, foram bois mansos.

Muito antes do curtume,

do operário e do formol,

e dos rastros nas areias

caminhos de algum farol.


Por isso eu abro a janela

e deixo-os secar ao sol.



- Um minuto de silêncio!

Não ria nem chore, pois

esses, hoje, assim, sapatos,

um dia já foram bois.

Perderam somente o sexo.

Continuam sendo dois.


*Nasceu em Santa Luzia do Sabugi, Paraíba, em 1935. Em 1961 ganha o Prêmio Augusto dos Anjos com os poemas de Pedra de Espera.

O Livreiro e seus concursos

O site O Livreiro está realizando um concurso muito interessante.Seguindo as orientações que estão no link abaixo, você pode ganhar  um vale de R$ 2.011,00 para usar na Livraria Cultura como você quiser!

Saiba mais informações no:

http://www.olivreiro.com.br/concursos/quero-ler-em-2011

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Texto de Jairo Cézar

O Pequeno Príncipe




Ontem, uma pessoa grande chorou ao terminar de ler O Pequeno Príncipe de Exupéry. Aquela edição da Editora Agir que vem com aquarelas do autor.

A pessoa grande chorou porque sentiu pena do narrador que perdeu seu amiguinho, chorou pela solidão da qual padecia o pequenino e chorou de saudade por tudo aquilo que ainda não entende.

Na verdade, acho que a pessoa grande chorou porque, assim como o narrador, viu o Pequeno Príncipe partir. Talvez a pessoa grande não tenha entendido, mas acho que ela chorou porque ela se viu no guri que não responde quando é perguntado. Sentiu saudades daquele menino que vive no passado, da sua infância, do tempo das carruagens, da canção (que hoje quase não existe) e das pessoas cuja palavra servia mais que os papeis.

Hoje, a pessoa grande diminuiu de tamanho. Ficou um pouco menor. Quem sabe, um dia, a pessoa grande volte a ser criança. Vou ficando por aqui, mas antes peço -lhes um favor, se vocês virem um menino perdido, brincando de voar, não me deixem tão triste: escrevam-me dizendo onde ele pousou.



sábado, 18 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PROJETO BIBLIOMÚSICA 2011 - Ano Assis Valente e Nelson Cavaquinho

Recebi e-mail da compositora brasiliense Marina Andrade me convidando para participar do projeto BIBLIOMÚSICA. Participe você também!!!

Segue o edital na íntegra:
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, Fundação Pública Federal vinculada ao Ministério da Cultura, constituída pelo Decreto nº99.492, de 03.09.1990, conforme autorização contida no artigo 2º - inciso III – da Lei nº 8.029, de 12.04.1990, com sede na cidade do Rio de Janeiro na Avenida Rio Branco nºs 219/239, inscrita no CNPJ sob o nº 40.176.679/0001-99, através da BIBLIOTECA DEMONSTRATIVA DE BRASÍLIA, doravante denominada BDB, torna pública O Edital do “PROJETO BIBLIOMÚSICA” 2011, de acordo com as condições a seguir definidas.



1. Natureza e abrangência

a. O BIBLIOMÚSICA é um projeto educativo e cultural promovido pela BDB da Fundação Biblioteca Nacional, e aberto a músicos de todo o país. São concertos didáticos/ pedagógicos mensais acompanhados de preleções informativas, intercaladas entre números musicais.



2. Objetivo:

a. O BIBLIOMÚSICA tem como objetivo divulgar os serviços da Divisão de Música e Arquivo Sonoro da Fundação Biblioteca Nacional, por meio de apresentações de projetos musicais compreendendo apresentação musical e explanação de informações educativas. O BIBLIOMÚSICA apresenta ao público a variada gama de serviços que uma biblioteca pode oferecer pondo em prática a interação entre as diferentes áreas culturais.



3. Regras para inscrição no Projeto:

a. Para participar do Projeto, o(s) candidato(s) deverá(ão) apresentar: currículo, projeto detalhado incluindo, roteiro da explanação, CD com repertório da apresentação, com pelo menos três músicas gravadas tais como serão apresentadas;

b. Os projetos de espetáculo deverão conter informações sobre o tipo de música, os compositores, os instrumentos, a formação (orquestra, conjunto, duo, etc.), roteiro completo da explanação educativa;

c. No ato da inscrição, os projetos serão entregues em espaço dois, sem rasuras, em 3 vias, juntamente com CD específico conforme a proposta de apresentação. A apresentação será, em sua integralidade, igual ou superior ao projeto inscrito selecionado. Não serão aceitas inscrições incompletas;

d. Os projetos deverão ser inéditos no Bibliomúsica;

e. O prazo de entrega dos projetos acompanhados do CD encerrar-se-á às 18 horas do dia 11 de fevereiro de 2011;

f. Os projetos inscritos serão selecionados por uma Comissão Julgadora;

g. Só participarão da seleção as inscrições completas que forem confirmadas por e-mail da BDB;

h. É vedada a participação de servidores públicos e de prestadores da Fundação Biblioteca Nacional bem como de membros da Comissão Julgadora;

i. É vedada a participação de candidato que seja cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau das pessoas citadas na alínea h.;

i. A solicitação de inscrição implica a aceitação deste regulamento pelos candidatos.



4. Prêmios:

a. Os projetos selecionados receberão da Fundação Biblioteca Nacional os seguintes prêmios: a realização de um espetáculo na BDB e o pagamento de cachê em espécie após a apresentação.

b. Para recebimento do prêmio, os candidatos selecionados devem necessariamente cumprir preceitos legais.



5. Casos de desclassificação:

a. Apropriação indébita de trabalho;

b. O não cumprimento deste regulamento.



6. Comissão Julgadora:

a. A Comissão julgadora será composta por 3 profissionais ligados à área de música;

b. A Comissão Julgadora registrará sua decisão em ata, cabendo à Biblioteca Demonstrativa divulgar o resultado oficial do Projeto em seu site;

c. A Comissão decidirá, de comum acordo com os selecionados, a data das apresentações;

d. Ao julgamento da Comissão não caberão recursos.



7. Disposições gerais:

a. Os inscritos serão informados da decisão da Comissão Julgadora por carta ou e-mail;

b. Os selecionados serão contatados pela BDB para entrega de documentação necessária ao recebimento do cachê;

c. Em 2011, a Biblioteca comemorará os centenários de nascimento de Assis Valente e Nelson Cavaquinho, dessa forma os projetos selecionados deverão apresentar uma música de autoria de cada um desses compositores, previamente acordadas com o Setor de Promoção e Divulgação Cultural;

d. A Biblioteca Demonstrativa devolverá o material da inscrição logo após divulgação da decisão da Comissão Julgadora se solicitado. A destinação dos não procurados no prazo de sessenta (60) dias, a contar da data da proclamação dos resultados, ficará a critério da BDB;

e. O deslocamento de e para Brasília bem como a estada na capital serão de inteira responsabilidade dos selecionados.

f. Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela Comissão de Seleção e pela Coordenação da BDB.



Maiores informações: (61) 3244-3015







Pesquisa de professora da UEPB sobre José Alves Sobrinho ganha prêmio do Ministério da Cultura

O resultado do Edital-Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel - Edição Patativa do Assaré, do Ministério da Cultura (MINC), reservou uma grata surpresa a uma docente da UEPB. Lotada na Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa (PRPGP) da Instituição, a professora convidada Joseilda de Sousa Diniz, foi uma das escolhidas na categoria Pesquisa. Joseilda ganhou o prêmio com a tese intitulada “José Alves Sobrinho: un poète entre deux mondes/José Alves Sobrinho: um poeta entre dois mundos”, sob orientação da professora Ria Lemaire da Université de Poitiers, cuja defesa foi realizada em outubro de 2009, na Universidade de Poitiers, na França.

 
A tese conta a história de um expoente da cantoria das décadas de 1930 a 1960. Trata-se de um trabalho científico bio-bibliográfico de um dos maiores poetas populares do século XX no Nordeste do Brasil: José Alves Sobrinho, nascido em 1921. “O estudo descreve essa trajetória excepcional de um poeta que vai viver toda a sua existência entre dois mundos, o da oralidade e o da escrita; o da poesia, a palavra rítmica, improvisada e eternamente em movência, transmitida de boca a ouvido e acreditada pelo público ouvinte e o da letra, a palavra poética elaborada para ser escrita, fixada no papel, condenada a uma procura sem fim de hipotéticos leitores”, comentou a pesquisadora.

 
Segundo Joseilda, a conquista do prêmio vem destacar não somente a importância da obra de José Alves Sobrinho no contexto da Cantoria e do Cordel, como também a necessidade urgente de novas políticas culturais que dinamizem a produção e disponibilizem a comunidade o acervo de cordéis da Biblioteca Átila Almeida da UEPB, na qual a docente efetua suas pesquisas e que foi construída, inclusive, numa parceria intensiva do professor Átila com o poeta José Alves Sobrinho. O prêmio coloca a Paraíba mais uma vez no mapa dos estudos sobre a poesia oral, destacando não só o trabalho da professora Joseilda, mas a UEPB e os poetas paraibanos, em especial, José Alves.



José Alves Sobrinho por Joseilda de Sousa Diniz

 
Poeta, cantador, improvisador, violeiro, nômade e autodidata, Sobrinho perdeu, no auge da carreira, a sua voz magnífica; tornou-se pesquisador em tradições populares e terminou a carreira como docente e pesquisador da Faculdade de Letras da Universidade Federal da Paraíba, hoje UFCG.

 
O bardo enveredou na pesquisa científica ao lado do professor Horácio de Almeida e do seu filho, Átila Almeida. Com esse último, escreveu a quatro mãos, obras determinantes para a compreensão da poesia popular e do imaginário do nosso povo e da nossa terra, em uma época onde as novas tecnologias da comunicação e da informação estavam em plena mudança. A presença de Sobrinho na coleção de Átila de Almeida é marcante, mostrando o fôlego de um grande mestre, pesquisador minucioso e competente, numa parceria feliz, feita de empatia e respeito mútuos. O autodidata e o intelectual vão juntos traçar muitos e significativos caminhos da pesquisa sobre as tradições orais, nas suas transições do mundo da oralidade para a escrita.

 
José Alves Sobrinho contribuiu de modo decisivo na constituição do que representa na atualidade o patrimônio de cordéis e de manuscritos da Biblioteca Átila Almeida, um dos acervos mais significativos pertencente a uma instituição pública, representando hoje para a comunidade acadêmico-científica, local, nacional e internacional, uma referência.






Políticas públicas de cultura

 
O Edital vem demonstrar também a importância das políticas públicas culturais voltadas para o campo das Poéticas das Vozes (poesia oral), bem como a diligência dos órgãos governamentais em colocar a poesia e o imaginário popular no centro de suas preocupações. Para a categoria de Pesquisa (dissertações de mestrado, teses de doutorado ou reedição de livros), foram contempladas dez iniciativas, no valor de R$ 25 mil cada.

 
Segundo Joseilda, este ano, o prêmio vem ressaltar “a importância da Literatura de Cordel como patrimônio imaterial brasileiro, entendendo sua unicidade e papel fundamental na construção da identidade e da diversidade cultural do país.” Assim, R$3 milhões foram disponibilizados pelo MINC, com o objetivo de incentivar iniciativas vinculadas à criação, produção, pesquisa, formação e difusão da Literatura de Cordel e linguagens afins.

 
A criação, pela UNESCO, em 2001, do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, representou um passo fundamental em direção a uma visão diferente, muito mais positiva, das tradições orais e populares.




 
Ascom

Tv Senado exibe documentário sobre Revolta em Princesa Isabel



Será exibido pela Tv Senado neste domingo,19/12 , às 21 horas, com reprises nos dias 26/12, às 15h30 e 01/01, às 21 horas o documentário Princesa do Sertão.

Considero um dever moral para nós, paraibanos, conhecermos esta importante página da nossa história.

Saiba um pouco mais:

No início do período republicano no Brasil, ricos fazendeiros comandavam a política nos municípios do interior dos Estados. No sertão da Paraíba, o município de Princesa Isabel tinha como autoridade maior o coronel José Pereira que, em 1928, sentiu-se desprestigiado pelo então ‘presidente’ da Paraíba, João Pessoa, quando o mesmo deixou de fora, na composição de uma chapa para deputado federal, o ex-governador João Suassuna, pai de Ariano Suassuna. O coronel José Pereira rompeu com o governador João Pessoa, também candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Getúlio Vargas, e passou da oposição às armas. A Revolta de Princesa, como ficou conhecido o episódio, tomou grandes proporções envolvendo a Paraíba, Pernambuco e o governo federal. A TV Senado resgata esse episódio da história recente do país que revela o delicado equilíbrio das forças que faziam a política brasileira durante a República Velha.

Com Deraldo Goulart
Tv Senado

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

E tome blog de literatura

Tenho acompanhado, recentemente, o nascimento de alguns sítios que dedicam espaço a boa e velha literatura. Justiça seja feita, Linaldo Guedes e Lau Siqueira, veteranos no assunto, servem de inspiração para os novos blogueiros.
Coisa boa essa adesão crescente de escritores que se rendem as novas mídias.

Hoje trago dica de mais dois recém nascidos.


Na página você pode encontrar resenhas sobre os livros do próprio Leo, além textos e poemas do jovem escritor.

http://www.betomenezes.biz// de Betomenezes é uma salada de coisas sem receita pronta.

Já estão nos favoritos de meu netbook, faça o mesmo.

Poder do Verbo faz turnê com shows em três cidades do interior da PB

O grupo musical Poder do Verbo, formado por crianças e adolescentes da cidade de Lucena (PB), chega nesta sexta-feira, 17 de dezembro, ao interior do Estado para fazer shows nas cidades de Campina Grande, Areia e Guarabira. O primeiro evento acontecerá em Campina, sexta, às 16h, na Escola Padrão do bairro Jeremias. No sábado o grupo se desloca para Areia, onde fará show às 19h no Teatro Minerva. Já no domingo a apresentação está marcada para às 15h, na Associação dos Menores com Cristo (AMECC), em Guarabira. A entrada em todos os shows é gratuita.

No próximo ano o espetáculo musical será apresentado ainda nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Bayeux, Santa Rita e Lucena. O registro de todos os shows fará parte do primeiro DVD do grupo, incluindo a gravação de um videoclipe e documentário. O projeto é patrocinado pelo BNDES, BNB e Governo Federal. A turnê no interior conta com o apoio cultural da Central Única das Favelas (CUFA), AMECC e Teatro Minerva.

Intitulado “Comunidade”, o DVD vai explorar aspectos do cotidiano das comunidades onde vivem os integrantes do grupo. Tudo começou há 8 anos, a partir das oficinas de música da Apôitchá, ONG fundada há 10 anos na cidade de Lucena. As músicas tratam de temas como a preservação da natureza, a reciclagem de resíduos sólidos, cultura de paz e a importância da leitura.

Segundo o coordenador do projeto, Abraão de Carvalho, a turnê do interior dará um novo gás ao grupo. “Todos estamos contentes com a possibilidade de conhecer públicos no interior do Estado, trocar experiências com ONGs e pessoas das comunidades que vamos nos apresentar. É um prazer imenso sair de Lucena com o Poder do Verbo, mostrar como ele cresceu nesses anos todos”, comentou.

A mistura de ritmos dá voz à nordestinidade presente na cultura do Lucenense, onde o coco, a embolada e o samba se destacam. Os ritmos nordestinos são uma constante nas músicas, mas o rap e o funk, ritmos apreciados pelos jovens do Poder do Verbo, entram também nessa salada musical.



Mais informações em:


Contatos:

Abraão de Carvalho (coordenador) – (83) 9963-9878.

Katiúscia Formiga (produção) – (83) 8892-6009 / 9629-8294.





Cordel de Fábio Mozart ganha prêmio nacional

A cultura popular acaba de ganhar o incentivo do governo para produzir trabalhos relacionados à literatura de cordel. Saiu o resultado do Edital de concurso público Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 - Edição Patativa de Assaré. O folheto “Biu Pacatuba, um herói do nosso tempo”, de Fábio Mozart, foi classificado em 20º lugar entre os 120 projetos de criação e produção de cordel escolhidos pelo Ministério da Cultura.

De acordo com o diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba, a iniciativa é resultado do Seminário de Políticas Públicas para Cordel, realizado em maio de 2009. "Esse prêmio vem atender a necessidade de ressaltar a Literatura de Cordel e linguagens afins como patrimônio imaterial brasileiro, entendendo sua unicidade e papel central na construção da identidade e da diversidade cultural brasileira, bem como estabelecer um canal direto com poetas e cantadores populares”.

A profissão das rimas, que contam histórias transmitidas de geração em geração, e repentes, que desafiavam a criatividade dos que duelam, foi regulamentada no dia 14 de janeiro deste ano. Desde então ainda não haviam desenvolvido nenhum projeto destinado ao gênero que influenciou escritores como Ariano Suassuna. Até que o Ministério da Cultura criou o Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 - Edição Patativa de Assaré, lançado durante a II Conferência Nacional de Cultura.

Da Paraíba, foram classificados 26 projetos, entre produção, pesquisa, formação e difusão da literatura de cordel. Um dos classificados foi o projeto para publicação de um dicionário de poetas cordelistas nordestinos, de autoria do escritor campinense Rui Vieira, um dos que incentivaram a produção e divulgação do folheto de Fábio Mozart. “Agradeço ao amigo Rui Vieira, à filha de Biu Pacatuba, Maria Helena Malheiros, e principalmente aos companheiros de Mari e Sapé, região onde se desenrola a história desse grande líder camponês, contada no meu folheto”, disse Fábio Mozart.




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lançamento do livro Conto: A Arte em Palavras é hoje em SP

Será hoje, na Casa das Rosas em São Paulo no Espaço Haroldo Campos de Poesia e Literatura, o lançamento do livro Conto: A Arte em Palavras, da escritora paraibana Jô Alcoforado.
A autora não estará presente e será representada por sua amiga, a escritora Ingrid Caldas.

Jô recebeu o PRÊMIO DESTAQUE PERSONALIDADE 2010- Rio de Janeiro pela Associação Fluminense de Belas Artes!


Serviço:

Qando: Hoje 15/12/2010
Hora: Ás 19:30 horas.

Onde: Espaço Haroldo Campos de Poesia e Literatura- São Paulo

Com Assessoria

Ponto de Cem Réis recebe Festival de Violeiros nesta quinta


Duplas paraibanas e de fora do estado vão participar do Grande Festival de Violeiros de João Pessoa nesta quinta-feira (16), a partir das 17h, no Ponto de Cem Réis. O projeto que deu origem ao evento é do presidente da Associação dos Violeiros, Severino Paulo. A proposta foi selecionada pelo Edital do Circuito Cultural das Praças, da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). A entrada é gratuita.

O idealizador do projeto, Severino Paulo, ressalta que o evento é uma forma de incentivar o estilo e valorizar os artistas. "Já fiz ao todo 14 festivais. Fizemos em locais como, por exemplo, a Praça da Paz e a Lagoa. Trazemos atrações de muita importância e qualidade", destacou.

Severino Paulo também se apresenta no dia do evento ao lado de Antônio Batista. O primeiro nasceu em Gurinhém (PB) e possui vários discos gravados. Quando se apresenta, é seu costume pedir aos ouvintes para dar motes e sugerir estilos. Por meio da Associação dos Violeiros da Paraíba, o artista mantém rica e viva a cultura da viola nordestina.

Já Antônio Batista nasceu em Itapetim (PE). Ele cantou com poetas da linha de Otacílio Batista, Clodomiro Paes, dentre outros nomes importantes. No currículo, está ainda a participação em vários festivais de viola e em programas de rádio.

Confira abaixo o restante da programação do festival:
16/12 (quinta-feira)

Local: Ponto de Cem Réis

Horário: 17h

Atrações:

João Paulo e Biu Salvino

Expedito Sales e Marivaldo dos Anjos

Jorge do Nascimento e Zé Ismael

Otacílio Soares e Manoel Alves

Antônio Batista e Severino Paulo

Zezinho da Borborema e Curió de Bela Rosa (emboladores, ao pandeiro)

José Antônio Paraibano

Com Assessoria

Última parte de Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto

O blog já está em clima de Natal.

Salve João Cabral de Melo Neto!!!!



O CARPINA FALA COM O RETIRANTE QUE
ESTEVE DE FORA,
SEM TOMAR PARTE DE NADA



Severino, retirante,
deixe agora que lhe diga:
eu não sei bem a resposta
da pergunta que fazia,
se não vale mais saltar
fora da ponte e da vida
nem conheço essa resposta,
se quer mesmo que lhe diga
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.



E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida
como a de há pouco, franzina
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Documentário "Princesa do Sertão" vai ao ar na Tv Senado domingo

O documentário Princesa do Sertão será exibido pela Tv Senado no próximo dia 19/12 (domingo), às 21 horas, sendo reprisado nos dias 26/12, às 15h30 e 01/01, às 21 horas.(HORÁRIO DE BRASÍLIA)

O documentário é dirigido pelo meu amigo Deraldo Goulart e relata detalhes da revolta ocorrida na cidade paraibana de Princesa Isabel.

Para saber mais sobre esta importante página da nossa história não percam o documentário.

Cyelle Carmem lança livro de versos no Sebo Cultural

A poetisa Cyelle Carmem lança seu livro de estréia “Luzes de Labirinto” no próximo dia 17 de dezembro de 2010 (sexta-feira), às 18:30h, n'O Sebo Cultural, Av. Tabajaras, Centro, ao lado da TV Correio de Comunicação.

A obra será apresentada pelo poeta Jairo Cézar e contará com a participação da Zé Violla Progressive Band.




A Pessoense Cyelle Carmem formou-se em Letras pela UFPB no ano de 2003 e concluiu mestrado em Literatura e Cultura também pela UFPB em 2006.

Artigo de Jairo Cézar sobre Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos, o poeta do ordinário

A Paraíba é pródiga em parir, de seu pequenino ventre, mestres da arte em seus mais variados ramos. Este é o caso especialíssimo de Augusto dos Anjos. Poeta de verve singular e de uma popularidade espantosa, Augusto, apesar do vocabulário hermético e cheio de referências a obras da literatura oriental, faz uma leitura nua da alma humana, chocando e encantando tanto estudiosos da literatura quanto leitores menos atentos.

Mas como explicar essa popularidade espantosa, de um poeta que morreu prematuramente aos trinta anos, nos deixando apenas um livro?

Não são poucos os críticos que se debruçaram sobre a obra anjosiana buscando respostas a esse questionamento e a tantos outros que surgem mesmo com a leitura de apenas alguns versos.

Profundo conhecedor da língua portuguesa, homem de erudição pouco comum e de leituras variadas, o poeta de o “Eu”, combina elementos oriundos da Biologia, da Filosofia, da História e do cotidiano, criando assim, uma mescla de popular e erudito pouco vista na literatura nacional. Aliás, como disse Carlos Drummond de Andrade, Augusto é o caso singular da literatura brasileira.

Há, no entanto, certa convergência de opinião entre boa parte dos críticos - a maioria classifica a obra dele como sorumbática, pessimista e cientificista. A força desse obscurantismo levaria, portanto, a fazer com que os leitores suscetíveis aceitassem o jugo como verdade absoluta.

Todavia, apesar de ser possível encontrar elementos soturnos na obra de Augusto, não é essa a sua essência. Em primeiro lugar, não existe poesia cientificista. Não há escola literária com esse nome, como há, por exemplo, o Parnasianismo ou o Barroco. Augusto dos Anjos usa elementos oriundos da ciência com uma função específica e metafórica, exercendo papel secundário ao lado de elementos da vida cotidiana.

Trancafiar a sua poética em uns poucos adjetivos acaba, mesmo que sem intenção, afastando novos leitores , influenciando negativamente a autonomia de quem lê. Mas a força que esses estudos tem, levaram o poeta paraibano a ser mais conhecido por “poeta da morte”, “poeta do infortúnio” e “´poeta do hediondo” do que por seu nome. Assim, ler Augusto dos Anjos seria mergulhar em um sorumbatismo profundo, ato que muitos optaram por evitar.

Mas, em meio a tantas visões simplórias de uma obra tão profunda, eclode o ensaio magnífico de Ferreira Gullar (GULLAR, Ferreira. Toda a poesia de Augusto dos Anjos. ), que traz uma visão nova, desmistificando conceitos negativistas e trazendo elementos novos, como o fato de que a reflexão sobre as coisas mais ordinárias da vida é que agigantam a poesia do paraibano.

Essa opinião vem ganhando adeptos a cada dia, pois hoje já se é possível encontrar, até com certa facilidade, leitores, professores e curiosos que não mais comungam da opinião de que Augusto dos Anjos era o “poeta da tristeza”.

Uma prova robusta disso é o trabalho da cantora e compositora brasiliense Marina Andrade. Marina, demonstrando elegância harmônica, musicou nove poemas do poeta, dando-lhes uma roupagem nova, fazendo deles o cd Versos íntimos, titulo de poema de Augusto. Rock, pop, bossa e até samba foram usados por ela para desflorar o que chamo de “invólucro místico” que envolve essa obra estupenda que é o “Eu”. Foi assim nos dias 12, 13 e 14 de novembro, quando a Livraria Cultura ao lado de Marina Andrade promoveu o I Tributo a Augusto dos Anjos, com exibição de documentários, sarau e um pocket show da artista.

Como convidado do evento, tive  a oportunidade de falar das minhas conclusões sobre a obra anjosiana e reencontrar a música de Marina aliada à poesia de Augusto. Marina presta, assim, um grande serviço aos futuros (e atuais) leitores de Augusto dos Anjos, revelando-lhes outra visão da obra do poeta do cotidiano, com ênfase de que a morte em sua obra nunca é definitiva, como de igual forma as opiniões sobre sua obra imortal.





Jairo Cézar Soares de Souza

Poeta, professor, estudioso da obra de Augusto dos Anjos, ex-diretor do Memorial Augusto dos Anjos em Sapé-PB e autor do livro Escritos nos ônibus.





segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E o Sebo Cultural continua agitado....

Confira o que vem por aí:

Acontece nesta terça-feira, no Sebo Cultural, entrega da premiação do 1º Concurso Pró-vida de Jovens Poetas. O evento será às 17h. 

______________________________________________________________________

O poeta Gil Hollanda lançará o livro PELA SOMBRA DAS HORAS*, com apresentação de Adriano Cabral, nesta quarta (15/12), às 19h no Sebo Cultural.



O Sebo Cultural fica localizado na Av. Tabajaras, 848, Centro de João Pessoa

Mais informações com:

Heriberto Coelho de Almeida

Fones: 0xx 83 3222 4438/3241 1423


Site: www.osebocultural.com


Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=10010392641613381659

* FUI ALERTADO PELO POETA LEO BARBOSA QUE O TÍTULO DO LIVRO DE GIL HOLLANDA É PELA SOMBRA DAS HORAS E NÃO PELA RUA DO MEU CANTO COMO ESTÁ NO RELEASE QUE ME FOI ENVIADO.

PEÇO DESCULPAS AOS LEITORES DO BLOG.

Hoje é dia Nacional do Forró

Hoje é o Dia Nacional do Forró. Como homenagem o blog vem de Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho com A Morte do Vaqueiro. Vejam que beleza:



Numa tarde bem tristonha


Gado muge sem parar

Lamentando seu vaqueiro

Que não vem mais aboiar

Não vem mais aboiar

Tão dolente a cantar

Tengo, lengo, tengo, lengo,

tengo, lengo, tengo

Ei, gado, oi

Bom vaqueiro nordestino

Morre sem deixar tostão

O seu nome é esquecido

Nas quebradas do sertão

Nunca mais ouvirão

Seu cantar, meu irmão

Tengo, lengo, tengo, lengo,

tengo, lengo, tengo

Ei, gado, oi

Sacudido numa cova

Desprezado do Senhor

Só lembrado do cachorro

Que inda chora

Sua dor

É demais tanta dor

A chorar com amor

Tengo, lengo, tengo, lengo,

tengo, lengo, tengo

Tengo, lengo, tengo, lengo,

tengo, lengo, tengo

Ei, gado, oi

E... Ei...

O Dia Nacional do Forró foi instituído pela Lei nº 11.176, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de setembro de 2005, e que teve origem no Projeto de Lei nº 4265/2001, de autoria da deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP)

Texto de Leo Barbosa sobre Clarice Lispector

Clarice entre vistas


Poucos conhecem o lado da Clarice Lispector entrevistadora, digo como repórter, pois nos seus contos e romances, essa escritora nos questiona(va) com afinco, levando-nos a percorrer o cerne dos nossos segredos. Clarice se questionava, para nos questionar. Mas, falo dela como jornalista que começou a exercer esse ofício em 1940, na Agência Nacional, publicando as primeiras entrevistas na revista Vamos Ler! E no jornal A Noite.. Alguns fatos interessantes durante essa trajetória é que uma vez ela perdeu uma entrevista feita com o Roberto Marinho, por não entender a própria letra! E certa feita, negou-se a fazer uma conversação dessas com o Pelé, pela simples razão de não querer.

O que mais encantava na autora de “A hora da estrela” eram suas perguntas, por demais capciosas, existências as quais nem sempre os entrevistados conseguiam responder. Às vezes ela fornecia informações pessoais, como forma de incentivo, para que o receptor ficasse desinibido para responder. Todavia, quando Clarice estava no papel de entrevistada, tinha fama de ser lacônica, de falar pouco, inclusive da sua obra, dava respostas do tipo: “Isso é segredo”. “Desculpe,mas eu não vou responder”. “Não sei”. Depois confessou que tinha medo de que suas palavras fossem deturpadas. Para quem quiser conhecer uma Clarice apuradamente auto-interrogativa sugiro o livro “Um sopro de vida”, na minha opinião, um dos melhores! Foi o último que ela escreveu antes de morrer, em 9 de dezembro de 1977, aos 57 anos, vítima de um câncer de ovário. No livro, ela cria um “alter ego” nomeado como Ângela Pralinni que estabelece um diálogo com o “Autor”.

Agora vou iniciar uma espécie de curta entrevista com perguntas minhas e respostas da Clarice Lispector com base em livros, textos seus:

- Clarice, amigos existem?

- “Leo, ocorreu um incêndio no meu apartamento, em conseqüência de um cochilo meu, enquanto fumava, o colchão pegou fogo e só me salvei, porque o meu filho, Pedro Gurgel, viu e apagou o fogo. Bem... passei quase três meses no hospital e recebi várias visitas de estranhos. Eu não sou simpática e o que dei aos outros para que viessem fazer companhia? Acredito que se tenha amigo, é que são raros”.

- Como você encara o sucesso?

- “A mim quase que faz mal: encarei o sucesso como invasão”

- Por que?

- “ Porque opinivam no que eu deveria escrever e quando isso acontecia – deixava de escrever, me acham mística, me imaginam demais...”

- Você se considera uma pessoa livre?

- “ Só seria livre se vivesse sem passado, futuro, ou presente”.



E-mail do autor: escritorleobarbosa@hotmail.com

domingo, 12 de dezembro de 2010

Minc divulga projetos habilitados no Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré

MINISTÉRIO DA CULTURA SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL




ATO PORTARIA N.º 043, DE 09 DE NOVEMBRO DE 2010.



A SECRETÁRIA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL, no uso de suas atribuições legais e em cumprimento ao disposto na alínea “b”, Inciso I, do Art. 3º da Lei nº. 8.313, de 23 de dezembro de 1991, resolve:



Art. 1º Divulgar a relação dos projetos habilitados e inabilitados, conforme subitem 6.2 do Edital de Concurso Público nº 4/2010 – Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré: Habilitados – Categoria Criação e Produção



Petra Ramalho encena Vanildo Brito


CONVITE


Convidamos você para assistir os espetáculos da UFPB

Lata Absoluta

Texto e direção: Paulo Vieira
Elenco: Cecilia Retamoza e Celly de Freitas

Tahina

Texto: Vanildo Brito e direção: Paulo Vieira
Elenco: Petra

Local: Centro Cultural da Energisa (inicio da av. epitácio pessoa)
Dias: 11, 12, 17, 18 e 19 de dez
Horário: sextas e sábados às 19h e domingos às 18h

De: teatro-pb@grupos.com.br em nome de Paulo Roberto Vieira de Melo

sábado, 11 de dezembro de 2010

Socorro Aragão recebe homenagem na Fundação Casa de José Américo

A Secretaria Estadual de Educação e Cultura, o Conselho Estadual de Cultura e a Fundação Casa de José Américo farão homenagem ao professor José Elias Barbosa Borges( in memoriam) e a professora Socorro Aragão na próxima segunda, 13 de dezembro, na Fundação Casa de José Américo, às 16h.

A homenagem é devido aos relevantes serviços prestados pelos dois intelectuais à cultura paraibana.

No caso da professora Socorro Aragão, os amantes da obra do poeta Augusto dos Anjos agradecem, tendo em vista os diverso trabalhos publicados por ela acerca da obra Anjosiana.

Uma justa homenagem.

Poema de Jessier Quirino

É um nó dado por são pedro

E arrochado por são cosme e damião

É uma paixão, é tentação, é um repente

Igual ao quente do miolo do vulcão



É um nó dado por são pedro

E arrochado por são cosme e damião

É uma paixão, é tentação, é um repente

Igual ao quente do miolo do vulcão



Quer ver o bom?

É o aguado quando leva açúcar

É ter a cuca, açucarado num beijo roubado

É um pecado confessado, compadre sereno

Levar sereno no terreiro bem enluarado

É pinicado do chuvisco no chão, pinicando

Ficar bestando com o inverno bem arrelampado

É o recado do cabocla num beijo mandando

“tá namorando a cabocla do recado”



É um nó dado por são pedro

E arrochado por são cosme e damião

É uma paixão, é tentação, é um repente

Igual ao quente do miolo do vulcão



Quer ver desejo?

É o desejo tando desejando

A lua olhando esse amor na brecha do telhado

É rodeado do peru peruando a perua

É canarim, é galeguim, é cantando o canário

Zé do rosário bolerando com dona isabel

Dona isabel embolerando com zé do rosário

Imaginário de paixão voraz e proibida

Escapulida, proibida pro imaginário



Quer ver cenário?

É o vermelho da aurodidade

É a claridade amarelada do amanhecer

É ver correr um aguaceiro pelo rio abaixo

É ver um cacho de banana amadurecer

Anoitecer vendo o gelo do branco da lua

A pele nua com a lua a resplandecer

É ver nascer um desejo com a invernia

É a harmonia que o inverno faz nascer



(miolo, miolo, miolo do vulcão...)



Quer ver desejo?

É o desejo tando desejando

A lua olhando esse amor na brecha do telhado

É rodeado do peru peruando a perua

É canarim, é galeguim, é cantando o canário

Zé do rosário bolerando com dona isabel

Dona isabel embolerando com zé do rosário

Imaginário de paixão voraz e proibida

Escapulida, proibida pro imaginário



Quer ver cenário?

É o vermelho da aurodidade

É a claridade amarelada do amanhecer

É ver correr um aguaceiro pelo rio abaixo

É ver um cacho de banana amadurecer

Anoitecer vendo o gelo do branco da lua

A pele nua com a lua a resplandecer

É ver nascer um desejo com a invernia

É a harmonia que o inverno faz nascer

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prazo para sete editais ProCultura se estende até o dia 10 de janeiro

O Ministério da Cultura prorrogou para até o dia 10 de janeiro o prazo de inscrições em sete editais ProCultura, que terminaria nesta sexta-feira (10 de dezembro). Por meio dos editais, a Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura vai selecionar projetos culturais nas áreas de circo, dança e teatro, artes visuais, música, livro e leitura e diversidade cultural. Os 608 projetos beneficiados receberão o total de R$ 57 milhões do Fundo Nacional de Cultura.

Veja a lista de editais que serão prorrogados

1. Edital ProCultura Prêmio de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro

2. Edital ProCultura para Artes Visuais

3. Edital ProCultura de Apoio a Banda de Música

4. Edital ProCultura Palcos Musicais Permanentes

5. Edital ProCultura de Apoio a Festivais e Mostras

6. Edital ProCultura para Programação Cultural de Livrarias

7. Edital ProCultura Núcleo de Formação Cultural da Juventude Negra



Mais informações: (61) 2024-2407 / 2401, na Comunicação Social/MinC.




Mileide Flores

Livraria Feira do Livro desde 1956

Fone(Fax): 55.85 3491.7868

Celular: 55.85 88029656

email: mileideflores@gmail.com

skype: mileide.flores

Antologia Literária tem inscrições prorrogadas

Belezas da Paraíba: Poesias e Contos




A Antologia Literária é  um projeto Literário onde vai reunir num livro as belezas de poesias e contos Paraibanos através de autores jovens e adultos que moram na Paraíba difundindo inicialmente na Paraíba os trabalhos dos autores que participarão da antologia.



Atenção escritores e poetas tiveram inicio no dia 05/11/2010 as inscrições para a seletiva do Livro Belezas da Paraíba: Poesias e Contos - antologia literária e foi prorrogada até 23 de dezembro de 2010 para completar autores no livro e número de páginas. A temática é livre e o interessante será falar de sua região.



Maiores informações e envio de textos pelo e-mail



jomendona@yahoo.com.br

 Fone (83) 9302-2992



Assunto: Belezas da Paraíba: Poesias e Contos

Encaminhar as poesias/Contos anexados, com ficha de inscrição, declaração assinada devidamente preenchida, mini biografia de 03 linhas no máximo e comprovantes de depósito referente de quantos exemplares vai adquirir.



Leiam o regulamento para seguir corretamente como deve fazer para sua poesia/conto ser aceito. Só aceitamos poesias/contos que estejam dentro das normas estipuladas. O livro tem um número X de participantes, portanto, façam sua inscrição e não deixe para ultima hora. Se o número de participantes for preenchido publicaremos o livro em Janeiro 2011 e fecharemos o contrato de impressão.



Convide e divulgue aos amigos que estão com suas escritas na gaveta para fazer parte do Livro Belezas da Paraíba: Poesias e Contos, enviando seus trabalhos. Nosso interesse é divulgar novos talentos e publicá-los.



Contamos com a sua participação e o talento de todos para que este livro seja um sucesso!



Um abraço e muita luz e inspiração nos seus poemas e contos!



Jô Mendonça Alcoforado!

Ativista Cultural, Antóloga, Escritora e Poeta

Acadêmica Correspondente da ARTPOP- Rio de Janeiro

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ariano em Taperoá

Lar, doce lar


Por: TIAGO GERMANO



Na esteira dos 40 anos do Movimento Armorial e da notícia que, no próximo ano, finalmente romperá um hiato de mais de uma década sem novos livros, Ariano Suassuna volta à Taperoá de sua infância para abrir a primeira edição do seminário Cariri Paraibano: Território Articulado como Espaço de Cultura, Desenvolvimento e Cidadania hoje, às 10h, no auditório da Unidade Leiga do Trabalho (ULT). O seminário ocorre em paralelo ao Festival Cariri Mostra Artes do Povo e ao Encontro de Pontos de Cultura da Paraíba, eventos que mobilizam a cidade de Taperoá até o domingo.

Ariano anunciou para o primeiro semestre de 2011 a publicação do romance O Jumento Sedutor pela editora José Olympio, que vem abastecendo as livrarias com alguns títulos do escritor. O romance integra um projeto mais extenso que, segundo ele, terá pelo menos mais três partes. A longa gestação justifica-se: caudaloso, Ariano ainda trabalha com o perfeccionismo bafejando em cima dos seus ombros. O novo livro é também minuciosamente ilustrado pelo mestre armorial.

De resto, o roteiro de sua palestra incluirá, claro, suas tergiversações clássicas: a pouca afeição às viagens longas; sua antipatia por ícones americanos como Mickey Mouse, Michael Jackson e Madonna; sua aversão pelo funk carioca e os tantos contos e causos que o consagraram em entrevistas, fazendo pulular em sua mesa convites para aulas-espetáculo ao redor do País.

O evento contará, ainda, com a presença do jornalista Francisco José, repórter e apresentador da TV Globo, que apresenta um painel sobre comunicação e cultura hoje à tarde, às 15h; Frederico Lustosa, professor da Universidade Federal Fluminense, é outro painelista confirmado para esta tarde. Além dos painéis e palestras, a programação dos quatro dias ainda traz uma exposição que exibe peças de artesanato, xilogravura e cordel de artistas da região.

Compondo as atrações do Festival Cariri Mostra Arte do Povo, serão realizados o Encontro de Mestres de Cultura e o Encontro de Grupos Folclóricos, Repentistas, Violeiros e Trios de Forró. Um cenário eferverscente armado pelos conterrâneos para receber Ariano numa Taperoá que ele consagrou nas páginas de seus romances.

Dica de Blog

Indico o blog da Revista Blecaute que tem como um dos editores o amigo Bruno Gaudêncio. Bruno é um inquieto, um mobilizador nato, além de grande poeta e autor  de "O ofício de engordar sombras" livro do qual gosto muito.

Saiba mais um pouco sobre a Blecaute:

Blecaute é uma revista de literatura e artes é um periódico eletrônico de acesso gratuito editado em Campina Grande-PB, cujo número inaugural veio à lume no mês de novembro de 2008. Seu primeiro editorial, intitulado “Blecaute: a escuridão que nasce literária”, já expunha o caráter da revista, que se propõe a ser um veículo inovador de comunicação e divulgação do que vem se produzindo de novo em termo de literatura na Paraíba, no Brasil e nos países lusófonos.

Link do blog: http://sites.uepb.edu.br/revistablecaute/

Frases de Clarice Lispector

Homenagem do blog a escritora que se encantou  faz 33 anos


"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda."
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"Ela estava enfim livre de si e de nós. Não vos assusteis, morrer é um instante, passa logo, eu sei porque acabo de morrer com a moça. Desculpai-me esta morte. É que não pude evitá-la..."
 
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"Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. (...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo."
 
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''Sim, minha força está na solidão. não tenho medo de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.''

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Gonzaga Rodrigues lança livro em Campina Grande

NO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2010, ÀS 17:00 H, NO SEBO CATA-LIVROS, LOCALIZADO NA PRAÇA CLEMENTINO PROCÓPIO, CENTRO, CAMPINA GRANDE, SERÁ LANÇADO O LIVRO "RETRATO DE MEMÓRIA" DO CRONISTA GONZAGA RODRIGUES

O LANÇAMENTO TEM O APOIO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRAPHICO DO CARIRY PARAIBANO

 
SOLICITAMOS A TODOS QUE FAZEM O IHGC, QUE DIVULGUEM O LANÇAMENTO, E DENTRO DO POSSÍVEL, SE FAÇAM PRESENTES


ATENCIOSAMENTE,

 
IHGC E SEBO CATA-LIVROS

A Paco Editorial recebe originais para publicação em 2011

Com o objetivo de promover e enriquecer a cultura brasileira e proporcionar a autores a possibilidade de publicação de suas obras, a Paco Editorial abre novo período para recebimento de originais de livros.

A proposta é destinada a autores de todo país, que já tenham ou não livros publicados. Para avaliação, serão aceitos trabalhos de Administração, Economia, Direito, Sociologia, Filosofia, Linguística, Educação, Crítica Literária, História, Geografia, Ciências Políticas e Comunicação, dentre outras áreas.

As obras selecionadas serão lançadas em 2011. O prazo para produção e publicação é de três meses (90 dias) após assinatura do contrato.

Na Paco Editorial, autores novos ou consagrados têm a chance de transmitirem e perpetuarem seu conhecimento por meio da publicação de livros. O trabalho é realizado de forma ágil e precisa, sempre com a competência e qualidade da equipe da Paco, que, além de produzir, também divulga e comercializa os títulos de acordo com seus públicos específicos, alcançando sucesso para todos.

O objetivo da Paco é continuar fazendo a diferença no mercado brasileiro de livros, como em 2010, quando publicou dezenas de obras de áreas diversificadas.

SUBMISSÃO DOS ORIGINAIS:

- Antes da submissão dos originais, os autores deverão tomar conhecimento das normas e informações relativas ao processo de avaliação, seleção e publicação, todas disponíveis em www.editorialpaco.com.br/academicos.html.

- Os originais deverão ser enviados em arquivos .DOC, .RTF, ou .PDF, para o e-mail originais@pacoeditorial.com.br, com o assunto ORIGINAL PARA PUBLICAÇÃO. No mesmo e-mail devem ser inseridos dados pessoais (NOME E TELEFONE) para eventuais contatos durante a avaliação.

- Os originais podem ser de autoria individual ou coletiva. Serão aceitos textos únicos e coletâneas de artigos. Não há limitação de número de páginas dos trabalhos a serem enviados.

- Os trabalhos podem ser enviados em seu formato/estrutura original. No caso daqueles que forem aceitos publicação, os autores poderão executar eventuais modificações durante o processo de produção da obra.

Em caso de dúvidas, enviar e-mail para contato@pacoeditorial.com.br

Para conhecer alguns dos nossos lançamentos, acesse www.editorialpaco.com.br/lancamentos.html



Equipe da PACO EDITORIAL



Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561 - (81)97293757