sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Poema de Políbio Alves

Simulacro

O que ficou
do desfecho,
inscrito em espanto,
foi sangue pisado
na pele azul
de um azulejo.

Em princípio,
ainda continua
intacto — o pulso
aberto. E a lâmina
cega pela fúria
de um gesto, a mais,
no ralo de um banheiro.

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