quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Poema de Vanildo Brito


Poética

Que o poema vos seja como o vento:
alado e fluido mensageiro
do seu feliz deslumbramento.

Que o poema vos seja como a pedra:
impenetrável solidão
onde nenhuma planta medra.

Que o poema vos seja como o dia:
jogo de tempo que a si mesmo
destrói e que depois se cria.

Que o poema vos seja vã loucura:
relâmpago de luz e fogo
entremeados de ternura.

Que o poema vos seja tudo e mais:
seja a esperada redenção
pela palavra que sonhais





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