quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Poema de Félix Maranganha

                                                                    
  À luz da noite 

 Não falarei, aqui, neste soneto,
de meus pavores pelas madrugadas,
mas dos pavores que eu não tenho medo
quando o noturno tempo mais se tarda.

Quente e abafada em flamas invisíveis
me faz a noite em sonho sem ter sono,
os meus piscares são indivisíveis,
noturno ambulo excuso, não sei como.

Um solitário, a noite eu atravesso...
Meus olhos poucos inda funcionam,
se faz a luz, pra mim, escuro espesso.

E quando vejo a noite que se tomba,
penso comigo à nova luz que raia:
- Perpasso a noite que me traz insônia.
 
 

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