quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Soneto de Guga Limeira

A minha teimosia não é prosa,
é poesia!, é caixa de Pandora!
Carrega em si tal mote que a glosa
suspira, embriagada pela aurora

do meu versar; A musa me é senhora,
dona de mim. É rara, é perigosa,
sabe fazer-me mudo e sabe a hora
de me açoitar com pedra, pau & Rosa.

Mas se hoje me aventuro no relevo
incerto do meu texto é porque o pranto
é menor que o desejo; E, feliz, clamo:

Eu não sei escrever, mas eu escrevo.
Não sei como cantar. Contudo, canto.
Nada sei eu do amor, no entanto amo.
 

6 comentários:

  1. Mto legal. Me remeteu a "32 dentes" dos Titãs o final. Começo a perceber certos taços estilisticos do lion baseando-me nos ultimos poemas q li.

    Muito bom! ^^

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  2. Ah, sempre um prazer ver uns versinhos meus nessa condução :) Valeu, Jairo! o/

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  3. O não saber fazer, mas que vem de dentro, é o saber fazer per-feito. Você, que diz escrever e cantar, deixe-me te conhecer e provar do seu amar.

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  4. O ônibus está sempre de portas abertas aos bons poetas, pequeno lion.

    Wander, apesar da idade, guga vem demonstrando que tem um projeto literário bem resolvido.

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