sábado, 16 de julho de 2011

Sapé no GLOBO


É com grande alegria que reproduzo o e-mail que me foi enviado pela amiga e ativista cultural de Boqueirão, Mirtes Waleska.
Venho lutando com este evento há quase dez anos. Fico feliz com o reconhecimento que deve ser dividido entre várias pessoas, inclusive com o prefeito de Sapé, João Clemente, o vice-prefeito, Melcíades Brito e a secretária de educação, América de Castro.

Próximo ano, tem mais Celebrando os Anjos de Augusto com feira de livros.

Espero os amigos em Sapé na Paraíba.

O GLOBO - SEGUNDO CADERNO (15 DE JUNHO DE 2011)

Eventos literários do país ganham calendário

Circuito Nacional de Feiras de Livros vai organizar programação e facilitar patrocínio
Por Mànya Millen

Uma antiga demanda do mercado livreiro e editorial toma forma hoje, às 15h, na Cinemateca de São Paulo, quando será anunciada a criação do Circuito Nacional de Feiras de Livros, um amplo calendário que reúne e organiza os eventos literários que acontecem anualmente no país — hoje são 75 catalogados, desde a Festa Literária Internacional de Paraty e a Bienal do Livro do Rio até a Feira de Livros e Produtos Culturais de Sapé, na Paraíba. Organizado pela Fundação Biblioteca Nacional em parceria com a Câmara Brasileira de Livro, o Circuito vai apoiar as já existentes e estimular a criação de outras, chegando a 150 em dois anos. O cardápio oferecido às feiras terá, entre outras ações, a Caravana de Escritores, que no segundo semestre promoverá centenas de encontros entre autores e leitores; encontros regionais do Proler para formação de agentes de mediação de leitura e formação de bibliotecários. A ajuda mais “fabulosa”, segundo Galeno Amorim, presidente da Biblioteca Nacional, foi a aprovação em abril, na Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic), de uma súmula administrativa que enquadra todas as feiras de livros na Lei Rouanet, o que proporciona 100% de abatimento no Imposto de Renda para os patrocinadores.

— Algumas já eram enquadradas, outras, não, dependia muito do humor do parecerista —conta Amorim. —  Muitos festivais literários têm shows e outras atrações, então o parecerista dizia “isso não é uma típica feira de livro” e pronto, não enquadrava. As feiras precisam ter pelo menos 51% de suas atividades ligadas ao livro. Para Amorim, as feiras têm importância estratégica para as políticas públicas do livro. Além de chamar a atenção da população para a função social da leitura, muitas vezes fazendo a cidade girar em torno do evento ao longo do ano, há números expressivos embasando a iniciativa do Circuito. Uma pesquisa mostrou que 9,4 milhões de exemplares foram vendidos nas últimas edições dos eventos, totalizando 105 milhões de Reais — só entram no calendário as festas literárias que têm espaço garantido para a venda de livros. Amorim lembra que as feiras mobilizam direta e indiretamente 7,5 milhões de pessoas.

— Existe uma quantidade significativa de feiras surgidas no Brasil na última década — diz ele. — Muita gente vai dizer que eventos como a Bienal do Livro ou a Flip não precisam de nada, têm recursos próprios, mas sabemos que não é bem assim. Por outro lado também temos municípios com 5 mil habitantes que só querem receber um autor... O governo não dará todo o recurso, vamos estimular os organizadores a buscarem recursos na iniciativa privada. Galeno diz ainda que o incentivo às feiras — que só em recursos da própria BN, fora o apoio da Funarte, da Ancine e da renúncia fiscal do governo, consumirá algo em torno de 3,4 milhões de Reais por ano — vai muito além de movimentar a indústria do livro: — Quando estimulamos uma feira fazemos um estímulo muito mais amplo, cultural. Essas feiras incrementam a cultura local, porque colocam no circuito a literatura da cidade, a música da cidade. Então, na verdade, estamos incrementando a economia criativa naquele lugar.

2 comentários:

  1. estive no Celebrando os Anjos de Augusto deste ano e foi um prazer. Conhecer alguns dos lugares onde o menino Augusto brincou e escreveu foi uma bela esperiência física e metafísica. além do prazer de ter conhecido os meninos imperdoáveis do Caixa Baixa. Abraço especial ao Bruno Gaudêncio e ao Roberto Denser.

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  2. Mifô,
    O evento, apesar das dificuldades, tem crescido a cada ano. No próximo, vamos fazer melhor ainda. Sinta-se convidado.

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