segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Poema de Astier Basílio

Asas do Desejo


A própria queda
me ampara.



Do amor,

antes carrara,

somente seu risco e cerco:



a flauta de suas garras.



Voar com a falta,

sonhar a avara

e mais que parca

das fábulas.



Amor,

efeito colateral

de não ter asas.

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