quarta-feira, 6 de abril de 2011

Poema de Augusto dos Anjos

 Eterna Mágoa

O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do Mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar de apaga!

Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo à Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.

Sabe que sofre, mas o que não sabe
E que essa mágoa infinda assim não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda

Tranpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
É essa mágoa que o acompanha ainda!

8 comentários:

  1. Jairo.
    Depois de minha solicitação do livro, fiquei me informando e sonhando com os belos textos do teu blog!
    Gostei muito. Certamente, estarei por aqui com frequencia.
    Obrigada pela tua seleção e teu tempo...
    Cassandra.

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  2. Eu é que agradeço as gentis palavras.
    Obrigado e volte sempre.
    abraço

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  3. Adoro esse poema! Tão real para os "depressivos"...

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  4. Gosto dele, pois confirma minha tese de que a morte em Augusto nunca é definitiva.
    abraço, amiga.

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  5. obrigado, meu caro, por "seguir" meu blog. Desatento que sou, só agora percebo! Em breve, quando voltar para PB-PE creio que nos conheceremos pessoalmente e quero conhecer sua produção e as coisas boas que andam tramando para o bem da nossa literatura paraibana.
    um abraço fraterno desde terras altas e convulsas, Vamberto

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  6. Olá,

    Vamos, sim. As coisas estão caminhando. Acho que vivemos um bom momento literário na PB. O CAIXA BAIXA e os eventos sobre literatura no interior do Estado comprovam o que falo.
    saudações poéticas.

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  7. Jairo,

    Augusto é uma fonte inesgotável, quando mais mergulho neste saber mais percebo que nada ou quase nada aprendi

    Sandra Alves
    Cruz do Esp. Santo x Santa Rita

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  8. Obrigado pela visita, amiga.
    Augusto é infinito.

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