segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um poema do Mestre Sérgio de Castro Pinto

diante de um filme de carlitos

sentava os olhos
e logo os dividia:
chorava com o direito
e com o esquerdo sorria.
os dois jamais sorriam
ou choravam,
(sempre dividiam,
eram sempre estrábicos),
um era triste
e o outro palhaço.

Do livro A Ilha na Ostra (1970)

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