segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Poema de meu primeiro livro "Escritos no Ônibus"

O PAPEL

Os versos violam o ventre do papel,
Maculam sua virgindade pálida
E rasgam-lhe a alma vegetal.

Na plenitude alva de seu mistério,
As letras talham-se uma a uma
Em um balé tátil de tatuagens tépidas.

Ah! No plenilúnio último de suas linhas tênues,
O papiro, pássaro albino sem asas,
Enclausura-se na gaiola das idéia

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