terça-feira, 17 de agosto de 2010

Poema de Lenilde Freitas

O PEIXE

Nada
o peixe na lua
espelhada na água.
Impele,
leve como num sonho
o bojo vazio.
Alheio
à coruscante dádiva
— que ele sabe breve —
Enxágua seu longo silêncio
no fundo do rio.

Poema do livro Grãos na Eira de 2001. Livro excelente, poesia tocante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário