sexta-feira, 14 de junho de 2013

Astier Basílio no ônibus

Soneto de amor de Tonho e Paco

A Plínio Marcos

a paixão corre o risco de um palco.
Tão perto e ao mesmo tempo farpado.
Masmorras gritam pelos seus contrários.
Resistiremos ao próximo assalto?

Amor, aqui abismo, ali já pássaro.
Não tem nome, mas, no volume máximo:
cárcere, música, miserê, um barco
embriagado e desigual, mas um barco.

Quando o beijo é somente o mesmo escarro.
Pra qualquer infinito somos fracos.
Não apenas ter dor e um carrasco,

mas, um outro papel e recusá-lo.
A noite é suja e perder-se é um passo.
Então pintei de blues os meus sapatos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário