quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

José Antonio Assunção

CAMINHO DE DAFNE 

Desde os confins da Ásia ouço tua voz
Passada de geração a geração por outras vozes 
Menos que por vastos anêmicos dicionários.
Teu inflamado scherzo acorda comigo
E flana pelas ruas de Intermares
Até a antiga orla que beijou Nassau
Em incerto dia dos calendários.
A caminho da praia uma moeda deparo
E tateio alheio a efígie na prata.
Que infinitas rotas foram alijadas
Para que tocasses, e a esta efígie,
As emocionadas notas de tua Appassionata?
Tu, Ludwig van Beethoven
Que trauteio alheado caminho de Dafne.

3 comentários:

  1. Bom que essa voz já tenha chegado a Sapé.
    Mas até o templo de Dafne falta ainda umas boas léguas. Bom passar sebo de carneiro nas canelas.
    Até mais ver, poeta Jairo!
    j.a.assunção

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    1. kkkkk. certamente, poeta.Sapé fica mais perto.
      abraço
      jairo

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  2. Jairo, grato por consertar minha gralha.
    j.a.assunção

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