Soneto para Isabel
Do amor, não sei tratar em prosa ou verso,
Em letra escrita ou verbo em viva voz,
Não sei tratar do amor que vive em nós,
Embora nele eu seja tão imerso.
Não sei tratar do amor porque – confesso –
Escrevo apenas quando estou a sós,
Sentindo arder na carne a dor atroz
Daquilo que não tenho quando peço.
Se ouço ao lado a voz e vejo o rosto,
Sentindo a pele amiga achar-se à minha,
E trago à boca o humor que lhe dá gosto,
Dispenso a tinta e a letra desta linha,
Querendo apenas ter comigo o posto
De rei, senhor e deus de tua vinha.
Caro poeta, ser passageiro do seu ônibus é sempre uma honra! Abração!
ResponderExcluira honra é toda dos passageiros, poeta.
ResponderExcluirgrande abraço.