Eu na roda

Alguém disse certa feita, que a poesia era a forma mais sublime de expressão humana. Não lembro quem foi, acho até que fui eu, mas o que importa mesmo é que concordo em gênero, número e grau. Todavia, há um braço da poesia que considero a sublimação da linguagem em seu mais alto estágio, o extrato da simplicidade lírica traduzida em verso. Eis o que penso da poesia infantil.

 “Se simples fosse fácil, já teriam inventado outro parabéns pra você”, disparou meu amigo Paulo Emanuel  no meio de uma birita . Este é o grande gargalo de direcionar a lira aos pequenos. A linha entre o tolo e o lírico é um fio de cabelo.

Desde 1998, quando cogitei trabalhar no projeto de um livro infantil, a insegurança e o medo me foram companheiros inseparáveis. Daí, em 2010, nasceu minha filha, fato que desencadeou o inicio de Rapunzel e outros poemas para colorir.

Foram quarenta dias de muita leitura e trabalho. Dediquei-me tanto ao livro que me desliguei de tudo, menos de Beatriz. Depois da feitura dos poemas e das ilustrações que ficaram sob a responsabilidade de meu pai, enviei os originais para uma série de amigos sinceros e cruéis. Foi aí, que a seqüência de alegrias se iniciou. Agradeço todos os e-mails recebidos, entretanto, não posso deixar de dizer que os depoimentos de Bia Kelly, Fábio Cardoso, Roberto Denser e Águia Mendes foram pra lá de especiais.

Amanhã, participo na Estação Cabo Branco de uma roda de leitura com 40 alunos da escola da Polícia Militar. Apesar da experiência com eventos dessa natureza, confesso que estou muito ansioso e até nervoso. É a primeira vez que serei lido pelos pequenos assim, na presença deles e minha.

Bem,  meus versinho já me alegraram tanto que já me dou por satisfeito. Creio que até junho de 2012 o livro será lançado. Desde já, todos os passageiros do ônibus estão convidados.

Serviço

onde: Estação Ciência

quando: 11/10/2011

hora: 9:30h

preço: gratuito