quinta-feira, 5 de maio de 2011

Poema de Cyelle Carmem

Passa tempo!
mas não dentro de mim
que seus ventos
assanham meus cabelos
desalinham o vestido.

Passa
na esquina dos desesperos
fantasmas do desassossego
alicerces do desapego.

Passa tempo!
mas não perto de mim
traquinagens da efemeridade
cresce a criança que levo na mão.

Passa
na rua do trovador
no beco da pobre flor
na cova do mau amor.
 

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