A editora gaúcha Casa Verde lançará no próximo dia 5 de maio, em Porto Alegre, o novo livro do poeta Lau Siqueira - "Poesia Sem Pele. O lançamento acontecerá às 20 horas, na Casa de Cultura Mário Quintana, na programação do FestiPoa Literária, um dosmais importantes festivais de literatura do sul do país. Este será o segundo livro da coleção Cidade Poema – projeto que inundou de poesia a capital gaúcha ( www.cidadepoema.com) e será o quinto livro de poemas deste poeta gaúcho radicado na capital da Paraíba há 26 anos. O livro será lançado ainda no dia 10 de maio, às 19 horas, em Curitiba, num dos points culturais da cidade, o Brooklyn Café, numa promoção do Jornal Memai, órgão de divulgação da cultura japonesa. Em João Pessoa o lançamento acontecerá no dia 18 de maio, às 20 horas, no pátio do Complexo Juliano Moreira (Avenida Pedro II), como parte da programação de abertura da Semana de Luta Antimanicomial, evento que terá ampla programação, com participação de artistas importantes como Babilak Bah e Tom Zé. Segundo o poeta, "será um um prazer enorme lançar livro em Porto Alegre por uma editora que aposta nos escritores gaúchos. Também será uma oportunidade rara lançar em Curitiba, cidade de grande tradição literária."
O lançamento em João Pessoa acontece dentro de um contexto muito especial: a Semana de Luta Antimanicomial. "A sociedade moderna é palco de muitos preconceitos. Um dos mais violentos se refere à doença mental, amparado na tradição desumana do confinamento, da lobotomia, do choque elétrico e outros tipos de violência. O meu livro, aqui em João Pessoa, vai ser parte de um contexto muito específico. Queremos despertar um olhar carinhoso para esta causa. Não podemos esquecer que o Museu de Imagens do Inconsciente, foi criado em 1952 pela Dra. Nise da Silveira, uma alagoana ex-aluna de Carl Jung que permanece um ícone da luta antimanicomial no mundo. Inclusive, tendo sido presa pela ditadura do Estado Novo e virado personagem do livro Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos. Portanto, isso tudo têm uma relação direta com a criação literária.
Como diz Antônio Cândido, "a literatura é um dos direitos humanos", conclui Lau Siqueira.
Segundo o crítico, poeta e Prof. Dr. do Depto de Letras da UFPB, Amador Ribeiro Neto, "Lau consegue tomar a simplicidade de Bandeira e associá-la a requintes de uma linguagem poética que não se entrega de imediato. Acho que entrega-se parcimoniosa e incompletamente variadas vezes. Como toda boa poesia." O poeta, crítico e também Prof. Dr. da UFPB, Hildeberto Barbosa Filho, também faz referências ao poeta gaúcho: "Herdeiro dos modernos, herdeiro das vanguardas, herdeiro dos poetas marginais, o poeta gaúcho/paraibano parece provar a efetividade das fusões estéticas, sem comprometer as propriedades idiomáticas de um estilo pessoal e as marcações pontuais de um olhar autônomo."
Generosamente citado por críticos e escritores em diversos estados, Lau Siqueira foi um dos poetas publicados pela antologia "Na virada do século – poesia de invenção no Brasil", lançada pela Editora Landy (SP), em 2002. Os organizadores, também poetas e críticos Frederico Barbosa e Cláudio Daniel reuniram nesta antologia, nomes importantes da poesia contemporânea, como Arnaldo Antunes e Glauco Mattoso e até poetas que até então eram inéditos. Para Frederico Barbosa, "Lau trilha um caminho infelizmente raro na poesia brasileira contemporânea: o da experimentação sem preconceitos e a busca de uma dicção aparentemente espontânea, mas que é fruto de um intenso trabalho com a linguagem. Lição que nos deixaram poetas como Carlos Drummond de Andrade (nos seus melhores momentos), Manuel Bandeira e Mário Quintana."
O lançamento em João Pessoa acontece dentro de um contexto muito especial: a Semana de Luta Antimanicomial. "A sociedade moderna é palco de muitos preconceitos. Um dos mais violentos se refere à doença mental, amparado na tradição desumana do confinamento, da lobotomia, do choque elétrico e outros tipos de violência. O meu livro, aqui em João Pessoa, vai ser parte de um contexto muito específico. Queremos despertar um olhar carinhoso para esta causa. Não podemos esquecer que o Museu de Imagens do Inconsciente, foi criado em 1952 pela Dra. Nise da Silveira, uma alagoana ex-aluna de Carl Jung que permanece um ícone da luta antimanicomial no mundo. Inclusive, tendo sido presa pela ditadura do Estado Novo e virado personagem do livro Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos. Portanto, isso tudo têm uma relação direta com a criação literária.
Como diz Antônio Cândido, "a literatura é um dos direitos humanos", conclui Lau Siqueira.
Segundo o crítico, poeta e Prof. Dr. do Depto de Letras da UFPB, Amador Ribeiro Neto, "Lau consegue tomar a simplicidade de Bandeira e associá-la a requintes de uma linguagem poética que não se entrega de imediato. Acho que entrega-se parcimoniosa e incompletamente variadas vezes. Como toda boa poesia." O poeta, crítico e também Prof. Dr. da UFPB, Hildeberto Barbosa Filho, também faz referências ao poeta gaúcho: "Herdeiro dos modernos, herdeiro das vanguardas, herdeiro dos poetas marginais, o poeta gaúcho/paraibano parece provar a efetividade das fusões estéticas, sem comprometer as propriedades idiomáticas de um estilo pessoal e as marcações pontuais de um olhar autônomo."
Generosamente citado por críticos e escritores em diversos estados, Lau Siqueira foi um dos poetas publicados pela antologia "Na virada do século – poesia de invenção no Brasil", lançada pela Editora Landy (SP), em 2002. Os organizadores, também poetas e críticos Frederico Barbosa e Cláudio Daniel reuniram nesta antologia, nomes importantes da poesia contemporânea, como Arnaldo Antunes e Glauco Mattoso e até poetas que até então eram inéditos. Para Frederico Barbosa, "Lau trilha um caminho infelizmente raro na poesia brasileira contemporânea: o da experimentação sem preconceitos e a busca de uma dicção aparentemente espontânea, mas que é fruto de um intenso trabalho com a linguagem. Lição que nos deixaram poetas como Carlos Drummond de Andrade (nos seus melhores momentos), Manuel Bandeira e Mário Quintana."
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