Todo o lixo produzido pelo material impresso da propaganda eleitoral para o pleito deste ano poderia ser utilizado para a publicação de 20 milhões de livros escolares com 50 páginas. O cálculo foi divulgado pelo juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo Tamburini, na sexta-feira em congresso de comemoração dos 10 anos da Escola Judiciária Eleitoral.
O levantamento foi produzido com base nas prestações de contas dos candidatos, que pode ser consultada no site do TSE. Foram gastos pelos aspirantes a cargos na eleição deste ano um total de R$ 2 bilhões em propaganda, dos quais R$ 800 milhões foram destinados a material impresso, como panfletos e divulgação em jornais.
Segundo Tamburini, com R$ 250 podem ser produzidos 20 mil santinhos. O valor declarado pelos candidatos é suficiente para a impressão de 57 bilhões de panfletos deste tipo. Para a produção deste material foi necessária a derrubada de 603 mil árvores e o consumo de três bilhões de litros de água.
Para o juiz Paulo Tamburini, apesar dos constantes avanços do processo eleitoral, pouco ou nada tem sido feito quanto ao impacto ambiental da propaganda. O comandante do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Rio, tenente-coronel José Albucacys de Castro, fez o estudo do impacto ambiental da propaganda eleitoral com Paulo Tamburini e ressaltou que o lixo da propaganda entope as galerias de águas pluviais, o que pode causar alagamentos e enchentes. Quando jogado nas encostas dos morros, leva ao deslizamento de terra.
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