Desde quando pendurei em cruz
esses versos vermelhos nos umbrais
os pássaros voltaram a gorjear manhãs,
gerânios floresceram no alpendre dos olhos,
sararam as fissuras das paredes
e na lisura da pele da casa
o peito renovou-se de abstratos.
Sonhos voltaram a habitar o ninho
na viga mais alta,
fantasmas povoaram outro porão
e as heras, mastigadas pelo sol,
no muro já caiado do presente,
quedaram em silêncio.
Das calhas limpas hoje escorre vida
e pelas frinchas da alma varrida,
escamas de feixes de luz!
sararam as fissuras das paredes
e na lisura da pele da casa
o peito renovou-se de abstratos.
Sonhos voltaram a habitar o ninho
na viga mais alta,
fantasmas povoaram outro porão
e as heras, mastigadas pelo sol,
no muro já caiado do presente,
quedaram em silêncio.
Das calhas limpas hoje escorre vida
e pelas frinchas da alma varrida,
escamas de feixes de luz!
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