domingo, 18 de março de 2012

Dia Nacional da poesia por Juca Pontes

 Muitas e muitas vivas ao dia da poesia. Viva a Antônio David e Linaldo Guedes, poetas da imagem. Viva à extraordinária paisagem percebida no Varadouro de Políbio Alves. Viva ao concerto lírico de Sérgio de Castro Pinto e ao conceito crítico de Hildeberto Barbosa Filho. Viva ao fazer literário de Elizabeth Marinheiro, bem acompanhado pela presença de Molina Ribeiro e pela imensa poesia de Raymundo Asfora e Figueiredo Agra. Pelos intensos versos de Jomar Souto, Marcos Tavares, Otávio Sitônio Pinto, Vanildo Brito, José Nêumanne, Bráulio Tavares, Ronaldo Monte, Arlan de Souza Lopes, José Leite Guerra e Luiz Fernandes da Silva. Viva à poeticidade de Jomard Muniz de Britto, à poesia atonal de Wills Leal e ao estado poético de W. J. Solha. E o que dizer das canções de Carlos Aranha e da veia poética de Walter Galvão e Mr. K? Viva às garatujas de José Antônio Assunção, Antônio Morais de Carvalho, Marcos e Jakson Agra. À terna e eterna lembrança de Violeta Formiga. Viva a Eulajose Dias de Araújo, poeta barbeiro que nunca teve idade. Às iluminuras de Ariano Suassuna e Jurandy Moura ou à poesia de verdade expressa nas veias de Zé Maria Andrade. Ao solo fértil revelado pela verve de Astier Basílio, Antônio Mariano, Vitória Lima, Ricardo Anísio, Lau Siqueira, André Ricardo Aguiar, Tavinho Teixeira, Bruno Gaudêncio e Ed Porto. Ao ofício que revela os gestos poéticos de André Cananéa, William Costa, Renato Félix, Silvio Osias, Agnaldo Almeida, Nonato Guedes, Antônio Vicente, Antônio Hilberto, Marcos Tenório, Fernando Moura e Petrônio Souto. Aos achados da infância de Águia Mendes, Mayana Neiva e Jairo Cézar, traduzidos com sensibilidade e leveza para a felicidade dos adultos. Viva aos 80 anos bem vividos pelos escritos de Adylla Rabello e sua culinária com sabor de poesia. Aos haikais de Saulo Mendonça e ao inverno invisível de Chico Lino Filho. Viva a Lúcio Lins, a poesia em pessoa. Viva a sincera composição de Pedro Osmar e a íntegra percussão de Escurinho. A Odir Cunha Lima, pelo poeta que nele habita. Ao texto publicitário de Alberto Arcela, a todo o tempo oscilando entre a razão e a emoção. Ao texto digitalizado em poesia por Martinho Sampaio ou a revisão ofertada com desvelo por Afonso Horácio Leite. Viva à magia da fotografia de Gustavo Moura, Guy Joseph, Cácio Murilo, José Neiva, Machado Bittencourt, João Lobo, Roberto Coura, Antônio Augusto Fontes e Walter Carvalho. Viva ao desenho iluminado de Flávio Tavares, aos preciosos pincéis de Alberto Lacet, à geometria conceitual de Raul Córdula, às expressivas figuras de Fred Svendsen e ao universo criativo de Tônio. Viva ao exercício gráfico de Milton Nóbrega, a exemplo do olhar apurado de Paulo Gustavo e Cícero Félix. À arte e à charge de Gilton Lira e Regis Soares. E será que o portfólio de Syllas Mariz também não diz da sua poesia? Viva à verde vida de Marlene Almeida e ao firme conceito de José Rufino. À poesia naïf de Clóvis Júnior e às mágicas e seguras linhas de Chico Ferreira. Viva ao rico diálogo com a poesia revelado na crônica de Gonzaga Rodrigues, Luiz Augusto Crispim e Martinho Moreira Franco. Ao texto irretocável e bem-aventurado de Ângela Bezerra de Castro. Viva ao cinema novo de Linduarte Noronha, com seu formidável roteiro de Aruanda. À linguagem poética no cinema de Vladimir Carvalho ou no olhar cinematográfico de Alex Santos, Durval Leal, Marcus Vilar, Pedro Nunes e Torquato Joel. Viva às histórias contadas com poesia pelo folclore de José Nilton e Altimar Pimentel ou cantadas pela alma abençoada de Zabé da Loca. Ao feijão amigo servido com poesia pelo fazedor de amigos Onaldo Mendes. À toda força poética de Neno Rabello, de semana à semana. Viva à paraibanidade poética de Paulo Pontes ou ao teatro versado de Luiz Carlos Vasconcelos, Everaldo Pontes, Buda Lira, Zezita Matos, Paulo Vieira, Elpídio Navarro, Nanego Lira, Eliézer Filho, Ubiratan de Assis, Marcélia Cartaxo, Fernando Teixeira, José Bezerra Filho, Soia Lira e Ednaldo do Egypto. Viva à musicalidade que reina aos pés de Stela Paula e Tatiana Rangel. Ao edificar poético de Carlos César, Naná Garcez e Victor Almeida. Viva à poesia sertaneja do severino Luiz Nunes e ao cordel encantado de Oliveira de Panelas. Viva à poesia universal de Pedro Américo e Tomás Santa Rosa ou ao regionalismo ficcional de José Lins do Rego, José Américo de Almeida e Simeão Leal. Viva a Adalberto Barreto, Nathanael Alves e Antônio Barreto Neto, também exemplos imortais de universalidade. Não menos à ficção carregada de poesia e a todos ofertada pelos originais de Aldo Lopes, Marília Carneiro Arnaud, Carlos Tavares, Mercedes Pessoa Cavalcanti, Wellington Pereira e Maria Valéria Rezende. Viva à magistral poesia de Vital Farias e aos cantáteis poéticos de Chico César. Viva ao poeta do Avohai, Zé Ramalho. Ao sensível dedilhar de Canhoto da Paraíba ou aos armoriais acordes de Samuel Espinoza e o Quinteto da Paraíba. Viva à cantriz Elba Ramalho. Às sanfonas de Flávio José e de Antônio Barros e Cecéu. Viva à poesia sensual de Renata Arruda. À alegre poesia de Jussara Florentino. À poesia com o humor de Nairon Barreto, Cristovam Tadeu e Piancó em homegagem a Shaolin. Viva à beleza da poesia feminina de Fernanda Queiroga. Viva à verdadeira poesia de Patrícia e Gerardo Rabello: Luíza. Porque também há traços de poesia na bela arquitetura assinada por Sandra Moura. Por fim, viva aos anjos de Augusto e aos olhares poéticos de Socorro Aragão voltados para o centenário do EU. Viva à grandiosa figura de Raimundo Nonato Batista, que fez da poesia a sua forma de ser e a sua fonte de viver. E mais do que tudo, viva ao azul do mar infinito do nosso poeta Ronaldo Cunha Lima, com seu coração permanentemente tomado de poesia. Viva a todos os poetas do mundo inteiro.


Aquele abraço

 Juca Pontes

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