Acho que já não tenho mais como agradecer o carinho dos amigos e amigas. Meu pai, um sábio observador, me disse: - Filho, você tem muitos amigos. E, é verdade. Olha o presente que o nosso lord Chinês me deu. Uma linda crônica que conta, em riqueza de lirismo, a história do lançamento. Valeu, meu lord. Desfrutar de tua amizade é uma dádiva. Lindo texto, lindo e emocionante. abraço e aos passageiros, uma boa viagem!
Coluna Crônica
Por Thiago Lia Fook
Cinco horas da tarde. Cruzo os detectores da loja e ganho a escada rolante. Logo à frente, Paulo Emmanuel leva sua atenção e simpatia para brindar o poeta. Aguardo minha vez. O sorriso de Jairo Cézar dispensa quaisquer comentários. Conversamos sobre as dificuldades e os prazeres de escrever quando chega o querido filósofo. Félix Maranganha ameaça-me com uma aula de Lógica, mas é surpreendido pelo mestre Sérgio De Castro Pinto, que o puxa para um papo.
O lançamento começa. Confidencio a Félix que fico cheio de pernas diante de Sérgio. O filósofo delata-me ao poeta, que me oferece um abraço. Explico-lhe: se Drummond, já consagrado, encabulou-se diante de Borges, que diria eu de mim, mero aspirante, na mesma roda com Castro Pinto? O evento prossegue. A pequena e bela Beatriz passeia entre os livros, mal se dando conta de que o autor do dia é seu pai. É ele o destino da fila de autógrafos.
Compro o livro. A moça do caixa pede meu nome para a etiqueta. Digo que não é necessário. Ela insiste. Repito o que dissera. Ela me nega ouvido pela terceira vez. O galo não canta, mas eu abro o livro. Aponto meu nome. Ele me conhece! Ela sorri. As mulheres do Núcleo Literário Caixa Baixa respondem pela roda mais animada: Cyelle Carmem, com Rapunzel na mão; Romarta Ferreira, com nossa leitora n. 1 e a primeira dama do grupo - Emilayne Souto oferece-me valiosos conselhos, Eli Oliva observa que a livraria dispõe os volumes sobre sexualidade ao lado da seção infantil.
Lau Siqueira quase grita: Eureka! Uma versão de 'Antígona', para crianças, tremula em suas mãos. Para meu neto! - o poeta sorri como menino. Mais adiante, Antônio Mariano Lima papeia com Águia Mendes. Cumprimento o primeiro, que me apresenta ao segundo e sugere projetos literários. Afinal, Lia Fook ou Braga? Por que não heterônomos?! Chega minha vez de ganhar o autógrafo e posar para a foto. Bem ao lado, o poeta Castro Pinto é todo prosa com seu neto.
Avisto o cronista. Tento chegar até ele. No meio do caminho, havia um poeta e seu filho. Joedson Adriano, nosso gênio, apresenta-me ao pequeno Diógenes, que sorri. E chora. E chora e sorri. O cronista some. Félix puxa-me para a roda com o gentil Peterson Martins. O filósofo brinda-nos com suas lições sempre brilhantes: a poesia social no Vietnã... as variações tonais do mandarim... os ataques à liberdade na internet... O cronista reaparece entre duas fileiras. Confiro o relógio. Isabel Rabello está para ligar. Antes, porém...
... o prazer de conhecer Chico Viana pessoalmente. O cronista recebe-me com genileza. Trocamos lembranças de nossa Campina Grande e louvamos a internet: já nos conhecíamos, antes de nos conhecer! Isabel Rabello liga. Antenor Jerônimo e Marcus Joelby perderam essa. Stellio Mendes deveria estar aqui. É hora de ir de um amor para o outro. Vou feliz. Tremendamente feliz!
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Obrigado, amigos. Um horinha como a de ontem é suficiente para que eu diga e repita: a vida é boa, muito boa!
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