domingo, 16 de janeiro de 2011

Série Autores Paraibanos

Poema de Joedson Adriano

O PRÍNCIPE


não cede é a lei

quem não aguentar corra

da dureza de ser rei
 
Blog: http://meucanone.blogspot.com/
 
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Texto de Ronaldo Magella
 
LEIA, FORA DOS LIVROS NÃO HÁ SALVAÇÃO



Já sabia que fora dos livros a vida perde o sentido, aceito, acho engraçado, mas não consigo entender como alguém pode viver sem ler, viver sem literatura, sem romances, sem poesias, sem crônicas, sem reflexões, sem leituras. Sou um leitor compulsivo e um comprador de livros irresponsável, pois mal termino de ler um já compro outro e outro, outro e outro.

Até pensei que fosse consumismo meu, neurose, descontrole, mas conversando com outros leitores compulsivos e irresponsáveis, neuróticos e consumistas, vi que faz parte da personalidade dos leitores, está intrínseco, é inato, gostamos de livros, dos livros, dos autores, da conversar sobre eles, de tê-los, e claro, de café. Estou devendo a crônica do café, calma, vou escrever. Pois bem...minha história.

Um dia alguém me perguntou, em face da minha tristeza e desistência do Mundo, pois nem sempre viver aqui é fácil, simples e te anima a continuar, há dias em que viver é um fardo que tropegamente carregamos nos ombros e o pior, muitas vezes sem destino algum, pra lugar nenhum, sem fim, sem objetivo, apenas vagamos e sofremos, caímos e choramos, levantamos e continuamos na mesma pisada, pois viver é preciso.

Então, e me perguntaram, olha, mas não tem nada neste mundo que te dê um motivo pra continuar, um sentimento de alegria que lhe enseja? E disse na hora se pensar ou olvidar de mim mesmo, a leitura, os livros, as letras, o mundo dos sentidos, sentimentos, pensamentos e vozes escritas, gravadas num papel, eternizadas para sempre nos livros, pois como disse o antropólogo Roberto DaMatta, tudo passa, morre, eu, você, mas os livros ficam, simplesmente ficam. Com boas ou más histórias, ideias e sentimentos, os livros ficam.

Outro dia me perguntaram, o que você busca nos livros? Sem pestanejar afirmei: me encontrar. Não é possível descrever e é, a sensação que temos ao ler um livro, uma frase, uma pensamento, uma ideia que nos toca o íntimo. Não temos como descrever porque a emoção é solitária, individual, cada um sente de forma de diferente, e é possível sim descrever, é uma alegria que nos toma de assalto, uma sensação universal de bem estar, uma energia pulsante, uma vontade de viver, só os livros podem me ofertar.

O que eu levaria pra uma ilha deserta? Livros. Muitos livros. Milhares de livros. E um amor pra conversar sobre os livros. Não sou besta. Ler, estudar e não colocar pra fora o que se acumula dentro de si é como carregar uma bomba prestes a estourar, não dá pra você guardar tudo o que você sabe, leu, aprendeu dentro de você, você precisa externar, ensinar, escrever, por isso vamos fazer arte, compor, escrever, conversar, debater, pintar, cantar, fazer alguma coisa como aquilo que os livros e a vida nos ensinaram. Pois se assim não o fosse, os filósofos que desenvolvem um pensamento sobre e para o viver guardariam os seus conhecimentos, mas isso não acontece, é imperioso contar ao mundo.

Chico Buarque disse em entrevista que não seria o mesmo sem os livros, o antropólogo Roberto DaMatta disse que os livros salvaram a sua vida. Confirmo as duas afirmações, cada novo livro lido, cada nova página virada, cada frase encerrada, mudamos, ficamos melhores, amadurecemos, nos conhecemos, nos encontramos, nos assustamos, morremos e renascemos. E sim, se ainda estou aqui é pelos os livros, eles me fazem continuar a viver e prosseguir.

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