sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Poema de Antônio Mariano

Da eternidade




a eternidade é feita de pássaros
que riem do vôo em falso
dos homens


planar além dos rochedos
é anoitecer
desinteressada perenidade


é não precisar de relógio
pra se descobrir presente


nem contemplar o passado
fez invisível do tempo


o que há de mais seguro
no alvará da incerteza
que levita?


o futuro tem asas
repete o poeta
timidamente

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