Poema de André Ricardo ( Natural de Itabaiana)
Terceira vigília
Mulher nua dormindo. O mistério em pétalas.
Os labirintos semicerrados, como se deuses
movessem a mobília dos sonhos.
Os labirintos semicerrados, como se deuses
movessem a mobília dos sonhos.
A cama é uma mulher silenciosa. Gótico barco
e páginas de antigos mares na insônia
das palavras caladas, âncoras de sombra.
e páginas de antigos mares na insônia
das palavras caladas, âncoras de sombra.
Noite entre mulher e vigília. 0 luar salta a janela
(uma lagoa) e por uma fresta mínima
a ternura sonha pequenos dragões.
(uma lagoa) e por uma fresta mínima
a ternura sonha pequenos dragões.
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Poema de Bruno Gaudêncio ( Natural de Campina Grande)
Danações (II)
A André Ricardo Aguiar
Hoje, não mais que hoje, sou disperso.
Pedaços de um mundo bem distante
Contemplo o que é surpresa, mas desprezo.
São dores que renascem neste instante.
Solidão inútil, constante “amiga”.
A flor que te inventou se recolheu.
És bela e pura, porém inimiga.
Hoje não mais sei o que sou eu.
Oh solidão que enche todo o quarto!
Delira no meu corpo incauto e gasto.
Deixa-me em paz um só minuto.
Não suporto este porto solitário
Estou morto, pois o mundo eu atrapalho.
E o que resta de saída é o absurdo.
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