O Escritos no Ônibus é um blog voltado para as coisas da literatura. Nasceu com essa proposta e vai continuar assim. No entanto, não posso me calar diante da tentativa de crucificar um gestor cultural que nem sentou na cadeira direito.
Chico César está no poder a mais ou menos cem dias. É muito pouco para tomar pé da situação de um Estado com 223 municípios, diga-se de passagem, cada um com suas idiossincrasias. Falo como gestor público, e, acreditem, não é serviço fácil.
Chico é honesto e bem intencionado, qualidades raras no serviço público, tem uma equipe muito boa e fará muito por nossa cultura.
O catoláico está sendo metralhado por um bando de gente pelo fato de ter tomado uma atitude que há muito é ansiada pelo movimento cultural paraibano. O Estado, a partir de agora, não financia forró de plástico e afins.
Vejam bem, arte é uma coisa, mercadoria é outra. O que os Aviões da vida fazem é comércio, não tem nada haver com arte e música. Quando vou ao supermercado comprar fraldas, eu meto a mão no meu bolso e pago a conta. Não conto com dinheiro público para isso. Com as bandas / coisas é assim. São mercadorias que podem ser compradas em qualquer esquina, e não devem ser pagas com dinheiro público.
Fico me perguntando, como fica a relação da Secretaria de Educação e Cultura, quando paga uma banda chamada Garota Safada ou Moleca sem vergonha com a Secretaria da Mulher? Na minha visão de matuto, esse contrato é no mínimo paradoxal.
De um lado, o Estado prega a valorização da mulher, do outro, o mesmo Estado, banca a degradação e banalização da figura feminina.
Sou funcionário efetivo do Estado, não devo nada a Maranhão, Ricardo Coutinho ou a político algum. Entrei no serviço público por mérito. Não ganho gratificação e chego 20 minutos antes do expediente e saio na hora certa. Não sou babão ou quero ser. Só não vou ficar calado diante do que acontece na Paraíba.
Chico, nos encontramos algumas vezes, nunca trocamos mais de 5 palavras, mas saiba que tem um monte de gente que apóia sua posição.
ABAIXO A INDÚSTRIA CULTURAL!!!!
ABAIXO A MERCANTILIZAÇÃO DA FIGURA HUMANA!
E SALVE A ARTE PARAIBANA!!!!
poeta, bando não. Falo pelo que vi de sua entrevista, sem nenhum preparo e sem nem saber que na PB tem festival de aboio. Que regionalismo é esse? depois, RC comemorou sua vitória com Arreio de Prata, banda de forró. Chega de hipocrisia. O buraco é bem mais embaixo, amigo. abraços de seu admirador
ResponderExcluirconcordo com Linaldo que o buraco é mais embaixo mas concordo também
ResponderExcluirseja por quais motivos por que foi tomada
com a decisão do governo do estado
apesar de não concordar com governo nenhum
por achar que qualquer um deles não vale nada
isso não quer dizer que não haja gente que vale alguma coisa dentro de algum governo
agradar a maioria, sempre, é uma merda
o melhor de tudo é agradar a minoria
e a melhor minoria que há sou eu
abraço
Linaldo, não vi a entrevista, por isso não posso falar nada. Acho cedo para dizer que ele é despreparado. São apenas 3 meses. Quando disse bando, me referi a alguns deputados e pessoas no twitter que taxaram Chico César de elitista, louco e outras coisas pela posição tomada. Mas esteja certo, não foi com intenção de ferir ninguém, muito menos você. Podia ter dito um “monte de gente”,” muitas pessoas”, etc.
ResponderExcluirO Estado tem obrigação de fomentar a cultura, não sustentar uma indústria que denigre a figura da mulher, além de promover a pornofonia gratuita, sem fins estéticos, quando, aí sim, é válida.
Continuo com minha posição de apoio a linha adotada pela secretaria. Se fosse o secretário, faria a mesma coisa. Lá em Sapé, por exemplo, quando monto a programação do evento de Augusto, me recuso a contratar bandas/ mercadorias. Se o prefeito quiser fazer, caio fora do evento. Mas é um posicionamento pessoal. Ninguém é obrigado a concordar.
No mais, deixo registrada minha admiração, gratidão e amizade por você.
AS bandas de forró de lata são umas merdas mesmo e é uma hipocrisia, também, concordar com a maioria.Pois se vocÊ insistir um poquinho eles vão dizer que bosta é bom. Essas bandas não precisam de dinheiro publico, ponto e acabou,bá.
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