sexta-feira, 29 de abril de 2011

Poesia Jairesca

Vertigem

Para Roberto Denser

Ao habitar-se nos pedaços,
A bailarina sentiu-se inteira,
Encantada em seus passos.

Ao habitar-se em seus cacos,
A bailarina sentiu-se plural,
Em seus giros inexatos.

Ao habitar nos estilhaços,
A bailarina sentiu-se uma,
Em mil saltos abstratos.

E ao habitar-se no espelho,
A bailarina então se viu,
Revelada em seu segredo.


O poema acima foi baseado no conto A Bailarina de Vidro de Roberto Denser.
Devo dizer, um dos melhores contos que li nos últimos tempos.

4 comentários:

  1. Poeta, esse conto de Denser já foi tão comentado que vou propor um movimento: queremos a bailarina!
    Por enquanto, degusto seu poema...

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  2. É uma pérola, poeta.
    Comovente. você vai gostar.

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  3. Jairo, poderia ter o dobro do tamanho, na hora que o negócio começa a fica massa acaba... bom demais sô.

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  4. foi que a bailarina se quebrou e não deu pra continuar. rrsrs

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