balada para o menino pedro
inventavas o infinito
no míope amanhã emoldurado
nas retinas patriarcas de teu avô,
desde que eras verbo
no ventre de tua mãe,
menino Pedro,
deságuas como um córrego invadido
de infâncias em São João do Rio do Peixe
nas águas embaçadas que devolvem os
passos de teu avô
"José, sai da tua tenda
olhas o céu e vês as estrelas
assim será a tua descendência"
os teus olhos, fatigados de festa,
estão soltando fogos
pelos mínimos movimentos que
fazem recente a vida
do menino Pedro
e sobre esta pedra
edificarás o teu infinito
Astier Basílio, 7 de agosto de 2002
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