Embora não seja reconhecido como um gênero literário — sendo
associado às tendências de vanguarda e ao minimalismo —, os “microcontos”
ganharam um grande número de adeptos nas duas últimas décadas. A partir do
início dos anos 1990, estudos e antologias começaram a abordar o tema de
forma enfática, resultando em centenas de publicações em todo o mundo.
Ainda que pareça, as micronarrativas de ficção não são algo recente.
Grandes nomes da literatura mundial como Tolstói, Jorge Luis Borges, Bioy
Casares, Julio Cortázar e Ernest Hemingway já incursionaram pelo tema. O
escritor guatemalteco Augusto Monterroso, que morreu em 2003, é tido como
um dos fundadores do “gênero” com o conto “O Dinossauro”, escrito com
apenas trinta e sete letras e considerado o menor da literatura mundial,
na época: “Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.” O norte-americano
Ernest Hemingway também é o autor de outro famoso microconto, com apenas
vinte e seis letras: “Vende-se: sapatinhos de bebê nunca usados.” No
Brasil, o pioneiro foi o escritor Dalton Trevisan, com o livro “Ah, é?”,
de 1994. Mesmo não havendo nenhuma regra clara, uma das definições para o
microconto seria o limite de 150 caracteres, incluindo espaços. Para
acessar: http://bit.ly/wdKMUt
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