A ÁRVORE DA SERRA
- As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha'alma!...
- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
Muito bom, é difícil encontrar pessoas com tamanha facilidade com a escrita. As pessoas estão preocupadas demais com coisas estúpidas à ponto de não apreciar mais a literatura, principlamente nacional, hoje em dia o talento na escrita é subestimado demais.
ResponderExcluirAugusto é um grande poeta brasileiro.
Excluirobrigado pela viagem!