segunda-feira, 30 de abril de 2012

V Celebrando os Anjos de Augusto


O V Celebrando os Anjos de Augusto foi um sucesso. Apesar do orçamento limitado, a prefeitura de Sapé fez um belo evento. Teve de tudo, um pouco. Cinema, literatura, teatro, feira cultural, cordel, rabeca, violino, sanfona e violão. Em junho tem mais, 100 anos do Eu. Aguardem notícias!

 algumas fotos





sábado, 28 de abril de 2012

Abaixo-assinado pró Guimarães Rosa nas escolas faz projeto cair



Após mobilização nas redes sociais, deputado desiste de lei que restringe livros com conteúdo contrário à norma culta da língua


Um projeto que seria votado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e pretendia defender a língua culta nos livros escolares do Estado não será mais transformado em lei. O autor da proposta, deputado Bruno Siqueira (PMDB), decidiu nesta sexta-feira retirá-lo de tramitação após uma petição pública ter recolhido em dois dias mais de sete mil assinaturas pela internet contrárias ao texto que poderia afastar autores como Guimarães Rosa das escolas. “Houve uma divulgação equivocada do projeto e para evitar um mal entendido, decidi retirar o texto”, afirmou o deputado ao iG.

A primeira versão do projeto de Siqueira, enviada para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais em junho de 2011, proibia a distribuição de todo e qualquer material que tivesse conteúdo contrário à norma culta da língua portuguesa em escolas da rede pública do Estado. Em outubro, o texto foi modificado e a expressão "proibida a adoção e distribuição (de conteúdo contrario à norma culta)" na lei foi trocada por “priorizada a adoção de livros que não contrariem a norma culta”.

Sem data para ser votado, mas já aprovado nas comissões de Justiça e Educação da casa, o projeto não havia chamado muita atenção da opinião pública até a última quarta-feira (18), quando o doutorando em Literatura Brasileira pela USP Roberto Círio Nogueira leu uma divulgação da lei no site do deputado. Além da restrição à linguagem popular, o texto também vetava livros com forte teor erótico.

“Li o conteúdo e achei grave, porque abriria precedente para a proibição de praticamente toda a literatura brasileira desde o modernismo”, disse. Nogueira mandou um email ao deputado e criou um abaixo-assinado em que alertava que a lei, caso aprovada, proibiria a leitura do autor Guimarães Rosa nas escolas.

A partir da petição, uma forte mobilização cresceu nas redes sociais e o deputado reagiu. Antes de decidir retirar o projeto da Assembleia, enviou uma resposta ao especialista em literatura brasileira e respondeu a críticas pelo Twitter. Segundo Siqueira, o texto não proibia nenhum livro, mas apenas pretendia garantir que os alunos aprendessem português da maneira correta. Segundo afirmou ao iG, a ideia da lei surgiu após denúncias de que o Ministério da Educação estava distribuindo "livros didáticos que ensinavam a escrever errado". No ano passado, o livro Por uma Vida Melhor, usado em escolas de Educação de Jovens Adultos (EJA), foi amplamente debatido por conter um capítulo que defende que a linguagem popular também é adequada.

“O projeto não proíbe Guimarães Rosa”, afirmou o deputado, ao explicar que o texto inicial tinha sido mudado para evitar justamente o risco de restringir textos literários nas escolas. "Mas como foi feita essa divulgação sensacionalista, acho melhor retirar a proposta", completou.

Para o autor do abaixo-assinado, que afirma ter lido no site do deputado a versão do projeto com a palavra “proibida”, a mudança no texto era irrelevante. “Isso quer dizer que autores que citei no abaixo-assinado não teriam suas obras priorizadas. E isso também é grave”, explicou ao comemorar o resultado da mobilização.

Leia o projeto inicial da lei:

“Fica proibida a adoção e distribuição, na rede de ensino pública e privada do estado de Minas Gerais, de qualquer livro didático, paradidático ou literário com conteúdo contrário à norma culta da língua portuguesa ou que viole de alguma forma o ensino correto da gramática. O disposto no ‘caput’ também se aplica quando o conteúdo apresentar elevado teor sexual, com descrições de atos obscenos, erotismo e referências a incestos ou apologias e incentivos diretos ou indiretos à prática de atos criminosos”.


O texto após modificação:

“Será priorizada a adoção de livros que não contrariem a norma culta da língua portuguesa.”

O texto do abaixo-assinado pró Guimarães Rosa:

O PROJETO DE LEI Nº 1.983/2011, protocolado na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais pelo deputado estadual Bruno Siqueira (PMDB), proíbe a distribuição na rede de ensino pública e privada do Estado de Minas Gerais de qualquer livro didático, paradidático ou literário com conteúdo contrário à norma culta da língua portuguesa ou que viole de alguma forma o ensino correto da gramática de nosso idioma nacional, bem como conteúdo que apresenta elevado teor sexual, com descrições de atos obscenos, erotismo e referências a incestos ou apologias e incentivos diretos ou indiretos à prática de atos criminosos.

A justificativa de tal projeto encontra-se embasada numa concepção do ensino de Língua Portuguesa completamente defasada e obsoleta em relação ao conhecimento científico solidamente acumulado na área de Letras e Linguística. Além disto, caso o projeto seja aprovado, esta lei proibirá a distribuição, nas escolas mineiras, de praticamente todo o riquíssimo patrimônio literário brasileiro edificado no século XX, já que um traço comum à vasta e heterogênea produção literária nacional dos últimos cem anos é exatamente a subversão à norma culta padrão de nossa língua materna. Restaria proibida em nossas escolas a distribuição de livros da autoria de Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Mário de Andrade, para ficar em apenas três nomes de uma infindável lista de grandes autores que inclusive satirizaram o ensino da norma culta da língua, como Oswald de Andrade no poema “Pronominais”. Restaria proibida também a distribuição de livros de poetas como Gregório de Matos, que, no século XVII, embora escrevesse conforme a norma culta da língua, eventualmente, usava vocábulos de baixo calão e imagens eróticas em seus textos poéticos.

Considerando que o ensino de Língua Portuguesa condizente com um Estado Democrático de Direito deve se pautar pela leitura crítica de textos de quaisquer gêneros discursivos, em vez de encontrar-se restringido por uma lei que representa indiscutivelmente um retrocesso aos regimes mais autoritários de nossa história (lembrando a censura executada pelo regime militar para proibir a circulação de diversas obras literárias acusadas de cometer as mesmas “violações” que o referido projeto menciona), manifestamo-nos contrários à aprovação do PROJETO DE LEI Nº 1.983/2011.
IG.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Wander Shirukaya no ônibus


Barcarola



Ela passava, passos instáveis; ora cravo, ora rosa. A areia quente exalava cheiro da paisagem, um tanto maltratada pelo descaso cotidiano. Tá vendo, filho? O dia tá lindo hoje, um sol bem brilhante… Humm… Umas poucas plantinhas, insignificantes, as coitadas, acenavam sem sucesso. Tudo bem, eles estão ocupados, mas um dia olharão para nós. Ela olhou, logo após tê-las chutado, o chinelinho rodopiou escapulindo. Pára de chutar, bebê! No futuro vai ser bem jogador de futebol. É cedo pra pensar nisso. Realmente, ela não queria perder tempo com devaneios. A espera, bem sabia, ia ser longa.
Ela aparou-se na sombra, acariciou a barriga, murmurava num dialeto infantil, levantava o rosto para a brisa que convidava para o verão. Não, agora não. Ele vai chegar lá, já, já. Vem de longe, o atraso dá pra agüentar. Pára um senhor, muito suado, boné do Corinthians. Quanto é? Vinte e cinco, moça. Tem de todo sabor? Tem de todo sabor. Um de limão. Seu troco, obrigado. Ela pegou sem responder, talvez nem tivesse dado conta. Olhava o povo que ia e vinha por perto. Calma, meu filho, papai já vem.
Ela estava muito desligada. Ansiedade tem dessas coisas. Mordiscava com sensibilidade e avidez o picolé, brilhavam os lábios refletindo a eterna busca da própria língua. Liga. Ligo? É melhor não, ele pode ficar com raiva, não gosta que encha o saco assim. Pega o celular, senta e perde tempo com uns joguinhos. Vai passando um pedacinho da eternidade. Um estalinho a atira de leve à atenção: o que foi? Uma briga lá do outro lado, moça. Melhor não ficar por aqui. Ah, valeu! Obrigada. Já, já vou sair.
Ela sentada olha o mar de gente, sexta-feira, arruma o vestido de flor, quer que não atrapalhe a visão da barriga, talvez querendo a visão do feto. Balbucia mais uns mimos, não se importa com a maré de má sorte dos últimos tempos. Papai já vem, fica quietinho! Não chuta! Olha os seios fartos, as pernas cheias e bem contornadas. Sente-se desejável. Orgulha-se, mas não dá tanta atenção às cantadas típicas daquele local. Tira uma foto com o celular, beijinho para a câmera, vê as nuvens enchendo o céu da tarde. Tá vendo lá? Olha só, aquela nuvem parece um sorvetãooo… Bem grandãooo… Aquele parece um barco, ali um peixinho, nadando no céu, hein, filho? Mais um grupo passa, nada da espera passar. Sem desespero, levantou-se, espreguiçou-se com as mãos na cintura, deu uma volta por perto pra comprar um lanche, pisou na pobre da plantinha outra vez, nem percebeu.
Ela vê o movimento aumentar, gente para lá e para cá. Pena não poder aproveitar esse verão, quando ele chegar, aí sim. Não sentia tédio, contentava-se em observar, as pessoas para um lado e para o outro. Celular descarregou. Porra! E se ele ligar? Acho que não, ele prometeu que vinha, ainda tá cedo, né, filhote? Abre um pacotinho de jujubas, engole umas duas de uma vez e senta num cantinho. Assopra. Ri. Ri para uns dois homens que passam. Um deles percebe, ela disfarça. O rapaz sente algo estranho. Tá passando mal, moça? Não, não, tá tudo bem, brigada… E assopra, morde os lábios num desajeitado sorriso de gratidão, estragado por um espremido e indesejável ai. E um mar de gente cruza, mal liga, quase chuta, como quem chuta as plantinhas amassadas nas frestas das calçadas. Uns dois se assustam, correm. Até uma mulher meio trêmula correr para perto. Assopra. Calma, papai já chega… Ai… Que que ela tem? Eu não sei, eu… Corre, pede ajuda! Ai… Calma, respira fundo, minha senhora. Ai…
Ela assopra com mais força, com mais desespero, exibe um sorriso meio chocho, segura os ais com todas as forças. Um policial chega, não sabe o que fazer. Já uns mais desocupados cercam a cena. Uma gota de lágrima cai, uma de sangue também. As flores do vestido manchadas, murchas, não mais tão vivazes. Ai… Calma, minha senhora! A mulher rasga um pedaço de pano, segura as pernas. O sangue ferve, escorre, uns dois pivetes que saíam do trem começam a rir. Calor… Ai… O policial pede espaço. Ela grita mais alto, já sem segurar, como se visse os zunidos das pessoas. Os dois rapazes dizem ter chamado uma ambulância. Outro trem vai partir, as pessoas se apressam. Uma senhora pede o celular dela. Quem sabe se chamar algum parente… Não consegue. O trem parte, as pessoas evaporam. Ela cava o chão com as unhas. Ai… Força… Um outro passa com um isopor. Alguém compra água, joga no corpo, dá de beber. Bebê. Calma, papai já vem. Sai um trem, chega outro mais. Um grito maior, pra dentro, engolido, engasgado no choro. Um mais sensível chora. Chora a criança, nas mãos da senhora que passava. O cordão, a gente tem que cortar, arranja algo! Arranja! Um arranjo foi feito com um canivete do policial, mais água pra limpar. Três de branco entram na estação, abrem uma maca pra levar a moça até a ambulância. Não! Eu não vou! Me deixa em paz! Ele já vem! Ele quem? Ele já vem. A outra mulher, com as mãos manchadas do sangue por baixo do vestido de flor, deixou escorrer uma lágrima. O policial não sabia o que fazer. O bebê chorava. Calma, papai já vem. Os homens a agarram, uma injeção, ela reluta, puxam o bebê, ela reluta, esperneia. Não! Não! Ela se acalma, aos poucos pára, olha grogue para os curiosos, sorri. Tenta falar enquanto os demais aplaudem a mulher que prestou socorro, ainda muito tensa. Tenta falar enquanto é posta na maca…
Respira…
Calma…
Papai já vem…
Papai…
Já…
As pessoas correm, outro trem vem chegando, a areia quente trazida nos pés dos outros exalava o cheiro da paisagem, um tanto maltratada pelo descaso cotidiano. Umas poucas plantinhas, insignificantes, as coitadas, acenavam sem sucesso. Tudo bem, eles estão ocupados, mas um dia olharão para nós. Todos correm, já é hora. Um homem vende água, outro picolé. O policial conversa com a mulher com as mãos sujas de sangue, oferece-se para ajudar na limpeza. Você vem sempre aqui? Claro, é caminho pro trabalho. É mesmo, é? Trabalha onde? Lá na zona leste, perto…
A conversa vai baixando, tornando-se insignificante.
O mar de gente vai e volta.
Tocando o barco.
*SHIRUKAYA, Wander. Barcarola. Balelas. Rio de Janeiro: Mutuus, 2011.

quinta-feira, 26 de abril de 2012




Essa informação dos 25 escritores foi publicada na mesma postagem do G1 sobre os 25  livros. Mas deixei para falar dos escritores agora. Além de que o G1 tratou dessa informação bem
porcamente
 sucintamente. E a gama de informações também são pequenas. Mas como é tudo o que temos… Vamos lá;

Com certeza temos bem menos surpresas e nomes “desconhecidos” do que a lista dos 25 livros. Talvez o menos conhecido seja Ariano Suassuna [e isso é um opinião completamente minha] ou quem sabe, Pedro Bandeira. Alguns são mais famosos por outras coisas, não necessariamente livros, como Silas Malafaia, Padre Marcelo Rossi e Maurício e Sousa. Já falando de “escritores” que tem mais reputação por outra coisa, lembro a falta de Jô Soares nesta lista e fica evidente que espaço na mídia não é tudo.

Essa lista será muito mais aceitável [do ponto de vista "intelectual"] para os literatos. Visto que a 25 livros causou grande polêmica por abrigar uma gama gigantesca de best-sellers. Portanto, para alívio desses, essa lista é mais “justa”. No entanto, senti falta de notáveis escritores como Guimarães Rosa, Castro Alves, Álvares de Azevedo, Lima Barreto e outros. Óbvio que alguns ficariam de fora, afinal ,se formos lembrar de todos os talentos da literatura nacional, essa lista é relativamente pequena. Ainda assim, entre os quatro que citei, talvez o único que não teria certo glamour pra estar na lista seria Lima Barreto. Os outros, é um tanto estranho não vê-los ali.

Mas, falemos da lista; Monteiro Lobato segue seu reinado absoluto [em 2007 também era o preferido], seguido agora pelo
verdadeiro rei
genial Machado de Assis [que em 2007 ocupava a quarta posição], que, por sua vez, tirou a vice colocação do contestado Paulo Coelho. Quem também perdeu uma posição devido ao upgrade de Machado foi Jorge Amado, tendo ido parar na 4ª posição. Fechando o top 5 está o poeta mais querido do Brasil; Drummond. [Não sou eu quem digo que ele é o mais querido, reparem na lista, ele é o primeiro poeta a aparecer].

Há uma coerência muito grande nesse top 5. Primeiro; o escritor super adaptado pela maior televisão do país. Segundo; o mais genial e representativo de toda a literatura brasileira. Terceiro; o best-seller nacional e mundial. Quarto; O já clássico e também best-seller Jorge Amado [também² muito adaptado para filmes e séries] e em quinto, provavelmente, o que é considerado, o maior poeta do país [não necessariamente melhor].

E essa coerência citada no parágrafo anterior, e já dita bem acima, segue durante toda a lista. Não há grandes absurdos os exceções, é tudo dentro de uma margem de erro “aceitável”. E por isso diferenciarei de uma outra maneira, mas não menos interessante;

Mortos x Vivos

Há o dobro e mais um de escritores mortos (17) do que vivos. Apenas 8 estão vivos e 3 deles são mais conhecidos por outras atividades [como já dito]. Não há algo extraordinário, visto que os grandes clássicos se perpetuam na história e na mente dos leitores, tendo dificuldade de serem substituídos por autores contemporâneos. Ainda assim, é interessante observar essa supremacia dos mortos, evidenciando que seus escritos permanecerão, sempre, vivos.

E o único autor estrangeiro que aparece na lista é Fernando Pessoa. Foi então que eu tive uma dúvida. Essa lista era pra, supostamente, só abrigar escritores nacionais e houve a confusão – não tão incomum – de achar que Pessoa era brasileiro, ou valiam escritores do mundo inteiro? Interessante que não encontrei tal informação, mas acredito que houve a confusão. Já que na lista dos 25 livros preferidos apareceram Harry Potter e Crepúsculo [só tomando como exemplo], acho difícil que não apareceria Stephenie Meyer e J.K Rowling ou ainda Shakespeare. Portanto, se de fato houve um engano, é perceptível o engano das pessoas em relação à Fernando Pessoa. Mais uma curiosidade.

Enfim, essa foi mais uma amostra da pesquisa do IPL. Pretendo trazer mais informações [já que ela saiu na íntegra] sobre esse mesmo trabalho e outros, já que tenho um interessante absurdo pelo assunto. Espero que tenham gostado e apontem suas conclusões, as suas dúvidas, as suas críticas

do blog: http://literatortura.com/2012/04/17/os-25-escritores-preferidos-dos-brasileiros/

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sites ajudam na publicação de obras de novos escritores

Dica do  passageiro Flaw Mendes(@flawmendes)

Entre os internautas, são muitos os que escrevem – até compulsivamente. Desde que os blogs se popularizaram por aqui, há uma década, isso ficou mais evidente. Antes de chegar às vias tradicionais de publicação sob a chancela de uma editora, escritores diversos passaram a se autopublicar na web ou a utilizá-la para “exercitar” a escrita. Outros exploram os diferentes formatos e suportes digitais e apostam ainda nos e-books como alternativa, compartilhando-os na internet.

Também pela rede, autores independentes e sem dinheiro para bancar a impressão de suas obras contam com a ajuda de portais voltados para publicação e venda de livros na internet. Esses sites (veja os endereços no quadro à direita) crescem e ganham adeptos no país por oferecer ao escritor a possibilidade de lançar seus títulos sem nenhum custo – ele tem apenas o trabalho de escrever, editar e diagramar.

Em sites como o Clube de Autores, inaugurado há dois anos, e o PerSe, que tem seis meses de funcionamento, o escritor escolhe diferentes combinações para o formato do exemplar, define quanto quer receber e envia todo o conteúdo do livro, que é posto à venda nesses sites. Os exemplares são impressos sob demanda, ou seja, à medida que um leitor faz a compra.

Diretor-geral do PerSe, Antonio Hercules Junior acrescenta que o site fechou parceria com o portal Xeriph (xeriph.com.br), que distribui para mais de 20 livrarias on-line, e com o projeto Nuvem de Livros (nuvemdelivros.com.br) – uma biblioteca virtual com grande variedade de temas, em que o assinante acessa e lê on-line centenas de títulos.

Qualidade

Um desafio, no caso da autopublicação, é manter a qualidade gráfica semelhante a das editoras tradicionais, pois o processo de impressão é digital, e não off-set (por meio de chapas). “A qualidade é muito parecida, só um técnico vai perceber a diferença. Talvez fique ruim em pequenas gráficas, ultrapassadas. A impressão digital evoluiu muito”, explica Hercules.

Ricardo Almeida, diretor-geral do Clube de Autores, também defende a impressão digital. “Usamos uma impressora fabulosa. Nosso índice de satisfação é alto, uns 98%, e os outros 2% não reclamaram da impressão, mas de extravio dos Correios”. Ele exalta ainda o caráter democrático do processo: “Achamos que ninguém é competente para avaliar o que merece ou não ser publicado. O juiz é o próprio leitor”.

Publicação

Moradora de Vila Velha, Sara Venturim, 24 anos, publicou dois livros dessa forma, mas recorreu a um site norte-americano: o CreateSpace, da Amazon. Blogueira e escritora “compulsiva”, interessou-se pela autopublicação quando morou na Irlanda, em 2010. Segundo ela, essa modalidade é bastante comum na Europa.

Seus dois primeiros livros – “Conta-Conto: Contos Gotas e Algumas Poesias” (em português) e “Very Short Stories and Poems” (em inglês) – reúnem contos e poemas e estão à venda no site Amazon.com. No blog da autora (devaneiosnoturnos.com) é possível conhecer as obras. Para Sara, a grande vantagem é ter total controle sobre o que publica. “Faço o que quero, sem me preocupar com tendências, e meu namorado edita e revisa meus textos”, finaliza.

Experiência:

Rob Gordon (pseudônimo) escreve crônicas e contos há cinco anos, em dois blogs. Em 2010, publicou seu primeiro livro, “Anônimos e Urbanos” pelo Clube de Autores.

Como foi a experiência de se autopublicar por meio do site?
Trabalhosa, mas gratificante, pois eu tinha controle criativo total sobre o projeto. No primeiro livro, todo o processo (revisão, editoração) foi feito por mim. Já no segundo, contei com a ajuda de amigos.

Quais as vantagens e desvantagens?
As principais vantagens são o controle criativo total e o custo zero. Com o conteúdo e a capa prontos, basta subir o arquivo para o site e o livro passa a ser vendido imediatamente, sem custo algum, já que não há tiragem mínima e, consequentemente, encalhe. O grande desafio é a divulgação, que fica a cargo do escritor. Lançar o livro é apenas o primeiro passo de um trabalho que, depois, precisa de esforço diário para promover a obra.

Como comercializa seus livros?
São vendidos somente no site do Clube de Autores. Tudo o que posso fazer é divulgar o link nos meus blogs e onde mais conseguir. Mas, como tenho uma relação muito próxima com muitos leitores do meu blog, tenho sempre um estoque em casa, já que muitos me escrevem querendo comprar direto comigo, para receber cópias autografadas.

Que futuro vislumbra para o mercado editorial?
Creio que o mercado precisará encontrar um modo de entregar os livros no formato que o consumidor desejar. Quem quiser papel poderá comprar em papel, quem quiser ler num tablet poderá comprar o e-book. Em termos de mercado, vejo-me como um fabricante de conteúdo, e minha função é entregar esse conteúdo em todos os formatos possíveis, para atingir o maior número de consumidores, da forma que eles desejarem. É que procuro fazer com meus livros.

Onde Publicar:

Clube de Autores
clubedeautores.com.br
PerSe
perse.com.br
CreateSpace
createspace.com
Bubok
bubok.pt
Lulu
lulu.com
YoEscribo
www.yoescribo.com
AlphaGraphics
vitoria.alphagraphics.com.br

terça-feira, 24 de abril de 2012

Prática da leitura desde cedo, ajuda no desenvolvimento e na formação de um novo público de leitores

 Ilustração: Tônio/Divulgação


 Por Audaci Junior

"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem", um dia escreveu o poeta Mário Quintana (1906-1994).

Para formar novos leitores no Brasil, os livros devem ser folheados e narrados em voz alta desde o berço, vide a franca ascensão da literatura infantil desde 2007 até os dias atuais, em pesquisa recentemente realizada pelo Instituto Pró-Livro.

As informações do instituto apontam o paulista Monteiro Lobato, 'pai' da literatura infantil e dono do Sítio do Picapau Amarelo, no topo da lista de escritores mais admirados no geral. O ranking formado por 197 literatos foi citado na pesquisa divulgada no 2º Seminário Nacional Retratos da Leitura no Brasil, realizado mês passado, em Brasília.

Nesta quarta-feira é comemorado 130 anos do autor de Reinações de Narizinho, cuja data também é comemorada como o Dia Nacional do Livro Infantil, instituída desde o dia 8 de janeiro de 2002.

“O adulto também gostará de ler se o livro infantil for bom”, garante André Ricardo Aguiar, autor de livros do gênero como O Rato que Roeu o Rei (Rocco). “Tem que ter uma narrativa, uma história pra contar, e não dar uma ideia de que a criança é um leitor bobinho, que pode ser encantado por clichês.”

“O livro infantil tem que agradar a criança em primeiro lugar”, afirma Bráulio Tavares, colunista do JORNAL DA PARAÍBA e vencedor do Jabuti na categoria livro infantil por A Invenção do Mundo pelo Deus-Curumim (Editora 34), em 2009. “Agora, caso agrade o adulto também será bom, tanto no ponto de vista comercial, quanto no literário.”

Bráulio Tavares confessa que é difícil para ele escrever para o gênero, impedindo-o de colocar um estilo mais rebuscado, julgando que, em princípio, a criança não vá entender. “Sempre tem um crítico sobre seu ombro quando você vai escrever, mesmo se for imaginário.”

A premiada A Invenção do Mundo pelo Deus-Curumim está na estante de literatura infantil nas livrarias por um acidente. “Foi escrito como um roteiro de balé”, relembra Bráulio. “O espetáculo não foi montado e eu fiz algumas alterações para ser um livro infantil.”

“A criança é mais sábia que o adulto. A dificuldade reside nisso”, afirma Jairo Cézar, que lançou no mês passado, em João Pessoa, a obra Rapunzel e Outros Poemas da Infância (Forma Editorial).

“O escritor tem que ter talento pra coisa porque a criança é um leitor exigente”, admite André Ricardo, que está preparando sua próxima publicação, Pequenas Reinações, pela editora Escrituras ainda este ano.

Cézar ainda aponta a carência do livro em verso dirigido para os pequenos. “Existe uma grande produção de literatura em prosa, diferente dos feitos em versos. Dos 40 livros recomendados pelo MEC, apenas seis eram de poesias.”

A sua próxima publicação será uma releitura do clássico O Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Saint-Exúpery.

ABC ONTEM E HOJE

Para as primeira leituras, Bráulio Tavares indica qualquer clássico de Monteiro Lobato e O Livro do Cemitério (Rocco), do inglês Neil Gaiman. “É uma história de terror, onde um menino de dois anos é criado por fantasmas.”

Já André Ricardo Aguiar seleciona o clássico O Menino do Dedo Verde (José Olympio), do francês Maurice Druon, e o humor de Os Risadinhas (Estação Liberdade), do irlandês Roddy Doyle. “(O Menino do Dedo Verde) tem uma mensagem ecológica para refletir nesta época, com um arsenal de fantasia.”

Por fim, Jairo Cézar destaca a obra da carioca Roseana Murray, uma das mais importantes poetas contemporâneas em poesia para crianças e jovens. Entre as produções locais, o autor seleciona o Zôo Imaginário (Escrituras), de Sérgio de Castro Pinto. “O livro é mais juvenil que infantil, mas quando o livro é bom, transcende esta linha tênue.”

Outra obra lembrada por Cézar é Um Boi Pastando nas Nuvens (Ideia), do paraibano Águia Mendes. “Minha filha não para de ler.”

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Bruno Gaudêncio no ônibus

OS ANJOS DE AUGUSTO

Para Jairo Cézar

Embaixo do tamarindo
escuto o hálito das harpas
chupando a cana do assombro.



AS PEDRAS DA LUA

não confio na lua
ela vive a jogar pedras
nos meus ouvidos.

sábado, 21 de abril de 2012

A quem interessa sufocar as políticas públicas para o livro, a leitura e a literatura?

Por  Lau Siqueira

O alto índice de aprovação do governo Dilma Roussef , de certa forma, tem salvado a pele da ministra da Cultura, Ana de Holanda.  Não sei como e nem até quando, mas a presidenta tem bancado sucessivas e cada vez mais amplas insatisfações com os rumos do Ministério da Cultura. Aqui e ali testemunhamos alguma ação pontual, como a proposta do Museu do Trabalhador.  Mas, qual é a política cultural da ministra Ana de Holanda? Apenas o desmonte do que foi construído? No governo Dilma muitos setores estão em expansão enquanto a cultura amarga um indisfarçável retrocesso. O ministério vive uma verdadeira metástase administrativa e política, desprendendo-se lentamente dos caminhos criados a partir da gestão de Gilberto Gil, continuada por Juca Ferreira.

Um dos capítulos desta crise que nos parece merecedor de maiores atenções se refere ao desmonte das políticas para o livro, a leitura e a literatura. Por enquanto, as críticas são originárias das bases de apoio do governo. Principalmente da base que viu o ministério dar um passo histórico no governo Lula, com a batuta do ex-ministro Gilberto Gil.  O baiano deu régua e compasso para a construção de uma política de cultura no país do futebol. Foi construída uma história que, aparentemente, não interessa mais. Mas, nesta cruzada acredito que até os mandacarus morrem de sede. Os Pontos de Cultura foram transformados em reticências intermitentes. O Sistema Nacional de Cultura pode até virar uma luxuosa publicação, mas aos poucos vai se desprendendo das aldeias. Enfim, estamos carentes até mesmo de debate, de proximidade, de olho no olho.

Esta semana, uma carta aberta à Presidência da República, assinada por 9 dos 15 representantes do Colegiado Setorial do Livro, Leitura e Literatura acendeu o sinal de alerta mais uma vez. A própria carta revela o esgotamento das possibilidades de negociação interna e aponta para uma ruptura preocupante. Na verdade o que pesa é o rumo das prioridades. Logicamente isso não interessa ao globalizado e neoliberalizado mercado do livro. Não temos dúvidas que uma política pública para o livro, leitura e  literatura, significa um confronto direto com o que está posto e penso que a pauta é esta. Afinal, somos destaque internacional. O Brasil é um país que  produz em grande escala, proporcional e contraditoriamente, livros e analfabetismos. Mas, as coisas não são assim tão incompreensíveis.  A carta do Colegiado afirma que não há clareza orçamentária quanto a internacionalização proposta pela Fundação Biblioteca Nacional. Na verdade acredito que esta clareza existe a partir do momento que observamos uma crescente transnacionalização do mercado do livro. Infelizmente parece que este é o foco primordial da FBN. O fato é que grandes editoras brasileiras, como a Moderna, já não são tão brasileiras assim.  O “fogo de monturo” da internacionalização é, logicamente, a melhor estratégia para privilegiar os tubarões do mercado. Há um visível abandono até mesmo de um debate minimamente democrático.

O fato é que as ações do MinC andam pelas tabelas e ninguém mais está suportando fazer de conta que está tudo bem. Recentemente li que o ex-ministro Juca Ferreira (que considero um aliado, ex-PV e filiado ao PT) aceitaria assinar um documento pedindo a saída da ministra, caso fosse convidado. Não vejo as coisas de forma tão personalizada. Não se trata de mudar as moscas, como se diz no popular. Na verdade o MinC  se transformou numa locomotiva tentando se movimentar na grama úmida do desenvolvimento brasileiro. Está fora dos trilhos e sem capacidade de diálogo com as suas diversas estações de influência. Sufocando políticas importantes e reduzindo bruscamente a marcha da articulação regional. O pulso ainda pulsa, mas o fato é que há um indisfarçável câncer na goiaba. É tempo de mudar o rumo e retomar o leme para não lamentarmos um triste naufrágio. Em tese, uma política para o livro, leitura e  literatura deveria ser de interesse do mercado editorial. No entanto, o papo é outro. Os barões estão pouco ligando para a  gritaria nos porões. Para eles já está de bom tamanho vender montanhas de celulose para o MEC e para as secretarias estaduais e municipais de educação. Afinal, como disse, os donos da memória editorial brasileira estão cada vez mais globalizados e transnacionalizados. O foco desta minúscula e bem articulada elite é o lucro fácil oferecido pelos cofres públicos. Um cliente poderoso que precisa investir em educação e, logicamente, desenvolver uma educação sem livros seria como obrigar um pássaro a voar sem asas.  O que nos parece mais grave é ver a Fundação Biblioteca Nacional afundada neste capim raso e seco.

Está na hora da presidenta Dilma tomar uma posição quanto aos rumos do Ministério da Cultura. Afinal, parece que na passagem de governo quase tudo foi melhorando. Temos uma presidenta que orgulha o Brasil, pela sua postura, pela sua extrema capacidade de aliar o rigor com a generosidade. No entanto, o MinC está descendo a ladeira. A carta aberta dos representantes da Câmara Setorial do Livro, Leitura e Literatura soa como um pedido de socorro. Talvez seja o caso de retomarmos a marcha. Até para que a política de incentivo ao livro popular, anunciada pela presidenta, não se transforme numa grande frustração. Afinal, não existe política para o livro sem uma política de leitura. Não existe política de leitura sem política de incentivo à criação literária. Não existe educação de qualidade e cidadã sem livro, leitura e literatura. “A literatura contém muitos saberes”, dizia Roland Barthes. A íntegra da carta aberta destes defensores de políticas públicas para o livro, a leitura e a literatura você poderá conferir no meu blog www.lau-siqueira.blogspot.com . Tire suas conclusões sobre a deriva de um barco que já estava aprendendo a se conduzir pela tempestade, no resgate de um sonho brasileiro que precisa vestir-se de realidade.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

128 anos de Augusto dos Anjos

Para os passageiros do ônibus, um soneto de um dos mais geniais poetas de todos os tempo. Salve Augusto!!!!

SOLITÁRIO

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -

Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Prêmio OFF FLIP

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio OFF FLIP 2012. Para saber mais visite o site http://www.premio-offflip.net/

Em tempo: Apesar da taxa de inscrição ser de R$ 60,00 , não deixa de ser uma boa oportunidade de participar da FLIP. Bem, eu vou tentar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dia Nacional da Literatura infantil


Monteiro Lobato e alguns de seus personagens

O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato, que nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882.

Mas o Brasil não vive apenas de Lobato. Há outros nomes de grande importância dedicados a esse ramo da literatura. Posso citar, Roseana Murray, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, entre outros.

Aqui na Paraíba, temos grandes escritores que também se dedicam ao fazer literário voltado para crianças de todas as idades.

Deixo aqui meu abraço fraternal e de admiração a Maria Valéria Rezende, Águia Mendes, André Ricardo Aguiar e ao mestre de todos Sérgio de Castro Pinto.

Deixo os passageiros e passageiras com um poema de Águia Mendes

CALVÍCIE


reguei
meu cabelo.

deus tomara
que ele cresça.

cabelos são plantas
no pomar
de nossas cabeças.

II Encontro de Escritores e Entidades Culturais - Programação

                                                II Encontro de Escritores da UBE/PB
                                                II Encontro de Entidades Culturais



19/21 de Abril de 2012

Local: Espaço Cultural da Paraíba
Av. Abdias Gomes de Almeida, nº 800, Tambauzinho, João Pessoa, Paraíba

19 de abril de 2012

14:00 – Arquivo Histórico Waldemar Duarte - Visita

14:30 -  Auditório Verde
       - Abertura do II Encontro de Entidades Culturais
       - Homenagem Póstuma a Waldemar Duarte      
       - Palestrante: Ana Isabel de Souza Leão Andrade
       - Tema: Políticas Públicas para Arquivos Públicos e Privados        

19:00 – Exposição de Fotos: 30 anos do Espaço Cultural – Galeria Archidy Picado

19:30 – Cine Banguê
      - Solenidade de abertura do II Encontro de Escritores da UBE/PB     
            - Homenageados: Centenário do Historiador Humberto Nóbrega; Centenário do livro “EU” de Augusto dos Anjos;  Centenário de Luiz Gonzaga; e, Tarcísio de Miranda Burity - 30 anos do Espaço Cultural.
           - Apresentação da Orquestra Sinfônica da Paraíba.                  
  
20 de Abril – Sexta-feira

09:00 – Oficina de Desenho em Quadrinhos – Submezanino II

09:00 – Auditório Verde - Palestra – “Literatura e redução de pena”
                                  Palestrante: Josinaldo Malaquias
                                    Convidados: Des. José Di Lorenzo Serpa/ Profa. Onélia Queiroga/ Procurador Geral de Justiça Dr. Oswaldo Trigueiro

terça-feira, 17 de abril de 2012

V Celebrando os Anjos de Augusto

 
 
Programação
Dia 19 de Abril

08:h Memorial Visita guiada e apresentações no Tamarindo (Esc Pedro Ramos)
09h Visita guiada e apresentações no Tamarindo
10h Visita guiada e apresentações no Tamarindo (Esc Luiz Ribeiro)

10h
Câmara Municipal Sessão Especial - Mesa redonda (ALANE/PB, UBE/PB e Academia Feminina de Letras)

14h Câmara Municipal Painel com o Jairo Cézar
15h Augusto e um violão 
15:30h Painel com João Marcos

16h Câmara Municipal Lancamentos literários

19h Feira Multicultural - Artesanato, comidas tipicas, oficina de leitura e apresentações musicais
Praça Augusto dos Anjos

19h30 Abertura oficial

20h De repente Augusto

22h30 Classe A

Dia 20 de Abril

08h Memorial Visita guiada e apresentações no Tamarindo durante toda manhã

17h Praça Augusto dos Anjos
Feira Multicultural- Artesanato, comidas tipicas, danças e música e lançamentos literários
Apresentações Artísticas das escolas municipais
 
19h30 Praça Augusto dos Anjos apresentação de Artistas locais


21h Paulo Barreto e Ivan Martins

segunda-feira, 16 de abril de 2012

sete anos do café em verso e prosa recebe caixa baixa




 

    o projeto  “café em verso e prosa” organizado pela atriz suzy lopes  que já faz parte do calendário cultural da capital paraibana comemora nesta terça-feira dia 17,  sete anos, e oferece aos seus frequentadores um bolo de poetas e escritores, trata-se do “caixa baixa” – núcleo literário formados por vários escritores paraibanos ou radicados na paraíba, que visa criar um espaço privilegiado de trocas, de experimentação de escrita e movimentar ainda mais a literatura de nosso estado.
   
     o sarau acontece há sete anos mensalmente e tem sempre um homenageado ou uma temática que cria uma linha vertente para a noite em uma performance de abertura da atriz suzy lopes e seus convidados. realizada essa primeira parte, o palco e o microfone são entregues ao público que pode recitar poesias de seus poetas preferidos ou de autoria própria, o que quase sempre acontece.
   
    esta edição será mais que especial, começando pela comemoração dos sete anos do evento,  o que mostra que é um evento que merece mesmo ser comemorado, pois sete anos já é um tempo considerável e muita coisa já aconteceu em seu palco poético, cada edição é uma celebração da poesia em sua forma mais importante de ser, na boca de quem lê e sente a emoção que as palavras trazem.

    é comum no café em verso e prosa ser estendido um varal com poesias no tema, porém terça-feira será diferente, desta vez o varal será em forma de caixa para fazer uma brincadeira com o nome do grupo que é tema da noite, estão sendo confeccionadas por diacisa lopes,  20 caixas com imagens, poemas e trechos de prosa do grupo homenageado nesta noite, e estas caixas ficarão espalhadas pelas mesas do empório café, o que é muito legal, pois desta forma, tanto as pessoas podem levar estas caixas como um presente da noite, como pode escolher em sua mesa o poema que quer ler da caixa.

     o caixa baixa foi formado em janeiro de 2011, seus integrantes alimentam um blog na internet que pode ser visitado pelo link http://caixabaixa.org, escrevem em revistas e jornais além de seus próprios blog’s. muitos poetas e escritores passaram pelo caixa baixa desde sua criação, atualmente a caixa contém: betomenezes, bruno gaudêncio, bruno r. r. santos, cyelle carmem, gustavo limeira, jairo cézar, joão matias, joedson adriano, laudelino menezes, letícia palmeira, mirtes waleska, romarta ferreira, thiago lia fook braga e wander shirukaya. entre eles há comunistas, direitistas, esquerdistas, poetas, contistas, ateus, evangélicos, agnósticos, espíritas, católicos, budistas. é um bando de jovens com fome de escrita, experimentam e se arriscam escrever de tudo, de  contos de fantasia a poemas parnasianos, de críticas pós-modernas a teatro armorial, de filosofia oriental a física quântica.  embora todos sejam muito jovens, o grupo no modo geral tem se destacado dentro e fora do estado, alguns já foram publicados, como bruno gaudêncio, beto menezes, bruno santos, cyelle carmem, jairo cézar, joedson adriano, letícia palmeira, wander shurakaya e outros premiados como gustavo limeira, beto menezes e bruno gaudêncio.  estes jovens escrevem com seriedade.  optam por encarnar um erro tipográfico, a letra miúda dos contratos, a redação ilegível do vestibular.  são o caixa baixa e se dizem banais, e se assim não fossem, seriam caixa alta. a seguir, conheça um pouco do que está contido na caixa:

betomenezes – poeta e escritor, publicou “o gosto amargo de qualquer coisa”, “pirilampos cegos” e “despoemas”. já sofreu de peito aberto, mas diz que hoje tem o corpo fechado. alimenta o blog http://www.betomenezes.biz/ 

bruno gaudêncio – é escritor, jornalista e historiador.  publicou “o ofício de engordar as sombras” e “cântico voraz do precipício. é co-editor da revista blecaute e alimenta o blog http://acasocaos.blogspot.com

bruno r. r. santos – o escritor diz que escreve para acalentar seus tormentos, pode-se ler seu acalanto no blog http://quebrandoogenio.wordpress.com

cyelle carmem – poeta e escritora, publicou “luzes de labirinto” que já foi lido no café em verso e prosa. o link de seu blog é http://cyellec.blogspot.com

gustavo limeira – poeta, estudante de letras na ufpb e praticante das danças circulares. fez teatro no grupo skena do colégio pio x e junto com a atriz ana valentin, dirige além de estar em cena, o grupo teatrália, que experimenta a teatralização de poemas. gustavo já coleciona alguns prêmios como poeta e já participou do café em verso e prosa várias vezes. é frequentador assíduo.  seu blog é http://versorragia.blogspot.com

jairo cézar – professor de inglês, autor de “escritos no ônibus”, Rapunzel e outros poemas para colorir, pai de beatriz e escreve no blog http://escritosnoonibus.blogspot.com 

joão matias – é poeta e editor da revista blecaute. se considera um contemplário lírico, que é o nome do seu blog ( http://contemplariolirico.wordpress.com )

joedson adriano – escritor, autor do livro “ode aos deuses”. não alimenta blog.

laudelino menezes – contoclubista, torcedor do sport e matemático. assim como joedson, não tem blog.

letícia palmeira – escritora, publicou “ artesã de ilusórios” e “sinfônica adulterada”. e como a maioria do caixa baixa alimenta um blog http://leticiapalmeira.blogspot.com

mirtes waleska – a escritora alimenta o blog http://mirteswaleska.blogspot.com

romarta ferreira – a escritora é alagoana, mas mora na paraíba há dois anos. faz parte do “clube do conto” e assim como joedson e Laudelino, não tem blog.

thiago lia fook braga – fez direito mas não exerce,  em vez disso, alimenta o blog http://thiagoliafook.blogspot.com

wander shirukaya – além de alimentar o blog http://blogdoshirukaya.blogspot.com publicou um livro de contos chamado “balelas”

    “o grupo foi indicado pelo poeta lau siqueira que já foi homenageado do sarau duas vezes, embora não conheça o trabalho de todos, tenho muita admiração pela escrita dos que conheço como por exemplo, gustavo limeira, já que somos parceiros há muito anos, participamos da fundação do grupo teatrália e já estivemos juntos em diversas situações, sempre tendo  a poesia como fio condutor de nossa ligação” comentou a atriz suzy lopes, sem contar que acho maravilhoso o surgimento de um grupo de jovens com tanta ousadia, que colocam a cara publicamente e se expõem bravamente, criando eventos de escrita autoral, principalmente por estarem no estado de poetas e escritores como augusto dos anjos, lau siqueira, lúcio lins, w.j. solha, paulo vieira e tantos outros que nós paraibanos tanto nos orgulhamos. a própria criação do grupo já é muito louvável e merece sim serem homenageados, completou a atriz e organizadora do evento. e não é só isso, eles também serão tema da primeira edição do ano do projeto do sesc “parede poética” em uma exposição com 20 banner’s contendo poesias, textos e poemas de autoria do caixa baixa.

    mas a comemoração do aniversário do “café em verso e prosa ainda tem muito mais, nesta noite também haverá uma exposição de fotos dos fotógrafos bruno vinelli e guto zafalan feitas no sarau e a exibição de um vídeo do artista multimídia sandoval fagundes, se trata de um vídeo feito na última noite do sarau realizada dia 12 de março.
     como em todas as edições de aniversário do café em verso e prosa, o empório café, local onde acontece o sarau, preparou um bolo para que seja cantado parabéns para o evento que já tem público certo, e que ele tenha muitos anos de vida.

Resumão dos sete anos do Café em Verso e prosa

HOMENAGEADOS
Castro Alves
Fernando Pessoa
Chico Buarque
Cazuza
Tavinho Teixeira
Renato Russo
Carlos Drummond de Andrade
Elisa Lucinda
Viviane Mosé
Cora Coralina
Vinicius de Moraes
Raul Seixas
Claudio Noah
Sandoval Fagundes
Lau Siqueira
Antônio Mariano
Renálide Carvalho
Íkaro Maxx
George Ardilles
Astier Basílio
Alice Ruiz
Janice Japiassu
Manoel de Barros
Ed Porto
Sérgio Fantini
Poeta Nelsão
Sidney Nicéas

TEMAS USADOS
Poesia Paraibana
Poesia Infantil
Poesia Erótica
Poesia às mulheres
Poesia Romântica
Sobre Todas as Coisas
Poesia Feminina
O amor é um fio descascado
Poesia Matuta
Outubro Rosa
Rap

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS
Claudio Noah
Soraia Bandeira
Flávio Lira
Netto Ribeiro
Mayana Neiva
Renata Arruda
Nara Limeira
Gustavo Limeira
Chico Limeira
Ivo Limeira
Carlos Araújo
Ana Valentin
Elba Góes
Matteo Ciacchi
Grupo Teatrália
Priscila Holanda
Jô Oliveira
Nykaelle Barros
Petra Ramalho
Roseane B.
The Silvias
Tavinho Teixeira
David Muniz
Mira Maya
André Macambira
Pedro Café
Mayra Montenegro
Camila Perez
Rômulo Alisson
Thardelly Lima
Thalyta Lima
Cely Farias
Luiz Carlos Vasconcelos
Gabriela Dowling
Junior Ribeiro
Manuca Bandini
Geovan Moraes
Hector Moraes
Marcos Pinto
Sandoval Fagundes
Daniel Porpino
Geraldinho Miranda
Abiarap

EXPESIÇÕES:
Rafaela Coelho/Lola (Fotos)
Sarah Falcão (Desenho)
Verdee (Telas Pop Art)
Shiko (Telas)
Sandoval Fagundes

COLABORADORES
Rodrigo Cabral (Empório Café)
Rômulo Halisson (Assessoria)
Jô Oliveira (Assessoria 2006)
Michelle Braga (Arte)
Cyntia Dandara (Fotos e divulgação)
Felipe Spencer (Arte)
Lau Siqueira (Arte)
Sandoval Fagundes (Arte)
Ana Felipe (Jornalista Correio da Paraíba)
Astier Basílio (Jornalista Jornal da Paraíba)
Renato Felix (Jornalista Jornal da Paraíba)
Augusto Magalhães (Jornalista Correio da Paraíba)
Linaldo Guedes (Jornalista A União)
Edileide Vilhaça (Radialista Rádio Tabajara)
Breno Barros (Jornalista)
Carlos Aranha (Jornalista Correio da Paraíba)
André Cananéia (Jornalista Jornal da Paraíba)
Taísa (Arte)   
Sarah Falcão (Editora Revista Cenário Cultural)
Rosana Porpino (Elaboração)
Geraldinho Miranda
Dinho Araújo (Arte)
SESC – Serviço Social do Comercio.


PATROCINADORES
Empório Café
Sony Som & Luz
Sofia Cabeleireiros
Livraria Nobel
Vitrola Comunicações Visual (Michele Braga)
Sebo Cultural
Música Urbana
Fabrica de Sonhos






 
 
serviço:
café em verso e prosa CAIXA BAIXA e aniversário de sete anos do sarau
local: empório café (por trás da feirinha de tambaú)
r. coração de jesus, 201 – tambaú
dia: 17 de abril de 2012
hora: 20:30
informações: suzy lopes 8801-8533 (Oi) ou 9614-887 (Tim) (atriz e produtora)