Entre o rio e o mar
tem semanas que acordo janeiro
versos feitos cabral
seco ácido sertão
lâmina e pedra na poesia
galo escondendo a manhã
dias em que custam suores
recordar outros valores
lembrar dos asfaltos de jambeiros
andar pelas ruas, jaguaribe
: há que sempre mirar adiante
nadar nada no capibaribe
colhendo feijão e poemas
lá na cozinha da casa grande tão pequena
tem semanas que me fixo em junhos
versos vêm de vinícius
solto louco sezão
sonetos infiéis em minha castidade
elegias e sempre um grande amor
dias que valem suores
vale o hoje, o agora, vale o já
cajazeiras é só uma página e saudades
outras ruas outros olhos outras cores
madalenas e seus códigos secretos
mergulha poesia tambaú
– plantar sonhos e fantasias
no quarto, onde deve ficar minha pequena
tem semanas e dias dezembros
onde espero, só nos livros
: é natal, temos que recomeçar.
Gostei dos primeiros versos.
ResponderExcluirJaguaribe: meu lugar!
todo mundo tem um pouco de jaguaribe no coração, cyelle.
ResponderExcluirGostei do poema todo.
ResponderExcluirSimples, porém nobre.
o simples é sempre complexo, cara Magna.
ResponderExcluirabraço