segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poema de Félix Maranganha

O matrimônio triste do vento


Trastes e tristezas,
solo esturricado...
Juremas torradas
já no cio do sol...
Nesse céu de sol,
as éguas sem água
morrem desaguadas...
Os alegres logram
legados de lagos
secos, mas os sacos
de terra socada
enlameiam lumes
ou lemes de naves...
Neve, névoa, nuvens
em novos pingares
de gotas tão gratas...
Os gatos molhados...
Os gatos malhados...
Milhares de gotas...
Milhares de gatos
estão ressequidos
no solo torrado,
sem chuva chiante
no cio do chão seco.

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