Em seu blog, Galeno Amorim criticou o Ministério da Cultura do governo Lula, ao dizer que os projetos institucionais da área do livro e da leitura “andam esquecidos nas gavetas do ministro da Cultura”.
Sem ter buscado qualquer contato com o Ministério, Amorim cita projetos que já saíram do Ministério da Cultura, como o Fundo Pro-Leitura, que hoje tramita, em fase conclusiva, no Ministério da Fazenda
O projeto de lei é fruto de um longo processo de negociação envolvendo o setor produtivo e o governo federal e integra um conjunto de prioridades do ministro Juca Ferreira em favor da institucionalização de toda a política cultural.
É nesse contexto que se inserem os projetos de lei que criam o PNLL, o Fundo Pró-Leitura e o Instituto Nacional de Livro, Leitura, Literatura e Língua Portuguesa, que estabelecem diretrizes, recursos e órgão próprio para execução das políticas e dos programas que possam ser decisivos para a construção de um Brasil de leitores.
Fabiano dos Santos Piuba
Diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura
in: http://www.cultura.gov.br/site/2010/11/26/nota-de-esclarecimento-25/
o site do PNLL está de cara nova. o endereço é o mesmo e vale a pena dar uma conferida:
http://www.pnll.gov.br/
Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561
(81)97293757
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Ode de Ricardo Reis
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis, 1-7-1916
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Ricardo Reis, 1-7-1916
Poema de Fernando Pessoa
Homenagem do blog ao grande poeta português que faleceu há 75 anos(30/11/1935)
Fresta
Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.
Fresta
Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Poema de Félix Maranganha
O matrimônio triste do vento
Trastes e tristezas,
solo esturricado...
Juremas torradas
já no cio do sol...
Nesse céu de sol,
as éguas sem água
morrem desaguadas...
Os alegres logram
legados de lagos
secos, mas os sacos
de terra socada
enlameiam lumes
ou lemes de naves...
Neve, névoa, nuvens
em novos pingares
de gotas tão gratas...
Os gatos molhados...
Os gatos malhados...
Milhares de gotas...
Milhares de gatos
estão ressequidos
no solo torrado,
sem chuva chiante
no cio do chão seco.
Trastes e tristezas,
solo esturricado...
Juremas torradas
já no cio do sol...
Nesse céu de sol,
as éguas sem água
morrem desaguadas...
Os alegres logram
legados de lagos
secos, mas os sacos
de terra socada
enlameiam lumes
ou lemes de naves...
Neve, névoa, nuvens
em novos pingares
de gotas tão gratas...
Os gatos molhados...
Os gatos malhados...
Milhares de gotas...
Milhares de gatos
estão ressequidos
no solo torrado,
sem chuva chiante
no cio do chão seco.
João Marcos lança o segundo livro de contos e piadas
O escritor cômico João Batista Marcos Correia, conhecido no meio artístico como João Marcos, está lançando seu novo livro de contos. O livro "Contos, Contículos e Textículos" é composto de histórias bem humoradas do nosso dia a dia, envolvendo realidade e ficção, em contos miúdos e textos menores ainda. "As realidades 'risíveis' se transformam em contos e piadas. Analiso fatos cotidianos com um olhar diferente, acrescentando verdades apimentadas e mentiras que agradam”, disse João Marcos.
O livro, prefaciado por Vital Farias, compositor de Saga da Amazônia, já foi lançado na cidade de Mamanguape-PB, no Centro Cultural Fênix, contando com um grande público de artistas, empresários, estudantes e agora será a vez do município de Sapé-PB conhecer no novo trabalho do autor.
O lançamento está marcado para o próximo dia 30/11, no Atena Recepções, às 20 horas, com exposição de trabalhos publicados pelo autor nas colunas “Bar 1001 Moscas” e “Persona – Uma Homenagem ao Vivo”, do Jornal Força de Expressão, além de apresentações musicais e um show stand up comedy, mais uma proeza do autor.
O evento é aberto ao público com entrada franca porque, como diz o autor, “lançamento de livro é o único evento que você entra de graça e paga para sair”.
VOCÊ ESTÁ CONVIDADO!
Informações e contatos: JOÃO MARCOS (AUTOR)
e-mail: conticulosetexticulos@hotmail.com
O livro, prefaciado por Vital Farias, compositor de Saga da Amazônia, já foi lançado na cidade de Mamanguape-PB, no Centro Cultural Fênix, contando com um grande público de artistas, empresários, estudantes e agora será a vez do município de Sapé-PB conhecer no novo trabalho do autor.
O lançamento está marcado para o próximo dia 30/11, no Atena Recepções, às 20 horas, com exposição de trabalhos publicados pelo autor nas colunas “Bar 1001 Moscas” e “Persona – Uma Homenagem ao Vivo”, do Jornal Força de Expressão, além de apresentações musicais e um show stand up comedy, mais uma proeza do autor.
O evento é aberto ao público com entrada franca porque, como diz o autor, “lançamento de livro é o único evento que você entra de graça e paga para sair”.
VOCÊ ESTÁ CONVIDADO!
Informações e contatos: JOÃO MARCOS (AUTOR)
e-mail: conticulosetexticulos@hotmail.com
domingo, 28 de novembro de 2010
Poema de MARCOS TAVARES
lição de pintor – I
deixe que o traço
como tiro
rompa o branco do papel
feche a íris
do olho, arco, mire,
dispare o pincel
feixe de luz, prisma
incompleto. veja
pelo ângulo reto.
deixe que o traço
como tiro
rompa o branco do papel
feche a íris
do olho, arco, mire,
dispare o pincel
feixe de luz, prisma
incompleto. veja
pelo ângulo reto.
sábado, 27 de novembro de 2010
Programação de literatura do vira cultura
27/11/2010 - 10h
Sessão de autógrafos com Blandina Franco e José Carlos Lollo: livro "Quem soltou o PUM?"
27/11/2010 - 11h
Sessão de autógrafos com Marcia Tiburi: livro "Filosofia brincante"
27/11/2010 - 13h30
Bate-papo sobre HQ com o autor francês Hervé Bourhis
27/11/2010 - 14h
Bate-papo com a autora Mirian Goldenberg
27/11/2010 - 15h
Sessão de autógrafos com Lázaro Ramos: livro "A velha sentada"
27/11/2010 - 16h
Sessão de autógrafos com Marcelo Ferroni: livro "Método prático da guerrilha"
27/11/2010 - 17h
Leitura de trechos com os autores: Daniel Galera, Luciana Saddi e Michel Laub, com mediação de Ronaldo Bressane
27/11/2010 - 18h
Sarau de poesia com Alberto Martins, Antônio Fernando de Franceschi, Eucanaã Ferraz e Fabrício Corsaletti
27/11/2010 - 20h
Sessão de autógrafos com Lourenço Mutarelli: livro "Nada me faltará"
27/11/2010 - 20h30
Atividade fã-clube: Desfile de lolitas com o grupo Harajuku Lovers
27/11/2010 - 21h
Encontro sobrenatural com lançamento do livro "Diários do vampiro – O retorno - Anoitecer"
27/11/2010 - 21h
Atividade fã-clubes: concurso de cosplay
27/11/2010 - 23h
Atividade fã-clubes: cosplay de "Valkyrie Profile 2:Silmeria"
27/11/2010 - 23h30
Atividade fã-clubes: Figurinhas Mágicas
27/11/2010 - 23h30
Sessão de autógrafos com Lobão: autobiografia "50 anos a mil"
28/11/2010 - 0h30
Atividade fã-clubes: dança Yosakoi Soran
28/11/2010 - 1h às 8h
Atividade fã-clube: sala de videogames
28/11/2010 - 2h
Atividade fã-clubes: cosplay de "One Piece"
28/11/2010 - 3h
Atividade fã-clubes: cosplay de "Angel Sanctuary"
28/11/2010 - 14h
Bate-papo com os capistas Benício e Kiko Farkas
28/11/2010 - 15h
Sarau "Imagem e Ação - as reviravoltas do amor"
28/11/2010 - 15h
Bate-papo e sessão de autógrafos com Eduardo Spohr e Rafael Draccon
28/11/2010 - 15h30
Debate: "As transformações no processo de edição literária em tempos de internet e e-readers"
28/11/2010 - 17h
Debate sobre literatura policial
Mais sobre o evento:
A Livraria Cultura acredita no poder transformador da informação e tem convicção do seu papel como agente cultural, promotor ativo de conteúdo atualizado e de informação qualificada.
Foi dessa certeza que nasceu o VIRA CULTURA, uma maratona cultural que reúne em 35 horas as mais diversas manifestações artísticas contemporâneas, mapeando o futuro da literatura, das artes e do entretenimento.
A proposta do evento é apresentar uma extensa e variada programação cultural, composta por conteúdos e experiências relevantes e diferenciadas que possam alcançar os distintos interesses dos frequentadores da Livraria Cultura.
Sucesso de público e crítica, o VIRA CULTURA passou a fazer parte do calendário de eventos da cidade de São Paulo e será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, das 9 horas da manhã do sábado às 20 horas do domingo.
As 35 horas de programação estão distribuídas por todo Conjunto Nacional: Loja Principal e Loja de Artes da Livraria Cultura, Teatro Eva Herz, unidades da Cia das letras e da Record, Academia Bioritmo, Cine Livraria Cultura e os Espaços Gastronomia e Vinil, especialmente montados nos corredores do Conjunto.
Dormiu, perdeu!
Sessão de autógrafos com Blandina Franco e José Carlos Lollo: livro "Quem soltou o PUM?"
27/11/2010 - 11h
Sessão de autógrafos com Marcia Tiburi: livro "Filosofia brincante"
27/11/2010 - 13h30
Bate-papo sobre HQ com o autor francês Hervé Bourhis
27/11/2010 - 14h
Bate-papo com a autora Mirian Goldenberg
27/11/2010 - 15h
Sessão de autógrafos com Lázaro Ramos: livro "A velha sentada"
27/11/2010 - 16h
Sessão de autógrafos com Marcelo Ferroni: livro "Método prático da guerrilha"
27/11/2010 - 17h
Leitura de trechos com os autores: Daniel Galera, Luciana Saddi e Michel Laub, com mediação de Ronaldo Bressane
27/11/2010 - 18h
Sarau de poesia com Alberto Martins, Antônio Fernando de Franceschi, Eucanaã Ferraz e Fabrício Corsaletti
27/11/2010 - 20h
Sessão de autógrafos com Lourenço Mutarelli: livro "Nada me faltará"
27/11/2010 - 20h30
Atividade fã-clube: Desfile de lolitas com o grupo Harajuku Lovers
27/11/2010 - 21h
Encontro sobrenatural com lançamento do livro "Diários do vampiro – O retorno - Anoitecer"
27/11/2010 - 21h
Atividade fã-clubes: concurso de cosplay
27/11/2010 - 23h
Atividade fã-clubes: cosplay de "Valkyrie Profile 2:Silmeria"
27/11/2010 - 23h30
Atividade fã-clubes: Figurinhas Mágicas
27/11/2010 - 23h30
Sessão de autógrafos com Lobão: autobiografia "50 anos a mil"
28/11/2010 - 0h30
Atividade fã-clubes: dança Yosakoi Soran
28/11/2010 - 1h às 8h
Atividade fã-clube: sala de videogames
28/11/2010 - 2h
Atividade fã-clubes: cosplay de "One Piece"
28/11/2010 - 3h
Atividade fã-clubes: cosplay de "Angel Sanctuary"
28/11/2010 - 14h
Bate-papo com os capistas Benício e Kiko Farkas
28/11/2010 - 15h
Sarau "Imagem e Ação - as reviravoltas do amor"
28/11/2010 - 15h
Bate-papo e sessão de autógrafos com Eduardo Spohr e Rafael Draccon
28/11/2010 - 15h30
Debate: "As transformações no processo de edição literária em tempos de internet e e-readers"
28/11/2010 - 17h
Debate sobre literatura policial
Mais sobre o evento:
A Livraria Cultura acredita no poder transformador da informação e tem convicção do seu papel como agente cultural, promotor ativo de conteúdo atualizado e de informação qualificada.
Foi dessa certeza que nasceu o VIRA CULTURA, uma maratona cultural que reúne em 35 horas as mais diversas manifestações artísticas contemporâneas, mapeando o futuro da literatura, das artes e do entretenimento.
A proposta do evento é apresentar uma extensa e variada programação cultural, composta por conteúdos e experiências relevantes e diferenciadas que possam alcançar os distintos interesses dos frequentadores da Livraria Cultura.
Sucesso de público e crítica, o VIRA CULTURA passou a fazer parte do calendário de eventos da cidade de São Paulo e será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, das 9 horas da manhã do sábado às 20 horas do domingo.
As 35 horas de programação estão distribuídas por todo Conjunto Nacional: Loja Principal e Loja de Artes da Livraria Cultura, Teatro Eva Herz, unidades da Cia das letras e da Record, Academia Bioritmo, Cine Livraria Cultura e os Espaços Gastronomia e Vinil, especialmente montados nos corredores do Conjunto.
Dormiu, perdeu!
Hildeberto Barbosa Filho e Sérgio de Castro Pinto no Salão do Livro
Os escritores paraibanos Hildeberto Barbosa Filho e Sérgio de Castro Pinto encerram o ciclo de debates do I Salão Internacional do Livro da Paraíba, neste sábado (27), às 19h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural, em João Pessoa.
No quadro ‘Café com Letras’, apresentado pelo poeta e jornalista, Linaldo Guedes, os escritores falarão sobre poesia e critica literária, realidade atual da literatura paraibana, detalhes da vida, carreira e do processo de criação de suas obras. Eles também vão responder perguntas do público presente.
O escritor e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho nasceu em 09 de outubro de 1954, na cidade de Aroeiras, Estado da Paraíba. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Paraíba; tem curso de Licenciatura em Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB); Especialização em Direito Penal, pela USP e Mestrado em Literatura Brasileira, pela UFPB, com dissertação intitulada Sanhauá: poesia e modernidade.
Logo cedo, iniciou sua vida de professor, lecionando Língua Portuguesa e Literatura Brasileira em colégios públicos e particulares. Ingressou no ensino superior, através de concurso público, sendo, atualmente, professor da Universidade Federal da Paraíba, lecionando Literatura Brasileira, Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa, no curso de Letras, ministrando aulas, também, no curso de Comunicação Social, ao mesmo tempo, prepara-se para concluir o curso de doutorado em Literatura Paraibana.
Além de professor universitário, Hildeberto é crítico literário, escritor, poeta e jornalista; mantém uma coluna em o Jornal O Norte, escrevendo sobre literatura. Colabora em os jornais A União, Correio da Paraíba, O Momento, Correio das Artes; Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco (PE); O Galo (RN), O Pão (CE); D.O. Leitura (SP); Suplemento Literário de Minas Gerais (MG) e a Revista Cultura Vozes (RJ).
Coordenou o Projeto LER e editou a revista Ler. Constantemente, é convidado para participar em simpósios, congresso e seminário como palestrante e conferencista. Assumiu a Cadeira nº 06 da APL, em 10 de setembro de 1999, recepcionado pelo acadêmico José Octávio de Arruda Mello.
O poeta, professor e jornalista Sérgio Castro Pinto nasceu em João Pessoa, na Paraíba, é formado em Direito e exerce a docência de Literatura Brasileira na Universidade Federal da Paraíba – UFPB. O seu doutoramento ocorreu abordando temática alusiva a Manuel Bandeira e Mário Quintana. E hoje ocupa a cadeira de número 39 na Academia Paraibana de Letras, cujo patrono é o escritor José Lins do Rego.
Dentre suas obras estão: Gestos lúcidos, edições Sanhauá, 1967; A ilha na ostra, edições Sanhauá, 1970; Domicílio em trânsito, Civilização Brasileira, 1983; O cerco da memória, UFPB, 1993; A quatro mãos, 1996 (poesias, com ilustração de Flávio Tavares); Longe daqui, aqui mesmo (tese de doutorado – Mário Quintana); e Os paralelos insólitos, discurso de posse na APL.
Como poeta já participou de antologias poéticas publicadas em Portugal e Espanha. Nos Estados Unidos teve trechos do poema “Camões/Lampião” traduzidos por Fred Ellison, professor emérito da Universidade do Texas, e incluídos na coletânea “Camões Feast”. No Brasil participou de várias antologias como “Os cem melhores poetas brasileiros do século” e “Sincretismo: a poesia da geração 60”.
Sérgio de Castro Pinto também foi agraciado com prêmios em nível nacional e o mais recente deles foi o “Guilherme de Almeida”, promovido pela União Brasileira de Escritores, pela obra “Zôo imaginário”, considerada pela comissão julgadora o melhor livro de poesia do ano de 2005. A sua poesia é bastante elogiada e obteve sucesso de crítica e público.
PROGRAMA DE HOJE NO SALÃO DO LIVRO
10h – Hildeberto Barbosa Filho e Sérgio de Castro Pinto
15h – Pasquale Cipro Neto
17h – Braulio Tavares
19h30 – Ignácio de Loyola Brandão
Fonte: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
No quadro ‘Café com Letras’, apresentado pelo poeta e jornalista, Linaldo Guedes, os escritores falarão sobre poesia e critica literária, realidade atual da literatura paraibana, detalhes da vida, carreira e do processo de criação de suas obras. Eles também vão responder perguntas do público presente.
O escritor e crítico literário Hildeberto Barbosa Filho nasceu em 09 de outubro de 1954, na cidade de Aroeiras, Estado da Paraíba. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da Paraíba; tem curso de Licenciatura em Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB); Especialização em Direito Penal, pela USP e Mestrado em Literatura Brasileira, pela UFPB, com dissertação intitulada Sanhauá: poesia e modernidade.
Logo cedo, iniciou sua vida de professor, lecionando Língua Portuguesa e Literatura Brasileira em colégios públicos e particulares. Ingressou no ensino superior, através de concurso público, sendo, atualmente, professor da Universidade Federal da Paraíba, lecionando Literatura Brasileira, Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa, no curso de Letras, ministrando aulas, também, no curso de Comunicação Social, ao mesmo tempo, prepara-se para concluir o curso de doutorado em Literatura Paraibana.
Além de professor universitário, Hildeberto é crítico literário, escritor, poeta e jornalista; mantém uma coluna em o Jornal O Norte, escrevendo sobre literatura. Colabora em os jornais A União, Correio da Paraíba, O Momento, Correio das Artes; Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco (PE); O Galo (RN), O Pão (CE); D.O. Leitura (SP); Suplemento Literário de Minas Gerais (MG) e a Revista Cultura Vozes (RJ).
Coordenou o Projeto LER e editou a revista Ler. Constantemente, é convidado para participar em simpósios, congresso e seminário como palestrante e conferencista. Assumiu a Cadeira nº 06 da APL, em 10 de setembro de 1999, recepcionado pelo acadêmico José Octávio de Arruda Mello.
O poeta, professor e jornalista Sérgio Castro Pinto nasceu em João Pessoa, na Paraíba, é formado em Direito e exerce a docência de Literatura Brasileira na Universidade Federal da Paraíba – UFPB. O seu doutoramento ocorreu abordando temática alusiva a Manuel Bandeira e Mário Quintana. E hoje ocupa a cadeira de número 39 na Academia Paraibana de Letras, cujo patrono é o escritor José Lins do Rego.
Dentre suas obras estão: Gestos lúcidos, edições Sanhauá, 1967; A ilha na ostra, edições Sanhauá, 1970; Domicílio em trânsito, Civilização Brasileira, 1983; O cerco da memória, UFPB, 1993; A quatro mãos, 1996 (poesias, com ilustração de Flávio Tavares); Longe daqui, aqui mesmo (tese de doutorado – Mário Quintana); e Os paralelos insólitos, discurso de posse na APL.
Como poeta já participou de antologias poéticas publicadas em Portugal e Espanha. Nos Estados Unidos teve trechos do poema “Camões/Lampião” traduzidos por Fred Ellison, professor emérito da Universidade do Texas, e incluídos na coletânea “Camões Feast”. No Brasil participou de várias antologias como “Os cem melhores poetas brasileiros do século” e “Sincretismo: a poesia da geração 60”.
Sérgio de Castro Pinto também foi agraciado com prêmios em nível nacional e o mais recente deles foi o “Guilherme de Almeida”, promovido pela União Brasileira de Escritores, pela obra “Zôo imaginário”, considerada pela comissão julgadora o melhor livro de poesia do ano de 2005. A sua poesia é bastante elogiada e obteve sucesso de crítica e público.
PROGRAMA DE HOJE NO SALÃO DO LIVRO
10h – Hildeberto Barbosa Filho e Sérgio de Castro Pinto
15h – Pasquale Cipro Neto
17h – Braulio Tavares
19h30 – Ignácio de Loyola Brandão
Fonte: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Valberto Cardoso
Sem título
Esgotei-me no derramamento das palavras.
vez em quando a criança chega perto
e belisca a nossa pele madura.
Depois beija e ri e foge com olhos de
quem volta.
(A criança cresce feito um homem surpreendido ao sol)
Mulheres e homens amam em ordem alfabética.
O intervalo da música ressuscita a âncora do poema.
Matem o homem, enforcado, abismado...
Quanto a mim,
Eu fiz versos como quem morre.
Perdi-me entre o mar e a vida!
Sou caduco: deus também o é
E não escrevo mais.
Papai completa hoje 80 anos.
Esgotei-me no derramamento das palavras.
vez em quando a criança chega perto
e belisca a nossa pele madura.
Depois beija e ri e foge com olhos de
quem volta.
(A criança cresce feito um homem surpreendido ao sol)
Mulheres e homens amam em ordem alfabética.
O intervalo da música ressuscita a âncora do poema.
Matem o homem, enforcado, abismado...
Quanto a mim,
Eu fiz versos como quem morre.
Perdi-me entre o mar e a vida!
Sou caduco: deus também o é
E não escrevo mais.
Papai completa hoje 80 anos.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Professores da rede estadual ganham crédito para compra de livros
Os professores da rede pública estadual de ensino que visitam o I Salão Internacional do Livro da Paraíba recebem um crédito de R$ 100,00, para a compra de livros de sua livre escolha na Feira instalada na Praça do Povo do Espaço Cultural José Lins do Rego, em Tambauzinho, aberta diariamente das 10h às 22h, até o próximo domingo.
Para receber o crédito, basta o professor de dirigir à recepção do Salão, na entrada do Espaço Cultural, e fazer sua inscrição. O bônus é liberado na hora. Até a tarde de ontem, cerca de 400 professores já tinham recebido o benefício. Os livreiros comemoraram a iniciativa, pois o Credilivro do Professor significa uma injeção de R$ 100 mil, na Feira.
O subsecretário de Cultura do Estado e presidente do comitê organizador do Salão, Davi Fernandes, explicou que o objetivo do Credilivro é oferecer aos professores às condições necessárias à sua permanência e desenvolvimento cultural em sala de aula, através da aquisição de livros e materiais de apoio pedagógico e pesquisa. O Credilivro vale apenas durante o período da Feria.
O I Salão Internacional do Livro da Paraíba é promovido pelo Governo do Estado, Sebrae e Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio cultural do Ministério da Cultura (MinC), Bibliotecas Braille & Comunitárias, Academia Paraibana de Letras (APL), Fundação Bradesco e Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Serviço
Evento: I Salão Internacional do Livro da Paraíba
Data: 20 a 28 de novembro de 2010
Horário: Das 10h às 22h
Local: Fundação Espaço Cultural da Paraíba
Entrada: Grátis
Para receber o crédito, basta o professor de dirigir à recepção do Salão, na entrada do Espaço Cultural, e fazer sua inscrição. O bônus é liberado na hora. Até a tarde de ontem, cerca de 400 professores já tinham recebido o benefício. Os livreiros comemoraram a iniciativa, pois o Credilivro do Professor significa uma injeção de R$ 100 mil, na Feira.
O subsecretário de Cultura do Estado e presidente do comitê organizador do Salão, Davi Fernandes, explicou que o objetivo do Credilivro é oferecer aos professores às condições necessárias à sua permanência e desenvolvimento cultural em sala de aula, através da aquisição de livros e materiais de apoio pedagógico e pesquisa. O Credilivro vale apenas durante o período da Feria.
O I Salão Internacional do Livro da Paraíba é promovido pelo Governo do Estado, Sebrae e Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio cultural do Ministério da Cultura (MinC), Bibliotecas Braille & Comunitárias, Academia Paraibana de Letras (APL), Fundação Bradesco e Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Serviço
Evento: I Salão Internacional do Livro da Paraíba
Data: 20 a 28 de novembro de 2010
Horário: Das 10h às 22h
Local: Fundação Espaço Cultural da Paraíba
Entrada: Grátis
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Dois Poemas de Chico César
Enxerto poético
Seu poeta preferido,
Bem antes de ser ferido
Já era ferido.
Antes.
Não visitou as bacantes, as nereidas e as ninfas.
Quis beber de sua linfa.
Esperou…
E não morreu.
Esse poeta sou eu.
De lira desgovernada.
Delírio, musa, amada.
Orfão, bisneto de orfeu.
Eu pra cantar não vacilo.
Digo isso, digo aquilo.
Digo tudo que se disse.
Digo Veneza.
Recife.
Fortaleza que se abre.
Quero que o mundo se acabe.
Se não disser o que sinto;
Digo a verdade.
Minto…
Vertente me arrebata.
Minha voz é serenata.
Labareda e labirinto.
A pena de uma galinha;
Trinta caroços de pinha.
Doce delíro de Vate
Um colírio, um tomate.
Um cartucho de espingarda.
O sangue da onça parda.
É tudo que trago e tenho.
Nada tinha de onde venho.
Leio o que arde sozinho.
Beba comigo do vinho;
Da arte do meu engenho.
Retirado do livro "Cantáteis - Cantos Elegíacos de Amozade"
__________________________________________________________________________
Desejo e necessidade
ai estou nas malhas de estranha cidade
mas uma parte de mim eu diria que a metade
ficou lá aonde saí, ou seja eu me reparti
desejo e necessidade
meus nervos de fios tensos
cipós propensos ao nó
enredados de dar dó nas ficções da verdade
salgam seu leite de arame
com a sal da saudade infame
desejo e necessidade
uma grota um viaduto, a estanque velocidade
civis soldados nos outros
sem outrora e eternidade
a ternura da ausência beija todos
com clemência - desejo e necessidade
ai estou num estado tão alterado
na exata hora que vim fiquei partido, apartado
e a parte que eu vim ficou
acesa na que apagou
desejo e necessidade
Seu poeta preferido,
Bem antes de ser ferido
Já era ferido.
Antes.
Não visitou as bacantes, as nereidas e as ninfas.
Quis beber de sua linfa.
Esperou…
E não morreu.
Esse poeta sou eu.
De lira desgovernada.
Delírio, musa, amada.
Orfão, bisneto de orfeu.
Eu pra cantar não vacilo.
Digo isso, digo aquilo.
Digo tudo que se disse.
Digo Veneza.
Recife.
Fortaleza que se abre.
Quero que o mundo se acabe.
Se não disser o que sinto;
Digo a verdade.
Minto…
Vertente me arrebata.
Minha voz é serenata.
Labareda e labirinto.
A pena de uma galinha;
Trinta caroços de pinha.
Doce delíro de Vate
Um colírio, um tomate.
Um cartucho de espingarda.
O sangue da onça parda.
É tudo que trago e tenho.
Nada tinha de onde venho.
Leio o que arde sozinho.
Beba comigo do vinho;
Da arte do meu engenho.
Retirado do livro "Cantáteis - Cantos Elegíacos de Amozade"
__________________________________________________________________________
Desejo e necessidade
ai estou nas malhas de estranha cidade
mas uma parte de mim eu diria que a metade
ficou lá aonde saí, ou seja eu me reparti
desejo e necessidade
meus nervos de fios tensos
cipós propensos ao nó
enredados de dar dó nas ficções da verdade
salgam seu leite de arame
com a sal da saudade infame
desejo e necessidade
uma grota um viaduto, a estanque velocidade
civis soldados nos outros
sem outrora e eternidade
a ternura da ausência beija todos
com clemência - desejo e necessidade
ai estou num estado tão alterado
na exata hora que vim fiquei partido, apartado
e a parte que eu vim ficou
acesa na que apagou
desejo e necessidade
Programação do I Seminário de Literatura do SESC
Diversos escritores de destaque nacional, que nunca estiveram na Paraíba para participar de eventos na área em que militam, estão confirmados para o I Seminário de Literatura do Sesc, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de Novembro, no Sesc Centro João Pessoa.
PROGRAMAÇÃO
Sexta, dia 26/ 11
18h00:
Mostra Leituras em Cena: “Orquídeas Vermelhas para Casal”
Autor: João Costa
Direção: Elba Góes
Local: Palco da Área de Lazer
20h00:
“O processo de criação literária”, palestra com o escritor Moacyr Scliar (RS)
Local: Miniauditório
Sábado, dia 27/ 11
Das 9h30 às 11h30 e das 14h00 às 16h00:
Oficina de poesia com Nicolas Behr
Local: Sala de ensaio (1º andar)
16h00:
Dramaturgia em Cena: Zé Lins – “O Pássaro Poeta”
Direção: Waleska Picado
Grupo: Engenho Imaginário
Baseado na obra de Maria Clara Machado "O Menino que Virou Escritor”
Local: Área de Lazer
17h00:
1ª Mesa: “A literatura contemporânea”, com João Paulo Cuenca (RJ)
Debatedor: André Ricardo Aguiar (PB)
Local: Miniauditório
18h00:
Mostra Leituras em Cena: "Beiço de Estrada"
Autor: Eliézer Rolim
Direção: Dian Ushita
Local: Palco da Área de Lazer
19h30:
2ª Mesa: “A dramaturgia contemporânea”, mesa com Mário Bortolotto (SP)
Debatedor: Astier Basílio (PB)
Local: Miniauditório
Domingo, dia 28/ 11
Das 9h30 às 11h30 e das 14h30 às 16h30:
Oficina de poesia com Nicolas Behr
Local: Miniauditório
10h00:
Mostra Leituras em Cena "A árvore que podia andar”
Autor: Noaldo Brito
Direção: Zanoni Yberville
Local: Palco da Área de Lazer
16h00:
Mostra Leituras em Cena "Lata Absoluta”
Autor: Paulo Vieira
Direção: Celly de Freitas
17h00:
1ª Mesa: “As revistas literárias”, mesa com Cláudio Daniel (SP)
Debatedor: Hildeberto Barbosa Filho (PB)
Local: Miniauditório
19h30:
2ª Mesa: “A poesia brasileira: onde está a ruptura”, mesa com Nicolas Behr (DF) Debatedor: Linaldo Guedes (PB)
Local: Miniauditório
Lançamentos:
Sábado, dia 27/11
Na 2ª Mesa:
Livro: "Um Bom Lugar Para Morrer" (poemas)
Autor: Mário Bortolotto
Domingo, dia 28/11
Na 2ª mesa:
Livro: "Brasilíada" (poemas)
Autor: Nicolas Behr
Parede Poética
"O Eterno e O Provisório”
Autor: Marcus Alves
Aberto à visitação das 8 às 21 horas
Local: Área de Lazer do Sesc Centro
A “Parede Poética” de Marcus Alves reúne os 18 poemas do seu livro, “O Eterno e o Provisório” (Editora da UFPB) selecionados pelo próprio autor. Marcus Alves conta que procurou na seleção identificar poemas que combinasse uma unidade conceitual e que representasse alguma identidade em torno de temas poéticos com os quais vem trabalhando: o problema do homem contemporâneo e sua relação com o tempo presente e com a tradição.
Mais informações no telefone (83) 3208 3158 ou na unidade do Sesc Centro localizada na Rua Desembargador Souto Maior, 281, João Pessoa.
Anne Karolyne Fernandes
Assessoria de Comunicação
Setor de Cultura Sesc/PB
(83) 8806 0165 / (83) 3208 3158
PROGRAMAÇÃO
Sexta, dia 26/ 11
18h00:
Mostra Leituras em Cena: “Orquídeas Vermelhas para Casal”
Autor: João Costa
Direção: Elba Góes
Local: Palco da Área de Lazer
20h00:
“O processo de criação literária”, palestra com o escritor Moacyr Scliar (RS)
Local: Miniauditório
Sábado, dia 27/ 11
Das 9h30 às 11h30 e das 14h00 às 16h00:
Oficina de poesia com Nicolas Behr
Local: Sala de ensaio (1º andar)
16h00:
Dramaturgia em Cena: Zé Lins – “O Pássaro Poeta”
Direção: Waleska Picado
Grupo: Engenho Imaginário
Baseado na obra de Maria Clara Machado "O Menino que Virou Escritor”
Local: Área de Lazer
17h00:
1ª Mesa: “A literatura contemporânea”, com João Paulo Cuenca (RJ)
Debatedor: André Ricardo Aguiar (PB)
Local: Miniauditório
18h00:
Mostra Leituras em Cena: "Beiço de Estrada"
Autor: Eliézer Rolim
Direção: Dian Ushita
Local: Palco da Área de Lazer
19h30:
2ª Mesa: “A dramaturgia contemporânea”, mesa com Mário Bortolotto (SP)
Debatedor: Astier Basílio (PB)
Local: Miniauditório
Domingo, dia 28/ 11
Das 9h30 às 11h30 e das 14h30 às 16h30:
Oficina de poesia com Nicolas Behr
Local: Miniauditório
10h00:
Mostra Leituras em Cena "A árvore que podia andar”
Autor: Noaldo Brito
Direção: Zanoni Yberville
Local: Palco da Área de Lazer
16h00:
Mostra Leituras em Cena "Lata Absoluta”
Autor: Paulo Vieira
Direção: Celly de Freitas
17h00:
1ª Mesa: “As revistas literárias”, mesa com Cláudio Daniel (SP)
Debatedor: Hildeberto Barbosa Filho (PB)
Local: Miniauditório
19h30:
2ª Mesa: “A poesia brasileira: onde está a ruptura”, mesa com Nicolas Behr (DF) Debatedor: Linaldo Guedes (PB)
Local: Miniauditório
Lançamentos:
Sábado, dia 27/11
Na 2ª Mesa:
Livro: "Um Bom Lugar Para Morrer" (poemas)
Autor: Mário Bortolotto
Domingo, dia 28/11
Na 2ª mesa:
Livro: "Brasilíada" (poemas)
Autor: Nicolas Behr
Parede Poética
"O Eterno e O Provisório”
Autor: Marcus Alves
Aberto à visitação das 8 às 21 horas
Local: Área de Lazer do Sesc Centro
A “Parede Poética” de Marcus Alves reúne os 18 poemas do seu livro, “O Eterno e o Provisório” (Editora da UFPB) selecionados pelo próprio autor. Marcus Alves conta que procurou na seleção identificar poemas que combinasse uma unidade conceitual e que representasse alguma identidade em torno de temas poéticos com os quais vem trabalhando: o problema do homem contemporâneo e sua relação com o tempo presente e com a tradição.
Mais informações no telefone (83) 3208 3158 ou na unidade do Sesc Centro localizada na Rua Desembargador Souto Maior, 281, João Pessoa.
Anne Karolyne Fernandes
Assessoria de Comunicação
Setor de Cultura Sesc/PB
(83) 8806 0165 / (83) 3208 3158
Programação do Salão Internacional do Livro terá escritora Marina Colasanti
Depois de apresentar atrações de grande vulto em todos os segmentos artístico-culturais o ‘I Salão Internacional do Livro da Paraíba’ vai se confirmando como o mais importante evento das últimas décadas em nosso Estado. Pelo Salão, já passaram nomes marcantes como os dos escritores Mário Prata, Nélida Piñon e Arnaldo Antunes e Fábio Carpinejar e muitos outros ícones das letras (e artes em geral) nacionais. O evento está acontecendo no Espaço Cultural José Lins do Rego, em Tambauzinho e a entrada é franqueada ao público em geral. O evento é realizado pelo Governo do Estado da Paraíba, através da Subsecretaria de Cultura. Informações pelo celular (83) 9314-6308.
Nesta quarta-feira (24), às 17h, dentro da ‘Poética da Palavra’, a escritora Marina Colasanti será a atração no Teatro de Arena e tem como coordenador o jornalista e poeta Linaldo Guedes, que faz a interação entra a autora e o público.
Já no ‘Café com Letras’, que acontece às 19h30, uma palestra do escritor Galeno Amorim, também tendo como apresentador o jornalista Linaldo Guedes. Os dois eventos citados acima têm objetivos parecidos, que é o de fazer uma interação entre os autores e a platéia, sendo a palavra facultada aos que se interessarem de fazer perguntas aos literatos.
Na parte musical desta quarta-feira haverá um show com um formato regional sem passar pela mesmice. O cantor-compositor Kennedy Costa (que já tem um CD lançado e lançará o segundo ainda este ano) se apresenta ao lado do original grupo Nação Maracahyba. Todos os eventos do ‘Salão Internacional do Livro da Paraíba’ e todas as apresentações terão a entrada franqueada.
Será aberto nesta quarta-feira às 9h30 (as inscrições começam uma hora antes) no Teatro Paulo Pontes o ‘I Seminário de Acessibilidade da Paraíba’, que tem por objetivo promover discussões e trocas de experiências em torno da acessibilidade nas unidades de informação objetivando refletir sobre paradigmas da responsabilidade e a consciência profissional/pessoal sob o direito de informação a todos “uma inclusão informacional”, elementos para complementar os conhecimentos adquiridos nos cursos de graduação em Biblioteconomia da Paraíba.
Secom - Paraíba
Nesta quarta-feira (24), às 17h, dentro da ‘Poética da Palavra’, a escritora Marina Colasanti será a atração no Teatro de Arena e tem como coordenador o jornalista e poeta Linaldo Guedes, que faz a interação entra a autora e o público.
Já no ‘Café com Letras’, que acontece às 19h30, uma palestra do escritor Galeno Amorim, também tendo como apresentador o jornalista Linaldo Guedes. Os dois eventos citados acima têm objetivos parecidos, que é o de fazer uma interação entre os autores e a platéia, sendo a palavra facultada aos que se interessarem de fazer perguntas aos literatos.
Na parte musical desta quarta-feira haverá um show com um formato regional sem passar pela mesmice. O cantor-compositor Kennedy Costa (que já tem um CD lançado e lançará o segundo ainda este ano) se apresenta ao lado do original grupo Nação Maracahyba. Todos os eventos do ‘Salão Internacional do Livro da Paraíba’ e todas as apresentações terão a entrada franqueada.
Será aberto nesta quarta-feira às 9h30 (as inscrições começam uma hora antes) no Teatro Paulo Pontes o ‘I Seminário de Acessibilidade da Paraíba’, que tem por objetivo promover discussões e trocas de experiências em torno da acessibilidade nas unidades de informação objetivando refletir sobre paradigmas da responsabilidade e a consciência profissional/pessoal sob o direito de informação a todos “uma inclusão informacional”, elementos para complementar os conhecimentos adquiridos nos cursos de graduação em Biblioteconomia da Paraíba.
Secom - Paraíba
E-mail de Lau Siqueira
Amigos, amigas...
Não deixem de visitar o I Salão Internacional do Livro da Paraíba que prossegue até o dia 28, no Espaço Cultural José Lins do Rego. Um evento bem organizado e com uma boa estrutura para receber os visitantes e mais: com uma programação que não fica devendo para nenhum outro evento do gênero em qualquer lugar do país. Muitos dos stands trazem uma boa quantidade de livros infantis, o que não deixa espaço para a desculpa de não ter onde deixar as crianças. Também, livros de até um real esgotam a possibilidade de dizermos que estamos duros. Além disso, o Espaço Cultural sempre foi um dos principais templos da cultura paraibana, um lugar para encontrar gente interessante (e cruzar os dedos quanto aos poucos desinteressantes)... A divulgação, parece, ficou "bastante mais ou menos". Vamos fazer uma corrente para afirmar este que já é um dos mais importantes eventos culturais do Estado. Movimentar o Salão, dar visibilidade, viabilizá-lo do ponto de vista econômico... para que cada vez menos aquele seja o palco de feiras tipo a Brasil Mostra Brasil (eca!).
Há braços!
Lau Siqueira
Não deixem de visitar o I Salão Internacional do Livro da Paraíba que prossegue até o dia 28, no Espaço Cultural José Lins do Rego. Um evento bem organizado e com uma boa estrutura para receber os visitantes e mais: com uma programação que não fica devendo para nenhum outro evento do gênero em qualquer lugar do país. Muitos dos stands trazem uma boa quantidade de livros infantis, o que não deixa espaço para a desculpa de não ter onde deixar as crianças. Também, livros de até um real esgotam a possibilidade de dizermos que estamos duros. Além disso, o Espaço Cultural sempre foi um dos principais templos da cultura paraibana, um lugar para encontrar gente interessante (e cruzar os dedos quanto aos poucos desinteressantes)... A divulgação, parece, ficou "bastante mais ou menos". Vamos fazer uma corrente para afirmar este que já é um dos mais importantes eventos culturais do Estado. Movimentar o Salão, dar visibilidade, viabilizá-lo do ponto de vista econômico... para que cada vez menos aquele seja o palco de feiras tipo a Brasil Mostra Brasil (eca!).
Há braços!
Lau Siqueira
Convite para mesa redonda: "Rede Nordeste: Avanços e Perspectivas"
CONVITE
A Rede Nordeste do Livro, Leitura e Literatura e a Representação Nordeste do
Ministério da Cultura convidam para a mesa "Rede Nordeste: Avanços e
Perspectivas" que ocorrerá as 14:00hs do dia 27/11/10 na sala 4 do I Salão
Internacional do Livro da Paraíba.
A mesa tratará dos temas discutidos na última reunião da Rede Nordeste do
Livro, Leitura e Literatura que ocorreu durante o Encontro Nacional do Livro
e da Leitura, evento realizado recentemente em Brasília (dias 18 e 19/11).
O I Salão Internacional do Livro da Paraíba está sendo realizado na
Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (FUNESC) em João Pessoa,
localizada na Rua Abdias Gomes de Almeida, 800.
Sua presença será muito importante, participe!
Expediente:
"Rede Nordeste: Avanços e Perspectivas"
Sala 4 da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (FUNESC) Sábado, 27/11,
às 14:00hs.
Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561
(81)97293757
A Rede Nordeste do Livro, Leitura e Literatura e a Representação Nordeste do
Ministério da Cultura convidam para a mesa "Rede Nordeste: Avanços e
Perspectivas" que ocorrerá as 14:00hs do dia 27/11/10 na sala 4 do I Salão
Internacional do Livro da Paraíba.
A mesa tratará dos temas discutidos na última reunião da Rede Nordeste do
Livro, Leitura e Literatura que ocorreu durante o Encontro Nacional do Livro
e da Leitura, evento realizado recentemente em Brasília (dias 18 e 19/11).
O I Salão Internacional do Livro da Paraíba está sendo realizado na
Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (FUNESC) em João Pessoa,
localizada na Rua Abdias Gomes de Almeida, 800.
Sua presença será muito importante, participe!
Expediente:
"Rede Nordeste: Avanços e Perspectivas"
Sala 4 da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (FUNESC) Sábado, 27/11,
às 14:00hs.
Roberto Azoubel,
Assessor da Representação Regional do Nordeste (Ministério da Cultura)
fones: (81)32240561
(81)97293757
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Texto de Roberto Menezes
A Fragrância dos Loucos
Outra vez sentado aqui, de frente a essa mesa de aço enferrujada, começo a repetir a história que por mim já deveria estar enterrada a sete mil palmos subterrâneos, sob mil camadas fósseis. Hoje mesmo já repeti duas, quatro vezes, não sei. Nem sei mais, na dormência do catre, se hoje é mesmo hoje, ou ainda é ontem ou se já será amanhã. A passagem do tempo, há muito, converteu-se numa linha enroscada. E o ontem antes do hoje que vem antes do amanhã, não mais me é lei áurea, como tantas leis que eu seguia até agora há pouco. Agora há pouco faz tanto tempo. Nesse enredo repetido, as palavras que não se repetem são as que mais me atordoam. No fundo é uma nova história a cada vez que conto, inédita, novíssima. Só algumas palavras trocadas de lugar concedem a ela esse selo. Também me aterrorizam as palavras não ditas, os pensamentos recém formulados de sinapses fajutas por neurônios raquíticos de um alcoólatra inveterado.
Outra vez vêm vocês com seus gravadores, suas virgens fitas cassetes de olhos arregalados que me exigem pressa, não param de girar em impaciência. Impertinentes. Que me editem, para que o que eu digo lhes caiba aos seus modos, suas intenções. Que me parafraseiem, que me contradigam em editoriais, em crônicas, em mesas redondas, em ensaios. Eu não tenho pressa. Daqui tão cedo não saio. Se quiserem ir, podem ir. Já é fim de tarde. O silêncio da noite uma hora vem, com vocês aqui ou não. A noite, meus caros, é a mãe dos cansados e a puta dos afoitos. Já fui ambos por esses metros de anos que agora parecem mais um grande tapete vermelho que me trouxe até aqui. Nos meus livros nunca deduzi tão óbvio personagem com características tão peculiares, com ações, classicamente, similares a mim. E coube a mim desenhar este roteiro sem fim exato, como é a noite para o afoito.
Outra vez, eu retorno ao marco zero (Até ali, vivia suave, sob o cheiro das rosas que regava durante o dia). Retomo o ponto onde ela me abordou, assaltante. Mulher separada. Dona da própria noite. Dormia tarde, acordava cedo. Tinha carga genética que naturalmente sobre todos impunha poder. Sílvia Rodrigues, advogada com três celulares, mulher de pele dourada, boêmia. Não ficava bêbada por nada. Vodca pura, bebia – sem os mimos do gelo. Mulher separada, de sapatos altos ficava mais alta que eu. Preferia quando ela os tirava. Nessas horas, com ela ao meu nível, eu lhe parecia um pouco menos inferior. Defendeu a minha causa do mesmo jeito que a presa protege a cria se doando ao predador. Mesmo assim perdemos, mas Silvia Rodrigues quis recorrer. A persistência também é algo genético, pois por mim, a merda da editora poderia publicar minhas poesias da maneira que ela achasse melhor. A essa altura estava pouco me lixando para elas. Só concordei com Silvia desejando tê-la por mais uns dias, entre duas ou três reuniões, entre três ou quatro goles de vodca tomados em horas felizes, entre quatro ou cinco toques inoportunos de celular. O que falávamos? Essa é uma boa pergunta: o que um poeta sem rima e sem rumo conversaria com uma advogada atarantada com situações cíclicas seculares de seus celulares? Me lembro que a nossa primeira conversa fora do assunto do processo foi sobre Saladino e as invasões árabes, sobre as cruzadas. Atacamos a burra fé cristã. E já que estávamos falando de religião, passamos para a política e em menos de um quarto de hora chegamos ao ponto que a ambas as partes interessava: o sexo. E lá, estávamos em casa. E o sexo logo veio. No dia que, vitoriosos, ganhamos a batalha contra a editora, ela se interditou do mundo, desligando os infelizes telemóveis. Comemoramos juntos, em par, secamos copos de vodcas e cansados, encaramos a noite, afoitos. Querem saber, senhores, naquele dia fiz de tudo com Silvia Rodrigues, até broxei. Quem não broxaria defronte a sua volúpia dissimulada por detrás dos tafetás da OAB. Senhores, Silvia Rodrigues foi o porto com faróis acesos onde estacionei minha velha corveta de navegador.
Amor? Eu não amava aquela mulher, já amei dezenas, mas não a Silvia. Apenas um medo doido e submisso e uma curiosidade amarga me apoderavam quando Silvia estava por perto (e longe também). No outro dia, nos despedimos, sem adjetivos, só alguns futuros do pretérito sem compromisso. E ela se perdeu pelas páginas preenchidas de horários marcados. Fui a Londres dar palestras em faculdades e visitar amigos, antigas amantes. Teve uma hora quando anoitecia, lá pelo meio da tarde, que me indaguei o que fazia ali. Quantas vezes havia ido a Londres? Quantas vezes tinha dado a mesma palestra sobre sei mais lá o que? Quantas vezes tinha visitado os antigos amigos que nem eram amigos de verdade? Quantas vezes havia amado aquelas antigas amantes? No fundo, via em Londres a minha rota de fuga predileta, mas agora tinha Silvia e para ela voltei. Marcamos um cinema urgente. Ela atrasou-se, desculpou-se. Bebemos mais vodca no bar mais próximo. Deixamos o novo de Wood Allen para quando saísse em DVD. Desaparecemos mundo afora dentro de nós. Sabem quantas poesias fiz para aquela mulher? Nenhuma! Ela não merece nenhuma poesia. Ela queria meu beijo, o arranhar da minha barba, o meu suor, o meu sêmen sobre o seio rubro.
Gostaria de dizer que deixei de ser poeta desde o dia que avistei Silvia, mas poesia é como gripe, não se cura. Apenas parei de compor depois dela e do que ela me trouxe (um furacão de proporções caribenhas fez-se meu inquilino). E como todos sabemos: com palavras sortidas sobre papéis brancos, um primata bem adestrado, que já visitou Londres com alguma freqüência e que tenha um amigo revisor pode melhor escrever essas poesias que me fizeram fama e terá uma boa chance de sucesso se contratar um competente assessor.
Vejo vocês atônitos com minhas frases cheias de simbolismo que lhes parecem não ter nexo. Vocês jornalistas são uma graça, mas entendo. Até posso presumir o que lhes passa pelas cabeças axiomáticas. Eu, com meu papo de poeta de meia-idade, que depois do décimo livro e da terceira antologia enlouqueceu. “Todo poeta tem a fragrância de louco”, esse aforismo foi um dos meus primeiros versos. Néscio, eu, quando escrevi. Achava-me estupidamente original na minha inexperiência desbarbada, se é que até hoje alguma barba nasceu nessa cara árida. Nunca havia experimentado da loucura, e ela começou a me contaminar, senhores, numa sexta-feira que, por muita pressão e insistência de Silvia, coloquei gravata verde-guarrafa e um terno preto alugados e fui a uma formatura.
Um cigarro, alguém tem? Só um trago. Tento parar todo dia, sabe? Silvia detestava quando eu fumava dentro do carro dela, me chamava de louco. Não é assim que vocês me chamam nas páginas dos seus jornais? Todos adoram me chamar de louco. O promotor, que diz me defender, queria usar esse argumento no seu processo. Dois médicos me consultaram e também ficaram na dúvida. Um disse que sim, o outro que não. A única pessoa com absoluta certeza de que não sou é Silvia. E com ela não terei chances de argumentar nada sobre minha falsa loucura. Com Silvia na acusação, já estou condenado. Uma profusão de sentimentos contra minha pessoa faz sopa no coração intolerante de advogada. Sabem do que tenho mais medo? Do olhar genuinamente sem piedade de quilhotinadora que me condena a séculos de sofrimento fortuito. Aquele olhar de louca é o que me aterroriza. Posso garantir que de louco não tenho nada. Tenho apenas a falta de sorte, a infeliz falta de sorte de seguir na relação com Silvia. Em tornar sérios os encontros casuais regados à vodca e sexo. Que posso fazer? Era uma mulher convincente. E bota convincente nisso! Para colocar terno e gravata foi preciso muita persistência, paciência e extorsão.
Lá estava eu: do seu patamar, ao lado dela, nervoso, sem poder fumar em meu próprio carro, indo para a formatura dos dois filhos dela que nunca tinha visto antes. Confesso que me assustei com a situação. Sempre tive uma relação complicada com essa nova geração. Sou filho único – nunca tive sobrinhos. Minha semente sempre terminou em abortos caseiros que minhas amantes, pressionadas ou por decisão própria, vieram a fazer. Hoje acredito que o tempo, melhor juiz, me esterilizou. Quando esses menininhos com suas mochilas pré-vestibulares, mascando chicletes de canela sem açúcar passavam por mim, eu via fetos ensangüentados ambulantes, e era assim que eles seriam se eu fosse pai deles: fetos ensangüentados jogados em terrenos baldios dentro de sacolas de supermercado. Em suma, meus caros, não nasci para ser pai. Se ser pai fosse bom, teríamos dezenas de filhos. Nós homens somos egocêntricos e em qualquer situação queremos o imediato prazer. Se filhos fizessem bem, teríamos centenas.
Agora vejam: eu, poeta sem prole, marginal para esses assuntos familiares, vestido a caráter para a formatura dos filhos de Silvia. Eles tinham pai, e moravam com ele, e apesar disso Silvia persistia em minha aproximação. Só depois vim saber o motivo, que nem os próprios filhos sabiam: o ex-marido, o arquiteto argentino Julio Alfonso, padecia de câncer sem cura e, a curto prazo, a fatura seria o estorno dos dois para Silvia. Talvez fosse por isso que ela andava tão ranzinza naqueles dias antes de rever os filhos. Demoramos para estacionar, e a cada vaga que eu perdia, ela batia no painel do carro quase na iminência de acionar o air bag. Se ela estivesse na direção, seria diferente. Ser bom motorista também deve ser genético. Ao entrarmos no ginásio, nos deparamos com uma peste de beca. Vozinhas agudas secundaristas, peles róseas, cor de jambo, negras, fetos sobreviventes. Eu me vi ali, no corre-corre da minha estréia, nesse tipo de festa de despedida. Tinha de todo tipo, como em uma comédia clichê norte-americana, e os filhos de Silvia poderiam ser qualquer um deles, poderiam me abraçar cheirando a sabonete Fofo e me chamar de papai. Não sou cardíaco, mas há o limite.
Eu suava, queria uma vodca – algum verso russo. Silvia se perdeu no fluxo estudantil, na busca dos filhos. Andei ziguezagueando à procura de um canto, uma sombra. Desci as escadas dos fundos. Ia fumar meio maço a sós com a brisa, mas no meu cantinho que presumi existir, a brisa já era confidente de um rapaz magricela. Fumava sentado com as pernas encolhidas e a coluna arqueada. Assim mesmo fiquei. Ele me olhou indiferente, me achou passageiro. Pedi fogo. Ele me deu o cigarro que fumava e pegou outro. Garoto magro, quase raquítico, lábios cor-de-rosa, na mão canhota, uma BIC. No colo, um caderno sovado de anotações. Tentava escrever versos na folha em branco ainda. Era canhoto como eu. Pegava na caneta do mesmo jeito que eu. Não puxei conversa. Só fiquei fumando do lado dele, compondo catálogos das constelações. Super Nova. Aglomerados de estrelas. Cometas e estrelas cadentes invisíveis. Calados, paralelos, como um dia sonhei fazer junto ao meu pai quando era menino. Fiz isso, só que um dia desses, em seu leito de morte, fumamos juntos, calados, paralelos, assistindo a uma reprise de Robocop. Esvaziei o tabaco desapressado, sem fissura. A luz do cigarro dele se extinguiu primeiro. Apontei o meu que não acendi, ele mudo negou. Tirou a tampa da caneta, mordeu os lábios e escreveu sob meus olhos: “Todo poeta tem a fragrância de louco”.
Desde quando o vi embaixo da fumaça de cigarro, reconheci a mim mesmo há trinta e tantos anos atrás: cigarros e canetas em punho, que se fudessem o mundo e as instruções e precauções dos manuais para vida. Cabelos negros, escorridos até os ombros, poucas espinhas, muitos cravos, mordidas nos lábios ansiosos, coluna em C, calças que cabiam em dois. Escreveu satisfeito, tal qual eu. Narciso, me vi em um espelho aprimorado, uma versão melhorada do que acho que fui. Não o imaginei como um feto sobrevivente. Senti dele, gêmeo.
“Vejo que se conheceram”, Silvia me surpreendeu em minha fantasiação. “Nunca tinha percebido o quanto vocês são parecidos!”, eu ainda estava entorpecido. “Vamos, vai começar”. Por mim, não sairia tão cedo dali. Seguimos calados, eu com meu cigarro apagado e Silvia abraçando Marcos com seu carinho inadimplente de mãe ausente. Marcos era o nome do menino que erroneamente achei ser igual a mim pleno.
Quando a cerimônia terminou, fomos todos comer pizza para comemorar a formatura dos dois. Ah, sim! Além de Marcos, havia Márcia. Olhar de leoa. Tagarela. Competia com a mãe pelo título de quem mais tempo falava nos celulares. Quando Silvia me apresentou a ela, Márcia sorriu e escondeu a língua com a arcada dentária gradeada por aparelhos ortodônticos. Não foi paranóia, mas ela me comeu com os olhos. Comi duas fatias de pizza de rúcula com tomate seco e molhei a garganta com vinho português. Eu ainda tinha que bancar o interessado no papo de arquiteto do pai dos garotos. Futuro defunto, ele estava obstinado a me explicar as mensagens subliminares de cunho comunista escondidas na planta piloto de Brasília. Naquele maçante final de noite, até Silvia calou. Voltamos de Brasília no outro dia mesmo. Antes, dei um livro meu a Marcos. Dediquei: “constituição da república dos loucos”. Ao ler, mordeu o lábio apreensivo. Havia gostado. Eu também mordia os lábios quando ficava nervoso. Minha timidez me impedia muitas vezes de agradecer os mínimos favores. Senhores, minha má educação é apenas uma forma de proteção. Marcos folheou as páginas curioso. Lamentei. Pouco ele ia entender das minhas poesias. Quanto à Márcia, mantive distância e só relaxei quando caí com Silvia na estrada e pude, enfim, tomar uma dose dupla de vodca.
Voltei para minhas palestras e oficinas. Silvia, para os seus processos. Nos encontramos com mais freqüência. Eu sempre estava livre na hora que ela queria, para o que fosse. No fim de seis meses, fui morar na sua cobertura de quatro quartos a poucos metros do mar. Confesso que o que mais me seduziu foi o espaço vazio em sua biblioteca. Lá eu poderia depositar meus valiosos livros. (A desgraçada queimou eles todos quando eu vim para cá. Imperdoável.) Chegando lá, vi que não só a biblioteca era um vazio, mas todo o apartamento. As duas empregadas andavam sempre discretas, cochichavam nas dispensas, entravam e saíam de modo que mal eu as via. Eu começava a caminhar nos trilhos. Criei hábitos caseiros. Nas poucas vezes que saía, andava na orla com a cabeça em outros lugares. Quase sempre preferia apenas me chegar à janela da cobertura, aliado a uma dose de uísque em gelo, com a luz ambiente e o som do CD à meia-luz. Em larva, como se aguardasse por algo que estava certo de logo acontecer.
Escrevi, certa vez, um conto sobre um comandante de um navio à deriva no vento, perdido em um oceano epopéico. Estava desesperançoso de novas terras, pressentia que o vindouro destino não traria salvações. O comandante, simplesmente, livrou as velas dos ventos bufões e deixou-se levar pelas lentas correntezas. Supunha que assim fosse viver com seus marujos para sempre em um quadro expressionista. Infeliz suposição. O destino da embarcação foi determinado ainda no porto, na praga rogada pelo cigano de dentes podres ao capitão que levou o seu dente de ouro ganho numa aposta de bar. E esse destino segue com o barco quando ele levanta âncora em planos de bordo secretos tatuados nas salas de máquinas ou nas caixas de peixes charqueados nos porões. Com meu uísque, rigorosamente nem aí por novas terras, não vi quando meu barco foi jogado às pedras, nos arrecifes de corais, ao canto das sereias, sem a proteção dos orixás. Depois do arquiteto argentino finalmente ceder a vaga no planeta, Márcia e Marcos foram reembolsados no primeiro vôo. Ocuparam os quartos vazios da cobertura. Para Silvia, tanto fazia, pouco pisava em casa, sempre havia a reunião inadiável, a viagem com pernoite ou de inteiro fim de semana. Estando os filhos em casa, ou em Brasília, para ela tanto fazia. Enquanto para mim, senhores, o que posso dizer?
Tudo que falei para vocês até agora foi mera introdução. Quis lhes proporcionar um esboço de quem era eu até ali. Prometo ser sucinto em meus comentários. Muito do que contarei já foi estampado em seus jornais. Apesar de bizarras distorções, o plano geral muito se aproxima da verdade (mas não é), se é que a verdade serve para alguma coisa a essa altura. Eu poderia dizer que era mentira meu interesse pelo piercing tribal na língua de Márcia ou pela verde melancolia de Marcos, mas se eu dissesse, agora sim estaria faltando com a verdade. Foram essas duas coisas a razão dos meus passeios sem pressa pela orla e pelas horas em silêncio de coma na cobertura, ao som baixo de álbuns clássicos. Não vou mentir que quando vi os pêlos pubianos a depilar transpassando o assanhado shortinho que Márcia usava caprichosa quando sentava na cadeira alta do balcão da cozinha ignorei, como deveria. Ela me sufocava com goles de libido, serpenteava a língua no copo americano com suco de laranja. Sempre fui vidrado nas pequenas. Queria meter a boca inteira entre as pernas finas, fazer Márcia ficar de ponta de pés, fazer ela beber aquele suco de laranja matutino de um único gole. Um único e sufocante gole de gozo. Pernas depiladas. Batatas torneadas. Ou eu cerrava os olhos, ou me entregava de boca aberta. E toda manhã eu me cegava ao tesão. Voltava os olhos para o jornal em minhas mãos que tremiam. Estava certo que se elevasse o olhar novamente, a bunda pequena e durinha estaria ainda mais arrebitada querendo minha língua. Ficava assim, até que um dos celulares gritasse acorrentado ao carregador no quarto. Ela corria, atendia e por lá ficava.
Marcos, indiferente a tudo, comia queijo quente com o inseparável caderno de anotações. Silvia chegava ao pé da madrugada (quando chegava), cansada, exausta, mas sempre reivindicando os meus favores. Sexo rápido, objetivo, útil, fulminante. Algum de vocês pode me perguntar como um cara que tinha a toda poderosa Silvia Rodrigues na cama foi fisgado pela petulância adolescente de Márcia. Talvez no fundo o que eu quisesse com Márcia não fosse o sexo em si. Algum desvio psicológico? Tara de um homem de meia-idade? Acho que não. Nunca me interessei por lolitas, anitas, paquitas, chiquititas de periquitas fofinhas e pequeninas. Era instinto o que perturbava o meu cérebro. Queria ver o resto dos pubianos, além dos sobressalentes. Sentir o encaixe do seu peito na minha mão. Ouvir o seu gemido de prazer quando eu puxasse seus cabelos curtos com força. Era mais do que sexo, era um experimento. No fundo, queria voltar a ser o adolescente curioso, mas sem os medos e as apreensões dessa época. Queria ser vil, dominante, analítico. Sentir Márcia em carne viva, sem poesia alguma. Havia cansado de relacionar as mulheres às deusas, amazonas, heroínas de peitos expostos em reinos fantásticos. Via Márcia como um toco de madeira que merecia ser talhado.
Os dias, então, iam passando em ciclos que me enfraqueciam, sempre com Márcia para mim em uma bandeja oferecida e sempre com Marcos alheio em perdições. Até que teve um dia, ano passado, quando eu tomava meu uísque na janela noturna de frente para o mar, ela chegou e me perguntou como era ser jovem nos anos setenta. Foi uma pergunta intrigante, tanto que me surpreendeu a ponto de não emoldurar as palavras. “Me conte como era um mundo quando não tinha AIDS, de sexo livre, do lenço sem documento. Rolavam orgias nos porões da ditadura?” Até aquele momento, as únicas palavras que tinha dado com Márcia eram obrigado, de nada, bom dia, boa tarde, passa a margarina. Aí veio ela com uma história de orgias nos porões da ditadura. No tempo dos generais, nunca escrevi textos subversivos. Até com prêmios estatais fui agraciado, porém vi de perto a mão ferrenha e peçonhenta dos militares. Soube por torturados e torturadores o tipo cruel de orgia que (desen)rolava nos porões.
Agora percebo que a técnica com que Márcia me abordou é bem digna da mãe. Fiquei qual gato encurralado, catando palavras de meu vocabulário esparramado no chão. Restou-me um sorriso enferrujado que sem muito esforço transformou-se numa inusitada gargalhada. Uma gargalhada das que por muito não havia dado. Com a mãe, antes precisei ir aos mouros, cruzadas, religião e política para só aí ir ao sexo. Márcia foi logo ao nervo. Decerto sabia das minhas incursões homossexuais setentistas que num desânimo da bebedeira confessei a Silvia. Os vícios ao quais tinha submetido os meus porões. “E aí? Me conta das orgias que rolavam nos porões.” Mostrei com uma ereção rápida e penetração aguda as orgias que minha consciência fazia por meses nos porões de meu cérebro. Ela nem teve tempo de gemer, pois após uma breve perdida de fôlego, havia gozado. Ela se sustentou com suas unhas em minhas costas, prendeu com as pernas minhas coxas, gritou-me baixinhos aos ouvidos: “Mais! Mais! Mais!” Obediente dei, como Deus a um devoto. Mais do que ela pediu, mais do que ela supunha que eu pudesse dar, mais do que cabia em seu corpo magro. Nunca me senti tão rígido; veementemente, dono da situação. Ela, objeto, contente pela graça alcançada, avermelhava-se com sentimentos recém-descobertos. Oscilava cansada o abdômen, do púbis até o plexo solar, feito uma serpente. Me perdi contando as costelas expostas. Quando gozei, ela apertou-me, se aproveitando o máximo de mim. Me diverti com os espasmos dos orgasmos. Bebi o uísque feito água, e quando percebi ela não estava mais lá. A safada, do mesmo jeito rápido que chegou, escafedeu-se para o seu inviolável quarto. Para seus celulares, MSNs da vida, tal qual a mãe.
Assim abriu-se a temporada de fodas, gemidos e gozadas no começo da noite. Até emagreci. Minha cintura ficou mais estreita, meu fôlego mais sustentável. Quando Silvia me perguntou o que eu andava fazendo, inventei algumas corridas vespertinas. Márcia era insaciável, não tinha dia ruim para ela; até menstruada, comparecia. Nos dias singulares em que a mãe chegava cedo ou não ia trabalhar, se emburrava e nem para minha cara olhava. Ficava no quarto exilada da mãe indiferente. Quanto às empregadas, nada como uma coação e um suborno como caução. Tinham tudo a perder se contassem. Tinham jugulares para proteger e lares para sustentar. De Aquiles, frágeis calcanhares. E todo dia havia sexo, álcool e nenhuma poesia. Deixei a poesia para Marcos.
Teve um dia que sonhei que ele nos observava, escondido por trás da cortina. No sonho, ele se masturbava com os olhos arregalados, buscando, cientista, os detalhes confundidos pela meia-luz, e quanto mais forte eu cavalgava no corpo sedento de Márcia, mais ofegante eram as repetições manuais em seu pau. Como se ele a mim masturbasse, como se ele a Márcia fudesse. E depois de gozar, com os olhos alagados do choro contido, tentava com o sêmen escrever no surrado caderno de anotações o começo de algum poema, mas nenhuma letra surgia, apenas borrões beges de esperma. De olhos esbugalhados, o rapaz não se contentava com isso, desejava ver a poesia do após gozo. Marcos insistia, e posso dizer a vocês que eu também compartilhava do após-gozo de Marcos. Um calafrio. Uma vontade desgrenhada de me perder, de morder a pele de seda de Márcia com o gume dos meus dentes e arrancar-lhe a carne, nervo, cartilagem. E no sonho, Marcos insistia. “Sangue!”, começa a gritar por trás da cortina. O engraçado é que, eu, com a visão de Marcos me via engatado em Márcia. Arranhava o seu corpo passando de viés as unhas mal cortadas de rapina. “Sangue”, ele gritava. Sangue, ele queria. Completaria a lacuna da ausência branca de sentimento no papel, nem que imolasse sua irmã por esse bem maior. A imagem de seu rosto que, na penumbra, era meio meu meio dele era tão bizarra quanto admirável e deliciosamente libidinosa. Acordei desse sonho com uma plúmbea ereção. Como se ter, corrijo, como se e somente se a única maneira de ter o todo era agarrar os extremos. Na ilação simplória e infundada de que os fortes veneno e remédio findassem com a ojeriza e o asco melindroso que me amedrontam desde que me conheço por gente.
Silvia, a mil léguas, não esquecia do cheque para as despesas e os salários da criadagem. As contas aprenderam a se pagar por conta própria em débitos automáticos em conta corrente. Foi isso também que se tornaram minhas incursões diárias em Márcia, um débito automático em conta. Apesar de meu corpo estar lá, minha mente estava no sonho, no desejo de Marcos de escrever com o sangue da irmã a poesia por mim toda vida ansiada.
Senhores, nesta hora em que a história se encaminha para o fabuloso desfecho, dou uma pausa para que vocês façam a estratégica virada de cassetes, para a troca de carga dos modernos e compactos MP3´s, para que possam enxugar as testas suadas, para que possam exorcizar a carga excedente que mantém tensos os vossos pênis nas vossas apertadas cuecas. Todos vocês, tal como eu, são uma matilha de pervertidos. Fariam de tudo para viverem o que passei. Mas poucos são ofertados com tamanha honraria como eu fui. Logo para vocês chegará a velhice e então serão agraciados com dois presentes: câncer ou Alzheimer. E mais nada! Assim vocês viverão os últimos com o terror iminente da morte ou eternamente continuarão vivos sem disso saber. Esses serão os presentes com requintes de crueldade que a vida irá lhes oferecer. A mim prato precioso foi oferecido sobre bandeja prateada, e dele aproveitei. Vocês bem sabem o quanto me aproveitei. A excepcional iguaria era rodeada de todos os sabores, do doce extremo doce, ao insustentável azedo, sem esquecer do salgado inflexível que fere minhas aftas e do intrigante amargo, o de maior sedução.
Essa mistura clichê de prazer e dor se aprofundou mais quanto mais perto estive do fim. Não que isso um dia teve fim. Estando eu na frente de vocês, escrevo novas linhas dessa história. Linhas fúteis como essa agora, como fúteis foram as dezenas de resmas de anos rumados por mim. Finalmente entendi o conceito de não linearidade, de ter os sabores do mundo em uma empada e um monte de nada em toneladas de ração. De que a vida não é o soletrar dos anos, e sim o dissecar dos segundos. Cansei de tentar entender metafísica, os dogmas cristãos e as letras das músicas de Jorge Ben. Cansei de esperar o meu tempo de câncer e de Alzheimer. Fui à luta, ao fronte em pêlo, apelando pela chuva de balas da artilharia, pela poesia em sangue sonhada por Marcos em meu atraente pesadelo.
Era sábado, fim de tarde, garoa. Silvia no escritório, Márcia com as amigas, shopping, praia, sei lá. Meu uísque, fiel escudeiro. Eu ouvia bem longe a narração do futebol. Imaginava os passes, os dribles, os gols. De fundo, batidas das ondas do mar. Em sonho, nem notei quando Marcos chegou.
Não posso assegurar quanto ficou parado ao meu lado, mas quando o percebi, estava paciente. Esperando por minha atenção, na verdade, como sempre esteve, eu que não o enxergava por trás das cortinas dos cômodos. Ele me olhava imóvel. “Li tudo e tudo entendi”, fuzilou-me. “Falta a você coragem…”, continuei parado. “…e a teus poemas, sangue.”. Eu poderia escrever trinta e cinco mil páginas sobre o que senti naquele instante. Mil milhares de livros. Uma infinidade deles. Poderia agir de todas as possíveis maneiras para com aquilo que soava como qualquer coisa, menos como uma agressão. Escolhi a menos óbvia (ou a mais, se desejarem), beijei-o.
Não se espantem! Beijei-o, sim! E ele retribui-me com sua carne. Com o corpo e com o espírito apostolicamente o possui. Ou foi ele que dentro de mim adentrou? Pensando agora, vejo que tanto fazia, no anoitecer de sábado. Se houvesse algum espelho ao redor, veríamos só um, um só completo ser. Uma mistura de fluidos e sais misturando-se entre nós, selando-nos. Nossas bocas eram estuários onde o caudaloso rio de viço desembocava profuso. Desdenhei dos meus preconceitos, medos, conseqüências, do que os outros poderiam. A cada abraço, éramos incestuosos irmãos. A cada abraço, éramos impetuosos inimigos. Definhávamos de dor, inflávamos de paixão súbita. Nosso idioma eram gemidos, gritos de apertadas possessões. Com nossas línguas em chicotadas lânguidas, mutuamente nos percorríamos. Implorava e concedia, eu a ele e ele a mim. Presenteamo-nos com cusparadas nas faces, socos nos queixos, roubamos um do outro tufos de pêlos colhidos pelos incisivos. Arranhamo-nos com cócegas. Como crianças, inventamos brincadeiras. Coisas eu escondia, para ele encontrar. E para tudo tínhamos prêmios e punições. Criamos uma particular república e a sua bandeira ao vento hasteamos. Dos loucos, república. Carinhos por séculos predestinados para aquele pontual momento. Sábado de futebol e garoa, de uísque diluído em finados cubos de gelo dentro de um copo por essência vazio. Emaranhados. Enlaçados. Incrustados. Alinhavados. Com ele, me remendei. Comigo, se remendou. Nenhuma sobra sequer sobrou. Era apenas um – eu nele, ele em mim. Uma nova espécie de ser, um poeta por completo, cheio de coragem, e sedento por poesias repletas de sangue. E foi aí que Márcia no quarto entrou.
As algemas dos que me prenderam estavam de um jeito tão apertadas que quando recobrei a consciência, a pele do punho estava rasgada. O sangue minava da frustrada nascente. Estava escuro. Os ossos da face doíam também junto aos dentes que me sobraram. Dois policiais me encaravam do lado de fora da viatura, me receberam da inconsciência com um telefone em meus ouvidos. Que péssimo era aquilo. Meu mundo reverberava com sons daqui e do além, da recém memória ainda mal elaborada. Vomitei nos pés deles, em suas botas lustradas e mais dois telefonemas levei. Naquela noite fui submetido a uma espécie de exorcismo policial. Socos. Gritos. Choques. E muitos outros telefonemas. Queriam que eu confessasse uma coisa que os fatos me entregavam de bandeja, a mesma bandeja de prata que dezenas de vezes me entregou Márcia.
Não sei exatamente o momento em que perdi a consciência quando eu estava no quarto com Marcos e Márcia. Não sei o que aconteceu depois disso. Mas afirmo, sem apostos, que não matei Márcia. Não nego que tive essa intenção, na anarquia do fim de sábado, mas em hipótese alguma matei aquela garota… Essa risada de vocês não me aflige mais. Estou certo do que vi e do que fiz. Isso a um homem basta: a certeza de sua inocência.
Silvia, que me acusa nos tribunais, nunca mais a mim dirigiu sua palavra. Compôs o seu processo de acusação com sangue, com sangue no olho, com ódio de morte. Do que tenho mais medo hoje? Fácil essa. Do momento em que estarei frente a frente com ela. Estando aqui preso, me sinto seguro. Ficar aqui enjaulado para sempre não me é de todo fim. No ócio escreverei grandes poemas, lerei os clássicos volumosos, receberei extratos das minhas editoras (sabiam que nunca vendi tanto. Todos querem ter algo de mim). Rápido os anos passarão e pela porta da frente de qualquer penitenciária sairei. E sabe quem me receberá? Vocês! Vocês e dez, cem de vocês. Voltarei às capas, viajarei a Londres onde visitarei velhos amigos, farei novas amantes. Mas antes de tudo irei pôr rosas no túmulo de Márcia. Ela merece.
Por que riem? Eu estive lá. Vi o que Marcos fez com ela, como ele a estrangulou, arrancou-lhe a pele com os dentes, comeu suas orelhas, o nariz, os mamilos, a ponta do queixo. Como ele bebeu o sangue e como, com o resto, preencheu o piso, o teto, as paredes e as vidraças com perfeitos versos (vocês viram nas fotos). Não notei dor na morte dela. Márcia se deu! Por isso merece minhas rosas.
Às vezes imagino que tudo foi combinado entre os dois e eu fui apenas um mero objeto desse majestoso sarau. Marcos escrevia nas paredes com o corpo inteiro, batia a cabeça com os dentes, que iam trincando, trincando, até que quebravam. Também era minha a dor que ele sentia. Só um de tantos prazeres que deixavam imóveis meus membros, me cegavam a razão. Não me atrevia conter tamanha obra messiânica. Era incalculável minha excitação. Sufocou-me a um patamar que meu corpo de quase velho não suportou e, sem apelos, apaguei.
Hoje sinto muita falta do uísque diário dos fins de tarde, de saber que Márcia sempre viria e a teria, de saber que em algum canto da sala, Marcos lia e entendia os meus versos e talvez nos espreitasse por trás das cortinas. Marcos desflorou uma parte de mim que eu teimava em amassá-la, mas isso não tem que possam sustentar por muito tempo.
Hoje sinto falta do uísque vespertino e de Marcos. Gostaria de vê-lo só mais uma vez. Sei que, aonde ele estiver preso, em mim estará pensando. Precisamos um do outro. Pena maior é esta nossa separação. Espero que sua pena seja branda, que logo lance seus livros. Aquele garoto tem um quê que eu nunca tive: a fragrância de poeta. É um poeta com coragem. Ele é um poeta de sangue, como todo poeta tem que ser.
Manuscrito encontrado sobre o corpo do poeta Gustavo Inácio Monte, morto em sua cela. Este é o único depoimento do réu, que por todo o processo manteve-se em silêncio. Seu suicídio deu-se na véspera de seu julgamento pelo brutal assassinato de Marcos Rodrigues de Santana, filho único da atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Silvia Rodrigues Leão.
Outra vez sentado aqui, de frente a essa mesa de aço enferrujada, começo a repetir a história que por mim já deveria estar enterrada a sete mil palmos subterrâneos, sob mil camadas fósseis. Hoje mesmo já repeti duas, quatro vezes, não sei. Nem sei mais, na dormência do catre, se hoje é mesmo hoje, ou ainda é ontem ou se já será amanhã. A passagem do tempo, há muito, converteu-se numa linha enroscada. E o ontem antes do hoje que vem antes do amanhã, não mais me é lei áurea, como tantas leis que eu seguia até agora há pouco. Agora há pouco faz tanto tempo. Nesse enredo repetido, as palavras que não se repetem são as que mais me atordoam. No fundo é uma nova história a cada vez que conto, inédita, novíssima. Só algumas palavras trocadas de lugar concedem a ela esse selo. Também me aterrorizam as palavras não ditas, os pensamentos recém formulados de sinapses fajutas por neurônios raquíticos de um alcoólatra inveterado.
Outra vez vêm vocês com seus gravadores, suas virgens fitas cassetes de olhos arregalados que me exigem pressa, não param de girar em impaciência. Impertinentes. Que me editem, para que o que eu digo lhes caiba aos seus modos, suas intenções. Que me parafraseiem, que me contradigam em editoriais, em crônicas, em mesas redondas, em ensaios. Eu não tenho pressa. Daqui tão cedo não saio. Se quiserem ir, podem ir. Já é fim de tarde. O silêncio da noite uma hora vem, com vocês aqui ou não. A noite, meus caros, é a mãe dos cansados e a puta dos afoitos. Já fui ambos por esses metros de anos que agora parecem mais um grande tapete vermelho que me trouxe até aqui. Nos meus livros nunca deduzi tão óbvio personagem com características tão peculiares, com ações, classicamente, similares a mim. E coube a mim desenhar este roteiro sem fim exato, como é a noite para o afoito.
Outra vez, eu retorno ao marco zero (Até ali, vivia suave, sob o cheiro das rosas que regava durante o dia). Retomo o ponto onde ela me abordou, assaltante. Mulher separada. Dona da própria noite. Dormia tarde, acordava cedo. Tinha carga genética que naturalmente sobre todos impunha poder. Sílvia Rodrigues, advogada com três celulares, mulher de pele dourada, boêmia. Não ficava bêbada por nada. Vodca pura, bebia – sem os mimos do gelo. Mulher separada, de sapatos altos ficava mais alta que eu. Preferia quando ela os tirava. Nessas horas, com ela ao meu nível, eu lhe parecia um pouco menos inferior. Defendeu a minha causa do mesmo jeito que a presa protege a cria se doando ao predador. Mesmo assim perdemos, mas Silvia Rodrigues quis recorrer. A persistência também é algo genético, pois por mim, a merda da editora poderia publicar minhas poesias da maneira que ela achasse melhor. A essa altura estava pouco me lixando para elas. Só concordei com Silvia desejando tê-la por mais uns dias, entre duas ou três reuniões, entre três ou quatro goles de vodca tomados em horas felizes, entre quatro ou cinco toques inoportunos de celular. O que falávamos? Essa é uma boa pergunta: o que um poeta sem rima e sem rumo conversaria com uma advogada atarantada com situações cíclicas seculares de seus celulares? Me lembro que a nossa primeira conversa fora do assunto do processo foi sobre Saladino e as invasões árabes, sobre as cruzadas. Atacamos a burra fé cristã. E já que estávamos falando de religião, passamos para a política e em menos de um quarto de hora chegamos ao ponto que a ambas as partes interessava: o sexo. E lá, estávamos em casa. E o sexo logo veio. No dia que, vitoriosos, ganhamos a batalha contra a editora, ela se interditou do mundo, desligando os infelizes telemóveis. Comemoramos juntos, em par, secamos copos de vodcas e cansados, encaramos a noite, afoitos. Querem saber, senhores, naquele dia fiz de tudo com Silvia Rodrigues, até broxei. Quem não broxaria defronte a sua volúpia dissimulada por detrás dos tafetás da OAB. Senhores, Silvia Rodrigues foi o porto com faróis acesos onde estacionei minha velha corveta de navegador.
Amor? Eu não amava aquela mulher, já amei dezenas, mas não a Silvia. Apenas um medo doido e submisso e uma curiosidade amarga me apoderavam quando Silvia estava por perto (e longe também). No outro dia, nos despedimos, sem adjetivos, só alguns futuros do pretérito sem compromisso. E ela se perdeu pelas páginas preenchidas de horários marcados. Fui a Londres dar palestras em faculdades e visitar amigos, antigas amantes. Teve uma hora quando anoitecia, lá pelo meio da tarde, que me indaguei o que fazia ali. Quantas vezes havia ido a Londres? Quantas vezes tinha dado a mesma palestra sobre sei mais lá o que? Quantas vezes tinha visitado os antigos amigos que nem eram amigos de verdade? Quantas vezes havia amado aquelas antigas amantes? No fundo, via em Londres a minha rota de fuga predileta, mas agora tinha Silvia e para ela voltei. Marcamos um cinema urgente. Ela atrasou-se, desculpou-se. Bebemos mais vodca no bar mais próximo. Deixamos o novo de Wood Allen para quando saísse em DVD. Desaparecemos mundo afora dentro de nós. Sabem quantas poesias fiz para aquela mulher? Nenhuma! Ela não merece nenhuma poesia. Ela queria meu beijo, o arranhar da minha barba, o meu suor, o meu sêmen sobre o seio rubro.
Gostaria de dizer que deixei de ser poeta desde o dia que avistei Silvia, mas poesia é como gripe, não se cura. Apenas parei de compor depois dela e do que ela me trouxe (um furacão de proporções caribenhas fez-se meu inquilino). E como todos sabemos: com palavras sortidas sobre papéis brancos, um primata bem adestrado, que já visitou Londres com alguma freqüência e que tenha um amigo revisor pode melhor escrever essas poesias que me fizeram fama e terá uma boa chance de sucesso se contratar um competente assessor.
Vejo vocês atônitos com minhas frases cheias de simbolismo que lhes parecem não ter nexo. Vocês jornalistas são uma graça, mas entendo. Até posso presumir o que lhes passa pelas cabeças axiomáticas. Eu, com meu papo de poeta de meia-idade, que depois do décimo livro e da terceira antologia enlouqueceu. “Todo poeta tem a fragrância de louco”, esse aforismo foi um dos meus primeiros versos. Néscio, eu, quando escrevi. Achava-me estupidamente original na minha inexperiência desbarbada, se é que até hoje alguma barba nasceu nessa cara árida. Nunca havia experimentado da loucura, e ela começou a me contaminar, senhores, numa sexta-feira que, por muita pressão e insistência de Silvia, coloquei gravata verde-guarrafa e um terno preto alugados e fui a uma formatura.
Um cigarro, alguém tem? Só um trago. Tento parar todo dia, sabe? Silvia detestava quando eu fumava dentro do carro dela, me chamava de louco. Não é assim que vocês me chamam nas páginas dos seus jornais? Todos adoram me chamar de louco. O promotor, que diz me defender, queria usar esse argumento no seu processo. Dois médicos me consultaram e também ficaram na dúvida. Um disse que sim, o outro que não. A única pessoa com absoluta certeza de que não sou é Silvia. E com ela não terei chances de argumentar nada sobre minha falsa loucura. Com Silvia na acusação, já estou condenado. Uma profusão de sentimentos contra minha pessoa faz sopa no coração intolerante de advogada. Sabem do que tenho mais medo? Do olhar genuinamente sem piedade de quilhotinadora que me condena a séculos de sofrimento fortuito. Aquele olhar de louca é o que me aterroriza. Posso garantir que de louco não tenho nada. Tenho apenas a falta de sorte, a infeliz falta de sorte de seguir na relação com Silvia. Em tornar sérios os encontros casuais regados à vodca e sexo. Que posso fazer? Era uma mulher convincente. E bota convincente nisso! Para colocar terno e gravata foi preciso muita persistência, paciência e extorsão.
Lá estava eu: do seu patamar, ao lado dela, nervoso, sem poder fumar em meu próprio carro, indo para a formatura dos dois filhos dela que nunca tinha visto antes. Confesso que me assustei com a situação. Sempre tive uma relação complicada com essa nova geração. Sou filho único – nunca tive sobrinhos. Minha semente sempre terminou em abortos caseiros que minhas amantes, pressionadas ou por decisão própria, vieram a fazer. Hoje acredito que o tempo, melhor juiz, me esterilizou. Quando esses menininhos com suas mochilas pré-vestibulares, mascando chicletes de canela sem açúcar passavam por mim, eu via fetos ensangüentados ambulantes, e era assim que eles seriam se eu fosse pai deles: fetos ensangüentados jogados em terrenos baldios dentro de sacolas de supermercado. Em suma, meus caros, não nasci para ser pai. Se ser pai fosse bom, teríamos dezenas de filhos. Nós homens somos egocêntricos e em qualquer situação queremos o imediato prazer. Se filhos fizessem bem, teríamos centenas.
Agora vejam: eu, poeta sem prole, marginal para esses assuntos familiares, vestido a caráter para a formatura dos filhos de Silvia. Eles tinham pai, e moravam com ele, e apesar disso Silvia persistia em minha aproximação. Só depois vim saber o motivo, que nem os próprios filhos sabiam: o ex-marido, o arquiteto argentino Julio Alfonso, padecia de câncer sem cura e, a curto prazo, a fatura seria o estorno dos dois para Silvia. Talvez fosse por isso que ela andava tão ranzinza naqueles dias antes de rever os filhos. Demoramos para estacionar, e a cada vaga que eu perdia, ela batia no painel do carro quase na iminência de acionar o air bag. Se ela estivesse na direção, seria diferente. Ser bom motorista também deve ser genético. Ao entrarmos no ginásio, nos deparamos com uma peste de beca. Vozinhas agudas secundaristas, peles róseas, cor de jambo, negras, fetos sobreviventes. Eu me vi ali, no corre-corre da minha estréia, nesse tipo de festa de despedida. Tinha de todo tipo, como em uma comédia clichê norte-americana, e os filhos de Silvia poderiam ser qualquer um deles, poderiam me abraçar cheirando a sabonete Fofo e me chamar de papai. Não sou cardíaco, mas há o limite.
Eu suava, queria uma vodca – algum verso russo. Silvia se perdeu no fluxo estudantil, na busca dos filhos. Andei ziguezagueando à procura de um canto, uma sombra. Desci as escadas dos fundos. Ia fumar meio maço a sós com a brisa, mas no meu cantinho que presumi existir, a brisa já era confidente de um rapaz magricela. Fumava sentado com as pernas encolhidas e a coluna arqueada. Assim mesmo fiquei. Ele me olhou indiferente, me achou passageiro. Pedi fogo. Ele me deu o cigarro que fumava e pegou outro. Garoto magro, quase raquítico, lábios cor-de-rosa, na mão canhota, uma BIC. No colo, um caderno sovado de anotações. Tentava escrever versos na folha em branco ainda. Era canhoto como eu. Pegava na caneta do mesmo jeito que eu. Não puxei conversa. Só fiquei fumando do lado dele, compondo catálogos das constelações. Super Nova. Aglomerados de estrelas. Cometas e estrelas cadentes invisíveis. Calados, paralelos, como um dia sonhei fazer junto ao meu pai quando era menino. Fiz isso, só que um dia desses, em seu leito de morte, fumamos juntos, calados, paralelos, assistindo a uma reprise de Robocop. Esvaziei o tabaco desapressado, sem fissura. A luz do cigarro dele se extinguiu primeiro. Apontei o meu que não acendi, ele mudo negou. Tirou a tampa da caneta, mordeu os lábios e escreveu sob meus olhos: “Todo poeta tem a fragrância de louco”.
Desde quando o vi embaixo da fumaça de cigarro, reconheci a mim mesmo há trinta e tantos anos atrás: cigarros e canetas em punho, que se fudessem o mundo e as instruções e precauções dos manuais para vida. Cabelos negros, escorridos até os ombros, poucas espinhas, muitos cravos, mordidas nos lábios ansiosos, coluna em C, calças que cabiam em dois. Escreveu satisfeito, tal qual eu. Narciso, me vi em um espelho aprimorado, uma versão melhorada do que acho que fui. Não o imaginei como um feto sobrevivente. Senti dele, gêmeo.
“Vejo que se conheceram”, Silvia me surpreendeu em minha fantasiação. “Nunca tinha percebido o quanto vocês são parecidos!”, eu ainda estava entorpecido. “Vamos, vai começar”. Por mim, não sairia tão cedo dali. Seguimos calados, eu com meu cigarro apagado e Silvia abraçando Marcos com seu carinho inadimplente de mãe ausente. Marcos era o nome do menino que erroneamente achei ser igual a mim pleno.
Quando a cerimônia terminou, fomos todos comer pizza para comemorar a formatura dos dois. Ah, sim! Além de Marcos, havia Márcia. Olhar de leoa. Tagarela. Competia com a mãe pelo título de quem mais tempo falava nos celulares. Quando Silvia me apresentou a ela, Márcia sorriu e escondeu a língua com a arcada dentária gradeada por aparelhos ortodônticos. Não foi paranóia, mas ela me comeu com os olhos. Comi duas fatias de pizza de rúcula com tomate seco e molhei a garganta com vinho português. Eu ainda tinha que bancar o interessado no papo de arquiteto do pai dos garotos. Futuro defunto, ele estava obstinado a me explicar as mensagens subliminares de cunho comunista escondidas na planta piloto de Brasília. Naquele maçante final de noite, até Silvia calou. Voltamos de Brasília no outro dia mesmo. Antes, dei um livro meu a Marcos. Dediquei: “constituição da república dos loucos”. Ao ler, mordeu o lábio apreensivo. Havia gostado. Eu também mordia os lábios quando ficava nervoso. Minha timidez me impedia muitas vezes de agradecer os mínimos favores. Senhores, minha má educação é apenas uma forma de proteção. Marcos folheou as páginas curioso. Lamentei. Pouco ele ia entender das minhas poesias. Quanto à Márcia, mantive distância e só relaxei quando caí com Silvia na estrada e pude, enfim, tomar uma dose dupla de vodca.
Voltei para minhas palestras e oficinas. Silvia, para os seus processos. Nos encontramos com mais freqüência. Eu sempre estava livre na hora que ela queria, para o que fosse. No fim de seis meses, fui morar na sua cobertura de quatro quartos a poucos metros do mar. Confesso que o que mais me seduziu foi o espaço vazio em sua biblioteca. Lá eu poderia depositar meus valiosos livros. (A desgraçada queimou eles todos quando eu vim para cá. Imperdoável.) Chegando lá, vi que não só a biblioteca era um vazio, mas todo o apartamento. As duas empregadas andavam sempre discretas, cochichavam nas dispensas, entravam e saíam de modo que mal eu as via. Eu começava a caminhar nos trilhos. Criei hábitos caseiros. Nas poucas vezes que saía, andava na orla com a cabeça em outros lugares. Quase sempre preferia apenas me chegar à janela da cobertura, aliado a uma dose de uísque em gelo, com a luz ambiente e o som do CD à meia-luz. Em larva, como se aguardasse por algo que estava certo de logo acontecer.
Escrevi, certa vez, um conto sobre um comandante de um navio à deriva no vento, perdido em um oceano epopéico. Estava desesperançoso de novas terras, pressentia que o vindouro destino não traria salvações. O comandante, simplesmente, livrou as velas dos ventos bufões e deixou-se levar pelas lentas correntezas. Supunha que assim fosse viver com seus marujos para sempre em um quadro expressionista. Infeliz suposição. O destino da embarcação foi determinado ainda no porto, na praga rogada pelo cigano de dentes podres ao capitão que levou o seu dente de ouro ganho numa aposta de bar. E esse destino segue com o barco quando ele levanta âncora em planos de bordo secretos tatuados nas salas de máquinas ou nas caixas de peixes charqueados nos porões. Com meu uísque, rigorosamente nem aí por novas terras, não vi quando meu barco foi jogado às pedras, nos arrecifes de corais, ao canto das sereias, sem a proteção dos orixás. Depois do arquiteto argentino finalmente ceder a vaga no planeta, Márcia e Marcos foram reembolsados no primeiro vôo. Ocuparam os quartos vazios da cobertura. Para Silvia, tanto fazia, pouco pisava em casa, sempre havia a reunião inadiável, a viagem com pernoite ou de inteiro fim de semana. Estando os filhos em casa, ou em Brasília, para ela tanto fazia. Enquanto para mim, senhores, o que posso dizer?
Tudo que falei para vocês até agora foi mera introdução. Quis lhes proporcionar um esboço de quem era eu até ali. Prometo ser sucinto em meus comentários. Muito do que contarei já foi estampado em seus jornais. Apesar de bizarras distorções, o plano geral muito se aproxima da verdade (mas não é), se é que a verdade serve para alguma coisa a essa altura. Eu poderia dizer que era mentira meu interesse pelo piercing tribal na língua de Márcia ou pela verde melancolia de Marcos, mas se eu dissesse, agora sim estaria faltando com a verdade. Foram essas duas coisas a razão dos meus passeios sem pressa pela orla e pelas horas em silêncio de coma na cobertura, ao som baixo de álbuns clássicos. Não vou mentir que quando vi os pêlos pubianos a depilar transpassando o assanhado shortinho que Márcia usava caprichosa quando sentava na cadeira alta do balcão da cozinha ignorei, como deveria. Ela me sufocava com goles de libido, serpenteava a língua no copo americano com suco de laranja. Sempre fui vidrado nas pequenas. Queria meter a boca inteira entre as pernas finas, fazer Márcia ficar de ponta de pés, fazer ela beber aquele suco de laranja matutino de um único gole. Um único e sufocante gole de gozo. Pernas depiladas. Batatas torneadas. Ou eu cerrava os olhos, ou me entregava de boca aberta. E toda manhã eu me cegava ao tesão. Voltava os olhos para o jornal em minhas mãos que tremiam. Estava certo que se elevasse o olhar novamente, a bunda pequena e durinha estaria ainda mais arrebitada querendo minha língua. Ficava assim, até que um dos celulares gritasse acorrentado ao carregador no quarto. Ela corria, atendia e por lá ficava.
Marcos, indiferente a tudo, comia queijo quente com o inseparável caderno de anotações. Silvia chegava ao pé da madrugada (quando chegava), cansada, exausta, mas sempre reivindicando os meus favores. Sexo rápido, objetivo, útil, fulminante. Algum de vocês pode me perguntar como um cara que tinha a toda poderosa Silvia Rodrigues na cama foi fisgado pela petulância adolescente de Márcia. Talvez no fundo o que eu quisesse com Márcia não fosse o sexo em si. Algum desvio psicológico? Tara de um homem de meia-idade? Acho que não. Nunca me interessei por lolitas, anitas, paquitas, chiquititas de periquitas fofinhas e pequeninas. Era instinto o que perturbava o meu cérebro. Queria ver o resto dos pubianos, além dos sobressalentes. Sentir o encaixe do seu peito na minha mão. Ouvir o seu gemido de prazer quando eu puxasse seus cabelos curtos com força. Era mais do que sexo, era um experimento. No fundo, queria voltar a ser o adolescente curioso, mas sem os medos e as apreensões dessa época. Queria ser vil, dominante, analítico. Sentir Márcia em carne viva, sem poesia alguma. Havia cansado de relacionar as mulheres às deusas, amazonas, heroínas de peitos expostos em reinos fantásticos. Via Márcia como um toco de madeira que merecia ser talhado.
Os dias, então, iam passando em ciclos que me enfraqueciam, sempre com Márcia para mim em uma bandeja oferecida e sempre com Marcos alheio em perdições. Até que teve um dia, ano passado, quando eu tomava meu uísque na janela noturna de frente para o mar, ela chegou e me perguntou como era ser jovem nos anos setenta. Foi uma pergunta intrigante, tanto que me surpreendeu a ponto de não emoldurar as palavras. “Me conte como era um mundo quando não tinha AIDS, de sexo livre, do lenço sem documento. Rolavam orgias nos porões da ditadura?” Até aquele momento, as únicas palavras que tinha dado com Márcia eram obrigado, de nada, bom dia, boa tarde, passa a margarina. Aí veio ela com uma história de orgias nos porões da ditadura. No tempo dos generais, nunca escrevi textos subversivos. Até com prêmios estatais fui agraciado, porém vi de perto a mão ferrenha e peçonhenta dos militares. Soube por torturados e torturadores o tipo cruel de orgia que (desen)rolava nos porões.
Agora percebo que a técnica com que Márcia me abordou é bem digna da mãe. Fiquei qual gato encurralado, catando palavras de meu vocabulário esparramado no chão. Restou-me um sorriso enferrujado que sem muito esforço transformou-se numa inusitada gargalhada. Uma gargalhada das que por muito não havia dado. Com a mãe, antes precisei ir aos mouros, cruzadas, religião e política para só aí ir ao sexo. Márcia foi logo ao nervo. Decerto sabia das minhas incursões homossexuais setentistas que num desânimo da bebedeira confessei a Silvia. Os vícios ao quais tinha submetido os meus porões. “E aí? Me conta das orgias que rolavam nos porões.” Mostrei com uma ereção rápida e penetração aguda as orgias que minha consciência fazia por meses nos porões de meu cérebro. Ela nem teve tempo de gemer, pois após uma breve perdida de fôlego, havia gozado. Ela se sustentou com suas unhas em minhas costas, prendeu com as pernas minhas coxas, gritou-me baixinhos aos ouvidos: “Mais! Mais! Mais!” Obediente dei, como Deus a um devoto. Mais do que ela pediu, mais do que ela supunha que eu pudesse dar, mais do que cabia em seu corpo magro. Nunca me senti tão rígido; veementemente, dono da situação. Ela, objeto, contente pela graça alcançada, avermelhava-se com sentimentos recém-descobertos. Oscilava cansada o abdômen, do púbis até o plexo solar, feito uma serpente. Me perdi contando as costelas expostas. Quando gozei, ela apertou-me, se aproveitando o máximo de mim. Me diverti com os espasmos dos orgasmos. Bebi o uísque feito água, e quando percebi ela não estava mais lá. A safada, do mesmo jeito rápido que chegou, escafedeu-se para o seu inviolável quarto. Para seus celulares, MSNs da vida, tal qual a mãe.
Assim abriu-se a temporada de fodas, gemidos e gozadas no começo da noite. Até emagreci. Minha cintura ficou mais estreita, meu fôlego mais sustentável. Quando Silvia me perguntou o que eu andava fazendo, inventei algumas corridas vespertinas. Márcia era insaciável, não tinha dia ruim para ela; até menstruada, comparecia. Nos dias singulares em que a mãe chegava cedo ou não ia trabalhar, se emburrava e nem para minha cara olhava. Ficava no quarto exilada da mãe indiferente. Quanto às empregadas, nada como uma coação e um suborno como caução. Tinham tudo a perder se contassem. Tinham jugulares para proteger e lares para sustentar. De Aquiles, frágeis calcanhares. E todo dia havia sexo, álcool e nenhuma poesia. Deixei a poesia para Marcos.
Teve um dia que sonhei que ele nos observava, escondido por trás da cortina. No sonho, ele se masturbava com os olhos arregalados, buscando, cientista, os detalhes confundidos pela meia-luz, e quanto mais forte eu cavalgava no corpo sedento de Márcia, mais ofegante eram as repetições manuais em seu pau. Como se ele a mim masturbasse, como se ele a Márcia fudesse. E depois de gozar, com os olhos alagados do choro contido, tentava com o sêmen escrever no surrado caderno de anotações o começo de algum poema, mas nenhuma letra surgia, apenas borrões beges de esperma. De olhos esbugalhados, o rapaz não se contentava com isso, desejava ver a poesia do após gozo. Marcos insistia, e posso dizer a vocês que eu também compartilhava do após-gozo de Marcos. Um calafrio. Uma vontade desgrenhada de me perder, de morder a pele de seda de Márcia com o gume dos meus dentes e arrancar-lhe a carne, nervo, cartilagem. E no sonho, Marcos insistia. “Sangue!”, começa a gritar por trás da cortina. O engraçado é que, eu, com a visão de Marcos me via engatado em Márcia. Arranhava o seu corpo passando de viés as unhas mal cortadas de rapina. “Sangue”, ele gritava. Sangue, ele queria. Completaria a lacuna da ausência branca de sentimento no papel, nem que imolasse sua irmã por esse bem maior. A imagem de seu rosto que, na penumbra, era meio meu meio dele era tão bizarra quanto admirável e deliciosamente libidinosa. Acordei desse sonho com uma plúmbea ereção. Como se ter, corrijo, como se e somente se a única maneira de ter o todo era agarrar os extremos. Na ilação simplória e infundada de que os fortes veneno e remédio findassem com a ojeriza e o asco melindroso que me amedrontam desde que me conheço por gente.
Silvia, a mil léguas, não esquecia do cheque para as despesas e os salários da criadagem. As contas aprenderam a se pagar por conta própria em débitos automáticos em conta corrente. Foi isso também que se tornaram minhas incursões diárias em Márcia, um débito automático em conta. Apesar de meu corpo estar lá, minha mente estava no sonho, no desejo de Marcos de escrever com o sangue da irmã a poesia por mim toda vida ansiada.
Senhores, nesta hora em que a história se encaminha para o fabuloso desfecho, dou uma pausa para que vocês façam a estratégica virada de cassetes, para a troca de carga dos modernos e compactos MP3´s, para que possam enxugar as testas suadas, para que possam exorcizar a carga excedente que mantém tensos os vossos pênis nas vossas apertadas cuecas. Todos vocês, tal como eu, são uma matilha de pervertidos. Fariam de tudo para viverem o que passei. Mas poucos são ofertados com tamanha honraria como eu fui. Logo para vocês chegará a velhice e então serão agraciados com dois presentes: câncer ou Alzheimer. E mais nada! Assim vocês viverão os últimos com o terror iminente da morte ou eternamente continuarão vivos sem disso saber. Esses serão os presentes com requintes de crueldade que a vida irá lhes oferecer. A mim prato precioso foi oferecido sobre bandeja prateada, e dele aproveitei. Vocês bem sabem o quanto me aproveitei. A excepcional iguaria era rodeada de todos os sabores, do doce extremo doce, ao insustentável azedo, sem esquecer do salgado inflexível que fere minhas aftas e do intrigante amargo, o de maior sedução.
Essa mistura clichê de prazer e dor se aprofundou mais quanto mais perto estive do fim. Não que isso um dia teve fim. Estando eu na frente de vocês, escrevo novas linhas dessa história. Linhas fúteis como essa agora, como fúteis foram as dezenas de resmas de anos rumados por mim. Finalmente entendi o conceito de não linearidade, de ter os sabores do mundo em uma empada e um monte de nada em toneladas de ração. De que a vida não é o soletrar dos anos, e sim o dissecar dos segundos. Cansei de tentar entender metafísica, os dogmas cristãos e as letras das músicas de Jorge Ben. Cansei de esperar o meu tempo de câncer e de Alzheimer. Fui à luta, ao fronte em pêlo, apelando pela chuva de balas da artilharia, pela poesia em sangue sonhada por Marcos em meu atraente pesadelo.
Era sábado, fim de tarde, garoa. Silvia no escritório, Márcia com as amigas, shopping, praia, sei lá. Meu uísque, fiel escudeiro. Eu ouvia bem longe a narração do futebol. Imaginava os passes, os dribles, os gols. De fundo, batidas das ondas do mar. Em sonho, nem notei quando Marcos chegou.
Não posso assegurar quanto ficou parado ao meu lado, mas quando o percebi, estava paciente. Esperando por minha atenção, na verdade, como sempre esteve, eu que não o enxergava por trás das cortinas dos cômodos. Ele me olhava imóvel. “Li tudo e tudo entendi”, fuzilou-me. “Falta a você coragem…”, continuei parado. “…e a teus poemas, sangue.”. Eu poderia escrever trinta e cinco mil páginas sobre o que senti naquele instante. Mil milhares de livros. Uma infinidade deles. Poderia agir de todas as possíveis maneiras para com aquilo que soava como qualquer coisa, menos como uma agressão. Escolhi a menos óbvia (ou a mais, se desejarem), beijei-o.
Não se espantem! Beijei-o, sim! E ele retribui-me com sua carne. Com o corpo e com o espírito apostolicamente o possui. Ou foi ele que dentro de mim adentrou? Pensando agora, vejo que tanto fazia, no anoitecer de sábado. Se houvesse algum espelho ao redor, veríamos só um, um só completo ser. Uma mistura de fluidos e sais misturando-se entre nós, selando-nos. Nossas bocas eram estuários onde o caudaloso rio de viço desembocava profuso. Desdenhei dos meus preconceitos, medos, conseqüências, do que os outros poderiam. A cada abraço, éramos incestuosos irmãos. A cada abraço, éramos impetuosos inimigos. Definhávamos de dor, inflávamos de paixão súbita. Nosso idioma eram gemidos, gritos de apertadas possessões. Com nossas línguas em chicotadas lânguidas, mutuamente nos percorríamos. Implorava e concedia, eu a ele e ele a mim. Presenteamo-nos com cusparadas nas faces, socos nos queixos, roubamos um do outro tufos de pêlos colhidos pelos incisivos. Arranhamo-nos com cócegas. Como crianças, inventamos brincadeiras. Coisas eu escondia, para ele encontrar. E para tudo tínhamos prêmios e punições. Criamos uma particular república e a sua bandeira ao vento hasteamos. Dos loucos, república. Carinhos por séculos predestinados para aquele pontual momento. Sábado de futebol e garoa, de uísque diluído em finados cubos de gelo dentro de um copo por essência vazio. Emaranhados. Enlaçados. Incrustados. Alinhavados. Com ele, me remendei. Comigo, se remendou. Nenhuma sobra sequer sobrou. Era apenas um – eu nele, ele em mim. Uma nova espécie de ser, um poeta por completo, cheio de coragem, e sedento por poesias repletas de sangue. E foi aí que Márcia no quarto entrou.
As algemas dos que me prenderam estavam de um jeito tão apertadas que quando recobrei a consciência, a pele do punho estava rasgada. O sangue minava da frustrada nascente. Estava escuro. Os ossos da face doíam também junto aos dentes que me sobraram. Dois policiais me encaravam do lado de fora da viatura, me receberam da inconsciência com um telefone em meus ouvidos. Que péssimo era aquilo. Meu mundo reverberava com sons daqui e do além, da recém memória ainda mal elaborada. Vomitei nos pés deles, em suas botas lustradas e mais dois telefonemas levei. Naquela noite fui submetido a uma espécie de exorcismo policial. Socos. Gritos. Choques. E muitos outros telefonemas. Queriam que eu confessasse uma coisa que os fatos me entregavam de bandeja, a mesma bandeja de prata que dezenas de vezes me entregou Márcia.
Não sei exatamente o momento em que perdi a consciência quando eu estava no quarto com Marcos e Márcia. Não sei o que aconteceu depois disso. Mas afirmo, sem apostos, que não matei Márcia. Não nego que tive essa intenção, na anarquia do fim de sábado, mas em hipótese alguma matei aquela garota… Essa risada de vocês não me aflige mais. Estou certo do que vi e do que fiz. Isso a um homem basta: a certeza de sua inocência.
Silvia, que me acusa nos tribunais, nunca mais a mim dirigiu sua palavra. Compôs o seu processo de acusação com sangue, com sangue no olho, com ódio de morte. Do que tenho mais medo hoje? Fácil essa. Do momento em que estarei frente a frente com ela. Estando aqui preso, me sinto seguro. Ficar aqui enjaulado para sempre não me é de todo fim. No ócio escreverei grandes poemas, lerei os clássicos volumosos, receberei extratos das minhas editoras (sabiam que nunca vendi tanto. Todos querem ter algo de mim). Rápido os anos passarão e pela porta da frente de qualquer penitenciária sairei. E sabe quem me receberá? Vocês! Vocês e dez, cem de vocês. Voltarei às capas, viajarei a Londres onde visitarei velhos amigos, farei novas amantes. Mas antes de tudo irei pôr rosas no túmulo de Márcia. Ela merece.
Por que riem? Eu estive lá. Vi o que Marcos fez com ela, como ele a estrangulou, arrancou-lhe a pele com os dentes, comeu suas orelhas, o nariz, os mamilos, a ponta do queixo. Como ele bebeu o sangue e como, com o resto, preencheu o piso, o teto, as paredes e as vidraças com perfeitos versos (vocês viram nas fotos). Não notei dor na morte dela. Márcia se deu! Por isso merece minhas rosas.
Às vezes imagino que tudo foi combinado entre os dois e eu fui apenas um mero objeto desse majestoso sarau. Marcos escrevia nas paredes com o corpo inteiro, batia a cabeça com os dentes, que iam trincando, trincando, até que quebravam. Também era minha a dor que ele sentia. Só um de tantos prazeres que deixavam imóveis meus membros, me cegavam a razão. Não me atrevia conter tamanha obra messiânica. Era incalculável minha excitação. Sufocou-me a um patamar que meu corpo de quase velho não suportou e, sem apelos, apaguei.
Hoje sinto muita falta do uísque diário dos fins de tarde, de saber que Márcia sempre viria e a teria, de saber que em algum canto da sala, Marcos lia e entendia os meus versos e talvez nos espreitasse por trás das cortinas. Marcos desflorou uma parte de mim que eu teimava em amassá-la, mas isso não tem que possam sustentar por muito tempo.
Hoje sinto falta do uísque vespertino e de Marcos. Gostaria de vê-lo só mais uma vez. Sei que, aonde ele estiver preso, em mim estará pensando. Precisamos um do outro. Pena maior é esta nossa separação. Espero que sua pena seja branda, que logo lance seus livros. Aquele garoto tem um quê que eu nunca tive: a fragrância de poeta. É um poeta com coragem. Ele é um poeta de sangue, como todo poeta tem que ser.
Manuscrito encontrado sobre o corpo do poeta Gustavo Inácio Monte, morto em sua cela. Este é o único depoimento do réu, que por todo o processo manteve-se em silêncio. Seu suicídio deu-se na véspera de seu julgamento pelo brutal assassinato de Marcos Rodrigues de Santana, filho único da atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Silvia Rodrigues Leão.
Texto de Linaldo Guedes
Yes, nós temos literatura
João Pessoa, desde a última quinta-feira (18), que vem respirando literatura. Três eventos diferentes, e quase simultâneos, estão trazendo para a Capital paraibana escritores nacionais e mundiais, em diálogo com os autores locais, numa prova inconteste da viabilidade de um produto tão discriminado no meio cultural - chamado Literatura.
A maratona começou na quinta-feira, através de um novo projeto da Fundação de Cultura do Município (Funjope), intitulado "Que tal, Quinta?". O escritor moçambiquano Mia Couto foi o tema do evento, que contou com debate das professoras Elisalva Madruga e Flávia Maia. Na sexta-feira, foi a vez do próprio Mia Couto comparecer, em diálogo com o público paraibano acerca de sua obra e de sua visão de literatura no mundo.
O projeto "Que tal, Quinta?", promovido pela Funjope, é recente e vem promovendo debates interessantes entre autores contemporâneos. Aliás, desde a posse de André Ricardo Aguiar na Divisão de Literatura que a Funjope vem ampliando os espaços para a literatura, não ficando restrita apenas aos concursos e editais. Um exemplo foi o Agosto das Letras, que trouxe para a Paraíba autores de renome em debate com nossos poetas e escritores.
No sábado, dia 20, aconteceu a tão esperada abertura do Salão Internacional do Livro da Paraíba, numa promoção do Governo do Estado, Ministério da Cultura e Sebrae. O subsecretário de Cultura, David Fernandes, que se despede do cargo em janeiro, deixa, assim, uma grande contribuição não só em razão da grandiosidade do evento. Mas também porque o Salão proporciona o intercâmbio intelectual e fomenta o debate sobre temas afeitos ao Livro, à Literatura e à produção intelectual.
Nomes como Marina Colasanti, Ignácio de Loyola, Afonso Romano de Sant'Anna, Bráulio Tavares, Mário Prata, Pasquale Cipro Neto, Fabrício Carpinejar, Nelida Piñon e Arnaldo Antunes tem presenças confirmadas no evento, que só será encerrado dia 28 e promete lotar as dependências do Espaço Cultural José Lins do Rego com estandes de livros, apresentações culturais e debates literários. Autores locais como Hildeberto Barbosa Filho e Sérgio de Castro Pinto também tem presenças asseguradas.
No dia 26 é a vez do Serviço Social do Comércio (Sesc) colocar o seu time, ou melhor, suas letras em campo. Presenças locais, como Astier Basílio, Linaldo Guedes, André Ricardo Aguiar e Hildeberto Barbosa Filho vão dialogar com nomes como Moacyr Scliar, Mário Bertoloto, Cláudio Daniel, Nicolas Behr e João Paulo Cuenca. Sob a curadoria de Astier Basílio, o evento terá ainda Parede Poética, leituras dramáticas e lançamentos de livros.
Todos esses eventos mostram que o nosso potencial literário não pode e nem deve ser desprezado. Afinal, numa terra que gerou nomes como Augusto dos Anjos, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e José Américo de Almeida seria trágico afirmar que o paraibano não gosta de ler, não busca antenar-se com as tendências da literatura contemporânea.
Aliás, tenho dito sempre, em eventos que costumo participar, que a literatura é um filão pouco explorado na cultura brasileira de um modo geral. É sempre tratada como o patinho feio diante de uma geração que valoriza em excesso o audiovisual. Mas eventos como esses citados acima provam o contrário. Que a população tem sede de novos conhecimentos e quer conhecer escritores como Carpinejar e Mia Couto da mesma forma como querem conhecer os últimos artistas da moda no show business nacional e internacional. Ou seja, há espaço para tudo, quando feito com profissionalismo, competência e, acima de tudo, com a paixão.
Fonte : http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
João Pessoa, desde a última quinta-feira (18), que vem respirando literatura. Três eventos diferentes, e quase simultâneos, estão trazendo para a Capital paraibana escritores nacionais e mundiais, em diálogo com os autores locais, numa prova inconteste da viabilidade de um produto tão discriminado no meio cultural - chamado Literatura.
A maratona começou na quinta-feira, através de um novo projeto da Fundação de Cultura do Município (Funjope), intitulado "Que tal, Quinta?". O escritor moçambiquano Mia Couto foi o tema do evento, que contou com debate das professoras Elisalva Madruga e Flávia Maia. Na sexta-feira, foi a vez do próprio Mia Couto comparecer, em diálogo com o público paraibano acerca de sua obra e de sua visão de literatura no mundo.
O projeto "Que tal, Quinta?", promovido pela Funjope, é recente e vem promovendo debates interessantes entre autores contemporâneos. Aliás, desde a posse de André Ricardo Aguiar na Divisão de Literatura que a Funjope vem ampliando os espaços para a literatura, não ficando restrita apenas aos concursos e editais. Um exemplo foi o Agosto das Letras, que trouxe para a Paraíba autores de renome em debate com nossos poetas e escritores.
No sábado, dia 20, aconteceu a tão esperada abertura do Salão Internacional do Livro da Paraíba, numa promoção do Governo do Estado, Ministério da Cultura e Sebrae. O subsecretário de Cultura, David Fernandes, que se despede do cargo em janeiro, deixa, assim, uma grande contribuição não só em razão da grandiosidade do evento. Mas também porque o Salão proporciona o intercâmbio intelectual e fomenta o debate sobre temas afeitos ao Livro, à Literatura e à produção intelectual.
Nomes como Marina Colasanti, Ignácio de Loyola, Afonso Romano de Sant'Anna, Bráulio Tavares, Mário Prata, Pasquale Cipro Neto, Fabrício Carpinejar, Nelida Piñon e Arnaldo Antunes tem presenças confirmadas no evento, que só será encerrado dia 28 e promete lotar as dependências do Espaço Cultural José Lins do Rego com estandes de livros, apresentações culturais e debates literários. Autores locais como Hildeberto Barbosa Filho e Sérgio de Castro Pinto também tem presenças asseguradas.
No dia 26 é a vez do Serviço Social do Comércio (Sesc) colocar o seu time, ou melhor, suas letras em campo. Presenças locais, como Astier Basílio, Linaldo Guedes, André Ricardo Aguiar e Hildeberto Barbosa Filho vão dialogar com nomes como Moacyr Scliar, Mário Bertoloto, Cláudio Daniel, Nicolas Behr e João Paulo Cuenca. Sob a curadoria de Astier Basílio, o evento terá ainda Parede Poética, leituras dramáticas e lançamentos de livros.
Todos esses eventos mostram que o nosso potencial literário não pode e nem deve ser desprezado. Afinal, numa terra que gerou nomes como Augusto dos Anjos, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e José Américo de Almeida seria trágico afirmar que o paraibano não gosta de ler, não busca antenar-se com as tendências da literatura contemporânea.
Aliás, tenho dito sempre, em eventos que costumo participar, que a literatura é um filão pouco explorado na cultura brasileira de um modo geral. É sempre tratada como o patinho feio diante de uma geração que valoriza em excesso o audiovisual. Mas eventos como esses citados acima provam o contrário. Que a população tem sede de novos conhecimentos e quer conhecer escritores como Carpinejar e Mia Couto da mesma forma como querem conhecer os últimos artistas da moda no show business nacional e internacional. Ou seja, há espaço para tudo, quando feito com profissionalismo, competência e, acima de tudo, com a paixão.
Fonte : http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
Poema de Orlando Tejo
Soneto Dos dedos que falam
Que importa que foguetes cruzem marte
E bombas de hidrogênio acabem tudo,
Se aos meus dedos, teus dedos de veludo
Ensinam que o amor é também arte?
Não desejo mais nada além de amar-te
E em êxtase viver, absorto e mudo,
Sorvendo da ternura o conteúdo
Que antes te buscava em toda parte!
Esses dedos que afago entre meus dedos,
Que acaricio a desvendar segredos
De amor nestes momentos que nos prendem,
Têm qualquer coisa que escraviza e doma,
Porque teus dedos falam num idioma
Que só mesmo meus dedos compreendem!
Que importa que foguetes cruzem marte
E bombas de hidrogênio acabem tudo,
Se aos meus dedos, teus dedos de veludo
Ensinam que o amor é também arte?
Não desejo mais nada além de amar-te
E em êxtase viver, absorto e mudo,
Sorvendo da ternura o conteúdo
Que antes te buscava em toda parte!
Esses dedos que afago entre meus dedos,
Que acaricio a desvendar segredos
De amor nestes momentos que nos prendem,
Têm qualquer coisa que escraviza e doma,
Porque teus dedos falam num idioma
Que só mesmo meus dedos compreendem!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Arnaldo Antunes e Nélida Piñon são atrações no Salão do Livro na PB
O poeta, músico e artista visual Arnaldo Antunes é uma das atrações do I Salão Internacional do Livro, que acontece no Espaço Cultural José Lins do Rego, nesta terça-feira (23). Ele participa do Poética da Palavra, às 15h. A escritora Nélida Piñon é outra grande atração do evento, juntamente com Tania Zagury, que falará sobre bulliyng. O Salão terá diversas atrações durante o dia e a noite, como, por exemplo, a estréia do sarau poético.
Confira a programação desta terça-feira:
FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO
Local: Praça do Povo
Horário: das 10 às 21 horas
Período: 20 a 28 de novembro
EXPOSIÇÕES
Local: Mezanino
Exposição Interativa
FÓRUM PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS.
Local: Teatro Paulo Pontes
Horário: das 9 às 17 horas
Período: 22 e 23 de novembro
ENCONTRO DE CORDELISTAS
Local: Teatro de Arena
Horário: 15 horas
Período: 20 e 27 de novembro
SARAU PARAIBANO / LANÇAMENTO DE LIVROS
Horário: 10horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Palestrantes:
BALILA PALMEIRA: "Os Teatros da Paraíba" – Escritora, Historiadora e membro do
Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba
JOACIL DE BRITTO PEREIRA : "O livro na história" – Escritor e membro da Academia Paraibana de Letras
FIQUE LIGADO
Horário: 15horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Agda Aquino
Palestrante:
Tania Zagury: "Bullying" - Professora adjunta da Faculdade de Educação/RJ, alfabetizadora, supervisora educacional, filósofa, e escritora.
POÉTICA DA PALAVRA
Horário: 17horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Palestrante:
ARNALDO ANTUNES - Poeta, músico, compositor e artista visual
CAFÉ COM LETRAS
Horário: 19h30
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Palestrante: NÉLIDA PIÑON – Escritora, Jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras
Com Assessoria
Confira a programação desta terça-feira:
FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO
Local: Praça do Povo
Horário: das 10 às 21 horas
Período: 20 a 28 de novembro
EXPOSIÇÕES
Local: Mezanino
Exposição Interativa
FÓRUM PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS.
Local: Teatro Paulo Pontes
Horário: das 9 às 17 horas
Período: 22 e 23 de novembro
ENCONTRO DE CORDELISTAS
Local: Teatro de Arena
Horário: 15 horas
Período: 20 e 27 de novembro
SARAU PARAIBANO / LANÇAMENTO DE LIVROS
Horário: 10horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Palestrantes:
BALILA PALMEIRA: "Os Teatros da Paraíba" – Escritora, Historiadora e membro do
Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba
JOACIL DE BRITTO PEREIRA : "O livro na história" – Escritor e membro da Academia Paraibana de Letras
FIQUE LIGADO
Horário: 15horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Agda Aquino
Palestrante:
Tania Zagury: "Bullying" - Professora adjunta da Faculdade de Educação/RJ, alfabetizadora, supervisora educacional, filósofa, e escritora.
POÉTICA DA PALAVRA
Horário: 17horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Palestrante:
ARNALDO ANTUNES - Poeta, músico, compositor e artista visual
CAFÉ COM LETRAS
Horário: 19h30
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Palestrante: NÉLIDA PIÑON – Escritora, Jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras
Com Assessoria
Fórum Paraibano do Livro, Leitura e Bibliotecas terá início nesta segunda
O primeiro Fórum Paraibano do Livro, Leitura e Bibliotecas será aberto nesta segunda-feira (22), às 9h, no Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural José Lins do Rego, em Tambauzinho. O evento integra a programação do Salão Internacional do Livro da Paraíba e será encerrado na terça-feira.
Cerca de 300 pessoas, entre bibliotecários, autores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores de leitura, pesquisadores, gestores,jornalistas, professores, estudantes e representantes de entidades, devem participar do Fórum, que acontece, na segunda e terça-feira, das 9h às 17h, com entrada franca.
A presidente da Associação Profissional dos Bibliotecários da Paraíba (APBPB), Jemima Marques de Oliveira, explicou que o principal objetivo do Fórum é discutir o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). “O PNLL delibera que cada estado e cada município elaborem os seus próprios planos, e são essas metas que estaremos discutindo, no âmbito estadual”, acrescentou.
Jemima afirmou que no primeiro semestre deste ano foi realizado, na Paraíba, um primeiro encontro para debater o Plano Estadual do Livro e Leitura, que resultou em várias ações visando zerar o número de municípios paraibanos sem bibliotecas. “Neste segundo momento vamos conhecer as experiências de pessoas que estão ou estiveram envolvidas em ações voltadas para o desenvolvimento da leitura”, ressaltou.
Durante o Fórum, segundo Jemima, serão coletados subsídios para a elaboração do Plano Estadual e, no final do evento, será elaborado um documento com as sugestões, para ser entregue ao governo do Estado, com vistas à implantação do PELL. “A expectativa é de que sairemos daqui com propostas consistentes, de modo a agilizarmos a concretização final do projeto”, comentou.
Serviço
Evento: I Salão Internacional do Livro da Paraíba
Data: 20 a 28 de novembro de 2010
Horário: Das 10h às 22h
Local: Fundação Espaço Cultural da Paraíba
Entrada: Grátis
FONTE: Com assessoria
Cerca de 300 pessoas, entre bibliotecários, autores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores de leitura, pesquisadores, gestores,jornalistas, professores, estudantes e representantes de entidades, devem participar do Fórum, que acontece, na segunda e terça-feira, das 9h às 17h, com entrada franca.
A presidente da Associação Profissional dos Bibliotecários da Paraíba (APBPB), Jemima Marques de Oliveira, explicou que o principal objetivo do Fórum é discutir o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). “O PNLL delibera que cada estado e cada município elaborem os seus próprios planos, e são essas metas que estaremos discutindo, no âmbito estadual”, acrescentou.
Jemima afirmou que no primeiro semestre deste ano foi realizado, na Paraíba, um primeiro encontro para debater o Plano Estadual do Livro e Leitura, que resultou em várias ações visando zerar o número de municípios paraibanos sem bibliotecas. “Neste segundo momento vamos conhecer as experiências de pessoas que estão ou estiveram envolvidas em ações voltadas para o desenvolvimento da leitura”, ressaltou.
Durante o Fórum, segundo Jemima, serão coletados subsídios para a elaboração do Plano Estadual e, no final do evento, será elaborado um documento com as sugestões, para ser entregue ao governo do Estado, com vistas à implantação do PELL. “A expectativa é de que sairemos daqui com propostas consistentes, de modo a agilizarmos a concretização final do projeto”, comentou.
Serviço
Evento: I Salão Internacional do Livro da Paraíba
Data: 20 a 28 de novembro de 2010
Horário: Das 10h às 22h
Local: Fundação Espaço Cultural da Paraíba
Entrada: Grátis
FONTE: Com assessoria
Quinta tem peça Eu, Augusto dos Anjos no CCHLA em debate
Na próxima quinta-feira será encenado o espetáculo Eu, Augusto dos Anjos. A peça integra a programação do IX CCHLA em debate.
Infelizmente estarei em Sapé ministrando aula e vou perder.
Serviço:
Local: Praça da Alegria
Dia: 25/11/2010
Hora: 18h
Elenco: Marcos José Brandão,Adailson Costa,Ali Cagliani,Cecilia Retamoza,Jorge Felix,Tainá Macêdo
Infelizmente estarei em Sapé ministrando aula e vou perder.
Serviço:
Local: Praça da Alegria
Dia: 25/11/2010
Hora: 18h
Elenco: Marcos José Brandão,Adailson Costa,Ali Cagliani,Cecilia Retamoza,Jorge Felix,Tainá Macêdo
Começa hoje o IX CCHLA Conhecimento em Debate
IX CCHLA Conhecimento em Debate acontece de 22 a 26 de novembro de 2010.O evento é um Espaço destinado ao lançamento de obras – livro, revista, cd, dvd e outros produtos de difusão acadêmica – de autoria dos participantes inscritos no IX CCHLA Conhecimento em Debate.
Confira a programação no site: http://www.cchla.ufpb.br/conhecimentoemdebate2010/
Confira a programação no site: http://www.cchla.ufpb.br/conhecimentoemdebate2010/
domingo, 21 de novembro de 2010
Poema de Edônio Alves
O Desconcerto Das Coisas
As coisas todas são feitas
do não poder terem sido.
De inconsistente tecido,
são todas as coisas feitas.
Amiúde, minhas coisas
(as verdadeiramente reais),
sequer chegaram a ter sido.
Pano de fundo em mistério
de tudo que há no mundo,
E ainda muito mais:
De tudo que há por detrás
de tudo que há no mundo,
para o mundo decorrer.
É do próprio acontecer
já não terem sido mais.
As coisas todas são feitas
do não poder terem sido.
De inconsistente tecido,
são todas as coisas feitas.
Amiúde, minhas coisas
(as verdadeiramente reais),
sequer chegaram a ter sido.
Pano de fundo em mistério
de tudo que há no mundo,
E ainda muito mais:
De tudo que há por detrás
de tudo que há no mundo,
para o mundo decorrer.
É do próprio acontecer
já não terem sido mais.
sábado, 20 de novembro de 2010
Quando a poesia ganha música
Entrevista concedida por Marina Andrade ao jornal da Quadra do DF
JQ: Você se destaca pelo interesse em musicar poetas. Como isso surgiu?
Marina - Sempre gostei de música instrumental, de poesia e
tenho facilidade para compor. Então, musicar poemas nasceu da
curiosidade de vê-los e senti-los cantados. A minha percepção era
e é a de que a música estava lá, só esperando ser revelada nos poemas.
Lembro-me que os primeiros que musiquei foram de Carlos
Drummond de Andrade. Depois, vieram Manuel Bandeira, Fernando
Pessoa, Cecília Meireles e, por último, Augusto dos Anjos.
Marina Andrade é uma artista de Brasília. É cantora, compositora,
violonista. Mas foi musicando poesias que encontrou uma maneira
especial de mostrar seu talento. Um dos poetas escolhidos, o paraibano
Augusto dos Anjos, ganhou um cd, batizado Versos íntimos,
só com seus poemas transformados em samba, jazz, pop. Esse trabalho
se transformou no Tributo a Augusto dos Anjos que Marina
levou à Livraria Cultura nos dias 12, 13 e 14 de novembro, com
exibição de documentários, sarau e um pocket show dela, acompanhada
por banda e pelo poeta Jairo Cézar. Ela fala ao Jornal da
Quadra sobre essa experiência.
ganha música
JQ: Desses poetas o que você mais gosta é Augusto dos Anjos?
Marina – Augusto dos Anjos é muito atual. Ele falava
difícil, usou termos da biologia, temos científicos para
falar de coisas cotidianas da vida, como a própria morte.
Mas, apesar de toda aparente dificuldade de entender o
que ele dizia, diz ainda, eu consegui extrair musicalidade
e docilidade da sua poesia. Por trás do jeito esquisito,
sombrio eu vejo ironia, sarcasmo, verdades, revelações
sobre o ser humano e verdadeira apologia a vida. Gosto
do jeito dele. Acho que fomos amigos ou tivemos alguma
relação em outra vida.
JQ: Você diz que teve dificuldade em musicá-lo.
Marina - Sim, a admiração e o espanto que tive ao conhecê-
lo chegaram ao ponto de me deixar com medo de
musicá-lo. Achava que não conseguiria. Foram várias
tentativas, a partir de 2006. Na época, fui convidada para
cantar no T-bone e estava cansada do meu repertório.
Então, decidi levar uma coisa diferente e comecei a buscar
a música que eu sabia que existia em Versos íntimos e
ela nasceu. No dia seguinte, musiquei Budismo moderno
e as outras músicas foram chegando.
JQ: Você teve alguma grande surpresa com esse trabalho?
Marina - A música tem a capacidade de atrair e estimular
as pessoas a outros olhares. O interessante pra mim tem
sido isso, quem gostava do Augusto continua gostando e
acha legal a roupagem musical e, quem não gostava, nem
todos, óbvio, passa a ter algum interesse no que ele fala.
JQ: Pretende continuar com Augusto dos Anjos?
Marina - Sim, quero musicar mais alguns poemas dele.
Na verdade, comecei a musicar A árvore da serra. É um
poema lindo, bem diferente dos outros musicados. Li que
quando ele estava no leito de morte, falou para sua esposa:
“Essa centelha jamais se apagará”. Esta centelha era o
próprio Augusto dos Anjos, como me explicou meu amigo
Jairo Cezar, poeta paraibano e profundo conhecedor da
obra deste grande poeta. Se depender de mim esta centelha
não se apagará mesmo.
JQ: Fale um pouco do projeto Tributo a Augusto dos Anjos.
Marina – Foi uma delícia fazer o projeto que teve também
exibição de documentários sobre o poeta e um sarau. No
show fui acompanhada pelo violonista e guitarrista Edson
Arcanjo e banda. Também houve intervenções da poetisa
Gelly Fritta e do poeta paraibano Jairo Cézar, estudioso
da obra anjosiana. Em 2007, Jairo me levou à Paraíba para
mostrar esse trabalho. Retornei lá em abril de 2010 para as
comemorações dos 126 anos de nascimento do poeta e, desde
então, matutei a ideia de fazer algo por aqui. Daí, surgiu o
Tributo que agora, para minha alegria, deve seguir viajando
pelo Brasil, já que estamos recebendo convites para isso.
FONTE: http://www.notibras.com.br/novo/imgSite/11.pdf
JQ: Você se destaca pelo interesse em musicar poetas. Como isso surgiu?
Marina - Sempre gostei de música instrumental, de poesia e
tenho facilidade para compor. Então, musicar poemas nasceu da
curiosidade de vê-los e senti-los cantados. A minha percepção era
e é a de que a música estava lá, só esperando ser revelada nos poemas.
Lembro-me que os primeiros que musiquei foram de Carlos
Drummond de Andrade. Depois, vieram Manuel Bandeira, Fernando
Pessoa, Cecília Meireles e, por último, Augusto dos Anjos.
Marina Andrade é uma artista de Brasília. É cantora, compositora,
violonista. Mas foi musicando poesias que encontrou uma maneira
especial de mostrar seu talento. Um dos poetas escolhidos, o paraibano
Augusto dos Anjos, ganhou um cd, batizado Versos íntimos,
só com seus poemas transformados em samba, jazz, pop. Esse trabalho
se transformou no Tributo a Augusto dos Anjos que Marina
levou à Livraria Cultura nos dias 12, 13 e 14 de novembro, com
exibição de documentários, sarau e um pocket show dela, acompanhada
por banda e pelo poeta Jairo Cézar. Ela fala ao Jornal da
Quadra sobre essa experiência.
ganha música
JQ: Desses poetas o que você mais gosta é Augusto dos Anjos?
Marina – Augusto dos Anjos é muito atual. Ele falava
difícil, usou termos da biologia, temos científicos para
falar de coisas cotidianas da vida, como a própria morte.
Mas, apesar de toda aparente dificuldade de entender o
que ele dizia, diz ainda, eu consegui extrair musicalidade
e docilidade da sua poesia. Por trás do jeito esquisito,
sombrio eu vejo ironia, sarcasmo, verdades, revelações
sobre o ser humano e verdadeira apologia a vida. Gosto
do jeito dele. Acho que fomos amigos ou tivemos alguma
relação em outra vida.
JQ: Você diz que teve dificuldade em musicá-lo.
Marina - Sim, a admiração e o espanto que tive ao conhecê-
lo chegaram ao ponto de me deixar com medo de
musicá-lo. Achava que não conseguiria. Foram várias
tentativas, a partir de 2006. Na época, fui convidada para
cantar no T-bone e estava cansada do meu repertório.
Então, decidi levar uma coisa diferente e comecei a buscar
a música que eu sabia que existia em Versos íntimos e
ela nasceu. No dia seguinte, musiquei Budismo moderno
e as outras músicas foram chegando.
JQ: Você teve alguma grande surpresa com esse trabalho?
Marina - A música tem a capacidade de atrair e estimular
as pessoas a outros olhares. O interessante pra mim tem
sido isso, quem gostava do Augusto continua gostando e
acha legal a roupagem musical e, quem não gostava, nem
todos, óbvio, passa a ter algum interesse no que ele fala.
JQ: Pretende continuar com Augusto dos Anjos?
Marina - Sim, quero musicar mais alguns poemas dele.
Na verdade, comecei a musicar A árvore da serra. É um
poema lindo, bem diferente dos outros musicados. Li que
quando ele estava no leito de morte, falou para sua esposa:
“Essa centelha jamais se apagará”. Esta centelha era o
próprio Augusto dos Anjos, como me explicou meu amigo
Jairo Cezar, poeta paraibano e profundo conhecedor da
obra deste grande poeta. Se depender de mim esta centelha
não se apagará mesmo.
JQ: Fale um pouco do projeto Tributo a Augusto dos Anjos.
Marina – Foi uma delícia fazer o projeto que teve também
exibição de documentários sobre o poeta e um sarau. No
show fui acompanhada pelo violonista e guitarrista Edson
Arcanjo e banda. Também houve intervenções da poetisa
Gelly Fritta e do poeta paraibano Jairo Cézar, estudioso
da obra anjosiana. Em 2007, Jairo me levou à Paraíba para
mostrar esse trabalho. Retornei lá em abril de 2010 para as
comemorações dos 126 anos de nascimento do poeta e, desde
então, matutei a ideia de fazer algo por aqui. Daí, surgiu o
Tributo que agora, para minha alegria, deve seguir viajando
pelo Brasil, já que estamos recebendo convites para isso.
FONTE: http://www.notibras.com.br/novo/imgSite/11.pdf
Senado participará do I Salão Internacional do Livro da PB
O Senado Federal participa do I Salão Internacional do Livro da Paraíba que vai ser realizado em João Pessoa do período de 20 a 28 de novembro na Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego.
Nesta entrevista o Dr. Florian Madruga, Diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado e Coordenador da Comissão de Feiras de Livro, da informações sobre esta participação:
Dr. Florian, porque o Senado vai participar do I Salão Internacional do Livro da Paraíba?
Florian Madruga – O Senado, este ano, participou de diversas feiras de livro em capitais brasileiras e no interior. Sempre que há uma feira em João Pessoa o Senado participa com o objetivo de mostrar a produção das Edições do Senado, Edições Técnicas e Edições em Braille. Também queremos divulgar as atividades da instituição Senado Federal. Em sendo assim, além da informação verbal dada por nossos funcionários especializados, levamos um tótem onde é possível navegar virtualmente pelas dependências do Senado, o plenário, a Secretaria Especial de Editoração e Publicações enfim, vários locais de interesse público. Acreditamos que com essas participações estamos aproximando mais o Senado da população e descobrimos, através de críticas e sugestões, vários caminhos que devem ser seguidos pela instituição em suas atividades institucionais.
Quais os lançamentos das Edições do Senado?
Florian Madruga – Muitos livros foram lançados pelas Edições do Senado em 2010. Podemos destacar os quatro volumes da História da Literatura Ocidental de Otto Maria Carpeux que é um dos mais vendidos todo ano. As Memórias de Carlota Joaquina de José Pretas contando a intimidade desta que foi esposa de D. João VI. História do Brasil de Frei Vicente Salvador que apresenta documentos inéditos. A História da Independencia do Brasil de Francisco Adolfo Varnhagen. O Tráfico de Escravo para o Rio da Prata de Corsino de Medeiros. E o Glossário Etimológico Tupi/Guarani de autoria de Leon F. R. Clerot com termos geográficos, geológicos, botânicos, zoológicos, históricos e folclóricos de origem tupi-guarani. E há várias outras publicações, publicadas ao longo dos anos, totalizando mais de 100 títulos que traremos para o primeiro salão.
E pelas Edições Técnicas?
Florian Madruga – Sempre que dou entrevista, primeiro explico que as edições técnicas é a linha editorial legislativa, que publica leis, sempre atualizadas através de um encarte ou publicação recente. Nosso destaque é a Constituição Brasileira comercializada em tres formatos: tablóide (R$ 1,00), separata (R$ 5,00) e livro (R$ 10,00). Vejam que nossos preços são preços de custo, não há lucro em nossas publicações. Também temos dez títulos da Coleção Ambiental, vários códigos dentre eles o Ante Projeto do Novo Código Civil. Um livro denso sobre Licitações e Contratos. O Acordo Ortográfico com a nova grafia brasileira a R$ 5,00 (cinco reais). Enfim... Nosso público é em grande maioria composto de historiadores, pessoas que admiram a cultura brasileira, estudantes, advogados, enfim, pessoas ligadas à área do direito, história e sociologia.
E o que são essas Edições em Braille?
Florian Madruga – O Senado é a Instituição Federal que possue um moderno setor braille. Cadastramos instituições que recebem periódicamente nossas publicações e por feira realizamos o Evento Braille. Convidamos Secretários da Educação e Cultura do Estado em que a feira se realiza para participar deste evento, onde geralmente doamos dez títulos, cerca de quinze volumes. Para o evento em João Pessoa que se realizará no dia 21 de novembro, 16 h, no estande do Senado Federal no I Salão Internacional do Livro da Paraíba no Espaço Cultural José Lins do Rego o Senado vai doar cinco coleções compostas dos seguintes títulos: Um Passeio de Bonde, O Senado Federal, Lei de Falência, Lei Antidrogas, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Legislação Desportiva, Acordo Ortográfico, O Velho Senado e Eu Senado Um Passeio (para crianças). As instituições que receberão as doações são: Instituto dos Cegos da Paraíba, Associação Paraibana de Cegos, o setor braille da Biblioteca da Universidade Federal da Paraíba, o Núcleo de Educação Especial da Universidade Federal de Campina Grande e o Instituto dos Cegos de Campina Grande. Convidamos todos para o evento.
Alguma coisa ficou pendente que o senhor gostaria de colocar na entrevista?
Florian Madruga – Gostaria de dizer que é uma honra para o Senado estar participando do Primeiro Salão Internacional do Livro da Paraíba. O Presidente do Senado, Senador José Sarney, bem como, o Primeio-Secretário, Senador Heráclito Fortes, tem dado todo apoio ao projeto de Feiras de Livro e só assim é possível nossa participação. Os dedicados funcionários da Comissão de Feiras de Livro também merecem meu elogio por prestarem as informações necessárias aos que frequentam nosso estande em feiras. Por fim... Convido a todos a presitigiarem o estande do Senado e para as crianças, informo que, daremos gratuitamente revistas educativas em quadrinhos que são: Eu Senadoro Um Passeio, Jovem Cidadão e Pequena História dos Símbolos Nacionais. Enfim... Só indo ao estande na Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego para ver as diversas coisas que vão estar à disposição de todos. Portanto, apareçam. Ah... Quero frisar e lembrar nossos preços são reposição de custos, livros com mais de 500 páginas custam no máximo 30 reais dependendo do ano de publicação. E para os que não puderem ir ao salão o Senado disponibiliza a compra através da internet. Vá ao site do Senado (www.senado.gov.br) e lá procure a Livraria do Senado Federal, você se cadastra, paga um boleto e recebe o livro em casa no mesmo valor do Salão sem a cobrança de postagem. Enfim... É o Senado se dedicando ao Brasil.
Da Imprensa Externa Senado
Nesta entrevista o Dr. Florian Madruga, Diretor da Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado e Coordenador da Comissão de Feiras de Livro, da informações sobre esta participação:
Dr. Florian, porque o Senado vai participar do I Salão Internacional do Livro da Paraíba?
Florian Madruga – O Senado, este ano, participou de diversas feiras de livro em capitais brasileiras e no interior. Sempre que há uma feira em João Pessoa o Senado participa com o objetivo de mostrar a produção das Edições do Senado, Edições Técnicas e Edições em Braille. Também queremos divulgar as atividades da instituição Senado Federal. Em sendo assim, além da informação verbal dada por nossos funcionários especializados, levamos um tótem onde é possível navegar virtualmente pelas dependências do Senado, o plenário, a Secretaria Especial de Editoração e Publicações enfim, vários locais de interesse público. Acreditamos que com essas participações estamos aproximando mais o Senado da população e descobrimos, através de críticas e sugestões, vários caminhos que devem ser seguidos pela instituição em suas atividades institucionais.
Quais os lançamentos das Edições do Senado?
Florian Madruga – Muitos livros foram lançados pelas Edições do Senado em 2010. Podemos destacar os quatro volumes da História da Literatura Ocidental de Otto Maria Carpeux que é um dos mais vendidos todo ano. As Memórias de Carlota Joaquina de José Pretas contando a intimidade desta que foi esposa de D. João VI. História do Brasil de Frei Vicente Salvador que apresenta documentos inéditos. A História da Independencia do Brasil de Francisco Adolfo Varnhagen. O Tráfico de Escravo para o Rio da Prata de Corsino de Medeiros. E o Glossário Etimológico Tupi/Guarani de autoria de Leon F. R. Clerot com termos geográficos, geológicos, botânicos, zoológicos, históricos e folclóricos de origem tupi-guarani. E há várias outras publicações, publicadas ao longo dos anos, totalizando mais de 100 títulos que traremos para o primeiro salão.
E pelas Edições Técnicas?
Florian Madruga – Sempre que dou entrevista, primeiro explico que as edições técnicas é a linha editorial legislativa, que publica leis, sempre atualizadas através de um encarte ou publicação recente. Nosso destaque é a Constituição Brasileira comercializada em tres formatos: tablóide (R$ 1,00), separata (R$ 5,00) e livro (R$ 10,00). Vejam que nossos preços são preços de custo, não há lucro em nossas publicações. Também temos dez títulos da Coleção Ambiental, vários códigos dentre eles o Ante Projeto do Novo Código Civil. Um livro denso sobre Licitações e Contratos. O Acordo Ortográfico com a nova grafia brasileira a R$ 5,00 (cinco reais). Enfim... Nosso público é em grande maioria composto de historiadores, pessoas que admiram a cultura brasileira, estudantes, advogados, enfim, pessoas ligadas à área do direito, história e sociologia.
E o que são essas Edições em Braille?
Florian Madruga – O Senado é a Instituição Federal que possue um moderno setor braille. Cadastramos instituições que recebem periódicamente nossas publicações e por feira realizamos o Evento Braille. Convidamos Secretários da Educação e Cultura do Estado em que a feira se realiza para participar deste evento, onde geralmente doamos dez títulos, cerca de quinze volumes. Para o evento em João Pessoa que se realizará no dia 21 de novembro, 16 h, no estande do Senado Federal no I Salão Internacional do Livro da Paraíba no Espaço Cultural José Lins do Rego o Senado vai doar cinco coleções compostas dos seguintes títulos: Um Passeio de Bonde, O Senado Federal, Lei de Falência, Lei Antidrogas, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Legislação Desportiva, Acordo Ortográfico, O Velho Senado e Eu Senado Um Passeio (para crianças). As instituições que receberão as doações são: Instituto dos Cegos da Paraíba, Associação Paraibana de Cegos, o setor braille da Biblioteca da Universidade Federal da Paraíba, o Núcleo de Educação Especial da Universidade Federal de Campina Grande e o Instituto dos Cegos de Campina Grande. Convidamos todos para o evento.
Alguma coisa ficou pendente que o senhor gostaria de colocar na entrevista?
Florian Madruga – Gostaria de dizer que é uma honra para o Senado estar participando do Primeiro Salão Internacional do Livro da Paraíba. O Presidente do Senado, Senador José Sarney, bem como, o Primeio-Secretário, Senador Heráclito Fortes, tem dado todo apoio ao projeto de Feiras de Livro e só assim é possível nossa participação. Os dedicados funcionários da Comissão de Feiras de Livro também merecem meu elogio por prestarem as informações necessárias aos que frequentam nosso estande em feiras. Por fim... Convido a todos a presitigiarem o estande do Senado e para as crianças, informo que, daremos gratuitamente revistas educativas em quadrinhos que são: Eu Senadoro Um Passeio, Jovem Cidadão e Pequena História dos Símbolos Nacionais. Enfim... Só indo ao estande na Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego para ver as diversas coisas que vão estar à disposição de todos. Portanto, apareçam. Ah... Quero frisar e lembrar nossos preços são reposição de custos, livros com mais de 500 páginas custam no máximo 30 reais dependendo do ano de publicação. E para os que não puderem ir ao salão o Senado disponibiliza a compra através da internet. Vá ao site do Senado (www.senado.gov.br) e lá procure a Livraria do Senado Federal, você se cadastra, paga um boleto e recebe o livro em casa no mesmo valor do Salão sem a cobrança de postagem. Enfim... É o Senado se dedicando ao Brasil.
Da Imprensa Externa Senado
Felipe Crisanto Lança Livro no Piccadilly
O jovem advogado paraibano Felipe Crisanto Monteiro Nóbrega, lança na próxima terça-feira, dia 23 de novembro, às 19h30, a primeira edição do livro “Responsabilidade Civil das Academias de Ginástica por Atos do Personal Trainer”, que terá muita utilidade jurídica e social. O evento vai acontecer no Piccadilly Restaurante e Pub, que a partir de agora vai abrir espaços também para lançamentos de publicações e exposições diversas.
O Piccadilly fica localizado na Avenida Almirante Tamandaré, em Tambaú e tem convênio com o estacionamento do Hotel Tambaú. O telefone é 3226-3362. Para seguir no twitter: @piccadilly558.
O Piccadilly fica localizado na Avenida Almirante Tamandaré, em Tambaú e tem convênio com o estacionamento do Hotel Tambaú. O telefone é 3226-3362. Para seguir no twitter: @piccadilly558.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Poema de Políbio Alves
Simulacro
O que ficou
do desfecho,
inscrito em espanto,
foi sangue pisado
na pele azul
de um azulejo.
Em princípio,
ainda continua
intacto — o pulso
aberto. E a lâmina
cega pela fúria
de um gesto, a mais,
no ralo de um banheiro.
O que ficou
do desfecho,
inscrito em espanto,
foi sangue pisado
na pele azul
de um azulejo.
Em princípio,
ainda continua
intacto — o pulso
aberto. E a lâmina
cega pela fúria
de um gesto, a mais,
no ralo de um banheiro.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
I Encontro de Escritores da UBE/PB de 25 a 27 de Novembro de 2010 João Pessoa - Paraíba
PROGRAMAÇÃO
Dia 25 de Novembro de 2010 – Quintafeira
Local: Fundação Casa de José Américo
ABERTURA OFICIAL
19:00 – Exposição de Artes Plásticas e Esculturas dos artistas: João Abelardo Lins Barreto (UBE/PB); Socorro Evangelista (Natal/RN); Maria das Graças Santiago (UBE/PB); e, Raquel Gonzalez (João Pessoa/PB).
19:10 – Lançamento do CD MULTIMÍDIA – Coleção Autores Paraibanos – Poeta Augusto dos Anjos – (UBE/PB e BIT CONSULTORIA) e Vídeo Documentário “Memorial da Mulher” da Academia Feminina de Letras e Artes do Rio Grande do Norte.
19:30 – Composição da Mesa
- Abertura pelo Presidente, com Homenagem in memória dos Escritores Paraibanos: Ascendino Leite, Luiz Augusto da Franca Crispim, Mariana Cantalice Soares, Luiz Hugo Guimarães, Deusdedith de Vasconcelos Leitão e José Elias Barbosa.
- Hino Nacional – Cantora Lírica Ana Gouveia (João Pessoa/PB)
- Posse da nova Diretoria
- Lançamento da Revista da UBE/PB
- Palestrante: Joaquim Maria Botelho (Presidente da UBE Nacional) – São Paulo, com o tema: “Literatura apócrifa na internet – um desserviço ao autor”.
- Lançamento do Livro: “A busca dos posicionamentos existenciais sustentáveis” de autoria do Escritor Luiz Carvalho Rocha, com orelha do Escritor José Jackson Carneiro de Carvalho (Pres. da Academia Paraibana de Filosofia) e apresentação do Escritor Roosevelt Vita.
- Lançamento dos livros: “Poemas – 35 anos de poesia” de Rogério Salgado; “Código de Barras” de Virgilene Araújo; “FotoGrafias de DesCasamento” de Bilá Bernardes (poetas de Belo Horizonte –Minas Gerais); e, “Lucidez de Navalha” da poetisa potiguar Diulinda Garcia.
- Banda de Música da Polícia Militar
- Coquetel
26 de Novembro de 2010 – Sextafeira
Local: Centro Cultural Joacil de Britto Pereira
08:00 – Inscrição dos participantes.
08:30 – Abertura da Exposição de Artes Plásticas e de Fotografia de alunos do Prof. Barreto e convidados (Raquel Gonzalez – João Pessoa/PB).
Abertura da Exposição e Venda de Livros dos Sócios da UBE/PB e convidados.
09:00 – Dirigente de Mesa: Maria Pires da Silva
Palestrante: Moema Selma D’Andrea
Tema: O regionalismo freyreano e o modernismo de Mário de Andrade: contradições e consensos.
09:30 – Debate
09:40 – Dirigente de Mesa: Jairo Rangel Targiino
Palestrante: Marinalva Freire da Silva
Tema: O Escritor e a nova ortografia – desafios e adequação
10:10 – Debate
10:20 – CAFÉ
10:30 – Dirigente de Mesa: Maria do Socorro Ribeiro
Palestrantes: Rogério Salgado e Virgilene Araújo – Minas Gerais
Tema: A importância dos movimentos poéticos pelo Brasil (sobre o Belo Poético, Psiu Poético, Abril Poético, Campoesia, I CONPAZ de Contagem/MG, entre outros).
11:00 – Debate
11:10 – Dirigente de Mesa: George Sebastião Gomes Leone
Palestrante: José Jackson Carneiro de Carvalho (Pres. da Academia Paraibana de Filosofia)
Tema: A Literatura e a Política
11:40 – Debate
12:00 às 13:30 – Intervalo para almoço
13:30 – Sobremesa em poesia (sarau poético) – Poetas Mineiros: Rogério Salgado, Virgilene Araújo e Bilá Bernardes (Cônsul dos Poetas Del Mundo, representante do Estado de Minas Gerais) e Membros da Academia Paraibana de Poesia.
Coordenação: Rita de Cássia Ramalho
14:00 – Dirigente de Mesa: Francisco de Paula Ataíde Gonzalez
Palestra: Oswaldo Evaristo (Diretor da BIT Consultoria)
Tema: Livros A Um Clique: Portabilidade, Disponibilidade e Mobilidade
14:30 – Debate
14:40 – Dirigente de Mesa: Maria do Socorro Gomes Barbosa
Palestra: Escritora Neide Medeiros Santos
Tema: Literatura e Jornalismo
15:10 – Debate
15:20 – CAFÉ
15:30 – Dirigente de Mesa: Maria das Graças M. Paiva Santiago
Palestra: Escritor Juarez Farias (Pres. da Academia Paraibana de Letras)
Tema: Abordagem Geral
16:00 – Debate
16:10 – Dirigente de Mesa: Ana Izabel de Souza Leão Andrade
Palestra: Marco Di Aurelio
Tema: Educação – Amarras e desafios
16:40 – Debate
16:45 – Dirigente de Mesa: Francisco Gonzalez
Palestra: Zelma Bezerra Furtado (Pres. da Academia Feminina de Letras e Artes do Rio Grande do Norte)
Tema: Nísia Floresta – 200 Anos – Uma mulher a frente do seu tempo
17:20 – Lançamento dos Livro: “PENSO, LOGO INSISTO” da poetisa Socorro Xavier; “A Bandeira Paraibana de 1817” e “A Paraíba na Guerra do Paraguai” do Historiador Adauto Ramos; “Tópicos de História da Paraíba Colonial” (ordens religiosas e invasão holandesa) de Victória Chianca.
Noite: Bienal Internacional do Livro da Paraíba – Stand da UBE/PB
27 de Novembro de 2010 – Sábado
Local: Fundação Casa de José Américo
09:00 – Sessão de Encerramento
- Apresentação Teatral: “ANAYDE REDIVIVA”, poesia de Victória Chianca, interpretada pela atriz Anunciada Fernandes.
- Composição da Mesa
- Palestrante: Joacil de Britto Pereira (Pres. de Honra da Academia Paraibana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e da União Brasileira de Escritores da Paraíba
Tema: Ética na Literatura
- Premiação do Concurso de Poesia da UBE
- Outorga das Condecorações aos Homenageados: Joacil de Britto Pereira – Decano da Literatura Paraibana; Socorro Aragão – 70 anos de vida dedicada a Literatura; João Abelardo Lins Barreto – autor da Logomarca da UBE; Mônica Padilha – Benemérita pelos serviços prestados a UBE; Joaquim Maria Botelho – Pres. da UBE Nacional; Vereador Bruno Farias – Autor da Lei Municipal de Utilidade Pública; Prefeito Luciano Agra – Sancionou a Lei de Utilidade Pública; e, Francisco Quixaba, poeta paraibano radicado no Rio de Janeiro pelos seus 80 anos.
- Lançamento dos Livro: “A tradição re(des)coberta” de autoria da Escritora Moema Selma; “Rio Madeira” de autoria do Escritor e Artista Plástico João Abelardo Lins Barreto; e, “Campina em Crônicas” de autoria da Ac. Déa Cruz (Academia de Letras de Campina Grande); “O Itinerante Deusdedith Leitão” de Victória Chianca.
- Autógrafos e Coquetel
Dia 25 de Novembro de 2010 – Quintafeira
Local: Fundação Casa de José Américo
ABERTURA OFICIAL
19:00 – Exposição de Artes Plásticas e Esculturas dos artistas: João Abelardo Lins Barreto (UBE/PB); Socorro Evangelista (Natal/RN); Maria das Graças Santiago (UBE/PB); e, Raquel Gonzalez (João Pessoa/PB).
19:10 – Lançamento do CD MULTIMÍDIA – Coleção Autores Paraibanos – Poeta Augusto dos Anjos – (UBE/PB e BIT CONSULTORIA) e Vídeo Documentário “Memorial da Mulher” da Academia Feminina de Letras e Artes do Rio Grande do Norte.
19:30 – Composição da Mesa
- Abertura pelo Presidente, com Homenagem in memória dos Escritores Paraibanos: Ascendino Leite, Luiz Augusto da Franca Crispim, Mariana Cantalice Soares, Luiz Hugo Guimarães, Deusdedith de Vasconcelos Leitão e José Elias Barbosa.
- Hino Nacional – Cantora Lírica Ana Gouveia (João Pessoa/PB)
- Posse da nova Diretoria
- Lançamento da Revista da UBE/PB
- Palestrante: Joaquim Maria Botelho (Presidente da UBE Nacional) – São Paulo, com o tema: “Literatura apócrifa na internet – um desserviço ao autor”.
- Lançamento do Livro: “A busca dos posicionamentos existenciais sustentáveis” de autoria do Escritor Luiz Carvalho Rocha, com orelha do Escritor José Jackson Carneiro de Carvalho (Pres. da Academia Paraibana de Filosofia) e apresentação do Escritor Roosevelt Vita.
- Lançamento dos livros: “Poemas – 35 anos de poesia” de Rogério Salgado; “Código de Barras” de Virgilene Araújo; “FotoGrafias de DesCasamento” de Bilá Bernardes (poetas de Belo Horizonte –Minas Gerais); e, “Lucidez de Navalha” da poetisa potiguar Diulinda Garcia.
- Banda de Música da Polícia Militar
- Coquetel
26 de Novembro de 2010 – Sextafeira
Local: Centro Cultural Joacil de Britto Pereira
08:00 – Inscrição dos participantes.
08:30 – Abertura da Exposição de Artes Plásticas e de Fotografia de alunos do Prof. Barreto e convidados (Raquel Gonzalez – João Pessoa/PB).
Abertura da Exposição e Venda de Livros dos Sócios da UBE/PB e convidados.
09:00 – Dirigente de Mesa: Maria Pires da Silva
Palestrante: Moema Selma D’Andrea
Tema: O regionalismo freyreano e o modernismo de Mário de Andrade: contradições e consensos.
09:30 – Debate
09:40 – Dirigente de Mesa: Jairo Rangel Targiino
Palestrante: Marinalva Freire da Silva
Tema: O Escritor e a nova ortografia – desafios e adequação
10:10 – Debate
10:20 – CAFÉ
10:30 – Dirigente de Mesa: Maria do Socorro Ribeiro
Palestrantes: Rogério Salgado e Virgilene Araújo – Minas Gerais
Tema: A importância dos movimentos poéticos pelo Brasil (sobre o Belo Poético, Psiu Poético, Abril Poético, Campoesia, I CONPAZ de Contagem/MG, entre outros).
11:00 – Debate
11:10 – Dirigente de Mesa: George Sebastião Gomes Leone
Palestrante: José Jackson Carneiro de Carvalho (Pres. da Academia Paraibana de Filosofia)
Tema: A Literatura e a Política
11:40 – Debate
12:00 às 13:30 – Intervalo para almoço
13:30 – Sobremesa em poesia (sarau poético) – Poetas Mineiros: Rogério Salgado, Virgilene Araújo e Bilá Bernardes (Cônsul dos Poetas Del Mundo, representante do Estado de Minas Gerais) e Membros da Academia Paraibana de Poesia.
Coordenação: Rita de Cássia Ramalho
14:00 – Dirigente de Mesa: Francisco de Paula Ataíde Gonzalez
Palestra: Oswaldo Evaristo (Diretor da BIT Consultoria)
Tema: Livros A Um Clique: Portabilidade, Disponibilidade e Mobilidade
14:30 – Debate
14:40 – Dirigente de Mesa: Maria do Socorro Gomes Barbosa
Palestra: Escritora Neide Medeiros Santos
Tema: Literatura e Jornalismo
15:10 – Debate
15:20 – CAFÉ
15:30 – Dirigente de Mesa: Maria das Graças M. Paiva Santiago
Palestra: Escritor Juarez Farias (Pres. da Academia Paraibana de Letras)
Tema: Abordagem Geral
16:00 – Debate
16:10 – Dirigente de Mesa: Ana Izabel de Souza Leão Andrade
Palestra: Marco Di Aurelio
Tema: Educação – Amarras e desafios
16:40 – Debate
16:45 – Dirigente de Mesa: Francisco Gonzalez
Palestra: Zelma Bezerra Furtado (Pres. da Academia Feminina de Letras e Artes do Rio Grande do Norte)
Tema: Nísia Floresta – 200 Anos – Uma mulher a frente do seu tempo
17:20 – Lançamento dos Livro: “PENSO, LOGO INSISTO” da poetisa Socorro Xavier; “A Bandeira Paraibana de 1817” e “A Paraíba na Guerra do Paraguai” do Historiador Adauto Ramos; “Tópicos de História da Paraíba Colonial” (ordens religiosas e invasão holandesa) de Victória Chianca.
Noite: Bienal Internacional do Livro da Paraíba – Stand da UBE/PB
27 de Novembro de 2010 – Sábado
Local: Fundação Casa de José Américo
09:00 – Sessão de Encerramento
- Apresentação Teatral: “ANAYDE REDIVIVA”, poesia de Victória Chianca, interpretada pela atriz Anunciada Fernandes.
- Composição da Mesa
- Palestrante: Joacil de Britto Pereira (Pres. de Honra da Academia Paraibana de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e da União Brasileira de Escritores da Paraíba
Tema: Ética na Literatura
- Premiação do Concurso de Poesia da UBE
- Outorga das Condecorações aos Homenageados: Joacil de Britto Pereira – Decano da Literatura Paraibana; Socorro Aragão – 70 anos de vida dedicada a Literatura; João Abelardo Lins Barreto – autor da Logomarca da UBE; Mônica Padilha – Benemérita pelos serviços prestados a UBE; Joaquim Maria Botelho – Pres. da UBE Nacional; Vereador Bruno Farias – Autor da Lei Municipal de Utilidade Pública; Prefeito Luciano Agra – Sancionou a Lei de Utilidade Pública; e, Francisco Quixaba, poeta paraibano radicado no Rio de Janeiro pelos seus 80 anos.
- Lançamento dos Livro: “A tradição re(des)coberta” de autoria da Escritora Moema Selma; “Rio Madeira” de autoria do Escritor e Artista Plástico João Abelardo Lins Barreto; e, “Campina em Crônicas” de autoria da Ac. Déa Cruz (Academia de Letras de Campina Grande); “O Itinerante Deusdedith Leitão” de Victória Chianca.
- Autógrafos e Coquetel
V BALAIO CULTURAL CANCELADO - Boqueirão
A cultura paraibana passa por entraves, principalmente no Interior do Estado. É com este pesar que a equipe já montada do V Balaio Cultural, da cidade de Boqueirão, no Cariri, entra em contato com artistas, autores, militantes culturais, produtores e os demais já confirmados para comunicar o cancelamento da V edição desse evento. O motivo parece repetitivo, a falta de apoio financeiro para a realização, mas é a verdade que cerca todos os eventos do Estado.
Como de costume em qualquer equipe que toque um projeto cultural, foi feito contato com apoiadores, inscrição do mesmo em editais de incentivo à Cultura, mas não foi alcançado o objetivo este ano. Restava apenas o apoio governamental, do Estado e do município, e do Sebrae, que não foram compatíveis em relação ao valor geral estipulado do projeto.
Para não desistirmos de forma definitiva, com apoio dos parceiros, ainda recorremos ao Fórum de Cultura do Cariri, bancos e outras entidades do território. Mas, infelizmente, nada podia ser mais feito para se realizar ao menos uma pequena mostra do evento, que estava previsto para ter 55 atrações artísticas, educativas e turísticas.
Pedimos desculpa pelo transtorno, pela expectativa frustrada ou por qualquer outro dano causado pelo nosso pré-agendamento. Mesmo tristes, torcemos para recebermos a compreensão das pessoas já contatadas e reiteramos nosso desejo de continuar promovendo, não só o Balaio Cultural, mas a cultura de Boqueirão de forma abrangente. Já nos preparamos para a realização dessa quinta edição no ano que vem.
Em relação aos inscritos na mostra de cinema do evento, todos já estão participando automaticamente da mostra de 2011. Os demais interessados terão mais um ano para produzir seus filmes e inscrever na próxima mostra.
Atenciosamente,
Erasmo Rafael, Secretário de Cultura do Município de Boqueirão;
Equipe: Cozinha Produções, Jane Luis, Malcy Negreiros, Melissa Araújo, Mirtes Waleska e Valdívia Costa.
Como de costume em qualquer equipe que toque um projeto cultural, foi feito contato com apoiadores, inscrição do mesmo em editais de incentivo à Cultura, mas não foi alcançado o objetivo este ano. Restava apenas o apoio governamental, do Estado e do município, e do Sebrae, que não foram compatíveis em relação ao valor geral estipulado do projeto.
Para não desistirmos de forma definitiva, com apoio dos parceiros, ainda recorremos ao Fórum de Cultura do Cariri, bancos e outras entidades do território. Mas, infelizmente, nada podia ser mais feito para se realizar ao menos uma pequena mostra do evento, que estava previsto para ter 55 atrações artísticas, educativas e turísticas.
Pedimos desculpa pelo transtorno, pela expectativa frustrada ou por qualquer outro dano causado pelo nosso pré-agendamento. Mesmo tristes, torcemos para recebermos a compreensão das pessoas já contatadas e reiteramos nosso desejo de continuar promovendo, não só o Balaio Cultural, mas a cultura de Boqueirão de forma abrangente. Já nos preparamos para a realização dessa quinta edição no ano que vem.
Em relação aos inscritos na mostra de cinema do evento, todos já estão participando automaticamente da mostra de 2011. Os demais interessados terão mais um ano para produzir seus filmes e inscrever na próxima mostra.
Atenciosamente,
Erasmo Rafael, Secretário de Cultura do Município de Boqueirão;
Equipe: Cozinha Produções, Jane Luis, Malcy Negreiros, Melissa Araújo, Mirtes Waleska e Valdívia Costa.
Já estão abertas as inscrições para SEMINÁRIO DE LITERATURA DO SESC
Diversos escritores de destaque nacional, que nunca estiveram na Paraíba para participar de eventos na área em que militam, estão confirmados para o I Seminário de Literatura do Sesc, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de Novembro, no Sesc Centro João Pessoa.
Entre os palestrantes convidados aparecem:
Moacyr Scliar: Gaúcho membro da Academia Brasileira de Letras, autor de mais de setenta obras, entre as quais, livros de crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil.
Mário Bortolotto: Paranaense, radicado em São Paulo, é dramaturgo, poeta, contista, ator, compositor e diretor teatral.
Nicolas Behr: Matogrossense radicado desde os dez anos de idade em Brasília, começou a escrever poemas em 1977, quando lançou seu primeiro livrinho e best seller Iogurte com Farinha, em mimeógrafo, tendo vendido 8.000 exemplares de mão em mão.
João Paulo Cuenca: Jovem escritor carioca é autor de Corpo presente (Planeta, 2003), O dia Mastroianni (Agir, 2007) e O único final feliz para uma história de amor é um acidente (Companhia das Letras, 2010). É co-autor do seriado Afinal, o que querem as mulheres? da Rede Globo.
E por último, Claudio Daniel, de São Paulo, poeta, tradutor, crítico literário, publicou, dentre outros livros, A Sombra do Leopardo (Azougue Editorial, 2001, prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira, oferecido pela revista CULT) e Figuras Metálicas (Perspectiva, 2005).
As inscrições já encontram-se abertas no Setor de Cultura da instituição comerciaria, para quem deseja participar das palestras, solicita-se a doação de 1 brinquedo popular novo ou usado (em bom estado) para contribuir com a Campanha Natal Solidário 2010: “Doe Brinquedos, Multiplique Sorrisos” promovida pelos alunos de Relações Públicas em parceria com o Banco de Alimentos do Sesc.
A primeira versão do Seminário de Literatura do Sesc, além do momento de discussão sobre a produção literária brasileira, abrange ainda lançamentos de livros, mostra de “Leituras Encenadas”, oficina de poesia e “Parede Poética” de autoria de Marcus Alves, apresentação da peça teatral “Zé Lins – O Pássaro Poeta”.
Entre os palestrantes convidados aparecem:
Moacyr Scliar: Gaúcho membro da Academia Brasileira de Letras, autor de mais de setenta obras, entre as quais, livros de crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil.
Mário Bortolotto: Paranaense, radicado em São Paulo, é dramaturgo, poeta, contista, ator, compositor e diretor teatral.
Nicolas Behr: Matogrossense radicado desde os dez anos de idade em Brasília, começou a escrever poemas em 1977, quando lançou seu primeiro livrinho e best seller Iogurte com Farinha, em mimeógrafo, tendo vendido 8.000 exemplares de mão em mão.
João Paulo Cuenca: Jovem escritor carioca é autor de Corpo presente (Planeta, 2003), O dia Mastroianni (Agir, 2007) e O único final feliz para uma história de amor é um acidente (Companhia das Letras, 2010). É co-autor do seriado Afinal, o que querem as mulheres? da Rede Globo.
E por último, Claudio Daniel, de São Paulo, poeta, tradutor, crítico literário, publicou, dentre outros livros, A Sombra do Leopardo (Azougue Editorial, 2001, prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira, oferecido pela revista CULT) e Figuras Metálicas (Perspectiva, 2005).
As inscrições já encontram-se abertas no Setor de Cultura da instituição comerciaria, para quem deseja participar das palestras, solicita-se a doação de 1 brinquedo popular novo ou usado (em bom estado) para contribuir com a Campanha Natal Solidário 2010: “Doe Brinquedos, Multiplique Sorrisos” promovida pelos alunos de Relações Públicas em parceria com o Banco de Alimentos do Sesc.
A primeira versão do Seminário de Literatura do Sesc, além do momento de discussão sobre a produção literária brasileira, abrange ainda lançamentos de livros, mostra de “Leituras Encenadas”, oficina de poesia e “Parede Poética” de autoria de Marcus Alves, apresentação da peça teatral “Zé Lins – O Pássaro Poeta”.
Curtas
SITE FATOS E LETRAS PASSA POR REFORMULAÇÃO E AMPLIA SERVIÇOS
Os artistas, poetas, escritores, músicos, compositores e toda a intelectualidade paraibana será beneficiada com a reformulação do site FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA.
Criado em 1998 pelo advogado e poeta Flávio Sátiro Filho, o FATOS E LETRAS constitui em espaço consagrado e de amparo ao trabalho e a divulgação da cultura regional, especialmente elencando pessoas que contribuem efetivamente com o mundo das artes.
Desde a sua criação, o FATOS E LETRAS recebeu o reconhecimento da sociedade paraibana, com votos de aplausos da Assembléia Legislativa, da Câmara Municipal de João Pessoa e do Conselho Estadual de Cultura.
________________________________________________________________________
RONALDO CUNHA LIMA LANÇA LIVRO EM 15 DE DEZEMBRO
O ex-Governador Ronaldo Cunha Lima lança, no próximo dia 15 de dezembro, no Solar do Conselheiro, em João Pessoa-PB, o seu mais novo livro de poemas, intitulado VELAS ENFUNADAS.
O evento deve reunir a nata da intelectualidade paraibana.
De: bomparaibano@yahoogrupos.com.br em nome de Fatos e Letras
Os artistas, poetas, escritores, músicos, compositores e toda a intelectualidade paraibana será beneficiada com a reformulação do site FATOS E LETRAS CULTURA PARAIBANA.
Criado em 1998 pelo advogado e poeta Flávio Sátiro Filho, o FATOS E LETRAS constitui em espaço consagrado e de amparo ao trabalho e a divulgação da cultura regional, especialmente elencando pessoas que contribuem efetivamente com o mundo das artes.
Desde a sua criação, o FATOS E LETRAS recebeu o reconhecimento da sociedade paraibana, com votos de aplausos da Assembléia Legislativa, da Câmara Municipal de João Pessoa e do Conselho Estadual de Cultura.
________________________________________________________________________
RONALDO CUNHA LIMA LANÇA LIVRO EM 15 DE DEZEMBRO
O ex-Governador Ronaldo Cunha Lima lança, no próximo dia 15 de dezembro, no Solar do Conselheiro, em João Pessoa-PB, o seu mais novo livro de poemas, intitulado VELAS ENFUNADAS.
O evento deve reunir a nata da intelectualidade paraibana.
De: bomparaibano@yahoogrupos.com.br em nome de Fatos e Letras
Definidos "Autores" para Mostra de Leituras em Cena 2010
“Lata Absoluta”, texto escrito por Paulo Vieira, diretor de teatro e professor do Departamento de Artes da UFPB -Universidade Federal da Paraíba, e mais: “Orquídeas Vermelhas para Casal”, de João Costa, “A Árvore que podia andar”, de Noaldo Brito, e “Berço de Estrada”, de Eliézer Rolim Filho; são os textos escolhidos para a Mostra Leituras em Cena, que acontecerá entre os dias 26 e 28 de Novembro, no Sesc Centro João Pessoa.
Dia 26/11 ás 18 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc "Orquídeas Vermelhas para Casal"=Diretor(a):Elba Góes Autor:João Costa
Dia: 27/11 ás 18 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc Centro
"Beiço de Estrada" - Diretor(a): Dian Ushita = Autor: Eliézer Rolim
Dia 28/11 ás 10 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc Centro
"A árvore que podia Andar" Diretor:Zanoni Iberville Autor: Noaldo Brito
Dia 28/11 ás 16 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc Centro
'' Lata Absoluta" Diretor(a): Celly de Freitas Autor: Paulo Vieira
Local: Sesc Centro João Pessoa
Enderenço: Rua:Desembargado Souto Maior,n° 291 Centro João Pessoa
Fone:3208-3100
Dia 26/11 ás 18 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc "Orquídeas Vermelhas para Casal"=Diretor(a):Elba Góes Autor:João Costa
Dia: 27/11 ás 18 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc Centro
"Beiço de Estrada" - Diretor(a): Dian Ushita = Autor: Eliézer Rolim
Dia 28/11 ás 10 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc Centro
"A árvore que podia Andar" Diretor:Zanoni Iberville Autor: Noaldo Brito
Dia 28/11 ás 16 horas no Palco da Área de Lazer do Sesc Centro
'' Lata Absoluta" Diretor(a): Celly de Freitas Autor: Paulo Vieira
Local: Sesc Centro João Pessoa
Enderenço: Rua:Desembargado Souto Maior,n° 291 Centro João Pessoa
Fone:3208-3100
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Poemas de Carlos Aranha
TRÊS POEMAS EM INGLÊS
CRIADOS PARA O LIVRO
"NÓS - AN INSIGHT"
NOT SO MUCH IMPASSIVE
Aos garotos que, como eu, amavam Beatles e Rolling Stones
Just imagine!
Imense illumination...
I'm an imaginary
imagination...
Not yet immaculate...
Imagine me
in immoderate imminence...
Impassioned?...
Not so much impassive.
Just imagine!
Immense,
imperishable illumination?...
GREEN, WHITE, BLUE
Para Armando Formiga
Wine, Coke,
beer...
Can I be a chemical town
or a liverpolitical civilization?
My dream is down
and your mind
is a mtaphysial damnation.
My name isn't Robert Zimmerman.
Her shirt
is a Jamaican fuck.
Funk is this poem,
folk is your baby,
punk as a green beer,
a blue wine
and a white Coke.
INSIGHT
Insight,
a light on my mind.
I don't speak Tamazight.
Insight,
how much is your heart?
Vipassana:
is in India
my insight.
It's all right, buddy,
I'm not joking.
(I started a game)
The game is this poem.
It's a book.
It's a night.
It's a look.
It's an insight.
CRIADOS PARA O LIVRO
"NÓS - AN INSIGHT"
NOT SO MUCH IMPASSIVE
Aos garotos que, como eu, amavam Beatles e Rolling Stones
Just imagine!
Imense illumination...
I'm an imaginary
imagination...
Not yet immaculate...
Imagine me
in immoderate imminence...
Impassioned?...
Not so much impassive.
Just imagine!
Immense,
imperishable illumination?...
GREEN, WHITE, BLUE
Para Armando Formiga
Wine, Coke,
beer...
Can I be a chemical town
or a liverpolitical civilization?
My dream is down
and your mind
is a mtaphysial damnation.
My name isn't Robert Zimmerman.
Her shirt
is a Jamaican fuck.
Funk is this poem,
folk is your baby,
punk as a green beer,
a blue wine
and a white Coke.
INSIGHT
Insight,
a light on my mind.
I don't speak Tamazight.
Insight,
how much is your heart?
Vipassana:
is in India
my insight.
It's all right, buddy,
I'm not joking.
(I started a game)
The game is this poem.
It's a book.
It's a night.
It's a look.
It's an insight.
Programação do 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba
Evento será no Espaço Cultural José Lins do Rego, de 20 a 28 de novembro
No período de 20 a 28 deste mês de novembro, a cidade de João Pessoa será a Capital Mundial do Livro. O Governo do Estado, o Ministério da Cultura, o Sebrae em diversos parceiros realizarão o 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba – Leitura para Todos - no Espaço Cultural José Lins do Rego.
Da programação constam as seguintes atividades: café literário, arena cultural, arena infantil, visitação escolar, oficinas, workshops, palestras, cinema, teatro, música e sessões de autógrafos. O secretário David Fernandes destaca que grandes nomes da literatura brasileira e de mais oito países marcarão presença no 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba. Ele adiantou alguns nomes: Marina Colasanti, Ignácio de Loyola, Afonso Romano de Sant’Anna, Bráulio Tavares, Mário Prata, Pasquale Cipro Neto, Nelida Piñon e Arnaldo Antunes. A entrada é gratuita.
De acordo com o subsecretário de Cultura do Estado, David Fernandes, a abertura oficial do evento será às 10h do sábado dia 20, no Cine Bangüê, com palestra de José Castilho, presidente do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. O governador José Maranhão e diversas autoridades e escritores convidados participarão da solenidade.
A Feira Internacional do Livro acontecerá na Praça do Povo do Espaço Cultural de 20 a 28 de novembro no horário das 10h às 21h. No mezanino 4 haverá exposição interativa e a exposição memória e informação no Espaço Cultural. Dias 22 e 23 no Teatro Paulo Pontes será realizado o Fórum Paraibano do Livro, Leitura e Bibliotecas.
O 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba oferecerá ainda sarau paraibano e lançamento de livros no Teatro de Arena, com apresentação do jornalista e poeta Linaldo Guedes. A programação terá também encontro de cordelistas, poética da palavra, café com letras, oficinas.
As apresentações culturais ficam por conta de Silvério Pessoa, Adeildo Vieira com homenagem ao poeta Lúcio Lins, Urso Amigo Batucada mais Cabruêra, Nação Maracahyba, Kenedy Costa com homenagem a Jackson do Pandeiro, Aruenda da Saudade, Patrícia Moreira, Paraíba Dixieland, Toninho Borbo, Beto Brito e Tarancón.
Confira a programação geral:
I SALÃO INTERNACIONAL DO LIVRO DA PARAIBA
20 A 28 DE NOVEMBRO DE 2010
ESPAÇO CULTURAL JOSÉ LINS DO REGO
JOAO PESSOA/PB
PROGRAMAÇÃO
ABERTURA OFICIAL - palestra com José Castilho – PNLL – Plano Nacional do Livro e Leitura
Local: Cine Bangüê
Dia: 20/11 – SÁBADO
Hora: 10h
FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO
Local: Praça do Povo
Horário: das 10 às 21 horas
Período: 20 a 28 de novembro
EXPOSIÇÕES
Local: Mezanino 4
1) EXPOSIÇÃO INTERATIVA
Local: Mezanino 3
2) EXPOSIÇÃO MEMÓRIA E INFORMAÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL
FÓRUM PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS.
Local: Teatro Paulo Pontes
Horário: das 9 às 17 horas
Período: 22 e 23 de novembro
Presença de Fabiano dos Santos – PNLL
SEMINÁRIO DE ACESSIBILIDADE DA PARAIBA
Local: Teatro Paulo Pontes
Horário: das 9 às 17 horas
Período: 24 e 25 de novembro
ENCONTRO DE CORDELISTAS
Local: Teatro de Arena
Horário: 15 horas
Período: 20 e 27 de novembro
SARAU PARAIBANO / LANÇAMENTO DE LIVROS
Horário: 10horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Dia:23 de novembro
Palestrante: Balila Palmeira "Os Teatros da Paraíba"
Joacil de Brito "O livro na história"
Dia:24 de novembro
Palestrante: Severino Celestino da Silva "O Evangelho e o Cristianismo Primitivo"
Dia:25 de novembro
Palestrante: Neide Medeiros Lançamento: "Memória de Leitura na Infância"
Lilian Paschoalin Histórias de “mulherzinha”
Dia:26 de novembro
Palestrante: Hildeberto Barbosa Filho Lançamento: "Livros sobre livros”
Sergio Castro Pinto "Humor e Ironia em Mario Quintana"
Dia:28 de novembro
Palestrante: Maria das Graças
Águia Mendes
FIQUE LIGADO
Horário: 15horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Agda Aquino
Dia:21 de novembro
Palestrante: Ferréz “O Hip Hop e a literatura na periferia”
Dia:23 de novembro
Palestrante: Tania Zagury "Bullying"
Dia:23 de novembro
Palestrante:Jairo Rangel “Raquel de Queiroz”
Dia:25 de novembro
Palestrante: Andre Vianco "Entre o Bem e o Mal"
Dia:26 de novembro
Palestrante: Pasquale Cipro Neto "Nossa Lígua"
POÉTICA DA PALAVRA
Horário: 17horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Dia:21 de novembro
Palestrante: Fabrício Carpinejar
Dia:23 de novembro
Palestrante: Arnaldo Antunes
Dia:24 de novembro
Palestrante: Marina Colasanti
Dia:26 de novembro Ferreira Gular
Palestrante: Bráulio Tavares
CAFÉ COM LETRAS
Horário: 19h30
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Dia:20 de novembro
Palestrante: Silvério Pessoa
Dia:21 de novembro
Palestrante: Mario Prata
Dia:23 de novembro
Palestrante: Nélia Piñon
Dia:24 de novembro
Palestrante: Galeno Amorim
Dia:25 de novembro
Palestrante: Affonso Romano de Sant'Anna
Dia:26 de novembro
Palestrante: Ignácio de Loyola
OFICINAS
1. Contação de História – Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 21 – 22 -23 - 27
Local: Sala 4 – Mezanino 3
2. Contação de História – Poesia Infantil: uma nova maneira de ver o mundo
Prof. Dra. Neide Medeiros Santos
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 21
Local: Sala 4 – Mezanino 3
3. Contação de História – Entre fadas, príncipes e duendes: a arte de ler, ouvir e contar histórias
Alba Diniz
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 22
Local: Sala 4 – Mezanino 3
4. Contação de História – Na teia tênue do texto
Prof. Dra.Ivone Tavares de Lucena – PPGL/UFPB
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 24
Local: Sala 4 – Mezanino 3
5.Despertar para o Libras
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 21 – 22
Local: Sala 5 – Mezanino 3
6.Criação e Produção Literária
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 22 -23 - 24
Local: Sala 6 – Mezanino 3
7. Despertar para o Braille
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 22 -23 - 24
Local: Sala 6 – Mezanino 3
8.Competência em Informação - Interação no mundo virtual - navegando em uma nova realidade
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 24
Local: Sala 5 – Mezanino 3
9.Competência em Informação - wikipédia - construindo a maior enciclopédia do mundo
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 25
Local: Sala 5 – Mezanino 3
10.Competência em Informação - Fotos na web - criando seu álbum virtual
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 26
Local: Sala 5 – Mezanino 3
11.Competência em Informação - Blogs - ferramentas para disseminação da informação
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 27
Local: Sala 5 – Mezanino 3
12.Oficina - configuração de equipamento e utilização linha index – laratec
Horário: das 14h as 17 h
Dias: 23 – 24 – 25
Local: Sala 5 – Mezanino 3
13.Oficina de Cordel - Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 25
Local: Sala 4 – Mezanino 3
14.Origami - Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 26
Local: Sala 6 – Mezanino 3
15.Desenho e Pintura - Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 26
Local: Sala 4 – Mezanino 3
(SEGUE)
Escrito por Linaldo Guedes ?s 13h56
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APRESENTAÇÃO CULTURAL
Horário: 21h30
Local: Teatro de Arena
Dia 20: Silvério Pessoa
Dia 21: Adeildo Vieira Homenagem a Lúcio Lins
Dia 23: Urso amigo Batucada + Cabruêra
Dia 24: Nação Maracahyba + Kenedy Costa Homenagem a Jackson do Pandeiro
Dia 25: Aruenda da Saudade + Patrícia Moreira show francés cole café
Dia 26: Paraiba Dixieland + Toninho Borbo
Dia 27: Beto Brito
Dia 28: Tarancón
1 FÓRUM PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS
22 e 23 de novembro de 2010
OBJETIVO: Promover o debate e a interlocução do diálogo entre o poder público e a sociedade civil acerca dos Planos e das Ações do livro, da leitura, da produção literária e dos espaços de mediação na Paraíba.
PROMOÇÃO:
Subsecretaria de Cultura do Estado da Paraíba (SECULTPB)
Fórum do Livro, Leitura, Literatura, Informação e Bibliotecas da Paraíba (FLITECA)
Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba (APBPB)
LOCAL: TEATRO PAULO PONTES
PÚBLICO-ALVO - 300 participantes
Bibliotecários, autores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores de leitura, pesquisadores, gestores e entidades que vêem a leitura como estratégia de circulação dos bens culturais.
PROGRAMAÇÃO :
Dia 22
8h30 - Inscrição
9h – Abertura
Roda de Diálogo 1: PNLL: Os desafios para a implementação de Planos Estaduais e Municipais inclusivos.
Objetivo: Debater sobre a importância das políticas públicas de leitura para promover o acesso à leitura e ao livro para toda a sociedade paraibana.
Palestrantes:
José Castilho – Minc;
Galeno Amorim – Observatório do Livro e da Leitura;
Davi Fernandes – SECULT/PB
14h - Continuação
Roda de Diálogo 2: Mercado livreiro, autor e editor: perspectivas nacionais e locais
Objetivo: Debater o desenvolvimento da economia e a conjuntura das cadeias produtiva e criativa da leitura e do livro na Paraíba
Palestrantes:
Galeno Amorim - Observatório do Livro e da Leitura;
Marcos Vinicius -
Cyl Almeida
Magno Nicolau - Editora Idéia/PB
Livraria Almeida;
Associação Boqueirãoensee de autores
PROGRAMAÇÃO :
Dia 23
09:00 – 12:00
Roda de Diálogo 3 : Leitura: Agentes e Espaços de mediação
Objetivo: Divulgar ações e debater o trabalho dos agentes da cadeia mediadora do livro e leitura.
Palestrantes:
Pedro – Agente de Leitura Arca das Letras
Escola Viva Olho do Tempo
Leitura na Rede
Livro em Roda
Mulheres de Mãos dadas
14:00 – 16:00
Roda de Diálogo 4: BIBLIOTECAS: Espaço da Cultura Pública e Comunitária
Objetivo: Divulgar e cotejar experiências de criação de Bibliotecas e sua importância como equipamento cultural nas cidades
Palestrantes:
Biblioteca Nacional – SNBP
Jemima Marques de Oliveira – APBPB
Marcos – PMJP
Letícia – Fund. Casa José Américo
Elenise – Bib Espaço Cultural
Mara- Bib. Santa Rita/PB
Teinha Cultural
16:00 – 17:00
Encaminhamentos e entrega de certificados
Objetivo: Apresentação de Relatório com as propostas e encaminhamentos apresentados durante o evento que contribuam para o planejamento de ações que visem a implantação do Plano Estadual e Municipais do Livro, Leitura e Bibliotecas da Paraíba
I SEMINÁRIO DE ACESSIBILIDADE DA PARAIBA
24 e 25 de novembro de 2010
TEMA: Tecnologias Assistivas: um desafio aos Estudantes e Profissionais da Informação
1. OBJETIVO GERAL: Promover discussões e trocas de experiências em torno da Acessibilidade nas unidades de informação objetivando refletir sobre paradigmas da responsabilidade e a consciência profissional/pessoal sob o direito de informação a todos “ uma inclusão informacional”, elementos para complementar os conhecimentos adquiridos nos cursos de graduação em Biblioteconomia da Paraíba.
2. OBJETIVOS ESPECIFICOS
Estimular a prática de pesquisa no corpo discente através das palestras e debates;
Estimular a conscientização dos participantes à prática dessas novas habilidades voltadas para essa demanda da sociedade, a demanda das pessoas com deficiência;
Debater as Tecnologias Assistivas e sua aplicabilidade nas atividades acadêmicas e profissionais;
Discutir a função de transformador social do profissional bibliotecário na sociedade da informação.
PROMOÇÃO:
Subsecretaria de Cultura do Estado da Paraíba (SECULTPB)
Departamento de Ciência da Informação (DCI)
Coordenação do Curso De Biblioteconomia, UFPB
Conselho Regional de Biblioteconomia – 15ª região (CRB-15)
ONG - Bibliotecas Braille & Comunitárias, Construindo a Cidadania (BB&C)
Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba (APB-PB)
Fundação de Cultura de João Pessoa (FUNJOPE)
Centro Acadêmico de Biblioteconomia da UFPB (CABIBLIO)
Associação Paraibana dos Cegos (APACE)
Instituto dos Cegos da Paraíba
Fundação Centro de Apoio ao Portador de Deficiência (FUNAD)
SENADO FEDERAL/ Brasília
ACESSIBILIDADE BRASIL/ São Paulo
Departamento de Engenharia de Produção – DEP/UFPB
LOCAL: TEATRO PAULO PONTES
PÚBLICO-ALVO - 300 participantes
Bibliotecários, autores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores de leitura, pesquisadores, gestores e entidades que vêem a leitura como estratégia de circulação dos bens culturais.
PROGRAMAÇÃO
Dia 24 (Quarta Feira)
8h30 - Inscrição
9h30 – Abertura
Apresentação do Cantor Beto Melo
10h Mesa de Abertura
(Giulianne Monteiro, Jemima Marques, Marilia Mesquita Guedes Pereira, Irenilda Medeiros)
10h 45 Palestra: Acessibilidade para Bibliotecas – Casos de Sucesso
Palestrante Guilherme Lira
11h30 Palestra: Não seja cego a cegueira
Palestrante: Gustavo Nogueira
Lançamento do Livro: “ Não seja cego a cegueira”
14h OFICINAS
Dia 25 (Quinta Feira)
9h30 Palestra: Ergonomia e Acessibilidade em Bibliotecas
Palestrante: Rodrigo Fernando Galvão de Siqueira
10h15 Palestra: Projeto de Implantação do Setor Braille – Biblioteca do CECAP
Palestrante: Marcos Paulo Farias
11h Palestra: Acessibilidade: relato de Experiência no Congresso Mundial da IFLA – 2010
Palestrante: Marilia Mesquita Guedes Pereira
14h OFICINAS
17h30 Palestra: O acesso dos Cegos por meio de Livro Falado com Voz Sintetizada
Palestrante: Airton Simille Marques
18h15 Palestra João Pessoa, uma Cidade Acessível
Palestrante: Prof. Antonio Gualberto Filho
19h Relatos de Experiência – PNE´S
19h45 Encerramento – Apresentação do Grupo Artístico da FUNAD
FEIRA DO LIVRO - EXPOSITORES
Participantes
1. Amme livros - SP
2. Araújo Junior – CE
3. Atacadão do Livro – PA
4. Barsa Planeta - CE
5. Bibliotecas Rurais Arca das Letras – PB
6. Book MW – RJ
7. Bookline Livraria de Idiomas – PB
8. Brasil Central - DF
9. Clube do Livro – SP
10. Cortez Editora – SP
11. Cultura Editorial – PE
12. Dearaujo Cultural – CE
13. Distelma – MA
14. Distribuidora Loyola – Livros Português
15. Editora Caminho – BA
16. Editora Digerati/ Universo dos Livros - SP
17. Editora e Livraria Expressão Popular – SP
18. Editora Escala – SP
19. Editora Escala e Larousse – PB
20. Editora Global – PE
21. Editora Globo – SP
22. Editora Vozes – PE
23. Emergir Editora – RJ
24. Emergir Livros – RJ
25. Fábricas das Letras – SP
26. Galeria dos Livros – SP
27. Idéia Editora – PB
28. Inspiração Distribuidora – SP
29. Jodane Fantoches – SP
30. Jr Max Brasil - CE
31. L. Cultural – RN
32. Leitura dinâmica distribuidora de livros – SP
33. Livraria Francesa – SP
34. Livraria Prática Forense – PB
35. Livraria Rainha dos Corações – PA
36. Livro Ideal – CE
37. Luci Livros - RN
38. Nossa Livraria – PE
39. Os menores livros do Mundo – Peru
40. Paulinas Livraria – PB
41. Paulus – SP
42. Planeta Livros – PA
43. Planeta Terra Livraria – SP
44. Potylivros – RN
45. Pronadi Multilivros – SP
46. Queen Books – SP
47. RBE Editoral – RJ
48. Selecta Livros - SP
49. Senado Federal – DF
50. Seven Livros – RJ
51. Top Livros – PR
52. Universo dos Livros – SP
FONTE: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
No período de 20 a 28 deste mês de novembro, a cidade de João Pessoa será a Capital Mundial do Livro. O Governo do Estado, o Ministério da Cultura, o Sebrae em diversos parceiros realizarão o 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba – Leitura para Todos - no Espaço Cultural José Lins do Rego.
Da programação constam as seguintes atividades: café literário, arena cultural, arena infantil, visitação escolar, oficinas, workshops, palestras, cinema, teatro, música e sessões de autógrafos. O secretário David Fernandes destaca que grandes nomes da literatura brasileira e de mais oito países marcarão presença no 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba. Ele adiantou alguns nomes: Marina Colasanti, Ignácio de Loyola, Afonso Romano de Sant’Anna, Bráulio Tavares, Mário Prata, Pasquale Cipro Neto, Nelida Piñon e Arnaldo Antunes. A entrada é gratuita.
De acordo com o subsecretário de Cultura do Estado, David Fernandes, a abertura oficial do evento será às 10h do sábado dia 20, no Cine Bangüê, com palestra de José Castilho, presidente do Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. O governador José Maranhão e diversas autoridades e escritores convidados participarão da solenidade.
A Feira Internacional do Livro acontecerá na Praça do Povo do Espaço Cultural de 20 a 28 de novembro no horário das 10h às 21h. No mezanino 4 haverá exposição interativa e a exposição memória e informação no Espaço Cultural. Dias 22 e 23 no Teatro Paulo Pontes será realizado o Fórum Paraibano do Livro, Leitura e Bibliotecas.
O 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba oferecerá ainda sarau paraibano e lançamento de livros no Teatro de Arena, com apresentação do jornalista e poeta Linaldo Guedes. A programação terá também encontro de cordelistas, poética da palavra, café com letras, oficinas.
As apresentações culturais ficam por conta de Silvério Pessoa, Adeildo Vieira com homenagem ao poeta Lúcio Lins, Urso Amigo Batucada mais Cabruêra, Nação Maracahyba, Kenedy Costa com homenagem a Jackson do Pandeiro, Aruenda da Saudade, Patrícia Moreira, Paraíba Dixieland, Toninho Borbo, Beto Brito e Tarancón.
Confira a programação geral:
I SALÃO INTERNACIONAL DO LIVRO DA PARAIBA
20 A 28 DE NOVEMBRO DE 2010
ESPAÇO CULTURAL JOSÉ LINS DO REGO
JOAO PESSOA/PB
PROGRAMAÇÃO
ABERTURA OFICIAL - palestra com José Castilho – PNLL – Plano Nacional do Livro e Leitura
Local: Cine Bangüê
Dia: 20/11 – SÁBADO
Hora: 10h
FEIRA INTERNACIONAL DO LIVRO
Local: Praça do Povo
Horário: das 10 às 21 horas
Período: 20 a 28 de novembro
EXPOSIÇÕES
Local: Mezanino 4
1) EXPOSIÇÃO INTERATIVA
Local: Mezanino 3
2) EXPOSIÇÃO MEMÓRIA E INFORMAÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL
FÓRUM PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS.
Local: Teatro Paulo Pontes
Horário: das 9 às 17 horas
Período: 22 e 23 de novembro
Presença de Fabiano dos Santos – PNLL
SEMINÁRIO DE ACESSIBILIDADE DA PARAIBA
Local: Teatro Paulo Pontes
Horário: das 9 às 17 horas
Período: 24 e 25 de novembro
ENCONTRO DE CORDELISTAS
Local: Teatro de Arena
Horário: 15 horas
Período: 20 e 27 de novembro
SARAU PARAIBANO / LANÇAMENTO DE LIVROS
Horário: 10horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Dia:23 de novembro
Palestrante: Balila Palmeira "Os Teatros da Paraíba"
Joacil de Brito "O livro na história"
Dia:24 de novembro
Palestrante: Severino Celestino da Silva "O Evangelho e o Cristianismo Primitivo"
Dia:25 de novembro
Palestrante: Neide Medeiros Lançamento: "Memória de Leitura na Infância"
Lilian Paschoalin Histórias de “mulherzinha”
Dia:26 de novembro
Palestrante: Hildeberto Barbosa Filho Lançamento: "Livros sobre livros”
Sergio Castro Pinto "Humor e Ironia em Mario Quintana"
Dia:28 de novembro
Palestrante: Maria das Graças
Águia Mendes
FIQUE LIGADO
Horário: 15horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Agda Aquino
Dia:21 de novembro
Palestrante: Ferréz “O Hip Hop e a literatura na periferia”
Dia:23 de novembro
Palestrante: Tania Zagury "Bullying"
Dia:23 de novembro
Palestrante:Jairo Rangel “Raquel de Queiroz”
Dia:25 de novembro
Palestrante: Andre Vianco "Entre o Bem e o Mal"
Dia:26 de novembro
Palestrante: Pasquale Cipro Neto "Nossa Lígua"
POÉTICA DA PALAVRA
Horário: 17horas
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Dia:21 de novembro
Palestrante: Fabrício Carpinejar
Dia:23 de novembro
Palestrante: Arnaldo Antunes
Dia:24 de novembro
Palestrante: Marina Colasanti
Dia:26 de novembro Ferreira Gular
Palestrante: Bráulio Tavares
CAFÉ COM LETRAS
Horário: 19h30
Local: Teatro de Arena
Apresentação: Linaldo Guedes
Dia:20 de novembro
Palestrante: Silvério Pessoa
Dia:21 de novembro
Palestrante: Mario Prata
Dia:23 de novembro
Palestrante: Nélia Piñon
Dia:24 de novembro
Palestrante: Galeno Amorim
Dia:25 de novembro
Palestrante: Affonso Romano de Sant'Anna
Dia:26 de novembro
Palestrante: Ignácio de Loyola
OFICINAS
1. Contação de História – Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 21 – 22 -23 - 27
Local: Sala 4 – Mezanino 3
2. Contação de História – Poesia Infantil: uma nova maneira de ver o mundo
Prof. Dra. Neide Medeiros Santos
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 21
Local: Sala 4 – Mezanino 3
3. Contação de História – Entre fadas, príncipes e duendes: a arte de ler, ouvir e contar histórias
Alba Diniz
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 22
Local: Sala 4 – Mezanino 3
4. Contação de História – Na teia tênue do texto
Prof. Dra.Ivone Tavares de Lucena – PPGL/UFPB
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 24
Local: Sala 4 – Mezanino 3
5.Despertar para o Libras
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 21 – 22
Local: Sala 5 – Mezanino 3
6.Criação e Produção Literária
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 22 -23 - 24
Local: Sala 6 – Mezanino 3
7. Despertar para o Braille
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 22 -23 - 24
Local: Sala 6 – Mezanino 3
8.Competência em Informação - Interação no mundo virtual - navegando em uma nova realidade
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 24
Local: Sala 5 – Mezanino 3
9.Competência em Informação - wikipédia - construindo a maior enciclopédia do mundo
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 25
Local: Sala 5 – Mezanino 3
10.Competência em Informação - Fotos na web - criando seu álbum virtual
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 26
Local: Sala 5 – Mezanino 3
11.Competência em Informação - Blogs - ferramentas para disseminação da informação
Horário: das 9h as 12 h
Dias: 27
Local: Sala 5 – Mezanino 3
12.Oficina - configuração de equipamento e utilização linha index – laratec
Horário: das 14h as 17 h
Dias: 23 – 24 – 25
Local: Sala 5 – Mezanino 3
13.Oficina de Cordel - Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 25
Local: Sala 4 – Mezanino 3
14.Origami - Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 26
Local: Sala 6 – Mezanino 3
15.Desenho e Pintura - Fundação Bradesco
Horário: das 9h as 12 h ou das 14h às 17h
Dias: 26
Local: Sala 4 – Mezanino 3
(SEGUE)
Escrito por Linaldo Guedes ?s 13h56
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APRESENTAÇÃO CULTURAL
Horário: 21h30
Local: Teatro de Arena
Dia 20: Silvério Pessoa
Dia 21: Adeildo Vieira Homenagem a Lúcio Lins
Dia 23: Urso amigo Batucada + Cabruêra
Dia 24: Nação Maracahyba + Kenedy Costa Homenagem a Jackson do Pandeiro
Dia 25: Aruenda da Saudade + Patrícia Moreira show francés cole café
Dia 26: Paraiba Dixieland + Toninho Borbo
Dia 27: Beto Brito
Dia 28: Tarancón
1 FÓRUM PARAIBANO DO LIVRO, LEITURA E BIBLIOTECAS
22 e 23 de novembro de 2010
OBJETIVO: Promover o debate e a interlocução do diálogo entre o poder público e a sociedade civil acerca dos Planos e das Ações do livro, da leitura, da produção literária e dos espaços de mediação na Paraíba.
PROMOÇÃO:
Subsecretaria de Cultura do Estado da Paraíba (SECULTPB)
Fórum do Livro, Leitura, Literatura, Informação e Bibliotecas da Paraíba (FLITECA)
Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba (APBPB)
LOCAL: TEATRO PAULO PONTES
PÚBLICO-ALVO - 300 participantes
Bibliotecários, autores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores de leitura, pesquisadores, gestores e entidades que vêem a leitura como estratégia de circulação dos bens culturais.
PROGRAMAÇÃO :
Dia 22
8h30 - Inscrição
9h – Abertura
Roda de Diálogo 1: PNLL: Os desafios para a implementação de Planos Estaduais e Municipais inclusivos.
Objetivo: Debater sobre a importância das políticas públicas de leitura para promover o acesso à leitura e ao livro para toda a sociedade paraibana.
Palestrantes:
José Castilho – Minc;
Galeno Amorim – Observatório do Livro e da Leitura;
Davi Fernandes – SECULT/PB
14h - Continuação
Roda de Diálogo 2: Mercado livreiro, autor e editor: perspectivas nacionais e locais
Objetivo: Debater o desenvolvimento da economia e a conjuntura das cadeias produtiva e criativa da leitura e do livro na Paraíba
Palestrantes:
Galeno Amorim - Observatório do Livro e da Leitura;
Marcos Vinicius -
Cyl Almeida
Magno Nicolau - Editora Idéia/PB
Livraria Almeida;
Associação Boqueirãoensee de autores
PROGRAMAÇÃO :
Dia 23
09:00 – 12:00
Roda de Diálogo 3 : Leitura: Agentes e Espaços de mediação
Objetivo: Divulgar ações e debater o trabalho dos agentes da cadeia mediadora do livro e leitura.
Palestrantes:
Pedro – Agente de Leitura Arca das Letras
Escola Viva Olho do Tempo
Leitura na Rede
Livro em Roda
Mulheres de Mãos dadas
14:00 – 16:00
Roda de Diálogo 4: BIBLIOTECAS: Espaço da Cultura Pública e Comunitária
Objetivo: Divulgar e cotejar experiências de criação de Bibliotecas e sua importância como equipamento cultural nas cidades
Palestrantes:
Biblioteca Nacional – SNBP
Jemima Marques de Oliveira – APBPB
Marcos – PMJP
Letícia – Fund. Casa José Américo
Elenise – Bib Espaço Cultural
Mara- Bib. Santa Rita/PB
Teinha Cultural
16:00 – 17:00
Encaminhamentos e entrega de certificados
Objetivo: Apresentação de Relatório com as propostas e encaminhamentos apresentados durante o evento que contribuam para o planejamento de ações que visem a implantação do Plano Estadual e Municipais do Livro, Leitura e Bibliotecas da Paraíba
I SEMINÁRIO DE ACESSIBILIDADE DA PARAIBA
24 e 25 de novembro de 2010
TEMA: Tecnologias Assistivas: um desafio aos Estudantes e Profissionais da Informação
1. OBJETIVO GERAL: Promover discussões e trocas de experiências em torno da Acessibilidade nas unidades de informação objetivando refletir sobre paradigmas da responsabilidade e a consciência profissional/pessoal sob o direito de informação a todos “ uma inclusão informacional”, elementos para complementar os conhecimentos adquiridos nos cursos de graduação em Biblioteconomia da Paraíba.
2. OBJETIVOS ESPECIFICOS
Estimular a prática de pesquisa no corpo discente através das palestras e debates;
Estimular a conscientização dos participantes à prática dessas novas habilidades voltadas para essa demanda da sociedade, a demanda das pessoas com deficiência;
Debater as Tecnologias Assistivas e sua aplicabilidade nas atividades acadêmicas e profissionais;
Discutir a função de transformador social do profissional bibliotecário na sociedade da informação.
PROMOÇÃO:
Subsecretaria de Cultura do Estado da Paraíba (SECULTPB)
Departamento de Ciência da Informação (DCI)
Coordenação do Curso De Biblioteconomia, UFPB
Conselho Regional de Biblioteconomia – 15ª região (CRB-15)
ONG - Bibliotecas Braille & Comunitárias, Construindo a Cidadania (BB&C)
Associação Profissional de Bibliotecários da Paraíba (APB-PB)
Fundação de Cultura de João Pessoa (FUNJOPE)
Centro Acadêmico de Biblioteconomia da UFPB (CABIBLIO)
Associação Paraibana dos Cegos (APACE)
Instituto dos Cegos da Paraíba
Fundação Centro de Apoio ao Portador de Deficiência (FUNAD)
SENADO FEDERAL/ Brasília
ACESSIBILIDADE BRASIL/ São Paulo
Departamento de Engenharia de Produção – DEP/UFPB
LOCAL: TEATRO PAULO PONTES
PÚBLICO-ALVO - 300 participantes
Bibliotecários, autores, ilustradores, editores, livreiros, mediadores de leitura, pesquisadores, gestores e entidades que vêem a leitura como estratégia de circulação dos bens culturais.
PROGRAMAÇÃO
Dia 24 (Quarta Feira)
8h30 - Inscrição
9h30 – Abertura
Apresentação do Cantor Beto Melo
10h Mesa de Abertura
(Giulianne Monteiro, Jemima Marques, Marilia Mesquita Guedes Pereira, Irenilda Medeiros)
10h 45 Palestra: Acessibilidade para Bibliotecas – Casos de Sucesso
Palestrante Guilherme Lira
11h30 Palestra: Não seja cego a cegueira
Palestrante: Gustavo Nogueira
Lançamento do Livro: “ Não seja cego a cegueira”
14h OFICINAS
Dia 25 (Quinta Feira)
9h30 Palestra: Ergonomia e Acessibilidade em Bibliotecas
Palestrante: Rodrigo Fernando Galvão de Siqueira
10h15 Palestra: Projeto de Implantação do Setor Braille – Biblioteca do CECAP
Palestrante: Marcos Paulo Farias
11h Palestra: Acessibilidade: relato de Experiência no Congresso Mundial da IFLA – 2010
Palestrante: Marilia Mesquita Guedes Pereira
14h OFICINAS
17h30 Palestra: O acesso dos Cegos por meio de Livro Falado com Voz Sintetizada
Palestrante: Airton Simille Marques
18h15 Palestra João Pessoa, uma Cidade Acessível
Palestrante: Prof. Antonio Gualberto Filho
19h Relatos de Experiência – PNE´S
19h45 Encerramento – Apresentação do Grupo Artístico da FUNAD
FEIRA DO LIVRO - EXPOSITORES
Participantes
1. Amme livros - SP
2. Araújo Junior – CE
3. Atacadão do Livro – PA
4. Barsa Planeta - CE
5. Bibliotecas Rurais Arca das Letras – PB
6. Book MW – RJ
7. Bookline Livraria de Idiomas – PB
8. Brasil Central - DF
9. Clube do Livro – SP
10. Cortez Editora – SP
11. Cultura Editorial – PE
12. Dearaujo Cultural – CE
13. Distelma – MA
14. Distribuidora Loyola – Livros Português
15. Editora Caminho – BA
16. Editora Digerati/ Universo dos Livros - SP
17. Editora e Livraria Expressão Popular – SP
18. Editora Escala – SP
19. Editora Escala e Larousse – PB
20. Editora Global – PE
21. Editora Globo – SP
22. Editora Vozes – PE
23. Emergir Editora – RJ
24. Emergir Livros – RJ
25. Fábricas das Letras – SP
26. Galeria dos Livros – SP
27. Idéia Editora – PB
28. Inspiração Distribuidora – SP
29. Jodane Fantoches – SP
30. Jr Max Brasil - CE
31. L. Cultural – RN
32. Leitura dinâmica distribuidora de livros – SP
33. Livraria Francesa – SP
34. Livraria Prática Forense – PB
35. Livraria Rainha dos Corações – PA
36. Livro Ideal – CE
37. Luci Livros - RN
38. Nossa Livraria – PE
39. Os menores livros do Mundo – Peru
40. Paulinas Livraria – PB
41. Paulus – SP
42. Planeta Livros – PA
43. Planeta Terra Livraria – SP
44. Potylivros – RN
45. Pronadi Multilivros – SP
46. Queen Books – SP
47. RBE Editoral – RJ
48. Selecta Livros - SP
49. Senado Federal – DF
50. Seven Livros – RJ
51. Top Livros – PR
52. Universo dos Livros – SP
FONTE: http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
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