Por Linaldo Guedes
Com a conclusão de mais uma edição do Agosto das Letras, evento promovido pela prefeitura de João Pessoa, através da Funjope, hora de computar perdas e ganhos.
Mais ganhos do que perdas, penso eu.
Não é fácil organizar um evento com tamanha pluralidade de escritores e estéticas em cena, mas no cômputo geral a Funjope, através do poeta André Ricardo Aguiar, conseguiu dar conta do recado mais uma vez, principalmente sabendo que os governos não costumam apoiar eventos literários, o eterno patinho feio da área cultural.
André conseguiu encaixar na programação nomes do primeiro time da literatura nacional, como Miguel Sanches Neto, Ronaldo Correia de Brito, Xico Sá, Rosa Amanda Strauz, Elvira Vigna, Pedro Salgueiro e Alice Ruiz.
Eles, num diálogo com autores da terra, como Ronaldo Monte, Jomar Souto, Antônio Mariano, Rinaldo de Fernandes e Tarcísio Pereira saciaram um pouco a sede do público que foi conferir in loco as palestras e oficinas.
Que público?
Este voltou a ser o grande problema do evento.
Em alguns casos, a chuva atrapalhou, mas a falta de mobilização da Funjope e de escritores da terra e a própria estrutura em si do evento atrapalhou.
Se era para organizar o evento em praça pública (Ponto de Cem Réis) a estrutura ficou aquém. A Feira do Livro foi mal organizada, com poucos estandes. Faltou um café-shopp, para abrigar escritores e participantes nos intervalos das palestras. Ainda acho que o melhor local para os debates teria sido o Teatro de Arena do Espaço Cultural. Também antecipar em cima da hora o debate com Rosa Amanda para não dar choque com o Som das Seis foi falta de respeito com o público do evento.
Faltou mobilizar, também, escolas para levarem estudantes do ensino médio. Incentivar o debate nas escolas e fazer um rodízio de instituições no evento a cada noite. Esta falha foi constatada no Salão do Livro do ano passado e se repetiu agora.
As coordenações de Letras das nossas universidades poderiam também ter disponibilizado ônibus para levar estudantes ao evento, como bem sugeriu Valéria Rezende. São iniciativas sem custos que dariam o necessário feedback aos escritores.
Já nossos escritores, estes continuaram em seu casulo. São quem mais reclamam da falta de eventos como estes. Ao mesmo tempo, são os mais ausentes dos eventos literários. Geralmente, só aparecem quando eles mesmo são convidados, o que é uma pena. No Tome Poesia sempre foi assim. E em outros eventos também. Afora Valéria Rezende, que compareceu todas as noites, e Archidy Picado Filho, não vi outro escritor presente que não os participantes. Numa terra de tantos escritores e pseudos, não deixa de ser estranho isso. Embora o nome talvez seja outro.
A nossa imprensa também fez uma cobertura pífia do evento. Limitou-se a divulgar a agenda do Agosto das Letras. Nada fora do convencional, à exceção para Tiago Germano, do Jornal da Paraíba, sempre presente, participando e escrevendo sobre o evento.
Menos mal que a turma nova compareceu em peso. O pessoal do Caixa Baixa e do grupo Blecaute participou ativamente e deu o quórum necessário para o evento. A expectativa é que eles mantenham esse fôlego e acendam nossa literatura, sem faíscas de egos desnecessários.
Que as falhas do evento deste ano sejam corrigidas, para que o Agosto das Letras se insira definitivamente em nosso calendário cultural e não fique mais parecendo uma coisa feita de improviso e sem preocupação com sua importância.
linaldo edita o http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
Com a conclusão de mais uma edição do Agosto das Letras, evento promovido pela prefeitura de João Pessoa, através da Funjope, hora de computar perdas e ganhos.
Mais ganhos do que perdas, penso eu.
Não é fácil organizar um evento com tamanha pluralidade de escritores e estéticas em cena, mas no cômputo geral a Funjope, através do poeta André Ricardo Aguiar, conseguiu dar conta do recado mais uma vez, principalmente sabendo que os governos não costumam apoiar eventos literários, o eterno patinho feio da área cultural.
André conseguiu encaixar na programação nomes do primeiro time da literatura nacional, como Miguel Sanches Neto, Ronaldo Correia de Brito, Xico Sá, Rosa Amanda Strauz, Elvira Vigna, Pedro Salgueiro e Alice Ruiz.
Eles, num diálogo com autores da terra, como Ronaldo Monte, Jomar Souto, Antônio Mariano, Rinaldo de Fernandes e Tarcísio Pereira saciaram um pouco a sede do público que foi conferir in loco as palestras e oficinas.
Que público?
Este voltou a ser o grande problema do evento.
Em alguns casos, a chuva atrapalhou, mas a falta de mobilização da Funjope e de escritores da terra e a própria estrutura em si do evento atrapalhou.
Se era para organizar o evento em praça pública (Ponto de Cem Réis) a estrutura ficou aquém. A Feira do Livro foi mal organizada, com poucos estandes. Faltou um café-shopp, para abrigar escritores e participantes nos intervalos das palestras. Ainda acho que o melhor local para os debates teria sido o Teatro de Arena do Espaço Cultural. Também antecipar em cima da hora o debate com Rosa Amanda para não dar choque com o Som das Seis foi falta de respeito com o público do evento.
Faltou mobilizar, também, escolas para levarem estudantes do ensino médio. Incentivar o debate nas escolas e fazer um rodízio de instituições no evento a cada noite. Esta falha foi constatada no Salão do Livro do ano passado e se repetiu agora.
As coordenações de Letras das nossas universidades poderiam também ter disponibilizado ônibus para levar estudantes ao evento, como bem sugeriu Valéria Rezende. São iniciativas sem custos que dariam o necessário feedback aos escritores.
Já nossos escritores, estes continuaram em seu casulo. São quem mais reclamam da falta de eventos como estes. Ao mesmo tempo, são os mais ausentes dos eventos literários. Geralmente, só aparecem quando eles mesmo são convidados, o que é uma pena. No Tome Poesia sempre foi assim. E em outros eventos também. Afora Valéria Rezende, que compareceu todas as noites, e Archidy Picado Filho, não vi outro escritor presente que não os participantes. Numa terra de tantos escritores e pseudos, não deixa de ser estranho isso. Embora o nome talvez seja outro.
A nossa imprensa também fez uma cobertura pífia do evento. Limitou-se a divulgar a agenda do Agosto das Letras. Nada fora do convencional, à exceção para Tiago Germano, do Jornal da Paraíba, sempre presente, participando e escrevendo sobre o evento.
Menos mal que a turma nova compareceu em peso. O pessoal do Caixa Baixa e do grupo Blecaute participou ativamente e deu o quórum necessário para o evento. A expectativa é que eles mantenham esse fôlego e acendam nossa literatura, sem faíscas de egos desnecessários.
Que as falhas do evento deste ano sejam corrigidas, para que o Agosto das Letras se insira definitivamente em nosso calendário cultural e não fique mais parecendo uma coisa feita de improviso e sem preocupação com sua importância.
linaldo edita o http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/
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