terça-feira, 13 de agosto de 2013

Exposição Paraíba Grandes Nomes prossegue nos municípios de Sapé e Gurinhém


Vida, obra e feitos de personalidades paraibanas são destacadas através do cordel e da xilogravura

Prossegue até o dia 17 de agosto nas cidades de Sapé e Gurinhém, a Exposição Paraíba Grandes Nomes que apresenta em painéis a vida, obra e feitos de personalidades paraibanas retratadas através do cordel e a da xilogravura. Augusto dos Anjos, João Pedro Teixeira, Ariano Suassuna, José Américo, José Lins do Rego, Margarida Maria Alves, Anayde Beiriz, Celso Furtado, Jackson do Pandeiro e Geraldo Vandré são alguns dos nomes mostrados na Exposição.

Em Sapé, a exposição está na Biblioteca Augusto dos Anjos, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e pelo Projeto de Incentivo à Leitura, liderado pelo escritor e ativista cultural Jairo Cézar. Em Gurinhém está no Espaço Nordeste, sob a coordenação da ativista Cultural Marília e outros parceiros locais. As mostras foram iniciadas no último dia 7 de agosto.

A exposição que já passou pelos municípios de Aparecida, São Bento, Sousa e Cajazeiras, com visitação de centenas de estudantes, professores e o público em geral, é parte integrante do projeto “Paraíba Grandes Nomes: A Xilogravura e o Cordel, Apresentando Importantes Personalidades do Estado”, do sociólogo, escritor e artista plástico Josafá de Orós. É composta de 30 painéis onde são apresentadas as personalidades através da xilogravura e de versos em formato de cordel.

O Nordeste é um celeiro de grandes nomes, dos quais, infelizmente, pouco se fala. São intelectuais, políticos, artistas dos mais diversos ramos da criação humana, nascidos nestas terras ensolaradas que conquistaram com esforço e bravura um lugar na história e que, fora das nossas fronteiras, essas figuras são largamente estudadas e aplaudidas. Para divulgar estes nomes paraibanos, Josafá de Orós, vem mostrando esse prodigioso acervo através dessa exposição itinerante.

“As nossas escolas – que muitas vezes levam os nomes dessas personalidades - precisam, pois, conhecer os seus heróis de carne e osso e, na pretensão de preencher tal lacuna, temos escrito plaquetes, muitas vezes já em forma de cordel ressaltando alguns traços desses personagens. O que vínhamos fazendo por nossa conta e risco tem agora a aquiescência e a sensibilidade do Ministério da Cultura e do Banco do Nordeste do Brasil, estes se revelando por sua vez, como entes visionários, leitmotiv no âmbito cultura, esboçando interessantes diretrizes para o nosso desenvolvimento nacional num contexto de globalização de inspiração demagógica e excludente. Visões como essa do BNB, não têm apenas forjado suas próprias políticas institucionais internas, mas vêm promovendo sobre o mundo empresarial e sobre as políticas públicas, mudanças estruturais nas formas dessas instituições e empresas lidarem com o saber, notadamente sobre os âmbitos da cultura e da arte”, disse Josafá de Orós, coordenador do Projeto. Para ele, “quem investe em cultura tem retorno garantido e, toda empresa com mentalidade no século XXI, cada vez bem mais, sabe disso”.

“Para construir um projeto memorialístico dessa magnitude e tão necessário a valorização da nossa cultura e ao fortalecimento do nosso povo, nos debruçamos sobre amplo e maravilhoso acervo, para – feito barro nas mãos do oleiro - moldá-lo, sob a égide do frondoso universo da poesia popular, e apresentarmos nomes tão singulares quanto poderosos que o nosso Estado fartamente vem produzindo ao longo de séculos”.  “Com este projeto lançou-se apenas uma ideia e uma provocação”, destaca Josafá, enfatizando que “em algum momento haverá a Paraíba de dignar-se a desenvolver robusto programa memorialístico estadual evidenciando as grandes presenças paraibanas através das suas pontuações originais, dos seus extraordinários feitos, quando não também de suas presenças graciosas e pitorescas, pelos elementos simples que nos engrandecem enquanto povo”.

Ele destaca que “o Ministério da Cultura (através da Lei Rouanet) e o BNB quando se juntam nesse esforço demonstram que nunca é tarde para salvar a pátria pela cultura, e, no cumprimento de seus papéis de incentivadores oferecem dignidade à formação do nosso povo, tão assediado pelo exógeno e, cada vez mais, povo que cada vez mais vem se apresentando como carente de alma própria”.

Outras informações sobre o projeto através do e-mail josafadeoros@gmail.com e do telefone (83) 9313-0959, com Josafá de Orós.

(Rosenato Barreto)


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