terça-feira, 31 de janeiro de 2012

[Dica de outras boas leituras] O FUTURO DOS LIVROS DIDÁTICOS

Na última quinta-feira, realizou-se a última promessa de Steve Jobs. A Apple entrou no mercado americano de livros didáticos. Associada às maiores editoras americanas, ela produzirá livros a US$ 14,99, uma verdadeira pechincha. No mesmo lance, lançou o aplicativo iBooks Author (grátis), que transforma qualquer autor num editor.



O Author turbinará o mercado de livros feitos em casa e vendidos na rede. Ele já existe, com resultados surpreendentes. Amanda Hocking, uma jovem de 26 anos movida a Red Bull que escreveu 17 livros nas horas vagas, submeteu-os a 50 editoras de papel e foi recusada por todos. Botou nove deles na rede, vendeu 1 milhão de cópias e embolsou US$ 2 milhões. O mais barato é grátis, o mais caro custa US$ 8,99. (Com seu viés açambarcador, a Apple quer que a freguesia só use o Author em Macs e que só comercialize os livros na sua loja.)
 
Já os e-books didáticos prenunciam uma revolução, com vídeos, áudios e imagens que mudam ao toque do freguês. Mais a possibilidade de criação de comunidades de jovens que estudam naquele volume.
Tudo isso por menos da metade do preço de um livro de papel.
 
Quem quiser ver o que vem por aí, pode baixar a versão para iPad ou iPhone de "Our Choice" ("Nossa Escolha - Um Plano para Resolver a Crise Climática"), de Al Gore, por US$ 4,99.
 
Essa revolução está na rua. Em vez de o governo pensar num modelo Kodak, comprando 500 mil laptops ou tabuletas, derramando dinheiro da Viúva com ferragens numa rede onde faltam professores e cursos de qualificação, os ministérios da Educação e da Ciência poderiam planejar o futuro.
 
Em 2010, o MEC gastou R$ 855 milhões no bem-sucedido Programa Nacional do Livro Didático. Desse ervanário, pelo menos R$ 700 milhões foram gastos com papel e impressão. Coisas como alfafa e cocheiros no tempo das carruagens. Os autores ficaram com algo mais de R$ 50 milhões.
 
Os dias das grandes editoras de livros didáticos penduradas em parques gráficos durarão o quanto duraram os estábulos no início do século passado.
 
Nos próximos anos, com a disseminação e o barateamento das tabuletas, as editoras, grandes ou pequenas, se diferenciarão pelo qualidade dos seus cérebros.
 
Se o governo for humilde na compra de ferragens, porém ambicioso no planejamento da capacitação de professores e de técnicos capazes de estimular e organizar autores, todo mundo ganha, sobretudo a Viúva.
 
TEXTO: Elio Gaspari

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Livraria Camões não vai mais fechar

Depois de uma grande mobilização, a Editora Imprensa Nacional, de Portugal, desistiu de acabar com a livraria aberta em novembro de 1972.

Sem dúvida, uma grande notícia para os amantes do livros e das boas livrarias.

Veja matéria completa  aqui


Chico Viana no ônibus

Se o normal é confessarmos nossas faltas, seria mais adequado eu revelar o que não li. Pois a verdade é que li muito pouco. E esse pouco -- o que agrava o delito -- foi descoberto por conta própria, ao sabor de entusiasmos, admirações, e por critérios nem sempre corretos.
Nossas escolas não orientam sobre quando ou como ler, mas quem tem amor aos livros termina contornando essa lacuna. Segue uma disposição que é percebida desde muito cedo, a partir do momento em que toma consciência de si. Sempre vi nos livros a possibilidade de uma transcendência (talvez uma compensação) que a vida comum não tinha. Brincar com os colegas, jogar futebol, passear com a família -- tudo isso era bom. Mas ler era diferente. Nos livros eu via a possibilidade de ultrapassar o tempo, o espaço, o nosso precário destino. A leitura, conforme fui percebendo, era uma forma de descer ao inferno da alma humana ou escalar o pico de suas mais caras aspirações.
A experiência de ler é a mais profunda que o homem tem em termos de comunicação com o semelhante. Nosso diálogo com os outros é incompleto, limitado por entraves sociais e afetivos. Ninguém, mesmo querendo, diz tudo nem ouve tudo. Ninguém se abre para nós com a amplitude e a intensidade com que os personagens o fazem. Eles não têm segredos e, ao revelar-se, dizem muito de nós. Cada personagem é um confidente e um espelho em que nos miramos com solidariedade e por vezes com horror.
É claro que só adquirimos a consciência disso quando estamos maduros. No início existe apenas a atração pelo que os signos trazem. As primeiras leituras são o momento de dramatizar o combate entre o bem e o mal, o bonito e o feio, o forte e o fraco. Aderimos ao lado positivo dessas antíteses para criar um código moral e dar alguma ordem ao mundo. Ficamos do lado do bem, do bonito, do forte, sem muita noção de que essas qualidades não existem em estado puro; na vida é tudo misturado. Nossas leituras acompanham (e propiciam) a percepção dessa verdade.
A leitura não deixa de ser uma fuga aos compromissos da vida. Quem está lendo se subtrai ao convívio com os seres de carne e osso para entrar em outro mundo. Um mundo não real, virtualizado pelos signos, separado das coisas pela representação. Por isso é importante saber entrar e sair dele. Felizes os que voltam mais sábios (mas não presunçosos) e têm a destreza de aplicar na vida real o que lá aprenderam. A leitura não pode ser evasão, embora tenha um componente disso. Depende do leitor, mais do que do autor, fazer com que ela seja uma fantasia instrutiva -- no sentido de tornar mais lúcido e espiritualmente melhor o ser.
Como quase todo o mundo, comecei com os gibis. Depois passei aos livros de bolso. Foi uma evolução trocar as figuras pelos signos verbais, que antes pareciam impenetráveis e sem graça. Fui aprendendo a gostar das aventuras de Shell Scott, Perry Mason, Giselle, cujo esquematismo do enredo só depois, já leitor crítico, eu seria capaz de avaliar. Mas era preciso passar por tudo isso. O gosto não se cria com o difícil, mas com o que nos atrai. A leitura tem de começar dando prazer (acho absurdo que alunos ainda verdes sejam obrigados a ler Machado de Assis, Guimarães Rosa e semelhantes. Não vão gostar e podem criar uma indisposição para com esses autores que vai acompanhá-los pelo resto da vida).
Comecei lendo o que gostava, e por isso continuei a ler. Tivesse sido forçado a conhecer obras pesadas quando não estava preparado para isso, certamente teria desistido no meio do caminho. Só depois dos livrinhos de bolso é que fui conhecer os autores “sérios” da literatura brasileira -- Jorge Amado primeiro, depois José Lins e Graciliano Ramos. Gostei de “Capitães de Areia” pela romantização que faz da vida dos meninos de rua -- justamente o aspecto do livro que hoje se critica. Li com um sobressalto gostoso “Terras do Sem Fim”, “Jubiabá”, “Mar morto”, envolvido em enredos que não me pareciam distantes dos que encontrara nos livros de aventura. Nesse período “a linguagem” era o que menos me interessava. Impressionava-me com uma metáfora, uma hipérbole, uma sinestesia, mas sem muita consciência dos efeitos que elas provocam no discurso.
Um encontro fundamental para mim foi com os modernos cronistas brasileiros. Criei gosto por fazer crônicas lendo Rubem Braga (sobretudo), Nelson Rodrigues, Millôr Fernandes, Carlinhos de Oliveira, Paulo Mendes Campos e alguns outros. Era bom encontrar no jornal um espaço em que a seriedade da notícia e do editorial era substituída por uma prosa carregada de subjetividade e humor. Ali estava, como contraponto ao registro dos fatos, o testemunho de alguém que não temia se confessar e, em certa medida, mostrar-se mais como personagem do que como pessoa (um aparente paradoxo que explica a atração que a crônica exerce). Quando não falava de si mesmo, comentava com lirismo ou sarcasmo as matérias que o jornal trazia de forma impessoal.
Enquanto lia essa prosa e rabiscava minhas crônicas, mantinha uma espécie de atividade paralela mas de alguma forma relacionada com a literatura, que era a de professor de português. Durante muito tempo me perguntei se esse convívio técnico com o idioma atrapalhava a atividade criativa. Não seria sensato esquecer as gramáticas e me deter apenas nos “criadores”? Com isso não teria chances de me transformar num escritor melhor (ou, pelo menos, num escritor?).
Superei as angústias com esse tipo de indagação dando-me conta de que ninguém se transforma em escritor -- e muito menos vem a se tornar um esquivando-se a determinada forma de abordar a língua. No máximo, o escrevente aprimora seus dons. Se não os tem, não será pelo contato com os criadores que vai adquirir a faculdade de criar. Se os tem, não vai perdê-los por se envolver com questões de uso, norma, tradição, vernaculidade. A observação dos mestres mostra que tacitamente, sem explicitações terminológicas, muitos deles fazem isso (Machado, Clarice, Graciliano, Guimarães Rosa).
O importante, com gramática ou não, é sempre ler mais. Isso ajuda a perceber que mesmo quando não o notávamos (ou seja, mesmo quando líamos apenas para acompanhar as peripécias dos personagens numa história) a literatura é antes de tudo uma aventura da linguagem. Um meio de o homem se conhecer, interagir com os outros, atuar de forma consciente no mundo.

- Publicado na coletânea "Confesso que li" (Ideia), organizada pelas professoras Neide Medeiros e Yó Limeira - 

domingo, 29 de janeiro de 2012

JÔ MENDONÇA é premiada

Repassando:

"PRÊMIO LITERARTE DE CULTURA 2012"

Nos dias 4 e 5 de fevereiro, na Cidade de Curitiba, acontecerá a entrega do Troféu "Prêmio LITERARTE de Cultura 2012", promovido pela Associação Internacional de Escritores e Artistas.

Idealizada pela LITERARTE, a outorga é uma grande homenagem a todos aqueles que brilharam durante o ano de 2011 no cenário cultural e têm como objetivo central reconhecer e trazer a público as melhores iniciativas culturais tendo como critério: talento, criatividade, empreendedorismo, respeito, companheirismo e apoio cultural.
Com este Prêmio, a LITERARTE reconhece, distingui e premia a quem se destaca na sociedade com excelência na gestão de suas carreiras, contribuindo assim efetivamente para o desenvolvimento cultural e, consequentemente, socioeconômico do país.


CONHEÇAM JÔ MENDONÇA ALCOFORADO

É natural de João Pessoa – Paraíba –Brasil, Psicóloga, Pratictitioner em Neurolinguística e Terapeuta Comunitária. Nas artes destaca-se como cantora, compositora, atriz, poeta e artista plástica.

Coordenando a psicologia a outras funções desenvolve importantes projetos sociais de iniciação cientifica como Coordenadora do projeto Qualidade de vida e Intercâmbio Cultural entre a Paraíba, Brasil e outros países na UFPB, que visam auxílio à comunidade carente, visando à qualidade de vida especialmente com programas de amparo e apoio psicológico às famílias visando à saúde mental. Jô Mendonça utiliza a arte como uma de suas ferramentas de motivação e transformação social unindo esses projetos com contribuições para as comunidades.

MUNDO LITERÁRIO

Jô Mendonça entrou no mercado literário, contribuindo com diversos autores em mais de trinta obras.
Posteriormente começou a elaborar suas próprias obras, entre elas duas Antologias. Atualmente é Coordenadora do Projeto Qualidade de Vida e do Projeto de Intercâmbio Cultural entre a Paraíba, Brasil e Outros Países na Universidade Federal da Paraíba - UFPB, representante da Rede de Escritoras Brasileiras REBRA no Estado da Paraíba/Brasil, Comendadora pela Academia de Letras e Artes de Goiás e Delegada Brasileira da Academia ALAV - Chile. Prêmios: Destaque 2010, Personalidade 2010, Destaque 2011, Destaque Brasil 2011. Será reverenciada fevereiro em 2012 com o prêmio LITERARTE DE CULTURA 2012 - recebendo nesse nobre evento e em 13 de março de 2012 da Academie du Merite et Dèvouement Français em Paris. Desenvolve projetos literários com o objetivo de divulgar as literaturas regionais, nacionais e internacionais.

O primeiro livro autoral pela Editora PUBLIT – RJ em 2010 foi lançado no mercado pela autora chama-se,  JOGO DE PALAVRAS, também feito em CD recitado e musicado. Sua obra nasceu de textos produzidos a partir de inspirações, observações e experiências vividas pela autora. Relatos que ficaram guardados por anos, porém um dia disponibilizados ao público através de várias obras literárias.

O segundo livro autoral: JEUX DE MOTS EN POÉSIE, português e francês publicado em março 2011 pela editora francesa, Yvelinedition, dedicado ao público que admira este gênero lírico.

O terceiro livro autoral CONTO PORQUE CONTO – UN CONTE, CAR JE RACONTE! Editora da UFPB – Janeiro 2012 - em português e francês com alguns contos que resolveu publicar para ser lançado no Brasil e no exterior. Fará também um pré-lançamento  da antologia que organizou  Expressões: Literatura Contemporânea Brasileira - trilíngue - português, francês e Inglês - Editora LITERARTE. Ambos os livros serão lançados em vários países da EUROPA. No evento em Curitiba também estará expondo uma obra de arte NEFERTIT – A DEUSA, numa exposição de obras de artes nos dias 4 e 5 de fevereiro durante a Prêmiação LITERARTE DE CULTURA 2012.

A autora utiliza forma descontraída em seus livros verso, prosa e técnicas da psicologia para orientar o público leitor quanto aos problemas de relacionamento e comportamento.

Os pré-lançamentos dos livros citados serão em Curitiba durante esse evento num final de semana cultural, na Sala de Conferências do Hotel Nikko Curitiba, com programação especial a seguir.

Jô Mendonça parabeniza todos os premiados com essas palavras; "Sigam adiante com seus sonhos, porque a qualquer dia e qualquer hora bate a sua porta com uma oportunidade ímpar que não pode ser descartada para realização dos seus sonhos".


“O evento será realizado durante um final de semana cultural, na Sala de Conferências do Hotel Nikko Curitiba, com programação especial composta por: Cerimônia Solene de outorga do Prêmio, Posse dos Conselheiros Literarte, Chá Literário com lançamentos, lançamento oficial do Catálogo Artístico Literário Bilíngue, Exposição de Artes Plásticas, Jantar de Confraternização e Passeio Turístico Cultural. Será definitivamente um final de semana que entrará para a história e abrirá o ano cultural.

A escolha dos homenageados se deu perante um rigoroso processo de análise por parte da Diretoria LITERARTE e será conferido por mérito próprio de desempenho. Conheça a seleta lista de homenageados


CATEGORIA LITERATURA

Angela Regina Ramalho Xavier – Maringá/PR
Arlete Trentini dos Santos – Gaspar/SC
Barão Dr G. Portal Veiga – São Pedro D`Aldeia/RJ
Betty Silberstein – São Paulo/SP
Camila Mossi de Quadros – Londrina/PR
Conceição Santos – Rio de Janeiro/RJ
Danilo Alex da Silva – Araguari/MG
Deise Formentin – Sangão/SC
Dhiogo José Caetano – Uruana/GO
Dora Dimolitsas – São Paulo/SP
Eliana Neri – Barra Mansa/RJ
Eliane Somacal Marcondes Gauze – Pato Branco/PR
Eritânia Brunoro – Rio Branco/AC
Eunice Routhe Fagundes Rodrigues – Piraju/SP
Giullian Telles – Belo Horizonte/MG
Isis Berlinck Renault – Rio de Janeiro/RJ
José Araújo – São Paulo/SP
JOSENICE ALCOFORADO DE MENDONÇA (Jô Mendonça) - João Pessoa/PB
Julio Cesar Bridon dos Santos (JC Bridon) – Gaspar/SC
Karoline Ragazzi (Kakal Ragazzi) – Londrina/PR
Lenir Moura – Arraial do Cabo/RJ
Lucas Menck – Curitiba/PR
Luciano Becalete – Moji-Guaçu/SP
Luiz Francisco Silva – Pinhais/PR
Luiz Gilberto de Barros (Luiz Poeta) – Rio de Janeiro/RJ
Marco Hruschka – Maringá/PR
Margot  Weide – Bonn/ALEMANHA
Maria Araujo – Rio de Janeiro/RJ 
Maria Luiza Vicente Engelhardt – Abatiá/PR
Mauricio Paranaguá – Paranaguá/PR
Monica Yvonne Rosenberg – São Paulo/SP
Neri França Fornari Bocchese – Pato Branco/PR
Ney Chagas Pompeu – Rio de Janeiro/RJ
Oliveira Caruso – Niterói/RJ
Paola Vannucci – Curitiba/PR
Renato F. Marques – São Paulo/SP
Rogerio Araujo – São Gonçalo/RJ
Silvia Araújo Motta – Belo Horizonte/MG
Silvia F. Lima – São Paulo/SP
Tarcísio Fagundes – João Pessoa/PB
Valéria Victorino Valle – Anápolis/GO
Vanyr Carla Alves Rabelo – Goiania/GO
Vera Lucia Fávero Margutti – Maringá/PR
Wânia Milanez – Campinas/SP
Yara Vargas – Rio de Janeiro/RJ
Zezé Barcelos – Rio de Janeiro/RJ


CONHEÇA MELHOR A LITERARTE EM:
www.grupoliterarte.com.br

A Livraria e o escritório da LITERARTE funcionam em uma movimentada galeria de Cabo Frio/RJ. Faça você também uma visita:
Av. Nilo Peçanha, nº 360 lj 106 - Centro
Horário de funcionamento: De 9h as22h
Tel.: (22) 2645-2368




DIVULGOU:
ASSESSORIA DE MARKETING E IMPRENSA
MARA LOPES
maralopes.assessora@gmail.com  “

sábado, 28 de janeiro de 2012

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Concursos da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil

Estão abertas as inscrições da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para recebimento de projetos para um série de concursos. Os concursos tem como objetivo dar visibilidade aos diversos programas de incentivo à leitura, junto aos públicos infantil e juvenil. As inscrições poderão ser feitas até março de 2012. Clique aqui e veja os regulamentos completos

Livros de Baixo Preço

Bibliotecas começam a escolher livros junto à Fundação Bilioteca Nacional para seus acervos

A Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura (FBN/MinC), incluiu mais de dez mil títulos no Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço. Com isso, cerca de 2.500 bibliotecas públicas estaduais, municipais, comunitárias, rurais e pontos de leitura do país, inscritos no Cadastro Nacional de Bibliotecas Públicas, já começaram, desde a última sexta-feira (13/01), a escolher os livros preferidos por seus usuários.

A iniciativa faz parte do Programa de Ampliação e Atualização de Acervos das Bibliotecas de Acesso Público, criado em 2011 pela Biblioteca Nacional, com recursos de R$ 40 milhões. Com este orçamento, o maior feito pelo MinC na recomposição do acervo da rede de bibliotecas públicas do país, o Programa de Ampliação trouxe uma grande novidade, que foi a liberdade para a escolha dos livros que irão compor o acervo de cada biblioteca. Como ponto de partida, foi lançada uma lista de livros inscritos pelas editoras no Cadastro Nacional de Livros de Baixo Preço, cujo valor final de venda ao consumidor não ultrapasse R$ 10,00.

O prazo para as editoras efetuarem o cadastro dos livros que servirão de base para a escolha das bibliotecas venceu no final de 2011. No edital, a FBN/MinC também convocou as livrarias, bancas de jornal e outros varejos interessados em fornecer os livros a se inscreverem no Cadastro Nacional de Pontos de Venda. O valor a ser adquirido pelas bibliotecas diretamente junto a esses pontos de venda chegará, entre janeiro e março de 2012, a R$ 34 milhões.

Protagonismo

“Este é um momento único no setor da biblioteconomia brasileira. Com estes editais invertemos uma lógica pré-estabelecida”, afirma o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, idealizador do projeto. “Bibliotecários e demais agentes que mediam a leitura assumirão, pela primeira vez, o protagonismo na escolha dos livros que seus leitores desejam ler”, afirma.

Segundo estimativas do presidente da FBN, as bibliotecas públicas municipais, estaduais, rurais e comunitárias que se cadastrarem para participar do edital, receberão um cartão-livro com crédito que, em média, será de R$ 5 mil, “valor muito acima da média histórica de investimento do Ministério. É um claro sinal da importância do tema para o Governo Federal”.

 Bibliotecas vão escolher os livros

Em outro edital, publicado no dia 6/12/2011, as bibliotecas do país puderam indicar os livros que gostariam de ter em seus acervos para atender aos seus leitores. Os 350 títulos mais votados pelas bibliotecas habilitadas terão edições inteiras (4 mil exemplares) adquiridas para distribuição gratuita. A única condição seria que as editoras interessadas fizessem edições mais baratas desses títulos para que sejam vendidos no mercado a preços de capa até R$ 10. Serão destinados R$ 13 milhões para esta ação.

(Texto: Nemésia Antunes – Ascom/MinC)
in: http://www.cultura.gov.br/site/2012/01/20/livros-de-baixo-preco/

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Temporada de feiras de livros na Europa






O Salão do Livro de Paris e o Londres Book Fair são os principais eventos da agenda literária previstos para o mês de março e abril no exterior. Editores e livreiros brasileiros já contam os dias para a temporada na Europa.
No dia 16/3, será aberto o Salão do Livro de Paris, que segue até 19/3. Londres Book Fair começa dia 16/4 e vai até 18/4, no Earls Court. Karine Pansa, presidente da CBL,  irá apresentar o Look At Brazil, na feira de Londres destacando os recentes dados de desempenho do mercado editorial brasileiro. Entre os destaques da apresentação, o segmento do livro infantil e o intercâmbio de direitos autorais terão especial atenção. Ações como essas permitem que o Brasil também se posicione como fornecedor de conteúdos do mercado editorial brasileiro. Os estandes do Salão do Livro de Paris e Londres Book Fair são organizados pelo Minc, MRE, FBN e CBL e nos dois eventos acontecerá à apresentação do mercado brasileiro.
Para participar as editoras interessadas deverão procurar a CBL pelo, e-mail brazilianpublishers1@cbl.org.br.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O sertão particular de Linaldo Guedes


Por Cecília Lima
Cecilialima.pb@dabr.com.br


Um homem e seu sertão interior. A poesia do paraibano Linaldo Guedes é impregnada não apenas das lembranças da sequidão do cenário onde nasceu em 1968 e viveu sua infância - a cidade de Cajazeiras. Há, além disso, a aridez de suas inquietações particulares e a sensibilidade de “matuto treinado”, que fala pouco e escuta muito. Essa é a essência do terceiro livro do autor, Metáforas para um duelo no Sertão, publicado pela editora Patuá de São Paulo e disponibilizado ao público neste início de ano.

Linaldo Guedes é poeta e jornalista. Já lançou dois livros de poemas: Os zumbis também escutam blues (Editora A União, 1998) e Intervalo Lírico (Forma Editorial, 2005), além de poemas publicados em antologias e diversos sites de literatura em todo o país e no exterior. O lançamento de Metáforas para um duelo no Sertão está previsto para o início de fevereiro em João Pessoa, em data ainda a ser confirmada. Depois, o poeta deverá lançar a obra em Campina Grande, Cajazeiras, Recife, São Paulo e Brasília. O livro já pode ser adquirido através do site www.editorapatua.com.br.

“A inspiração para fazer poesia vem     da observação do cotidiano, antes de tudo. Mas minha poesia tem muito de autobiografia. São minhas vivências, meus conflitos e inquietações, que fazem brotar poemas em meu Sertão lírico”, reflete Linaldo, que é também jornalista e atualmente faz parte da equipe do jornal O Norte como editor do caderno de Política. Desta tendência “autobiográfica” é que surgem poemas de temáticas tão diversas como o erotismo e a própria falta de inspiração para escrever.

Apesar de ter deixado Cajazeiras aos 11 anos para viver na capital, João Pessoa, o autor considera relevante para sua poesia o período em que morou no da Paraíba. “Sai de lá muito cedo, mas muita coisa ficou na memória. Lembranças de meus avós e primos, das tradições religiosas, das primeiras brincadeiras. E influências também da paisagem sertaneja, da vida mais lenta e da forma mais conservadora de ver o mundo. No livro há muitos poemas que remetem a esse universo”.

A presença do Sertão na poesia de Linaldo Guedes é abordada no prefácio do novo livro pelo também poeta Antônio Mariano, que em seu texto faz uma constatação: “Linaldo é um poeta determinado em não se esconder por trás das palavras”. O prefaciador faz mais observações sobre o estilo do poeta. “(Ele) cultua uma poesia simples, sem grandes laivos de invenções, malabarismos de linguagem. Em sua maioria, seus poemas são fluentes, impulsivos, predominantemente coloquiais”, avalia.

Metáforas para um duelo no Sertão traz também citações expressas de escritores que dialogam com a obra de Linaldo Guedes, a exemplo dos poetas Charles Baudelaire em “(A) caba (que é) marcado” e Federico Garcia Lorca em “Quimera”. A lista de “inspiradores” é grande, garante Linaldo. “Desde os 12 anos sou um consumidor voraz de livros, principalmente de poesias. É natural que muitos autores acabem ‘invadindo’ minha produção vez por outra. Tenho admiração pela poesia de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Augusto dos Anjos, Augusto de Campos, João Cabral de Melo Neto… São muitos”.

Muitas das poesias que hoje integram Metáforas para um duelo no Sertão foram previamente postadas no blog que Linaldo mantém há anos: www.linaldoguedes.blog.uol.com.br. Para ele a internet é um veículo muito poderoso, mas sem ter o poder de alterar a forma de escrever, servindo apenas para divulgação. “Todos os meus poemas inéditos são publicados primeiro em meu blog, que funciona como uma espécie de laboratório. Depois decido se publico ou não em livro, geralmente com alterações. A interação é legal. Hoje, redes sociais como twitter e facebook esvaziaram um pouco a força desse tipo de canal”.

(Matéria transcrita da edição do jornal O Norte de domingo, dia 15 de janeiro de 2012)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Entre livros e maçãs: uma reflexão sobre a relação das livrarias com o autor paraibano



Em tempos de redes sociais, as relações humanas têm cada vez mais se pautado pela reciprocidade. “segue-me que eu te sigo” ou  “curte meu status que eu curto o teu” é a filosofia da boa vizinhança do momento. Traduzindo  estes termos para o mundo real e carnal, isso quer dizer que nos tempos hodiernos, quem mais interage é mais popular, tem mais amigos e, por conseqüência, é mais influente. Infelizmente, no mundo literário há figuras que não suportam ser plateia.  Não aceitam ser coadjuvantes, nunca, ou seja, só querem ser “seguidos”. Entretanto, não é de pessoas que quero falar, mas sim de livrarias.

É público e notório que mesmo com a crescente produção de livros digitais, as edições em papel na Paraíba só têm crescido. É impressionante o número de livros lançados na província nos últimos tempos. Também não vou entrar no mérito qualitativo dos livros, pois a reflexão aqui é outra. A questão é para onde vai toda esta produção? Digo sem medo, fica na casa do próprio autor, que, para se ver livre dos vários exemplares encalhados, doa-os ou vende-os por um preço abaixo do custo. E as livrarias? Bem, quando elas, em sua minoria, se dispõem a receber livros de autores “da terra” cobram os olhos da cara para não expor os livros.

Acho que há certa sordidez nesta relação. O espaço reservado aos escritores paraibanos é sempre o pior possível. Parece que livros de produção local, como maçãs podres, contaminam os demais produtos do salão de vendas.

Contra tudo isso, eis que (re) surge a tradicional Livraria do Luiz. O empreendimento que já tem quarenta anos de vida no mercado do livro ganhou sangue novo e, segundo Carlos Roberto de Oliveira, novo sócio da marca, terá o diferencial de privilegiar o autor local ou radicado no Estado e suas obras, dando-lhes  um espaço de destaque. Característica, aliás, iniciada por Luiz há quatro décadas.

A reinauguração do espaço será no dia 1 de março. Mesas para leitura, café, espaço infantil e um ambiente acolhedor, bem diferente da frieza das livrarias dos shoppings são algumas das marcas da nova/velha livraria.

Não quero ser bairrista, separatista ou qualquer coisa do tipo. Só acho que a literatura produzida por aqui, se não é melhor do que a produzida no resto do país, no mínimo a ombreia. Daí, o fato de ser absurdo o tratamento dispensado aos livros de nossos escritores.

Para concluir, digo que vou seguir a @livraria do Luiz, vou curtir seu status, indicar para amigos e vou, principalmente, comprar livros, retribuindo, assim, a deferência.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Programa Pequenos Escritores

A Comissão de Educação e Cultura aprovou  o projeto de lei que institui o “Programa Pequenos Escritores”, a ser executado nas escolas da rede pública, em todos os níveis da educação básica. O projeto tem o objetivo de contribuir com a Política Nacional do Livro.

Pela proposta, as escolas deverão instituir oficinas de leitura e produção de textos, com vistas a descobrir novos talentos. O governo federal deverá disponibilizar recursos para os estados e municípios, para financiar o programa e firmar convênios com gráficas e editoras encarregadas da edição dos trabalhos selecionados.

Agora, o projeto segue para as comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e Cidadania para aprovação.

*Com informações da Agência Câmara

sábado, 21 de janeiro de 2012

Qual o futuro dos livros de papel? E, por consequência, das editoras e livrarias?

Por André D'Angelo

Volta e meia leio declarações de livreiros, escritores ou bibliófilos dizendo que “o livro de papel nunca vai acabar”. Eu não teria tanta certeza. Entendo perfeitamente que quem se acostumou a ler no formato impresso tenha dificuldade para se adaptar ao formato digital – eu mesmo me enquadro nesse grupo. Tendemos a imaginar que nosso desconforto é compartilhado por um número grande de pessoas, suficientes para sustentar o mercado do produto em papel, o que até é verdade atualmente.

geracao-tablet-350No entanto, parodiando Keynes, a geração de leitores da qual fazemos parte estará morta no longo-prazo - e será sucedida por outra que terá aprendido a ler em gagdets digitais. Nada mais representativo disso do que o vídeo da menininha de 2 anos decepcionando-se com um livro, por ele não ter “tela” sensível ao toque como um tablet...

Mas o que será de todo o mercado que gira em torno do livro de papel quando a substituição completa pelo digital acontecer? Ou, por outra: é possível tornar rentáveis negócios “livro-dependentes” durante esse período de transição do papel ao eletrônico?

Alguns exemplos indicam que sim. E as palavras “adaptação” e “criatividade”, por mais clichês que pareçam, são as mais indicadas para defini-las.

Adaptação foi o que fizeram as grandes redes de livraria. Não tiveram muitos pruridos de deixar de vender apenas livros para comercializar, também, CDs, DVDs, papelaria e informática. E não é de duvidar que aumentem o mix de produtos nos próximos anos; a Saraiva, por exemplo, já ensaia se tornar uma supervarejista online, comercializando (quase) de tudo.

Mas e as pequenas lojas? Aquelas especializadas – em livros médicos, por exemplo –, têm mais chance de resistir, ao menos em tese. Mas mesmo para as que têm um mix mais convencional, há chances de diferenciação. Daí entra o quesito “criatividade”. Nos EUA, algumas lojas têm vendido produtos relacionados ao tema de seus livros, em prateleiras contíguas. Assim, publicações sobre jardinagem são acompanhadas de vasos e pás; livros de culinária, de apetrechos de cozinha; e assim por diante.

Outras têm promovido encontros-relâmpago entre apreciadores de literatura em suas lojas – uma forma de atrair pessoas com interesse afins (leitura e namoro) e gerar tráfego no ponto-de-venda.

E quanto às editoras? Talvez demore para isso acontecer, mas creio que o livro de papel vai se tornar um produto premium, de pequena escala e preço elevado – mais ou menos o que aconteceu com o disco de vinil, recentemente.

Nesse aspecto, a editora indiana Tara Books parece ser um bom benchmark. Especializada em livros impressos à mão, repletos de ilustrações coloridas e de acabamento refinado, a casa não faz mais de 5.000 exemplares de cada obra. No Brasil, as editoras que importam os livros da Tara, geralmente de temática infantil, vendem por R$ 50,00 a R$ 65,00 obras com no máximo 45 páginas – preço bem salgado para os padrões nacionais. Mais até do que para ler, algo para presentear, guardar e colecionar.

A transição do papel para o eletrônico não se fará sem vítimas, sabemos disso. Muitos negócios sucumbirão, mas outros tantos deverão surgir ou se fortalecer – como em todo ciclo de vida das tecnologias. 
 
 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

UFPB e ALANE celebram os 100 anos do livro EU






UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Programa de Pós-Graduação em Letras
ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DO NORDESTE – ALANE-PB

1ª Circular

A Universidade Federal da Paraíba, através do Programa de Pós-Graduação em Letras e a Academia de Letras e Artes do Nordeste - Núcleo da Paraíba- ALANE-PB promoverão no próximo ano o Congresso Nacional de Literatura sob o Tema “EU: Cem Anos de Poesia”, em comemoração ao centenário de publicação de o EU, de Augusto dos Anjos, com o objetivo de possibilitar ampla discussão acadêmica e científica sobre a vida e obra de Augusto dos Anjos e de questões relacionadas a diversas áreas dos estudos literários e da linguagem, promovendo o intercâmbio de professores, estudantes, acadêmicos e especialistas de todo o Brasil.

A Programação constará de Conferências, Mesas-Redondas, Sessões de Comunicações Individuais, Lançamento de Livros e Revistas, Programação Cultural.

Serão acolhidos trabalhos nas seguintes áreas temáticas

·         Vida e Obra de Augusto dos Anjos
·         Poesia Brasileira
·         Literatura Regional
·         Literatura Popular
·         Análise do Discurso Literário
·         Linguística e Literatura

Período de realização: 03 a 06 de junho de 2012.
 
Local: Universidade Federal da Paraíba – Campus I
João Pessoa – PB
Primeiros Contatos: socorro.aragao@terra.com.br
As Inscrições se iniciarão em 30 de Janeiro de 2012


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Livro Cangaceiros do Nordeste será lançado na Livraria do Luiz


O livro Cangaceiros do Nordeste, de Pedro Baptista,confeccionado pela Sebo Vermelho Edições, editora de Natal (RN), será lançado nesta sexta-fera, dia 20, na Livraria do Luiz, na Galeria Poeta Augusto dos  Anjos, às 16h00.O evento também marca a reinauguração da ampliação da livraria, com quarenta anos atuando no mercado da cidade de João Pessoa.

Publicado originalmente no ano de 1929, setenta e dois anos depois o livro é reeditado em edição fac-similar, a partir de um exemplar cedido pelo professor Francisco Pereira de Lima, de Cajazeiras, organizado pelo sebista e editor Abimael Silva, do Rio Grande do Norte.
Tendo sido publicado em 1929, o livro do paraibano Pedro Baptista leva o leitor a um passeio pelo Nordeste entre o final do século XIX e inicio do século XX, com o surgimento de grupos de homens armados que passaram a atuar na região. O mais famoso dos cangaceiros, Virgolino Ferreira da Silva, Lampião, não aparece como figura central. São tratados outros cangaceiros que também atuaram em vários Estados, sobretudo Paraíba e Pernambuco. 

Cangaceiros do Nordeste conta a história do cangaço, do ano de 1724 até o começo do século XX, na Paraíba, Pernambuco, Piaui, Ceará e Rio Grande do Norte e destacam nomes de cangaceiros conhecidos e outros desconhecidos, como Padre Veras, José Antônio, Cabeleira, José Félix Mari, Jesuino Brilhante, Liberato e outros, que tiveram um raio de atuação por toda Serra do Teixeira, Serra da Borborema e Pajaú. A Paraíba é diversas vezes citada como palco das ações destes bandoleiros.

O livro de Pedro Baptista se constitui numa raridade no gênero, mesmo que não tenha referência a Lampião, mas traz uma rica biografia de muitos outros bandoleiros que habitaram a região e não  conhecido do grande público.

O autor nasceu na Paraíba no ano de 1876 e faleceu em 1937, sem percebe a importância de sua obra.

Linaldo Guedes lança novo livro de poemas, que já pode ser comprado na Internet



O jornalista e poeta paraibano Linaldo Guedes estará lançando, no início de fevereiro, pela Editora Patuá, de São Paulo, o seu novo livro de poemas. Intitulado “Metáforas para um duelo no Sertão”, o livro trará 106 poemas inéditos do autor e tem prefácio do poeta e escritor Antônio Mariano. A obra já pode ser adquirida no site da editora pelo endereço:www.editorapatua.com.br.

Segundo Antônio Mariano, no prefácio da obra, Linaldo Guedes compôs mais de uma centena de poemas integrando este  Metáforas para  um duelo no Sertão. “Considerável número de objetos. Plural quis ser. Tantas vezes substantivo, tantas vezes adjetivo. Metáfora, figura de linguagem literária desgastada, abusada por tantas mãos inábeis que perdeu a graça para os poetas ambiciosos de invenção. Metáforas há que aqui se revestem de senso e sensibilidade”, comentou.

Linaldo Guedes é poeta e jornalista. Nasceu em Cajazeiras (Alto Sertão da Paraíba) em 1968. Lançou dois livros de poemas: Os zumbis também escutam blues (Editora A União, 1998) e Intervalo Lírico (Forma Editorial, 2005). Como jornalista, atuou nos principais jornais da Paraíba e foi editor do suplemento Correio das Artes por seis anos. Tem poemas publicados em antologias e diversos sites de literatura em todo o país e até no exterior. O lançamento de “Metáforas para um duelo no Sertão” está previsto para o início de fevereiro em João Pessoa, em data ainda a ser confirmada. Depois, o poeta deverá lançar a obra em Campina Grande, Cajazeiras, Recife, São Paulo e Brasília.

do blog http://linaldoguedes.blog.uol.com.br/


para comprar o livro click aqui

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dicas para incentivar seu filho a ler todos os dias e, assim, ter amor pelos livros




Pesquisas mostram que quanto mais cedo se começa ler maiores são chances de se tornar um leitor assíduo

Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. “Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores”, diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).

A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras.

Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children’s Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivale a 50 mil dólares a mais na sua futura renda.

Então, o que está esperando? Veja nossas recomendações e estimule seu filho a embarcar na aventura que só o bom leitor conhece. Você pode encontrar boas dicas de livros em nossa biblioteca básica de leitura!

Foto: Dennis M. Ochsner / Getty Images
Dica da Cris Guimarães


fonte: http://www.livrosepessoas.com/

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Governo Federal quer investir na literatura em 2012 no Brasil

  foto: Jair Araújo / 05/09/2009 Governo quer lançar programa para baratear preço dos livros

Brasília - O governo federal vai executar até dezembro uma série de projetos na área cultural. O ministro interino da Cultura, Vítor Ortiz, disse, em entrevista à Agência Brasil, que o principal deles é construir pelo menos 400 praças culturais em todo o país, além de estimular a leitura, ampliar os investimentos em artes visuais, dança, teatro, música e melhorias na infraestrutura das casas de espetáculos.

No primeiro semestre deste ano, será lançado o programa do 'Livro Popular'. A proposta é pôr em prática medidas que levem ao barateamento do preço do livro para que fique em torno de R$ 10. Na prática, o projeto deverá envolver bibliotecas, editoras e parcerias dos governos federal e estadual. O texto ainda está em elaboração pelo Ministério da Cultura, mas até o final deste mês segue para o Palácio do Planalto.
O mesmo tempo, serão lançados programas de incentivos à leitura. “Queremos mostrar os aspectos positivos da leitura a todos os segmentos da sociedade. Aí será unido o gosto pela leitura e o bom preço dos livros”, disse o ministro interino.

A determinação de ampliar o prazer cultural inclui a construção de 400 praças de esportes e cultura em todo o país. O projeto começou em 2011, mas este ano foi ampliado. O objetivo é que esses locais sirvam de incentivo para as crianças, adolescentes e jovens em comunidades carentes.
“Estamos planejando um ano de muitas ações, executando alguns projetos que estão em curso e outros que serão lançados ao longo do ano. A orientação é para trabalhar e estimular a valorização do que chamamos de economia criativa que envolve a compreensão de que aplicar em cultura é gerar emprego e movimentar o setor econômico do país”, destacou Ortiz.

Com a determinação de mudar a mentalidade em relação à cultura, o ministério prepara o programa Economia Criativa. Nele, os investidores terão informações sobre como aplicar em cultura pode gerar lucros e valorizar o potencial da economia brasileira. “É importante esclarecer e mostrar como o processo funciona. É nisso que estamos trabalhando”, disse.

Em parceria com os estados, o governo decidiu apoiar a construção e a reforma de teatros. Os investimentos iniciais são para a construção do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), no Rio Grande do Sul, e das restaurações dos prédios do Teatro de Natal, no Rio Grande do Norte, e do Teatro Brasileiro da Comédia, em São Paulo.

Os projetos organizados pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), a ampliação de pontos culturais inseridos no Plano Nacional de Cultura – que reúne 53 metas que devem ser executadas até 2020 – e a divulgação de editais para a implementação de trabalhos de artes visuais, teatro, música, fotografia e dança também estão na relação das prioridades do governo até o final deste ano.


Lançamento do Livro "Os Sonhos e o Horizonte"

 De passagem pela Paraíba, o Autor José Maria Rodrigues lançará em João Pessoa, no dia 19 de janeiro (quinta-feira), o seu Livro de Contos “Os Sonhos e o Horizonte”, das 20h ás 22h, na Livraria Leitura, do Manaíra Shopping.  


José Maria Rodrigues é natural de Mamanguape, radicado no Rio de Janeiro, desde a década de setenta, tem acumulado prêmios em concursos de dramaturgia e festivais. Um dos seus conhecidos textos “Homem de Nazaré” deu origem as grandes Vias Sacras de ruas de João Pessoa, já são mais de 40 montagens diferentes em diversas cidades do Brasil, sendo indicado ao Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, edição 2009, pelo projeto Via Sacra da Rocinha.


O livro “Os Sonhos e o Horizonte” foi lançado o ano passado no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro e o autor também fará o lançamento dia 17 de janeiro, no Rotary Club de Mamanguape.

 Sobre “Os Sonhos e o Horizonte” 

José Maria reúne neste livro seis curiosos contos, que prefere chamar de histórias curtas, tendo como universo narrativo Mamanguape, sua cidade natal. Mas logo adianta que se trata de ficção, e apesar de em alguns momentos usar como personagens pessoas conhecidas na cidade, faz sempre como homenagem e com carinho pela lembrança que tem delas. 

Mesmo quando se inspira em fatos reais, como o roubo dos santos na matriz de S. Pedro e S. Paulo, na década de setenta do século passado, ou o saque no palacete dos Lundgrins, na Vila Monte-Mor, em Rio Tinto, que a época pertencia a Mamanguape, logo após a Segunda Grande Guerra, faz aproveitando fatos da realidade e figuras conhecidas para dar mais veracidade a sua ficção, aos acontecimentos e as situações que deseja revelar. Ele está mais interessado na alma dos seus personagens, nas suas vidas, e na capacidade de se superarem e nos surpreenderem.  

São histórias satíricas (“O Dia em que Hitler veio ao Brasil”), de humor (“Três cachaças e um Padre Nosso”), com pinceladas de realismo mágico (“Quem acredita em bêbado?”), que revelam personagens virtuosos, amorais, patéticos, às vezes, embrenhados nas armadilhas de crenças e ideologias, nem sempre saudáveis, mas que ainda assim, permitem revelar suas humanidades por caminhos tortuosos e em situações extremas. 

Neste sentido alinha-se ao Totonho de “As Águas do Traz-e-Leva”, romance publicado pelo autor na década de noventa, como são muitos personagens da dramaturgia de José Maria, que nos apresentou em fevereiro do ano passado o angustiado Cilenus de “A Comédia do Abandono”, ou o Monteiro de “As Fãs de Frank Sinatra”, que teve na década de 80 duas montagens aqui em João Pessoa, uma dirigida pelo Elpídio Navarro, com Ednaldo do Egito e outra pela Anunciada Fernandes. 

Histórico do Artista - José Maria Rodrigues Monteiro “Zé Maria”
José Maria Rodrigues começou sua carreira de ator no Grupo Oficial do Teatro Santa Rosa em 1969, na peça “Viva a Nau Catarineta” de Altimar Pimentel, direção de Elpídio Navarro, em seguida foi ator em “Pedro Corredor” da mesma dupla, quando teve a oportunidade de ganhar seu primeiro prêmio: Ator entre os 10 mais, no VI Festival Nacional de Teatro do Estudante, Aldeia de Arcozelo - no Rio de Janeiro, famoso festival do Paschoal Carlos Magno. Na Paraíba trabalhou ainda com José Bezerra Filho, ao lado do saudoso Ednaldo do Egito e foi parceiro de Nautilha Mendonça no Grupo Moca. No Rio trabalhou com José Renato Pécora, Luiz Mendonça e Bia Lessa, mas o que fez mesmo foi trabalhar com suas próprias peças. Escrevendo e dirigindo grandes montagens com elencos de mais de 100 pessoas às vezes, como em “O Dia Em Que Lampião Invadiu o Rio de Janeiro” e “Histórias da História”, além do projeto “O Homem  de Nazaré - A Via Sacra de Hoje”, que estreou em 1983, saudado pelos críticos como um texto inovador naquele momento e que vem sendo apresentado anualmente desde então, já são mais de 40 montagens diferentes em diversas cidades, mais ainda no Rio de Janeiro na Rocinha, projeto que foi indicado ao Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, edição 2009. 

No cinema José Maria atuou recentemente em “Espiral”, do jovem cineasta Paulo Pons, da PAX Filmes, teve um roteiro de curta metragem: O Cego, o Diabo e o Bom Pastor, produzido pelo Grupo Nós do Cinema em 2008. Trabalhou em vários programas da TV Educativa na década de 80, especialmente no seriado As Aventuras do Tio Maneco, de Flávio Migliaccio. No carnaval deste ano começará a rodar seu próprio filme, o longa: "O Vampiro de Santa Teresa". Trata-se de uma sátira aos filmes de vampiro, uma discussão sobre fazer cinema no Brasil e um sarro sobre os maus políticos. Pretende que as pessoas riam, mas percebam que por trás do humor, está falando de coisas sérias.    

José Maria  Rodrigues é romancista de As Águas do Traz-e-Leva, e autor dos juvenis: Uma Família Brasileira e O Homem que pensava mudar o mundo. Em 2007 publicou Por uma dramaturgia de raízes populares, onde reúne alguns de seus textos premiados e histórias do início de sua carreira.  José Maria Rodrigues é editor da Taba Cultural Editora.

Serviço:

“Os Sonhos e o Horizonte”,  Livro de Contos

Autor: José Maria Rodrigues Monteiro.

Editora: Taba Cultural Editora, Rio de Janeiro.  

Local: Mamanguape: Rotary Club
             João Pessoa: Livraria Leitura do Manaíra Shopping

Dia:  17 de janeiro – terça-feira (Mamanguape)
         19 de janeiro - Quinta-feira (João Pessoa) 
        
Horário:  Mamanguape: 19h ás 21h (duas horas).
                 João Pessoa: 20h ás 22h (duas horas).

Valor do exemplar: R$ 20,00 (Vinte Reais)

Informações: (83)2106-6323/6324

Contato do Autor: zemaria@tabacultural.com.br

Conheça o site da Editora Taba Cultural: www.tabacultural.com.br



com Sheilla Martins  - Assessoria

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CAIXA BAIXA: 1 ano e muitas histórias pra contar


Ainda lembro-me do dia em que betomenezes me ligou, em dezembro de 2010, propondo uma confraternização de escritores no bar do Elvis em João Pessoa.  Topei na hora. Achei a ideia sensacional. Músicos, atores, artistas plásticos, entre outros já têm sua patota formada e organizada há tempos. E os escritores? Tanta coisa em comum, papos tão bons nos encontros raros e ao acaso, entretanto, cada um na sua.

O CAIXA BAIXA uniu jovens escritores das mais variadas origens, opiniões e influências. Às vezes, a convivência não é fácil, confesso. Todavia, a sinceridade, sempre crua, é mais edificadora para o fazer literário do que o elogio fácil.

Amigos e amigas do CB, cada um de vocês, em maior ou menor grau, tem meu respeito, carinho e admiração. Saibam que sinto um orgulho da molesta de ter o privilégio de conviver com pessoas tão amigas e escritores tão bons.

Vida longa pra nós!!!!

Abraço

jairo