segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O twitter e a literatura diminuta



Odeio segunda-feira. E pra começar bem a semana, em visita ao blog do CAIXA BAIXA, me deparo com a seguinte opinião do amigo Helber:

A promiscuidade do twitter é deletéria. O microconto é a twittização da literatura. Nós não precisamos de microcontos, precisamos de literatura.”

Fico pensando como a modernidade nos afeta e altera nossa vida.

Os haicais são milenares, conviveram com epopéias, bíblia  e outros livros imensos. Nunca ninguém questionou a quantidade de caracteres de um haicai.

Sabem qual o motivo? Porque não havia twitter. Não havia rede social alguma que obrigasse o escritor a comunicar-se com apenas 140 letras.

Hoje, devido à limitação de tempo e espaço que é imposta ao homem moderno, há questionamentos dessa ordem.

Arte não se mede com esquadro ou fita métrica, não precisa ser engajada ou ter compromisso com a ética em vigor. A arte se basta, basta ser arte. No caso da literatura,  o escritor tem um punhado de ferramentas que a linguagem oferece, e, a seleção cuidadosa deste material de trabalho, é suficiente para um bom texto.
Persuadir, encantar e universalizar sentimentos é muito mais importante do que o tamanho de um texto.

Bem, a discussão é boa. Quem topa entrar nela?

Crônica de Luiz Augusto Crispim

  O presente


Não era dia dos namorados, mas queria impressionar a mulher amada com algo arrebatador, diferente da vulgaridade desses artigos de promoção que aparecem a cores nos encartes de domingo.
Nada de estojo de toucador, muito menos essas quinquilharias fabricadas em série para amantes seriados. Encomendou a um mercador do Oriente que trouxesse a mais fina seda que pudesse encontrar nos bazares da Pérsia ou nos cantões da China.
Ora, meu caro senhor, respondeu o homem, com certa ironia. Onde quereis que vos adquira tão disparatada mercadoria? A Pérsia já não existe mais. Agora, ela produz petróleo, com outro nome e a China trabalha tanto, que nem se lembra de tais frivolidades.
Pediu, então a outro viajante que procurasse nalguma praça de Madri uma mantilha de renda negra, orlada de fios prateados, de modo a contrastar com a fronte da mulher amada. O negociante espantou-se com o pedido e contestou irritado:
Sois louco, senhor? Por quem tomais os espanhóis? Acaso imaginais que ainda tangem as cordas de canoras guitarras, em românticos pátios mouriscos? Já não existem mantilhas, senão as de rendas sintéticas, que podeis encontrar no supermercado mais próximo.
Mas não perdeu as esperanças e escreveu a uma vendeuse francesa, rogando que lhe enviasse um frasco da mais pura fragrância parisiense, de preferência do boudoir da Pompadour ou da alcova de Desirée.
Desolado, recebe a resposta: “Pardon. Monsieur pt. Vossa encomenda é anacrônica et demodé pt mercadoria esgotada pt Nossos bistrôs somente produzem aromas programados por computador. Au revoir.
Quem sabe, na Itália, o aroma não fosse tão mecânico? Implorou, então, a um veneziano que embarcava de férias. Que comprasse o melhor tecido italiano, feito especialmente por tecelãs da Calábria, se possível.
Também desta vez não seria possível satisfazer a tão insólito e apaixonado desejo. Explicou o italiano que a Calábria já não se ocupava dessas ninharias. Agora, era um parque industrial de grande porte. E aconselhou que o enamorado pensasse em algo de mais moderno, mais up-to-date.
Acabou dando razão ao amigo veneziano. Precisava mesmo escolher alguma coisa naqueles padrões anunciados na televisão, ainda mais com a vantagem de ser financiada em tantas prestações quantos fossem os meses de duração do amor...
Pois é. Até no amor as regras mudam. Quem quer saber mais daquele namorar caseiro, nem tampouco daqueles mimoseios de seda chinesa dos tempos das raparigas em flor?
Cancelou, então, as encomendas e foi passear no shopping, onde arrumou uma nova namorada a quem nunca deu presente nenhum.
Sexta, 15/8/2003

Texto de Moacyr Scliar

De volta a Praga

Estive em Praga pela primeira vez em 1978. Ia em busca da cidade de Franz Kafka, e cidade de Franz Kafka Praga era, sombria como a literatura do grande escritor. Era inverno; a temperatura era de dezessete graus negativos, o sol nunca aparecia. E era o auge do estalinismo; o clima emocional correspondia ao clima meteorológico: pessoas tristes, caladas, ruas escuras, mal-iluminadas.

Nas lojas, pouca coisa para comprar; as prateleiras estavam vazias. O que, contudo, correspondia a uma certa lógica, como me explicou um livreiro que parecia sincero em seu  comunismo. Numa economia planificada, argumentava,  destinada a atender exclusivamente às necessidades da população, não poderia haver artigos sobrando. De qualquer modo aquilo parecia, ao menos para quem estava acostumado à economia de mercado, ao neon da publicidade e às ofertas de produtos diversos, algo estranho, para dizer o mínimo.

 
Esta estranheza chegou ao auge quando, no embarque para a viagem de volta, o segurança do aeroporto deteve-me e revistou minuciosamente minha mala. Por que o fazia? Se eu estivesse entrando no país, poderia estar trazendo contrabando; mas eu estava saindo, o que importava ao homem minha bagagem? De repente, dei-me conta; ele estava em busca de material subversivo, aquilo que à época era conhecido pelo termo russo de “samizdat”, livros e folhetos contra o regime, que eu poderia estar contrabandeando para o mundo capitalista. Felizmente eu não tinha nenhum “samizdat”, o que teria representado um sério problema.

Na semana passada voltei a Praga, a convite da Universidade Carolina, a mais antiga da Europa Oriental. Tratava-se de um evento promovido por nossa embaixadora na República Tcheca, a dinâmica Leda Lucia Camargo, aliás gaúcha de Porto Alegre. Dei uma palestra sobre Kafka, a América Latina e o Brasil, para um público formado de professores e alunos de literatura brasileira. Visitamos a cidade, minha mulher e eu. De novo foi uma surpresa, desta vez agradável. Para começar os dias eram amenos, ensolarados. E Praga é uma cidade vibrante, que preserva seu passado histórico e artístico, mas está voltada para o futuro.

 
A quantidade de atrações culturais é incrível. No passado, Kafka era um escritor semi-marginalizado pelo regime; agora é uma presença constante – existe inclusive um Museu Kafka, que reconstitui a trajetória desse grande escritor, que morreu cedo, sem ter sua obra reconhecida. Um homem esmagado pelo conflito com o pai, um homem que jamais conseguiu manter uma relação estável com mulheres e que, ao perecer vitimado pela tuberculose, pediu ao amigo Max Brod que destruísse seus originais (coisa que Brod felizmente não fez). Se Kafka fosse nosso contemporâneo, talvez tivesse tido um destino diferente; no divã do psicanalista (em sua época Freud estava ainda no começo da carreira) poderia ter compreendido melhor os seus problemas.

A pergunta, obviamente ociosa, é se não teria produzido então outro tipo de literatura, menos deprimente mas também menos genial. Uma literatura, digamos, mais 2010 e menos 1978. Não temos como responder a esta questão. A história das pessoas, como a história da humanidade, às vezes toma rumos inesperados. E isso, que pode ser não raro angustiante, representa o desafio do qual, no caso de Kafka, resultou uma grande literatura. Sombria, como é o clima psicológico sob o autoritarismo, mas mesmo assim grande.
 
Mais um Scliar com sotaque francês

quarta-feira, 27 outubro 2010, pulbicado por Ivan Pinheiro Machado, o PM da L&PM Editores, uma das casas do autor

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Morre o escritor Moacyr Scliar

Socializo e-mail enviado por Lau Siqueira:
 
Saiu no caderno Ilustrada da Folha
Morre o escritor Moacyr Scliar
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GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE (RS)

Morreu neste domingo (27) o escritor e colunista da Folha Moacyr Sclyar, 73. A morte ocorreu à 1h. Segundo o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, onde ele estava internado, Scliar teve falência múltipla dos órgãos.
O escritor sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico no dia 17 de janeiro. Ele já estava internado para a retirada de pólipos (tumores benignos) no intestino.
Logo depois do AVC, o escritor foi submetido a uma cirurgia para extirpar o coágulo que se formou na cabeça. Depois da cirurgia, ele ficou inconsciente no centro de terapia intensiva.
O quadro chegou a evoluir para a retirada da sedação, mas no dia 9 de fevereiro o paciente foi abatido por uma infecção respiratória e teve de voltar a ser sedado e à respiração por aparelhos.
Por causa da idade, os médicos evitaram fazer prognósticos sobre a recuperação do escritor.
CARREIRA
Nascido em Porto Alegre e formado em medicina, o escritor e colunista da Folha publicou mais de 70 livros entre diversos gêneros literários: romance, crônica, conto, literatura infantil e ensaio.
Sua obra tem forte influência da literatura fantástica e da tradição judaica.
Integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2003, Scliar já recebeu prêmios Jabuti, uma das mais prestigiadas premiações literárias do país, em 1988, 1993, 2000 e 2009.
Entre suas obras mais importantes destacam-se os livros 'A Guerra no Bom Fim', 'O Centauro no Jardim', 'O Exército de um Homem Só' e 'Max e os Felinos'.

Galeria Augusto dos Anjos

Reproduzo matéria do site http://www.pbagora.com.br/
Na certeza de que dias melhores virão para o espaço.

DESCASO: JP ‘vira as costas’ ao paraibano do século; galeria Augusto dos Anjos está em ruinas

DESCASO: JP ‘vira as costas’ ao paraibano do século; galeria Augusto dos Anjos está em ruinas DESCASO: João Pessoa vira as costas ao ‘paraibano do século’; galeria que leva nome do poeta Augusto dos Anjos é a imagem vergonhosa do abandono

Há muito mora na consciência dos brasileiros a certeza que apenas depois de morto é que uma personalidade alcança enfim o reconhecimento merecido. Apesar da lastimável constatação, aqui em João Pessoa nem mesmo depois de morto um dos maiores nomes da cultura paraibana consegue ser reverenciado à altura do que representou para o Estado.

Mesmo escolhido em votação popular como “O paraibano do século”, uma das poucas homenagens prestadas na Capital a esse intelectual hoje se encontra em completa ruína: trata-se da histórica galeria “Augusto dos Anjos”.

Por uma infeliz coincidência, o busto do valoroso escritor paraibano (que também padece no abandono) “observa” à sua frente uma grandiosa reforma feita recentemente no calçadão da Duque de Caxias, enquanto parece envergonhado com a imagem grotesca às suas costas.

Em uma passagem que mais lembra um “beco sujo”, a galeria Augusto dos Anjos de longe pode ser tida hoje como um cartão postal da Capital. Apesar de condecorada com o nome de uma das maiores personalidades já nascidas em terras paraibanas (inclusive exaltado mundialmente), a galeria é o retrato vivo do abandono do Poder Público: paredes repletas de lodo, lixo pelos cantos e um calçadão que mais lembra uma colcha de retalhos das mais imundas, montam o panorama triste do histórico lugar.

“A Prefeitura olhou para o ponto de Cem Reis e esqueceu, embaixo de seu nariz, da nossa galeria”, disse o funcionário público aposentado, Antônio Gomes.

Quem também se queixou da degradante situação que se encontra a galeria foi o jovem comerciário Felipe Silva, que, como milhares de pessoenses, costuma passar pelo local todos os dias.

“Dá a impressão que Augusto dos Anjos não foi nada. Isso aqui não parece uma homenagem, parece um castigo”, desabafou Silva.

Nascida no Rio de Janeiro, mas residente em João Pessoa há 22 anos, a senhora Maria do Carmo também lamentou a falta de estrutura pública que oferece o lugar. Segundo a aposentada, João Pessoa passa uma péssima impressão ao resto do Brasil pelo mau tratamento que presta ao “paraibano do século”.

“A prefeitura tem que reformar esse lugar por uma questão de honra. Não deve ser tão caro. Caro mesmo deve ser um turista olhar para o busto de Augusto dos Anjos e medir a importância que o povo dá a ele olhando para esse lixo aqui”, afirmou Maria do Carmo.


Luis Alberto Guedes

PB Agora

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Poema de Lau Siqueira

o galo




o silêncio
com suas equações
             de estrelas
abre os portais
da madrufgada

sob os olhos atentos
do infinito
um quarto de lua
empresta a partitura
                  ao galo


(do livro Sem Meias Palavras – lau siqueira)

do blog: http://www.poesia-sim-poesia.blogspot.com/

CAIXA BAIXA no Contraponto

Ainda não vi o jornal, mas pela competência e seriedade do poeta Linaldo Guedes, sei que a matéria sobre o CAIXA BAIXA ficou ótima.
O mais importante nisso tudo, é o fato dos veículos de comunicação estarem abrindo espaço para um gurpo de jovens escritores. É a dança da renovação cultural, sem esquecer, é claro, o nosso passado.
Quem me conhece, sabe que considero o caderno B do contraponto o melhor espaço de cultura do jornal paraibano. Também, sob o comando de Ronaldo Monte, não podia ser diferente.

Agora, é correr  pra banca e comprar um exemplar.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

É hoje o encontro de escritores, editores, livreiros e afins

Com Maria Luiza Duarte
 
Estamos convidando a todos para o encontro de escritores, editores, livreiros e bibliotecários,
no dia 25 de fevereiro, sexta, 16 horas, Memorial Joacil de Brito, praça Dom Adauto,
onde discutiremos sobre as o futuro do livro na Paraíba.
Acetiremos sugestões durante o debate.

Poema de Vanildo Brito


Agradeço a amiga Petra Ramalho pelo envio dos poemas do nossa grande Vanildo.

ELEGIA

Quando enublou-se o lume do meu sol
E se tornaram alvas minhas têmporas,
Tardos os passos, húmido o semblante,
Vi a face do tempo em cego espelho.
Não era o fulvo e maturado tempo
Que se mirava nos meus olhos baços,
Mas um tempo vazio, carcomido
Pelo estigma da dor e da tristeza.
Diante do abismo da implacável morte
Em vão busquei o constelado espaço
Mas os de outrora fulgurantes astros
Sobre a minha cabeça escureceram.
As terras percorri e os horizontes
Do aberto mar em sonhos desatados.
Escuro via apenas, se é que via
Alguma coisa em meu olhar opaco.

Eis que me fico. Sobre as derribadas
Faces, a névoa das ardentes lágrimas.
Depois secam-me os olhos. E me sinto
Esvaziado ante esse tempo nu.
Por fim me calo. E permaneço quedo
E escurecido, náufrago rochedo
Nos desvãos desse mar emparedado,
Até que venha a sempiterna face
Redimir-me da sombra que me cerca.

Lei Rouanet recebe inscrições de projetos

De acordo com a nova legislação que regulamenta a Lei Rouanet – a Instrução Normativa de outubro de 2010 – a inscrição de novas propostas culturais que pleiteiam o benefício fiscal, deverá ocorrer no período de 1º de fevereiro a 30 de novembro de cada ano. As inscrições deverão ser feitas pelo SalicWeb, sistema de cadastro de propostas, disponível no site do Ministério da Cultura: www.cultura.gov.br. Quem ainda não sabe como preencher os formulários do SalicWeb pode assistir ao passo-a-passo disponibilizado em vídeo na página do MinC. Dúvidas sobre o cadastro de propostas culturais também podem ser esclarecidas junto à Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic/MinC) e das Representações Regionais do Ministério. Na Regional Nordeste o bureau de atendimento pode ser contatado nos números (81) 3194-1313 e 3194-1300.

 Com Maria Luiza Duarte de Melo

CBL assina acordo para criação do Cadastro Nacional de Livros


O cadastro brasileiro deverá ter como referência de projeto a plataforma espanhola Dilve (Distribuidor de Información del Libro Español en Venta). A iniciativa, baseada na Internet, padronizará e centralizará todas as informações das obras produzidas e comercializadas no Brasil, beneficiando toda a cadeia produtiva do livro. 
A ferramenta permitirá a consulta completa de dados sobre qualquer livro publicado no País. Além disso, facilitará o processo de busca e compra de livros, simplificando o trabalho de todos os agentes do setor editorial. 
Serão especialmente beneficiados com a iniciativa editores de pequeno porte, pois terão a oportunidade de dar mais visibilidade e acesso aos seus catálogos de obras a livrarias e distribuidores, além de instituições governamentais que adquirem livros, e profissionais da cultura e da educação. 
No âmbito das livrarias, a disponibilidade de informação segura e padronizada possibilitará que elas mantenham cadastros atualizados, sem a necessidade de manutenção de um sistema próprio e custoso. 
 
O padrão de dados do cadastro nacional de livros permitirá também que as informações disponíveis sejam compartilhadas com iniciativas semelhantes em grandes mercados editoriais no Exterior.
A versão oficial do cadastro para testes por todo o mercado editorial brasileiro estará no ar em julho de 2011.
O cadastro brasileiro deverá ter como referência de projeto a plataforma espanhola Dilve (Distribuidor de Información del Libro Español en Venta). A iniciativa, baseada na Internet, padronizará e centralizará todas as informações das obras produzidas e comercializadas no Brasil, beneficiando toda a cadeia produtiva do livro.
A ferramenta permitirá a consulta completa de dados sobre qualquer livro publicado no País. Além disso, facilitará o processo de busca e compra de livros, simplificando o trabalho de todos os agentes do setor editorial.
Serão especialmente beneficiados com a iniciativa editores de pequeno porte, pois terão a oportunidade de dar mais visibilidade e acesso aos seus catálogos de obras a livrarias e distribuidores, além de instituições governamentais que adquirem livros, e profissionais da cultura e da educação.
No âmbito das livrarias, a disponibilidade de informação segura e padronizada possibilitará que elas mantenham cadastros atualizados, sem a necessidade de manutenção de um sistema próprio e custoso.  O padrão de dados do cadastro nacional de livros permitirá também que as informações disponíveis sejam compartilhadas com iniciativas semelhantes em grandes mercados editoriais no Exterior.
A versão oficial do cadastro para testes por todo o mercado editorial brasileiro estará no ar em julho de 2011.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

EDITAL PARA APOIO A PROJETOS EXTERNOS: PROJETOS DE PRODUÇÃO, EDIÇÃO E PUBLICAÇÃO DE LIVROS E COLEÇÕES

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) comunica e convoca Entidades brasileiras com interesse na criação, edição ou divulgação de livros e coleções a apresentarem propostas para obtenção de apoio financeiro do CGI.br, de acordo com as condições e modalidades estabelecidas no presente Edital.

1. Introdução e antecedentes
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi criado pela Portaria Interministerial nº 147, de 31 de maio de 1995, alterada pelo Decreto Presidencial nº 4.829, de 3 de setembro de 2003, para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados.
Entre as diversas atribuições do CGI.br, destacam-se: a coordenação da atribuição de endereços internet (IPs) e do registro de nomes de domínios “.br”; o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil; a coleta, organização e disseminação de informações sobre os serviços Internet, incluindo indicadores e estatísticas; propor programas de pesquisa e desenvolvimento relacionados à Internet, que permitam a manutenção do nível de qualidade técnica e inovação no uso, bem como estimular a sua disseminação em todo o território nacional, buscando oportunidades constantes de agregação de valor aos bens e serviços a ela vinculados; promover estudos e recomendar procedimentos, normas e padrões técnicos e operacionais, para a segurança das redes e serviços de Internet, bem assim para a sua crescente e adequada utilização pela sociedade.
A administração de nomes de domínio “.br”, bem como a distribuição de números IP e serviços relacionados, incluindo a operação e desenvolvimento dos sistemas de endereçamento Internet respectivos no país, prestados sem finalidade lucrativa pelo NIC.br por delegação e sob a supervisão do CGI.br, possibilita utilizar recursos em iniciativas de desenvolvimento, difusão e inovação relacionadas à Internet no país, uma vez garantidos os recursos de sustentação e desenvolvimento dos serviços, programas e projetos sob a responsabilidade do NIC.br.

2. Objetivo geral desse edital
O CGI.br apoiará com recursos financeiros projetos de produção e/ou adaptação, edição e publicação de livros ou coleções em português, inéditos nesse idioma, orientados e destinados ao público em geral, focados na convergência e no papel da Internet, considerados prioritários para apoiar o desenvolvimento e a democratização da Internet no Brasil.
O projeto tem por objetivo contribuir para a democratização do acesso à população de menor renda, fornecer subsídios para a formulação de diretrizes estratégias relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet em todo o território nacional e identificar aspectos da governança da Internet no mundo.
De maneira a prover bases factuais e conceituais sólidas para a execução do objetivo desse Edital, o CGI.br busca projetos em uma ou mais das três categorias a seguir dispostas:
- estudos, análises e compilações que contribuam para a inovação na democratização do acesso a populações de menor renda [3.1.1 (b)] [3.1.3]1
- análises, sistematização de dados e informações sobre iniciativas estratégicas de digitalização nos territórios nacionais (bairros, cidades, distritos, meio rural, regiões específicas) [3.1.3]
- estudos avançados sobre os vários aspectos da governança da Internet em âmbitos nacional e internacional, incluindo pelo menos um dos seguintes temas: governança e administração da infraestrutura lógica; acesso e diversidade; direito à comunicação, ciberssegurança e liberdade de expressão; regulação e convergência; neutralidade da rede; Internet e desenvolvimento humano [3.2.3]

3. Qualificação
Podem apresentar propostas quaisquer entidades civis brasileiras sem finalidade lucrativa e entidades acadêmicas que atuem em qualquer área do território nacional, bem como entidades brasileiras com fins lucrativos que tenham como objeto contratual a criação, edição ou divulgação de livros.

4. Apresentação e envio das propostas
4.1 Entrega das propostas
As propostas devem ser digitadas em formulário fornecido pelo CGI.br, que poderá ser acessado através da http://www.cgi.br/form-edital/, sendo obrigatório o preenchimento de todos os campos.
Preenchido o formulário e todos os campos descritivos, deverá ser enviado a publicacoes@cgi.br, acompanhado de documento adicional descritivo (se necessário), cronograma de execução proposto, fases do projeto, descrição do conteúdo e orçamento. Toda a documentação do projeto deve ser enviada por e-mail em formato ODF (OpenOffice) ou PDF. Não serão aceitas propostas enviadas de outra forma.
As entidades proponentes arcarão com todas as despesas e custos decorrentes da elaboração e apresentação de suas propostas.
Não serão aceitos documentos e propostas apresentados por fax, correio ou entregue pessoalmente, ainda que dentro do prazo.

4.2 Prazo para envio das propostas
O prazo para envio das propostas encerra-se às 00:00 (hora de Brasília) de 31 de março de 2011. Após essa data, o CGI.br não mais aceitará novas propostas ou alterações nas propostas já enviadas, sendo desconsideradas quaisquer propostas ou documentos enviados intempestivamente.
Qualquer pedido de esclarecimento sobre as condições aqui estabelecidas deverá ser realizada através do publicacoes@cgi.br, até às 00:00 (hora de Brasília) de 15 de março de 2011.
Os questionamentos efetuados serão respondidos pelo CGI.br até às 00:00 (hora de Brasília) de 25 de março de 2011. O envio de questionamentos através de outras formas ou após o prazo estabelecido acima será desconsiderado.

4.3 Documentos necessários e indicação de dados
As entidades proponentes deverão enviar cópias digitais dos seguintes documentos e indicar os seguintes dados junto ao formulário:
a) cópia do ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, registrado e com o comprovante de registro perante o órgão competente, para comprovar o status jurídico da entidade proponente e cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ/MF);
b) Cópia do documento que nomeia o representante legal, devidamente registrado e indicação da qualificação do representante;
c) Último balanço financeiro da entidade proponente;
d) Último relatório descritivo de atividades da entidade solicitante;
e) Certidão negativa de falência ou de recuperação judicial, expedida pelo distribuidor da sede da entidade proponente, emitida em até 90 dias corridos antes da data da apresentação dos documentos;
f) Indicar a qualificação dos membros da equipe responsável pelos trabalhos e enviar currículo resumido do responsável pelo projeto;
g) O proponente poderá descrever e apresentar, se desejar, evidências que comprovem a sua capacidade empresarial/técnica/operacional em executar os projetos objeto desse Edital.
A falta de qualquer dos documentos elencados anteriormente acarretará na desclassificação da entidade proponente.

4.4 Da proposta técnica e dos valores
A entidade proponente deverá apresentar proposta técnica em língua portuguesa, com as especificações técnicas e condições a serem aplicadas para a execução do projeto indicado.
A proposta técnica visa avaliar a capacidade do proponente em desempenhar as funções a que se propõe à prestação dos serviços em referência e deverá ser mais detalhada possível, visto que constituirá um dos principias fatores de julgamento.
Serão desclassificadas as propostas técnicas que se mostrem omissas, contraditórias, incompletas ou capazes de dificultar a compreensão e o julgamento.
A proposta deverá elencar todos os detalhes necessários para a execução do projeto indicado, inclusive os valores estimados para a execução do referido projeto expressos em reais (R$). Os valores indicados devem incluir todos os tributos e despesas para o cumprimento integral do projeto.
A parcela do orçamento do projeto a ser subvencionada com recursos do CGI.br deve prever eventuais despesas de custeio, tais como pagamento de pessoal próprio, contratação de consultorias especializadas de pessoas físicas ou jurídicas, material de consumo e aluguéis de bens móveis ou imóveis, bem como investimentos de capital necessários ao projeto.
Quaisquer tributos, custos e despesas diretos ou indiretos omitidos na indicação dos valores, serão considerados como inclusos nos valores, não sendo permitidas solicitações de acréscimos de valores no decorrer do projeto.

4.5 Componentes exigidos para as propostas
Todas as propostas apresentadas devem incluir os seguintes componentes:
  • o conteúdo integral a ser produzido deverá ser publicado em forma impressa e nos formatos PDF e EPUB na Internet sob uma licença que permita a leitura e o download para uso pessoal do conteúdo.
  • as edições impressas deverão ter uma tiragem mínima de 02 mil exemplares; desses, 60 exemplares deverão ser entregues ao CGI.br.
  • cada livro ou coleção deverá conter um CD ou DVD com o conteúdo integral dos mesmos em formato digital compatível com programas leitores em software livre.
5. Processo decisório
Após o envio do formulário e dos documentos elencados no item 4 desse Edital, o CGI.br enviará e-mail confirmando a inscrição da entidade
A análise das propostas será realizada por uma ou mais comissões ad-hoc nomeadas pelo CGI.br para tal, que terão até 60 dias contados da data de finalização do prazo para envio das Propostas, para decidir quais os projetos apresentados que receberão apoio do CGI.br.
Nesse período o CGI.br poderá solicitar às entidades solicitantes informações adicionais que considere relevantes para auxiliar na análise dos projetos.
O critério de valoração das propostas apresentadas abrangerá a análise da entidade proponente (capacitação técnica da equipe executora e capacidade/experiência anterior da instituição), o projeto em si, a proposta técnica para implementação do projeto e a adequação do mesmo aos valores a serem gastos com a sua implementação.

6. Recursos financeiros

6.1. Recursos disponíveis
O CGI.br estabeleceu o valor total (para o conjunto dos projetos aprovados) de até R$ 700.000,00 (setecentos mil reais) para apoiar os projetos que se enquadrem no escopo desse Edital, sendo que a contribuição do CGI.br a cada projeto não poderá ultrapassar R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais).

6.2. Aplicação dos recursos
Os recursos serão aplicados da seguinte forma:
  • no mínimo 30% serão dedicados a projetos de empresas de pequeno porte e microempresas, e no mínimo 50% a entidades sem fins lucrativos. Caso não haja projetos classificados que atendam esses requisitos, os recursos serão aplicados nos demais projetos recomendados para aprovação.
  • os projetos apresentados pelas entidades civis brasileiras sem finalidade lucrativa e entidades acadêmicas poderão ter o apoio financeiro integral do CGI.br, porém serão aceitas propostas que apresentem apoio financeiro de outras Instituições ou contrapartidas para cobrir parcial ou totalmente o orçamento do projeto;
  • os projetos apresentados por empresas que tenham como objeto contratual a criação, edição ou divulgação de livros, poderão ter o apoio financeiro do CGI.br no limite de até 90% do valor total do orçamento destinado ao projeto. O valor de apoio a cada empresa deverá respeitar às seguintes faixas de faturamento no ano base de 2010:
a) apoio de 90% do valor total do orçamento para entidades com faturamento até R$ 2.400.000,00;
b) apoio de 80% do valor total do orçamento para entidades com faturamento acima de R$ 2.400.000,00 e inferior a R$10.500.000,00.
c) apoio de 50% do valor total do orçamento para entidades com faturamento acima de R$ 10.500.000,00 e inferior a R$60.000.000,00.

7. Prazos de realização e desembolso
Todas as propostas deverão ter um cronograma de realização do projeto de no máximo 12 meses a contar da data de desembolso da primeira parcela do total de recursos aprovados pelo CGI.br.
Qualquer desembolso só será realizado após assinatura de Termo de Compromisso entre as partes.
O CGI.br reterá até 15% do total de recursos aprovado pelo CGI.br para o projeto, a ser desembolsado na entrega e após aceitação do relatório final do projeto pelo CGI.br.
Os pagamentos serão realizados somente à entidade proponente, sendo que em hipótese alguma será permitido o pagamento a terceiros.

8. Das obrigações contratuais
A entidade proponente que tiver o seu projeto aprovado pelo CGI.br firmará contrato com o NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, tendo como objeto a união de esforços para implementação do projeto apresentado, estabelecendo prazos de conclusão do projeto e, ainda, a forma de pagamento dos valores arcados pelo CGI.br e todos os requisitos necessários para a execução do projeto e prazo para a vigência do contrato.
O contrato poderá ser alterado, mediante Termo Aditivo, para a efetuação de acréscimos ou supressões qualitativos e quantitativos do seu objeto, que se fizerem necessários, ficando a entidade proponente ciente que será vedada alterações quanto ao valor proposto para execução do projeto.

9. Disposições Gerais
A inscrição de um projeto implica a prévia e integral concordância com as disposições desse Edital por parte da entidade solicitante.
Os casos omissos nesse Edital serão examinados pelo CGI.br.
O CGI.br reconhece os esforços das entidades proponentes em atender a esse ato convocatório, mas não será considerado responsável por quaisquer custos incorridos pelos proponentes no processo de preparação das propostas, reservando-se ao direito de cancelar, suspender e ou modificar o presente Edital, a seu exclusivo critério, sem que caiba qualquer direito de indenização ao proponente.
Todos os documentos entregues ao CGI.br para atender aos requisitos dispostos nesse Edital não serão devolvidos às entidades proponentes. Esses documentos serão arquivados e mantidos em sigilo pelo NIC.br.
1   O números entre colchetes referem-se a itens temáticos do “Programa CGI-Fapesp” aprovado pelo CGI.br em agosto de 2009.edital aqui: http://www.cgi.br/regulamentacao/edital-27-01-2011.htm

Trabalhos científicos e acadêmicos no 2º Congresso Internacional do Livro Digital 2011


 O 2º Congresso Internacional do Livro Digital - promovido pela Câmara Brasileira do Livro, CBL, que será realizado dias 26 e 27 de julho de 2011, em São Paulo  promoverá uma importante sessão de trabalhos científicos e acadêmicos. O objetivo é estimular a divulgação de pesquisas e trabalhos empíricos ou conceituais e inéditos sobre os temas: Novos Modelos de Negócios relacionados aos livros digitais;
Aspectos de usabilidade de leitores digitais (e-readers); Bibliotecas Digitais; Aspectos educacionais dos livros digitais; Direitos autorais e Copyright; Marketing do livro digital; Redes sociais e livros digitais;
O novo papel do editor; e outros trabalhos afins. Os autores dos trabalhos aceitos para apresentação na sessão receberão a inscrição para a participação no congresso (uma inscrição por trabalho) e terão seus trabalhos publicados no site do evento.
Os dois melhores trabalhos apresentados receberão indicação (em fast track) para publicação na REGE – Revista de Gestão da USP"
O trabalho vencedor receberá o prêmio de R$ 1000,00 e o segundo colocado R$ 500 (valores brutos).
Os coordenadores desta sessão do Congresso serão o Professor Cesar Alexandre de Souza (FEA/USP) e Daniel Pinsky (Comissão do Livro Digital/CBL).
O prazo final de envio dos trabalhos é dia 2 de maio de 2011 e o resultado será divulgado dia 2 de julho; a data de apresentação dos trabalhos será comunicada aos vencedores neste mesmo dia.
Os trabalhos devem ser enviados para o emails digital@cbl.org.br, em arquivo do MS-Word (2003 ou superior) e atender aos seguintes requisitos de formatação:

- Papel A4 com margens: superior 3 cm, inferior 2 cm, direita 2 cm, esquerda 3 cm.

- Fonte: Times New Roman, tamanho 12; espaçamento simples e parágrafo justificado

- Páginas: mínimo de 8 páginas máximo de 16, incluindo a primeira (apenas título e resumo), tabelas, figuras, referências bibliográficas e notas de final de texto.

- Citações e Referências: normas ABNT

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

João Paulo Cuenca vai participar de festival literário em Portugal

O escritor brasileiro João Paulo Cuenca vai participar da 12ª edição do festival literário Correntes d'Escritas, realizado na cidade portuguesa Póvoa de Varzim, anunciou nesta sexta-feira a organização do evento.

Cuenca é autor de, entre outras obras, "Corpo Presente" (2003) e "O Dia Mastroianni" (2007).
Este encontro literário, entre os dias 23 e 26 de fevereiro, também contará com a presença do chileno Luis Sepúlveda, do uruguaio Mario Delgado Aparaín e dos argentinos Daniel Mordzinski e Ricardo Romero.
Ao todo, o festival receberá 65 escritores de 12 países diferentes. Haverá diversas mesas de debate e também será concedido o Prêmio Casino da Póvoa ao melhor livro de poesia - com valor de 20 mil euros (R$ 45.508).
Além disso, o programa inclui várias atividades paralelas, como a exibição do filme "O livro do Desassossego", baseado na obra do ilustre poeta Fernando Pessoa, e o documentário "José e Pilar", sobre a relação do falecido escritor português José Saramago com sua esposa Pilar del Río. 

Fonte: yahoo

Poema de Orlando Tejo

Soneto Dos dedos que falam

Que importa que foguetes cruzem marte
E bombas de hidrogênio acabem tudo,
Se aos meus dedos, teus dedos de veludo
Ensinam que o amor é também arte?

Não desejo mais nada além de amar-te
E em êxtase viver, absorto e mudo,
Sorvendo da ternura o conteúdo
Que antes te buscava em toda parte!

Esses dedos que afago entre meus dedos,
Que acaricio a desvendar segredos
De amor nestes momentos que nos prendem,

Têm qualquer coisa que escraviza e doma,
Porque teus dedos falam num idioma
Que só mesmo meus dedos compreendem!



Natural de Campina Grande-PB, poeta, ensaísta, jornalista, folclorista e professor, publicou Zé Limeira, poeta do absurdo em 1980.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Literatura de Cordel nas escolas de Monteiro-PB

A cidade de Monteiro é conhecida por sua riqueza cultural, berço de grandes nomes da   poesia, da literatura e da música. A secretária de Educação do município, Ana Lima Feliciano, disse que está sendo elaborado um projeto pedagógico para que a poesia popular, através da Literatura de Cordel, seja trabalhada no currículo escolar, como forma de possibilitar aos alunos a oportunidade de conhecer e preservar os valores culturais da região.
 
A secretária avisa que acontecerá entre os dias 21 a 25 deste mês, a primeira atividade preparatória para a implementação do projeto. Está prevista a realização de  uma Oficina de Literatura de Cordel ministrada por Abdias Campos, numa parceria entre a Funarte e a Prefeitura de Monteiro.
A oficina terá 30 horas de trabalho e dela deverão participar professores, poetas e agentes culturais. Os trabalhos realizados durante a oficina serão expostos no Festival de Violeiros que acontecerá na noite do dia 25 de fevereiro (sexta-feira) com a presença de grandes nomes da poesia popular nordestina.
  
Com Ruth Avelino

Jãn Macedo e seus minicontos

O escritor  Jãn Macêdo abre espaço  para minicontos em seu  blog http://www.sonhosliterarios.com/

Recomendo uma visita.






Jãn Macedo é membro do CAIXA BAIXA.

Lau Siqueira no blog de Luis Nassif

O texto "A distância entre autor e leitor na cadeia produtiva do livro" de autoria do  poeta Lau Siqueira está repercutindo muito. Para vocês terem uma ideia, a reflexão de Lau foi parar no blog de Luis Nassif.

O texto já apareceu em vários outros blogs, inclusive por aqui.


Parabéns ao poeta e amigo paragaúcho.


Link do blog de Nassif: http://www.luisnassif.com/profiles/blogs/a-distancia-entre-autor-e

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Poemas infantis



 A partir de hoje, o blog terá um espaço para literatura infantil.
Para começar, o mestre Sérgio de Castro Pinto e o grande Águia Mendes.


Sérgio de Castro Pinto

a garça

na tarde gris,
a garça
encolhe a perna:

ariano saci 
entre
vitórias-régias?

Poema extraído do livro ZOO IMAGINÁRIO. Ilustrações de Flávio Tavares.  São Paulo: Escrituras, 2005. 64 p.
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Águia Mendes

ÁRVORES 

árvores 
são aves
de chão
eternamente
pousadas. 

Poema extraído do livro Um boi pastando nas nuvens. Ilustrações de Horiéby Ribeiro.  João Pessoa: Idéia.